quarta-feira, março 12, 2008

A Mãe do PAC


Rodrigo Constantino

Recentemente, o presidente Lula disse que a ministra Dilma Rousseff era a "mãe do PAC". A poderosa Ministra Chefe da Casa Civil reconheceu a maternidade da criança, "para o bem ou para o mal". Estaria o PT pensando já nas próximas eleições em 2010? Se for este o caso, melhor conhecermos um pouco mais do currículo dessa ministra com tom autoritário. Os fatos são conhecidos por muitos, mas não custa refrescar a memória daqueles que por ventura esqueceram dos detalhes da trajetória de Dilma.

Nos tempos da ditadura militar, a "companheira Estella" foi uma das que planejou o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo. O crime foi praticado pela Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares, ou VAR-Palmares. Este grupo revolucionário era fruto da fusão entre a Vanguarda Popular Revolucionária, de Carlos Lamarca, com o Colina, grupo que tinha "Estella" como líder. Em julho de 1969, treze guerrilheiros da VAR-Palmares roubaram o cofre de uma casa no bairro carioca Santa Tereza, onde viva a amante de Adhemar. Os assaltantes teriam levado US$ 2,6 milhões na operação. Dilma, a então "companheira Estella", teria organizado pelo menos três ações de roubo de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro, somente em 1969.

Dilma não declarou publicamente ter se arrependido desses tempos. Pelo contrário: ela parece sentir orgulho de suas ações no passado. Comunistas são assim mesmo: acham que os fins justificam quaisquer meios. Isso sem falar que os fins escolhidos por eles são a escravidão, miséria e ditadura, resultados inevitáveis do comunismo. Dilma, assim como vários outros guerrilheiros daquela época, não era uma heroína combatendo a ditadura, mas sim uma guerrilheira lutando por outra ditadura, muito mais cruel. Aquela adotada em Cuba, ilha-presídio até hoje admirada por eles. Se esses guerrilheiros tivessem vencido, o Brasil hoje poderia ser uma enorme Cuba. Como disse Roberto Campos, "é sumamente melancólico – porém não irrealista – admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’..."

Mas o tempo passou e hoje muitos desses guerrilheiros estão no poder ou recebendo vastas quantias de indenização, pagas pelo "contribuinte" brasileiro. Somos forçados a bancar a vida mansa daqueles que lutavam pela mais bárbara ditadura comunista. O governo Lula teve como Ministro Chefe da Casa Civil, antes de Dilma, outro desses guerrilheiros, José Dirceu. Ao que parece, para ser importante no governo Lula é preciso ter sido criminoso. Faz sentido: um governo tão corrupto assim é trabalho para profissionais do ramo!

Qualquer um pode errar, pode ser vítima de um tolo romantismo de juventude, pode ser enganado pela retórica socialista. Muitos foram, mas acordaram e se arrependeram por ter defendido algo tão bizarro como o socialismo. No entanto, Dilma não foi apenas uma defensora do socialismo no campo das idéias. Ela escolheu o caminho do crime. E pior: não se diz arrependida. Errar é humano, mas insistir no erro é burrice. No caso, burrice de quem acha louvável a trajetória da poderosa ministra, que pode vir a ser a candidata petista à presidência. Não sei quanto ao caro leitor, mas para mim, ladrão é ladrão, mesmo que diga roubar por uma causa "nobre". Quem rouba cofre é ladrão, não herói. Quem defende o modelo de Fidel Castro é safado, não altruísta. Quem faz ambos, pode acabar como o mais poderoso ministro, se Lula for o presidente. É esse o país que o povo brasileiro escolheu ter?

15 comentários:

Anônimo disse...

ela nao eh burra não, é safada mesmo, ninguém se mantém no mesmo erro, GALGANDO POSTOS por 30 40 anos... os burros até continuam burros, mas continuam com suas vidinhas de professor universitário, nao como possíveis presidentes.

Reginaldo Macêdo de Almeida disse...

Uns são cretinos e outros idiotas... Adivinha quem é quem...

Anônimo disse...

Caramba, essa eu não sabia.

Anônimo disse...

É,quanto "santo" aqui.

Até parece que ninguém aqui nunca fez merda no passado.

HIPÓCRITAS!

Rodrigo Constantino disse...

"Eu",

Respondo por mim apenas: jamais assaltei casas, roubei bancos, sequestrei pessoas ou pratiquei atos terroristas.

Rodrigo

ANTI-MOFO disse...

Eu também posso responder por mim, nunca roubei cofre dos outros, nunca mamei nas tetas do Estado, nunca sequestrei tampouco matei alguém.

O tal do "Eu" que escreve acima já realiza sua confissão não-intencional ao proclamar a "socialização" do crime, bem ao estilo do que foi dito no artigo mais novo deste Blog.

Esse papo de "quem não fez merda quando novo" é o típico lenga-lenga de criminoso ou de defensor de criminoso, o que também lhe atribui a condição do primeiro.

E, pelo tipinho, o tal "Eu" não só fez muita merda quando jovem como continua fazendo atualmente.

Anônimo disse...

Como eu sabia que os guinus iriam usar esse argumento:"mas eu nunca fiz isso..."

O que a bandida da Dilma fez, é moralmente inaceitável,claro.Mas independente do grau de infração,erro ou merda TODOS NÓS já cometemos algo moralmente inaceitável.

Será que terei que dar um exemplo para ficar mais didatico?

A bandida fez algo que causou danos e sofrimeto a alguém,certo?

O problema em sua ESSÊNCIA foi ESSE SOFRIMENTO,DANO causado ao outro.

Agora digamos que um dos ilustres hipócritas tenha alguma vez no passado(ou presente) "chifrado" alguém.Foi um ato que causou DANOS E SOFRIMENTOS ao outro(na hipótese de o corno ter descoberto)tanto quanto,ou mais,o da Dilma.

Nas nossas convenções sociais ROUBAR é tão inaceitável quanto TRAIR,PORTANTO AMBAS SÃO MORALMENTE inaceitáveis.

À propósito os ilustres hipócritas prefeririam ser vítima de um roubo material ou chegar em casa e ver a querida esposa com um urso.

Todos nós já fizemos alguma merda sim.

Anônimo disse...

Se a Dilma é a mae do PAC, o ultimo é um filho da puta.

ANTI-MOFO disse...

Segundo raciocínio do celerado que assina como "Eu", não seria necessário Código Penal, já que a múmia coloca no mesmo cesto qualquer espécie de delito. Pena igualitária para todos, desde o adúltero até o genocida

Segundo o espécime vegetal que, aliás, aparece algum problema com relação à fidelidade conjugal, roubar uma bala na padaria e fuzilar 50.000 pessoas é a mesma coisa, pois, em essência, está causando sofrimento ou dano a alguém.

Que todos fazem merda, isso é fato. O tal do "Eu", por exemplo, faz uma toda vez que tenta escrever. No entanto, uma pequena minoria é de fato criminosa, que assalta e sequestra, como a tal dona Dilma. Sabe-se lá se até não andou matando gente, esporte favorito da companheirada. Mas, para o cérebro-de-sagui que escreveu duas mensagens acima, ninguém é melhor do que ninguém.

É exatamente esse clima de impessoalidade criminosa que os comunistas ou qualquer outro grupo de dromedários metidos a Messias tentam implementar para desestabilizar o sistema. Uma situação onde o certo e o errado ficam nesse limbo indefinível, e os cabeções podem matar ou prender quem quiserem, afinal de contas, são todos criminosos.

Anônimo disse...

Tá bom de usar anti-mofo em vc mesmo.

Por acaso o subterraneo aí já sonegou APENAS UM imposto?

Se já,saiba que indiretamente vc é responsável pelo sofrimento ou até mesmo a morte de alguém.

Se disser que não, vc além de MOFADO é um grande mentiroso.

Anônimo disse...

A propósito, adultério sequer é considerado crime no Brasil.

Quase todo mundo já traiu esposa ou jogou lixo na rua. São condutas realmente erradas, legal e moralmente, e que devem ser reprimidas e evidatas por cada um de nós (principalmente a segunda, que afeta o espaço público).

Eu me arrependo de muitas coisas que fiz. Nada de errado com isso, pois, para mim, um dos propósitos da vida é o aperfeiçoamento constante, moral e intelectual.

O problema de pessoas como a Dilma é que vestem a mesma máscara e usam as mesmas bandeiras equivocadas do passado. Relutam em admitir seus erros e, o que é pior, continuam a incidir neles. Mas agora não precisam roubar ou sequestrar, pois têm a caneta estatal na mão...

Anônimo disse...

Quanto a relutância da Dilma em admitir seus erros é simplismente asqueroso,concordo.

Mas,entenda a essência do que eu disse.Quando eu falei de traição não foi no sentido LEGAL,e sim no sentido de causar sofrimento a outrem.

Pergunte a sua esposa se ela prefere ser roubada por alguém ou se ser traída por vc.

Anônimo disse...

É, deve ser tudo ladrão, terrorista e bandido mesmo...

Mas e o "outro", aquele que surrupiou direitos, liberdades, torturou e matou em nome de uma suposta luta contra os comunas devem ser chamados de que?

Faça-me um favor...

Anônimo disse...

Coordenação de ações: este é o ponto central do modelo de gestão implementado pela Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. Por tal se entenda ações dos ministérios e integração com ações dos estados e municípios.

Em seu computador, estão centenas de arquivos com os diversos planos que estão sendo elaborados e coordenados pela Casa Civil. Cada plano tem os atores claramente definidos, a parte que cabe a cada um, as etapas de cada projeto e os relatórios de avaliação.

No governo Fernando Henrique Cardoso foram feitos os primeiros ensaios de ação integrada, através do Programa Avança Brasil. Desenvolveram-se metodologias relevantes, mas a implementação falhou por dois motivos: na maneira de envolver os diversos Ministérios; e na maneira de envolver estados. O programa ficou sob responsabilidade de gestores públicos (nova categoria do funcionalismo público), sem ascendência sobre os Ministros. E, foram montadas ações que passavam por vários estados, sem levar em conta a questão federativa.

Dilma pegou os conceitos e aprofundou-os. Abriu mão de consultorias externas. “O conhecimento agora está nascendo das nossas entranhas”, diz ela, “é um aprendizado em há uma melhoria conjunta de todos os Ministérios. Isso é um ganho para o Estado, não necessariamente para um ou outro governo”. No aprendizado estão envolvidos todos os Ministérios, mais os 27 estados e os principais municípios. Por isso, é um aprendizado que ficará.

Há um processo intenso de discussão prévia que permite definir o papel de cada ator e as ações necessárias. Com isso, evita-se superposição de verbas, ou falhas, no decorrer do processo, que possam comprometer os resultados. “Isso é melhoria de gestão, melhoria de gasto público”, diz Dilma.

Tome-se o caso do PAC Saneamento e Habitação. Primeiro, houve uma série intensa de reuniões, incluindo vários “conference call” em 26 estados.

Foram definidas, primeiro, as prioridades:

1. Obras de grande porte, com impacto na integração do tgerritório.

2. Atendimento em áreas de mortalidade infantil elevada.

3. Atendimento à população de baixa renda.

4. Complementação de obras já iniciadas.

Depois chamaram para conversar governadores, prefeitos das capitais e das cidades maiores de 150 mil habitantes. Das discussões saiu o diagnóstico para cada Estado.

Pegue-se o exemplo de Manaus. Há um problema emergencial: não tem água potável. E outro de médio prazo, que é a rede de saneamento. No caso do emergencial, a responsabilidade ficou da prefeitura, com a ajuda do estado e da União. Para o médio prazo, terá que ser criada toda uma estrutura de canalização e de captação: e aí a responsabilidade será do Estado.

***

No computador de Dilma tem um arquivo com todos os estados, definindo as obras principais, a parte de recursos que caberá a cada ente federativo, as etapas do processo de implantação e os relatórios de acompanhamento.

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Mas a menina dos olhos da Ministra é o programa “Territórios da Cidadania”. Será um desafio de integrar diversos programas sociais, envolvendo 19 ministérios e R$ 11 bilhões em verbas orçamentárias.
Mas aí, o espaço da coluna acabou.

Do Blog do Nassif.

Mauricio disse...

Mas grave do que ter sido uma criminosa (ou ter feito merda como disse o "eu") e ter orgulho e nao demonstrar qualquer arrependimento desse passado.
Quanto a esse texto imenso que alguem postou do blog do Nassif mostra a principal virtude da ministra: a propaganda. De concreto, nada jamais se viu, mas fica combinado que ela eh a gerentona competente. Entao ta.