Rodrigo Constantino
“O poder sindical é essencialmente o poder de privar alguém de trabalhar aos salários que estaria disposto a aceitar.” (Hayek)
“O poder sindical é essencialmente o poder de privar alguém de trabalhar aos salários que estaria disposto a aceitar.” (Hayek)
O debate sobre o sindicalismo está de volta, com uma escancarada luta pela manutenção de privilégios à custa do povo. Os reacionários que desejam manter o imposto obrigatório para sustentar os sindicatos utilizam até ameaça de violência. Muita gente acredita que os sindicatos são benéficos para os trabalhadores. Por uma visão distorcida de que patrões pretendem explorar empregados, essas pessoas acham que esses poderosos sindicatos fortalecem o lado mais fraco dessa “luta de classes”, possibilitando ganhos maiores para os “explorados”. Nada mais longe da verdade.
Em primeiro lugar, os empresários, em um ambiente competitivo, terão total interesse na boa qualidade de vida dos seus empregados. Afinal, funcionário feliz é produtividade maior. Várias empresas foram inovando nesse sentido, para melhorarem o ambiente de trabalho dos seus empregados, ganhando muito em eficiência com isso. A Souza Cruz, por exemplo, possui uma grande academia para funcionários, enquanto a Embraco estimula a união dos empregados com enormes centros esportivos. No Vale do Silício, as empresas de internet são totalmente informais, e depositam grande foco na questão do bem-estar dos empregados. Várias empresas criaram espontaneamente creches, para que as mães pudessem trabalhar perto dos filhos pequenos. Os exemplos são infindáveis. A competição capitalista e a busca do lucro fazem com que os empresários gastem bastante energia na questão da produtividade da mão-de-obra, e esta depende muito da satisfação e qualidade de vida dos empregados.
Na contramão desse interesse mútuo de patrão e funcionário, estão os sindicalistas, que objetivam somente poder político, para que poucos poderosos usufruam de regalias desmerecidas. Vários líderes sindicais levam uma vida de verdadeiro luxo, graças ao poder político que têm nas mãos. Esses sindicatos monopolizam a oferta de emprego, via coerção, e passam a ser os contratantes, inviabilizando que empregados negociem diretamente com o patrão. Em nome dos interesses dos funcionários, esses poucos sindicalistas poderosos maximizam seus interesses particulares, muitas vezes em detrimento dos interesses reais dos trabalhadores.
A lei atual que trata dos sindicatos foi inspirada no fascismo de Mussolini, e garante um poder absurdo a tais entidades. Alguns sindicalistas são tão ricos que possuem até aviões, lanchas e carros blindados, fruto de uma concentração de poder enorme que pressiona os empresários, não a melhorarem a qualidade de vida dos empregados, mas sim a dos próprios sindicalistas. Os sindicatos assumem o poder de patrão de facto, não pelas vias competitivas econômicas, mas sim pela via política. Quem paga o preço é o restante do país, como os consumidores que pagam preços maiores pela menor eficiência das empresas, os desempregados que aceitariam outras condições de trabalho se fossem livres para negociar diretamente com os patrões, ou os empresários que são forçados a reduzir a eficiência operacional para bancar a festa dos sindicatos poderosos. Todos perdem, os poderosos sindicalistas ganham.
Para quem acredita mesmo que os sindicatos que trouxeram as vantagens atuais existentes em vários empregos, vale lembrar quem é responsável pelas inovações nas empresas. Imaginem voltarmos um século no tempo e darmos total poder aos sindicatos. Alguém acha que essas pessoas seriam capazes de criar a décima parte que foi criado por empreendedores, criações que facilitaram e muito a vida dos trabalhadores? Alguém acredita que Luizinho iria inventar o ar condicionado ou o microondas? Alguém acha que o Paulinho teria a idéia de criar o programa de stock options para estimular a produtividade? Alguém acha que o pessoal da CUT teria capacidade de inventar o Modelo T da Ford, e todos os demais carros que se seguiram? Algum líder sindical teria a capacidade de criar a Internet?
Todos os avanços obtidos na produção de bens e serviços foram possíveis através da mente inovadora de alguns, e é o processo competitivo do capitalismo que permite que tal progresso chegue às massas. Os sindicatos não passam de uma barreira artificial nesse processo natural, cobrando um enorme pedágio para que o gargalo seja desobstruído. Monopolizando a oferta de trabalho na marra, através do poder político, os sindicatos exploram os trabalhadores e empresários em nome da luta contra a exploração. Os verdadeiros ganhos dos trabalhadores vêm da competição livre entre empresas. Os sindicatos poderosos acabam muitas vezes sendo um entrave neste caminho, representando a politização dos empregos. Limitar o estrago causado pelos sindicatos é fundamental para a liberdade dos trabalhadores.
Foi o que Thatcher fez na Inglaterra. Os sindicatos mafiosos conquistavam cada vez mais poder, paralisando a nação através de violentas greves, onde os trabalhadores não eram livres para não aderir. A Primeira-Ministra enfrentou com determinação esse grupo de privilegiados, para o grande benefício da economia inglesa e, por conseqüência, dos trabalhadores ingleses. Reagan foi pela mesma linha nos Estados Unidos, no famoso caso da greve dos controladores de vôo. Quando os sindicatos se transformam num poder paralelo, abusando inclusive do poder de violência ou ameaça de seu uso, faz-se necessário combater com firmeza este mal, pois são justamente os trabalhadores, supostamente os defendidos pelos sindicatos, que mais perdem. Não é por acaso que a contribuição sindical costuma ser compulsória. Ora, se os sindicatos são realmente úteis e desejáveis por parte dos trabalhadores, nada mais justo do que a colaboração ser voluntária. Quem defende a manutenção do imposto sindical está dando um atestado de que reconhece a ineficiência deste meio para atender as demandas dos próprios trabalhadores. Quando vemos os métodos usados na defesa da manutenção do privilégio, extremamente violentos, isso fica ainda mais evidente.
Em primeiro lugar, os empresários, em um ambiente competitivo, terão total interesse na boa qualidade de vida dos seus empregados. Afinal, funcionário feliz é produtividade maior. Várias empresas foram inovando nesse sentido, para melhorarem o ambiente de trabalho dos seus empregados, ganhando muito em eficiência com isso. A Souza Cruz, por exemplo, possui uma grande academia para funcionários, enquanto a Embraco estimula a união dos empregados com enormes centros esportivos. No Vale do Silício, as empresas de internet são totalmente informais, e depositam grande foco na questão do bem-estar dos empregados. Várias empresas criaram espontaneamente creches, para que as mães pudessem trabalhar perto dos filhos pequenos. Os exemplos são infindáveis. A competição capitalista e a busca do lucro fazem com que os empresários gastem bastante energia na questão da produtividade da mão-de-obra, e esta depende muito da satisfação e qualidade de vida dos empregados.
Na contramão desse interesse mútuo de patrão e funcionário, estão os sindicalistas, que objetivam somente poder político, para que poucos poderosos usufruam de regalias desmerecidas. Vários líderes sindicais levam uma vida de verdadeiro luxo, graças ao poder político que têm nas mãos. Esses sindicatos monopolizam a oferta de emprego, via coerção, e passam a ser os contratantes, inviabilizando que empregados negociem diretamente com o patrão. Em nome dos interesses dos funcionários, esses poucos sindicalistas poderosos maximizam seus interesses particulares, muitas vezes em detrimento dos interesses reais dos trabalhadores.
A lei atual que trata dos sindicatos foi inspirada no fascismo de Mussolini, e garante um poder absurdo a tais entidades. Alguns sindicalistas são tão ricos que possuem até aviões, lanchas e carros blindados, fruto de uma concentração de poder enorme que pressiona os empresários, não a melhorarem a qualidade de vida dos empregados, mas sim a dos próprios sindicalistas. Os sindicatos assumem o poder de patrão de facto, não pelas vias competitivas econômicas, mas sim pela via política. Quem paga o preço é o restante do país, como os consumidores que pagam preços maiores pela menor eficiência das empresas, os desempregados que aceitariam outras condições de trabalho se fossem livres para negociar diretamente com os patrões, ou os empresários que são forçados a reduzir a eficiência operacional para bancar a festa dos sindicatos poderosos. Todos perdem, os poderosos sindicalistas ganham.
Para quem acredita mesmo que os sindicatos que trouxeram as vantagens atuais existentes em vários empregos, vale lembrar quem é responsável pelas inovações nas empresas. Imaginem voltarmos um século no tempo e darmos total poder aos sindicatos. Alguém acha que essas pessoas seriam capazes de criar a décima parte que foi criado por empreendedores, criações que facilitaram e muito a vida dos trabalhadores? Alguém acredita que Luizinho iria inventar o ar condicionado ou o microondas? Alguém acha que o Paulinho teria a idéia de criar o programa de stock options para estimular a produtividade? Alguém acha que o pessoal da CUT teria capacidade de inventar o Modelo T da Ford, e todos os demais carros que se seguiram? Algum líder sindical teria a capacidade de criar a Internet?
Todos os avanços obtidos na produção de bens e serviços foram possíveis através da mente inovadora de alguns, e é o processo competitivo do capitalismo que permite que tal progresso chegue às massas. Os sindicatos não passam de uma barreira artificial nesse processo natural, cobrando um enorme pedágio para que o gargalo seja desobstruído. Monopolizando a oferta de trabalho na marra, através do poder político, os sindicatos exploram os trabalhadores e empresários em nome da luta contra a exploração. Os verdadeiros ganhos dos trabalhadores vêm da competição livre entre empresas. Os sindicatos poderosos acabam muitas vezes sendo um entrave neste caminho, representando a politização dos empregos. Limitar o estrago causado pelos sindicatos é fundamental para a liberdade dos trabalhadores.
Foi o que Thatcher fez na Inglaterra. Os sindicatos mafiosos conquistavam cada vez mais poder, paralisando a nação através de violentas greves, onde os trabalhadores não eram livres para não aderir. A Primeira-Ministra enfrentou com determinação esse grupo de privilegiados, para o grande benefício da economia inglesa e, por conseqüência, dos trabalhadores ingleses. Reagan foi pela mesma linha nos Estados Unidos, no famoso caso da greve dos controladores de vôo. Quando os sindicatos se transformam num poder paralelo, abusando inclusive do poder de violência ou ameaça de seu uso, faz-se necessário combater com firmeza este mal, pois são justamente os trabalhadores, supostamente os defendidos pelos sindicatos, que mais perdem. Não é por acaso que a contribuição sindical costuma ser compulsória. Ora, se os sindicatos são realmente úteis e desejáveis por parte dos trabalhadores, nada mais justo do que a colaboração ser voluntária. Quem defende a manutenção do imposto sindical está dando um atestado de que reconhece a ineficiência deste meio para atender as demandas dos próprios trabalhadores. Quando vemos os métodos usados na defesa da manutenção do privilégio, extremamente violentos, isso fica ainda mais evidente.
5 comentários:
Aceito tudo o que disse Rodrigo, mas essa é a teoria "pura". Falta ao Brasil a ética já estabelecida naqueles países. Aqui a livre negociação seria um acordão "branco" do empresariado para ferrar com qualquer trabalhador que não fosse overqualified. Não gosto muito do termo capitalismo selvagem, mas se aplica. Porém prefiro tudo, menos fortalecer este sindicalismo esquerdista obtuso.
Abraços.
Muito interessante o seu ponto de vista, concordo com ele. Trabalhei na Caixa Economica durante 3 anos e convivi com sindicalistas e até participei das famigeradas assembléias. O que eu posso dizer dessa experiência: Sindicato é um antro de parasitismo, ninguém é sério, todos querem tirar vantagem de algo, e outra, a maioria é semi analfabeto. Poderia resumir o sindicalista como um frustrado que não teve a capacidade/vontade de estudar e se especializar para ocupar um cargo de importancia numa empresa. São todos invejosos do sucesso alheio.
O sindicato ajuda o trabalhador, como Lula ajuda o Brasil a crescer...
Muito bom o texto!
Grande Constantino!
O meu blog, o Pugnacitas, completa hoje seu primeiro ano.
Clique aqui para ler o Post onde faço uma pequena avaliação do período.
E visite nosso fórum de novembro: Jesus também salvou os neandertais?
Um grande abraço!
Catellius
Me considero um sujeito liberal sob todos os aspectos. Mas se há uma coisa em que concordo com Marx, é sobre a existência da ideologia de classe e da alienação. Esses são fenômenos sociais inegáveis, que muitos liberais rejeitam por puro automatismo ou preconceito.
O liberais costumam dizer, por exemplo, que a desigualdade social é produto de uma desigualdade natural de talentos entre os indivíduos, e que portanto é razoável que a riqueza seja distribuída de forma desigual entre os indivíduos desiguais.
É bom lembrar que a sociedade capitalista se baseia na divisão de trabalho entre os indivídos, de modo a que todos saiam lucrando com essa cooperação social. Entretanto, percebam que essa desigualdade de talentos e/ou inteligência só se dá porque há a tal cooperação entre os indivíduos. Em outras palavras, a existência social de cada um se deve ao trabalho de todos. Se existe um sujeito genial, talentoso, empreendedor ou criativo é porque alguém trocou suas fraldas, alguém construiu sua casa, alguém recolhe seu lixo, alguém ensinou-lhe a ler e escrever, alguém cuidou da sua saúde e alguém fez sua comida diariamente. Se não houvesse divisão de tarefas, não haveria gênios, artistas, empresários ou políticos. Todos teriam que ser auto-suficientes em tudo, o que impossibilitaria por definitivo qualquer existência. Imagine ter que construir sua casa sozinho, cozinhar sua comida, lavar e passar sua roupar, cuidar da própria saúde, recolher seu lixo, etc.
Estaríamos até hoje na idade da pedra.
Em tese, portanto, não deveria haver funções mais importantes do que outras na sociedade, de modo a que resultasse em tanta desigualdade na distribuição das riquezas. Qualquer trabalho seria essencial ao seu bom funcionamento social como um todo, que deve ser wncarado como dentro de uma visão orgânica. É claro que não prego a igualdade absoluta, pois ainda que haja diversidade de talentos e inteligência, há também aqueles que estão mais dispostos ao trabalho e outros que são mais preguiçoso, e outros ainda que não querem nem sequer trabalhar. Porém, admitindo que o sujeito trabalhe no limite de suas capacidades e da razoabilidade, não seria razoável que apenas por fazer um trabalho "braçal" tenha que ganhar infinitamente menos que, por exemplo, um intelectual, um juiz ou deputado.
Alguém poderá alegar qu, pela lei da oferta e da procura, existem muito mais pessoas aptas apenas ao trabalho manual do que ao trabalho especializado ou intelectual. É verdade. Mas isso, ao meu ver, deve ser tributado a uma falha inerente ao sistema, e deve ser corrigido. Não deve ser jogado simplesmente “na conta” dos trabalhadores manuais, de tal modo que estes receberiam salários ínfimos por conta disso. Se assim for, eles também podem se reunir em sindicatos e parar seus serviços, causando dano a sociedade. E com frequência fazem isso. Só não o fazem mais porque são desorganizados e alienados quanto a sua importância no bom funcionamento da rede social.
Enfim, há uma certa divergência no interesse das classes socias que deve ser equacionada da melhor maneira possível, e não pregando esse liberalismo ingênuo que adota uma espécie de meritocracia radical na qual há a supremacia de alguns indivíduos supostamente bem dotados sobre os demais.
Na minha opinião, o gênio e o talento, seja ele qual for, só é possível porque há um "burro de carga" trabalhando por ele.
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