segunda-feira, julho 31, 2006

Orgulho Gay?



Rodrigo Constantino

Domingo, dia de chuva. Não obstante, praia de Copacabana lotada. O motivo? A Parada do Orgulho Gay, que reuniu mais de 500 mil pessoas. Direitos iguais, independente da preferência sexual, sim. Mas o que seria exatamente ter orgulho de ser gay? Uma coisa é pedir o fim do preconceito, o tratamento isonômico. Outra, bem diferente, é tentar garantir privilégios via Estado e afirmar sentir orgulho somente pelo fato de gostar de pessoas do mesmo sexo. Sentimos orgulho por sermos virtuosos, corretos, inteligentes, honestos, independente de sermos homossexuais ou não. Mas não se sente orgulho pelo simples fato de ser gay. Um gay desonesto sentirá orgulho de que? De gostar de outro homem? Isso lá é motivo para se ter orgulho? O orgulho diz respeito às características do caráter, não aos aspectos físicos de nascença ou à preferência sexual. Ninguém sente orgulho por ser ruivo, baixo ou careca. São – ou deveriam ser – aspectos irrelevantes para o sentimento de orgulho, que deveria estar atrelado ao caráter, à inteligência.

Muitos apelos da “causa gay” fazem sentido. A menor minoria de todas é o indivíduo, e qualquer um que ignore um tratamento isonômico para todos os indivíduos, independente de cor, credo, renda ou preferência sexual, não pode se dizer defensor das minorias. Mas tampouco defender minorias é pregar a criação de novos privilégios para determinados grupos. Impor, por exemplo, que uma empresa privada seja obrigada a contratar certa quantidade de negros, ou de gays, não é defender minorias, mas sim defender privilégios em detrimento da menor minoria de todas, o indivíduo. Afinal, onde fica a liberdade do indivíduo que é dono da empresa, que deveria ser livre para contratar quem ele quisesse? Onde fica a liberdade dos membros de uma sinagoga se estes não querem ter que conviver com muçulmanos? Onde fica a liberdade dos católicos se sua Igreja passa a ser obrigada pelo Estado a aceitar homossexuais?

O que incomoda os liberais no movimento gay não é a pressão pelo fim do preconceito, mas o uso do aparato estatal para a criação de privilégios, a começar pelo próprio financiamento das paradas gays, que muitas vezes contam com verbas públicas. Em relação ao casamento, o Estado deveria se abster da questão também. Dois adultos responsáveis devem ser livres para travar o acordo que desejarem. A intromissão do Estado apenas prejudica as partes. E jamais deveríamos obrigar que a Igreja Católica aceite o casamento homossexual. A luta para separar o Estado da Igreja foi longa e árdua. Seria um grande retrocesso conceder agora um poder abusivo ao Estado para determinar pontos que dizem respeito somente à religião. Um Estado laico vale para os dois lados: a Igreja não se mete nas questões do Estado, e o Estado não se mete nas questões da Igreja. Isso vem de um ateu!

Ser homossexual é algo de foro íntimo, uma opção – ou não – do indivíduo. Sua preferência sexual carrega certos fardos naturais – como a impossibilidade de procriação – mas ninguém tem nada a ver com isso. Ninguém deveria ser alvo de preconceito somente por gostar de gente do mesmo sexo. Mas as outras pessoas, que não compartilham desta preferência, também não deveriam ter suas liberdades prejudicadas. Isso envolve não forçar que heterossexuais paguem pelas paradas gays via seus impostos, ou que donos de empresas sejam obrigados a contratar certa quantidade de membros de minorias caso ele não deseje. Pode ser moralmente repulsivo que alguém deixe de contratar um funcionário somente pela sua cor ou escolha sexual, além de ser ilógico do ponto de vista econômico. Mas não é via leis que vamos superar tal preconceito. Se um sujeito quer contratar somente ruivos ou pessoas altas, deve ser um direito seu. O tempo irá se encarregar de eliminar tais figuras do mercado, pela menor eficiência de sua empresa. Afinal, quanto mais você limita o escopo de candidatos para a contratação, por aspectos que nada dizem sobre a eficiência e produtividade do empregado, menores as chances de você contratar o melhor candidato disponível. A sua produtividade sofre pelo preconceito.

Resumindo, vamos defender sim o fim do preconceito, o tratamento isonômico para todos os indivíduos. Isso pressupõe ficar contra qualquer privilégio concedido pelo Estado, incluindo todo tipo de ação afirmativa. E vamos sentir orgulho das almas nobres, das pessoas virtuosas e inteligentes. Isso independe totalmente da preferência sexual da pessoa. Não há motivo algum para se ter orgulho somente do fato de ser gay.

27 comentários:

Anônimo disse...

A manifestação de homossexuais como paradas gays causa um certo impacto na sociedade, e positivo; pois mostra que é uma coisa mais comum do que muita gente imagina.

E é exatamente na sociedade que a mudança deve ocorrer. Em cada pessoa, e não atravéz do Estado, de novas leis que garantem privilégios a certos grupos ou de coerção.

Não ficou claro, Constantino, se você é a favor ou não das manifestações em si. Também acho que não faz sentido ter orgulho de algo que não deveria ser qualificação para nada, e concordo que o caminho para acabar com o preconceito não é o de conseguir apoio e intervenção estatal. É um absurdo o financiamento com dinheiro público e essa exaltação do gay (é claro que eles têm todo o direito de fazê-lo). Mas o fato de várias pessoas, homossexuais e simpatizantes, se reunirem, formarem uma grande massa e atraírem a atenção da mídia eu acho positivo. Só que eles poderiam muito bem fazer isso por eles mesmos.

Anônimo disse...

Ser homossexual é um direito de qualquer indíviduo, desde que não pertubem os heterossexuais.

Só acho que poderiam passar essa manifestação para o Sambódromo.

Rodrigo Constantino disse...

Gustavo, é por aí mesmo. Claro que podem se manifestar. Com recursos próprios. Ser homossexual deve ser visto como algo normal, não legal. Acho que estão exagerando na dose.

E sobre o politicamente correto, que já abraçou a causa, temo que em breve sequer possamos fazer piadas usando "bichinhas". Que mundo chato seria esse!

Weluger disse...

Mais um excelente artigo, Rodrigo.

Minha opinião é que as preferências e escolhas pessoais pertencem única e exclusivamente a seus autores.

Deixe o Estado de fora dessa. O País está todo lascado.

Esquadrinhando

Anônimo disse...

Ótimo artigo. Você mostrou como se esquivar tanto do "politicamente correto" comum a muitos da esquerda, quanto do preconceito idiota comum a muitos conservadores; enquanto discorre acerca da militância gay. Excelente leitura para um verdadeiro liberal/libertário.

Anônimo disse...

A HIPOCRISIA OPORTUNISTA ESTAVA LÁ.

HELOISA HELENA QUE VOTOU CONTRA A UNIÃO GAY ESTAVA LÁ DISTRIBUINDO FALSOS SORRISOS E CATIVOU MUITO MARMANJO INFLUENCIAVEL.

Anônimo disse...

Ninguém tem direito de fazer mal a ninguém. Portanto os gays têm o mesmo direito dos heteros. Mas se os heteros fizessem uma manifestação exaltando o orgulho hetero, certamente que as bichinhas e pezões se diriam ofendidos. Do mesmo modo se um grupo musical se denominasse raça branca...
...enfim, a manifestação é idiota embora de direito, mas se causa transtornos a motoristas e pedrestres não é correta, pois mesmo sendo direito dos gays existirem da forma que apreciam, não têm direito de exigirem nada além do respeito individual.
É direito do indivíduo fazer suas escolhas, até mesmo a escolha de não gostar de gays, desde que não lhes cause danos. Eles têm direito de casar, deixar heranças e tudo mais, porém a igreja tem direito de não os casar no religioso.
O que está havendo é a violação de direitos e preconceito contra os heteros, da mesma forma que o "anti racismo" é racista. Enfim, tudo é uma grande farsa politiqueira.
Abs
C. Mouro

Anônimo disse...

Prezado Rodrigo,

Vou lhe colocar a par da posição da Igreja: Homossexualismo é um dos pecados que "clamam aos céus", o pecado do sodomita. Caracteriza-se por perversão sexual. Nunca a Igreja vai "casar" homossexuais. Nem se o Estado Laico quiser mandar no modo da Igreja proceder. O Direito se forma a partir dos fatos da sociedade. Se a união civil gay for aceita para o bem da "isonomia e do não preconceito", estaremos elevando um grupo com conduta típica de perversão sexual a fato gerador de direito. Você não poderia, como fazem na Holanda (o exemplo do Liberalismo tão almejado, não é?) ser contra a organização de Partidos Pedófilos, que lutam pela prostituição infantil e também pela zoofilia. Você não poderia ser contra a adoção de crianças por casais homossexuais mesmo que isso acarrete prejuízos fisiológicos e psicológicos para os mesmos.
Isso porque ser pela "isonomia e contra o preconceito" é mais importante do que aquele conceito que só quem tem bom senso lembra: ser a favor dos bons costumes, e contra a imoralidade pública. Ser a favor do núcleo hoje desprotegido da família, agredida por um bando de ideólogos cabeça de bagre. Seu artigo está um lixo.
Nem seus argumentos consegue defender direito, porque não existe nem uma moral objetiva que o norteie. Pelo seu próprio ideal e a forma como o coloca só tem a saída de ser a favor da "causa gay", assim como é a favor da "causa liberal".

Rodrigo Constantino disse...

Emanuelle, sempre lutarei pela causa Liberal, inclusive contra certos conservadores cristãos, fanáticos, que adorariam retornar aos anos da Inquisição.

Anônimo disse...

Rodrigo, Concordo com algumas coisas ditas por você, mas não todas.
1 - O Estado naõ pode, nesse momento se abster da questão pelo simples fato de que ele proíbe o casamento homossexual, a adoção de crianças por indivíduos ou casais homossexuais e outras coisas de cunho burocrático ainda são impedidas.
2 - Ninguém quer obrigar igreja alguma a casar homossexuais. Inclusive o deus cristão não admite homossexualidade, então pra que querer ser legitimado por esse deus? É melhor inventar um outro. Como já fizeram tantas vezes e daí surgiram as milhões de religiões que temos.
3 - Quanto ao 'patrocínio' poderia te dizer que o Estado libera verba para o esporte e muitos não gostam de esporte. E o imposto deles está indo para o esporte. Diria até que muitos odeiam esporte, nem por isso o Estado deixa de custear. Seria bom pensarmos que o dinheiro que vai para o esporte é a parcela do imposto dos que gostam de esporte. E o dinheiro que vai para a Parada é a parcela do imposto dos que querem e acham importante a Parada.
No mais, concordo com o que você disse. Orgulho tem que existir de coisas que nos diferem e não em coisas que continuam nos deixando em pé de igualdade. Heteros tem tantos direitose deveres e blá blá blá que os homossexuais. Somos todos iguais. E estamos lutando para que todos enxerguem isso.

Quanto à Emanuelle, nem sei se tenho direito a retrucá-la, mas foi por demais ridículo os seus argumentos para ser contra tudo
isso. Então lá vai:
1- Se a união civil gay for aceita estaremos elevando um grupo socialmente preconceituado a uma posição de igualdade com os outros seres humanos que não tem a mesma preferência.
2- Quanto a prostituição infantil e a pedofilia é crime e vai sempre sê-lo. Porque o corpo humano infantil e a mente humana não está preparada para esse tipo de relação no período citado. A zoofilia, acreditando você ou não, faz quem quer, ou melhor, quem tem tesão. Se não for com um animal protegido pela ibama tá tudo certo!!!
3- Casais homossexuais adotando crianças não acarretará problemas para as crianças simplesmente por ser homossexuais.
4 - Ser homossexual não é ser imoral!!! E não é ser contra família. Afinal de contas eles também formam famílias!!!!!

Enfim... acabei!!!!

Anônimo disse...

Cara , sinceramente li seus artigos e opinioes com atençao mas vc esta muIto a direita dos padroes qUe eu penso e pratico .se vc pudesse voltar no TIME ,CREIO QUE SERIAS UM FERRENHO MILITANTE DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DO FINADO ADOLFINHO.

Rodrigo Constantino disse...

Para fazer um comentário idiota desses, melhor manter o aninimato mesmo...

O cara nem sabe que Hitler era infinitamente mais próximo do socialismo de Stalin do que do Liberalismo. Hitler, Stalin, Mao, tudo fatinha do mesmo saco. Comunismo e Nazismo são primos! O Liberalismo que defendo é o OPOSTO deles todos.

Anônimo disse...

Concordo e vou mais longe.

A coisa toda deixou de ser uma questão de se tolerar ou não a existência de homossexuais há muito tempo, e passou a existir no âmbito de gostar do homossexualismo e toda a estética da qual ele se cerca.

Não demorará muito para começarem a ser presas pessoas que afirmem que não desejarão seus filhos homossexuais, e que os criarão com valores que condenam essa prática.

O lobby cor-de-rosa vem conquistando um espaço assustador, como quando recentemente conseguiram tirar uma emissora do ar em virtude dessa ter veiculado piadas sobre veadagem, tão comuns na nossa cultura popular.

Não entrarei no mérito da qualidade desse entreteinimento. Até porque meu gosto pessoal nunca seria passível de ser adotado como padrão para determinar o que é exibido ou não. O que eu posso é manifestar minha indignação com determinado conteúdo através da publicação de uma opinião. Mas o que ocorreu, como é de praxe na mecânica operacional dessas ONGs homossexuais, foi pressão política pela supressão da liberdade de expressão.

O fato é que essa cruzada gayista, cujos flancos estão cobertos pelos centuriões do politicamente correto, vem ganhando terreno, conquistando privilégios e suprimindo direitos, que em última instância acabarão com o nosso direito fundamental de passar nossos valores aos nossos filhos e de gostar daquilo que quisermos, e não daquilo que somos obrigados.

Anônimo disse...

Qualquer polêmica gerada pode ser positiva, serve para que se perceba as diversas formas em que é possível ser visto uma mesma questão, mesmo que em comentários prontos e vazios, argumentados pelo preconceito ou total falta de conhecimento repetidos com a mesma superficialidade de quem possa defender o contrário.
O texto do Rodrigo não é de posicionamento sobre a defesa ou não do homossexualismo, é uma critica, acertada ao meu ver, dos exageros que podem envolver a forma os meios e os recursos para forçar um possível aceitação pela sociedade. Desta forma, como o texto sugere, concordo que a conquista deve ser antes de tudo um fato individual, determinado pela própria aceitação e pela busca do respeito, como em qualquer outra situação normal da vida, daí focar a sexualidade como objeto de imposição é um erro desta militância, e pouco constrói, além, como na maioria das vezes, ajuda a fortalecer os esteriotipos que os cercam. Afinal, ser gay é viver em festa e extravagancia? Não é.
Sou homossexual e vivo um relacionamento estável e duradouro, não julgo se melhor ou pior do que se não fosse, tenho, porque ja os tinha, filhos saudáveis e bem identificados que construiram suas vidas independentemente deste fato, me considero realizado mas é por uma conquista baseada principalemnte na individualidade, desde a aceitação, o respeito mutuo a quem possa ou não entender ou acatar, a conuista pelo exemplo e não pela força, afinal somos todos diferenciados, ou pelo menos deveríamos, apesar daqueles comentários.

O Direitista disse...

Não tenho uma opinião formada sobre se há algo de moralmente errado no homossexualismo ou não. Mantenho a questão entre parênteses por enquanto.

O que me parece evidente é que ninguém pode impedir que se defenda que o homossexualismo é normal, motivo de orgulho ou moralmente errado.

Assim, um padre deve ser livre para pregar contra o homossexualismo e não deve ser obrigado a aceitar um homem vestido de mulher em sua igreja se ele não quiser.

O movimento gay tem o direito de fazer suas manifestações sobre o orgulho que têm, embora eu discorde de que haja algo para se orgulhar em uma preferência sexual.

E também há o direito daqueles que querem defender a normalidade. No entanto, há uma certa patrulha deste último grupo, que tem se mostrado como o mais intolerante de todos. Certos de que têm razão (talvez tenham, talvez não, não vou entrar no mérito), eles passaram a atacar o direito de expressão de quem condena o homossexualismo, passaram a militar em favor da intromissão do Estado via criação de leis especiais para garantir os "direitos gays", passaram a hostilizar a igreja e os raros conservadores que ainda existem no Brasil. Isso é totalmente inaceitável.

SrtaJu disse...

Discordo de quem falou que deveria ser feito num sambodromo.
a primeira parada gay que vi foi em BH, eu estava viajando com um grupo da terceira idade e de repente nos deparamos com aquelas bandeiras coloridas. E posso dizer as velhinhas ficaram abismadas. Agora,se fosse feito em outra área seria o mesmo que não mostrar a realidade, iria no sambodromo só quem quisesse ver. A homossexualidade é fato,aliás de longa data, e tem gente que não sabe disso.
Ai o que acontece, um belo dia um casal gay vai a um restaurante e todos olham estranho achando que é alguma doença. Isso sim é letargia mental.

Anônimo disse...

Na verdade, celebra-se o "orgulho" gay, não por que eles se acham melhores que os heteros. É apenas uma forma de se levantar a auto-estima de um grupo tão ridicularizado e marginalizado. Ser um cidadão de segunda categoria, com diretos cerceados, certamente acaba com a auto-estima de qualquer um. Portanto, celebrar o orgulho gay é só uma forma de dizer que não há motivos pra vergonha.
Sobre o financiamento público das paradas: tratamento desigual aos desiguais. É obrigação do Estado defender os grupos mais "fracos" (politicamente). É, também, obrigação do estado, promover camopanhas educativos de caráter cidadão. E é exatamente isso a que se propões uma parada gay.
Ações afirmativas são fundamentais para se acabar com qualquer preconceito. Negros ou gays, não interessa. O Estado precisa fazer sua parte.
Sobre os transtornos causados pela parada, as pessoas estão certíssimas. Moro em Salvador-BA, e o carnaval daqui me causa um grande incômodo. Vamos acabar com ele? E o que dizer das maratonas? Nada mais chato que ter uma avenida interditada, só para que uma centena de pessoas possam correr. Vamos acabar com elas também? A parada gay é sim uma festa. Mas é, também, uma manifestação política.
Sobre o lobby "cor-de-rosa": sim, o politicamente correto não é engraçado. Mas o oposto só é engraçado para quem não está sendo ridicularizado. Tirar uma emissora do ar foi uma das coisas mais justas que já vi acontecer nesse país. Mas, ao contrário do que disse Victor Perez, ninguém quer obrigar ninguém a gostar de nada. Mas respeito ao diferente é obrigação de qualquier ser humano.

Anônimo disse...

Na verdade, celebra-se o "orgulho" gay, não por que eles se acham melhores que os heteros. É apenas uma forma de se levantar a auto-estima de um grupo tão ridicularizado e marginalizado. Ser um cidadão de segunda categoria, com diretos cerceados, certamente acaba com a auto-estima de qualquer um. Portanto, celebrar o orgulho gay é só uma forma de dizer que não há motivos pra vergonha.
Sobre o financiamento público das paradas: tratamento desigual aos desiguais. É obrigação do Estado defender os grupos mais "fracos" (politicamente). É, também, obrigação do estado, promover camopanhas educativos de caráter cidadão. E é exatamente isso a que se propões uma parada gay.
Ações afirmativas são fundamentais para se acabar com qualquer preconceito. Negros ou gays, não interessa. O Estado precisa fazer sua parte.
Sobre os transtornos causados pela parada, as pessoas estão certíssimas. Moro em Salvador-BA, e o carnaval daqui me causa um grande incômodo. Vamos acabar com ele? E o que dizer das maratonas? Nada mais chato que ter uma avenida interditada, só para que uma centena de pessoas possam correr. Vamos acabar com elas também? A parada gay é sim uma festa. Mas é, também, uma manifestação política.
Sobre o lobby "cor-de-rosa": sim, o politicamente correto não é engraçado. Mas o oposto só é engraçado para quem não está sendo ridicularizado. Tirar uma emissora do ar foi uma das coisas mais justas que já vi acontecer nesse país. Mas, ao contrário do que disse Victor Perez, ninguém quer obrigar ninguém a gostar de nada. Mas respeito ao diferente é obrigação de qualquier ser humano.

Anônimo disse...

Ótimo artigo do Rodrigo Constantino.

Concordo integralmente com os comentários do Victor Perez e d'O Direitista.

Quanto ao caso da CENSURA ao programa do João Kleber e a retirada da RedeTV do ar por parte de ONGs gays e seus sócios judiciários, foi mesmo apenas mais um ato puro e simples de arrogância e totalitarismo do lobby GLBT, em sua eterna luta contra a liberdade de expressão e de pensamento.

Anônimo disse...

Sou Cristão Conservador,concordo com "O direitista".
O Homossexual deve ser respeitado como pessoa,é totalmente errado zombar deles,usar de violência e marginalizar essas pessoas,mas nunca eu vou aceitar a prática do homossexualismo(o sexo anal,oral)como uma coisa boa ou louvável a Deus,eu tenho uma religião e princípios que condenam o homossexualismo,não acho certo.Eu tenho direito de não aceitar,não me acho homofóbico,intolerante,preconceituoso ou fanático.Respeito pessoas homossexuais.

Unknown disse...

pois bem,
para mim, essa 'parada gay' é um verdadeiro 'circo erotico' a ceu aberto! não é algo para ser levado a serio. vc passa pela rua com seus filhos e sua mulher e simplesmente é OBRIGADO a ver gays nus em cima de trios eletricos! FRANCAMENTE!
não deveriam ter orgulho e sim vergonha
sou hetero, e nem por isso ponho mulher com as genitalias a mostra para afirmar minha 'sexualidade'
acho q isso deveria ter alguns limites

Anônimo disse...

O rótulo "gay" e todo o estereótipo que o nome carrega é ,ao que parece ,algo recente e não deveria ser levado a sério, uma vez que a homossexualidade, um distúrbio de comportamento, não é diretamente relacionada com essa postura "cor-de-rosa".
Ser ou não ser gay não deveria ser comparado com questões raciais, pois até onde se foi estudado, não existe uma "raça gay".
é só o q eu axo...

Anônimo disse...

ACHO APENAS QUE NÃO É O CASO DE INVENTAR OUTRO DEUS COMO JA FOI DITO ,TENDO EM VISTA QUE DEUS ODEIA O PECADO MAS AMA O PECADOR MUITO SE FALA EM RESPEITO VAMOS NOS RESPEITAR ,AO SENHOR AO MENOS, MAS INDEPENDENTE DE OPINIÃO EU SÓ QUERO DIZER QUE SEMPRE DEUS TORNOU ABASSTADOS EM TODOS OS SENTIDOS AQUELES QUE SE ARREPENDERAM DOS SEUS ERROS E VOLTARAM-SE PARA ELE. HÁ ESPERANÇA EM CRISTO ...
SEMPRE

Anônimo disse...

Além de o homossexualismo ser uma prática antinatural e contrária as leis de Deus, o homossexualismo se se converteu na ideologia da imoralidade, onde quem quer que seja que a critique , será rotulado de pré-conceituoso e homofóbico.

As pessoas têm total direito e dever de repudiar toda e qualquer conduta que seja contrária aos princípios morais, éticos e cristãos que ainda norteiam esse país.

O indivíduo que quer ser homossexual que seja, mas depois que responda perante sua própia consciência e que não venha querer [impor] o seu modo torpe de viver sob os demais entes da sociedade.

O movimento gay tem que ser investigado, pois é inaceitável que se use dinheiro público para financiar comportamentos imorais, pois o governo ao bancar esses movimentos está discriminando as pessoas que não compactuam com esse "modus vivendi" dos gays.

Eu não pago impostos para serem torrados em movimentos gays e Ongs Gltb que são mantidas às custas dos meus impostos.

"O Louco" Andarilho de Entre-Mundos disse...

Não pretendo usar da minha inteligência para contradizer argumentos inválidos. Primeiro aprendam a diferenciar orientação sexual de identidade de gênero, antes de falar o que não sabem. Para os que juram saber alguma coisa, homossexualiDADE, não é considerada parafilia a muito tempo. O mais estúpido é acreditar que uma pessoa escolha ser homossexual, bissexual, travesti ou transexual, sabendo que sofrerá com a ignorância de grande parte de nossa sociedade que não é capaz de pensar, e só repete o que seus líderes "inspirados" falam, sem conhecimento algum. Consideremos a palavra Orgulho como antônimo da palavra Vergonha: nenhuma pessoa GLBTT deve ter vergonha do que é, mesmo que uma maioria heterocentrista, machista, sexista, intolerante, preconceituosa, acredite que estas pessoas sejam vergonhosas.

Anônimo disse...

Caros senhores:

A questão do "Orgulho Gay" é tão escabrosa que quase não merece atenção da minoria inteligente que ainda pensa neste país.

Esse tema é tão aviltante que mesmo sendo tratado de forma liberal e democrática ainda assim nos deixa com uma sensação de nojo.

As leis podem coibir as ações do indivíduo mas jamais seus sentimentos de repulsa ou seu pensamento acerca da questão gay.

O que norteia nossas ações não é o que a lei determina como certo ou errado mas sim, nossos sentimentos e pensamentos.

Criar leis que proíbam qualquer manifestação homofóbica por parte dos heterossexuais, regulando o comportamento das pessoas, pode até ser mas forçar as pessoas a nutrirem sentimentos de simpatia ou admiração por tal tipo de comportamento humano é querer demais.

Oras, se minha igreja passar a promover o casamento homossexual é claro que me retirarei dela e nunca mais porei meus pés na mesma, deixando bem claro o porquê de meu abandono do credo.

Se eu estiver num ambiente onde os gays tomaram conta, como num restaurante, por exemplo, é claro que se eu me sentir incomodado com isso me retirarei do local.

Com esse protesto silencioso e ostensivo conseguiremos demolir esse preconceito contra os heterossexuais sem nem sequer precisar transgredir a lei que os defende.

Afinal, se eles querem tomar conta da sociedade, deixem-nos. Quem for heterossexual de verdade ou cabra-macho como diz os nordestinos, acabará por boicotar os ambientes os quais eles tomaram conta e aí quero ver.

Abraços.

Anônimo disse...

E discriminar uma pessoa por sua condição sexual, pode!
Quer dizer, talvez se vivessemos numa sociedade onde ruivos e altos fossem discriminados, eles passassem a desenvolver um orgulho pelas suas caracteristcas físicas, que ao invés de serem um fardo numa sociedade que os rejeitaria, se tornaria um motivo para se amarem e se respeitarem, apesar da discriminação.

Ou seja, orgulho gay não significa: "Ei, eu sinto orgulho de gostar de homens, ao invés de mulheres como 90% dos homens". Mas, sim: "Ei, apesar de grande parte das pessoas não aceitarem quem eu sou, apesar de o meu país se recusar a me conceder dezenas direitos que pessoas héteros possuem, apesar de a cada dois dias uma pessoa como eu morrer por crime de ódio, apesar de a cada dia 3 jovens como eu se suicidarem pelo preconceito que sofrem, eu me amo me respeito! Eu sinto orgulho de ser quem sou!"
Isso é o orgulho gay, cara. Aliás, o que você sabe sobre isso? Se você escreve "preferência sexual", quando que você escolheu ser héterossexual? Eu não também não escpolhi, cara. Eu e você estamos condicionados a orientações sexuais diferentes. E, finalmente, pesquise antes de escrever sobre algo!