Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, janeiro 07, 2011
A disputa pela Vale
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
Segundo o jornal Valor Econômico, o sentimento dos sócios controladores da Vale é o de que Roger Agnelli, atual presidente executivo da empresa, já “esgotou um ciclo na mineradora”, e deverá ser substituído em março, quando acaba seu contrato com a mineradora. A matéria fala que o processo de escolha do substituto não deverá ser politizado, mas não há certeza alguma disso no mercado. O receio ainda existe, e com razão.
Todos sabem das diferenças entre a presidente Dilma e Roger Agnelli, assim como é conhecido o apetite do PT pelo comando da maior empresa privada do país. A cabeça de Roger Agnelli está em jogo faz tempo, e parece que os próprios controladores da Vale, entre eles o Bradesco, decidiram que não compensa mais comprar esta briga e se indispor com o governo. Afinal, nosso governo concentra um poder quase ditatorial, e ainda há a questão da revisão dos royalties de minério em pauta. A Vale não quer um inimigo como Dilma, e com razão.
Ao que parece, os controladores estão se antecipando e sugerindo novos nomes, justamente para evitar que o governo decida, por meio dos fundos de pensão, politizar de vez o comando da empresa. Alguns desses nomes vazaram para o jornal, entre eles Rossano Maranhão, Octávio Azevedo, Fábio Barbosa, Wilson Brumer e Luciano Coutinho. Destes, apenas o último parece fora de lugar, por sua ligação próxima com o governo (Cotinho é o atual presidente do BNDES). Talvez o nome tenha sido colocado ao lado dos demais para evitar um avanço ainda pior do governo, com sugestões de políticos do partido ou coisa do tipo. As “boquinhas” do governo são infindáveis, mas a fome dos governantes e seus apaniguados é ainda maior!
Não sabemos ainda como esta batalha pelo comando da Vale vai terminar. O que está claro é que o jogo já está rolando nos bastidores, e deve ser barra pesada. A Vale tem feito inserções na mídia com freqüência assustadora, falando de suas conquistas, investimentos e importância para o progresso do país. Sem dúvida se trata de propaganda para mostrar quanto a empresa melhorou e ajudou o país após sua privatização. Seria de fato lamentável um retrocesso com sua politização pelo governo Dilma.
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5 comentários:
"politização pelo governo Dilma" É só o que ela sabe fazer e ... fará.
"politização pelo governo Dilma" É só o que ela sabe fazer e ... fará e é só o que teremos de agora em diante.
Pelo jeito, não adiantou todo o uísque que Agnelli gastou com Lula e Cabral em seu apartamento na Vieira Souto, de onde a dupla dinâmica gargalhando e com os rostos avermelhados.
É inacreditável o apetite dos petistas. Não basta aparelhar todo o gigantesco Estado brasileiro e o terceiro setor: é preciso aparelhar a iniciativa privada, também. Se isso não é o prenúncio do totalitarismo, então não sei o que é.
A longo prazo, Rodrigo, o risco é caminharmos para uma economia fascista. É preciso vigilância nessa hora!
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