sexta-feira, novembro 25, 2011

Vamos dar ao liberalismo uma chance!


Rodrigo Constantino

[Esta é a Introdução do meu novo livro, Liberal com orgulho, cujo lançamento será terça-feira que vem, dia 29, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon às 19h]

Poucas pessoas assumem ser liberais no Brasil. Com uma hegemonia da esquerda no ambiente intelectual do país, as virtudes e os fins nobres foram se tornando monopólio dos pensadores socialistas ou social-democratas, e qualquer ponto de vista liberal passou a ser automaticamente descartado como coisa de “elite” insensível ou oportunismo de grupos de interesse. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Os países liberais foram justamente aqueles que tiveram mais progresso material, associado sempre a uma ampla liberdade individual, incompatível com modelos que concentram demasiado poder no estado. Por que, então, ter vergonha de usar o termo liberal? Os fatos históricos e também o embasamento teórico estão do lado dos liberais. Por que fugir do rótulo?
Sim, os rótulos podem ser simplistas e gerar confusão. Mas não acredito que a saída para os liberais seja recusar tal denominação. Fazer isso é fazer o jogo da esquerda, aceitar que o monopólio da virtude está do lado de lá. Não está! E, por isso mesmo, faz-se necessário debater com foco nos argumentos, defendendo sem medo as posturas liberais. A timidez no debate, com os liberais sequer assumindo abertamente aquilo que pregam, representa um tiro no pé do liberalismo como opção de modelo ao país.
E que fique claro o ponto já levantado por Roberto Campos: o liberalismo nunca nos deu o ar de sua graça. Se o Brasil é um país com muita miséria e desigualdade social, isto não é culpa do liberalismo, pois este jamais existiu por aqui. O Brasil é um país patrimonialista e clientelista, que nos últimos 20 anos experimentou uma social-democracia com governo inchado, e que antes, nos tempos da ditadura, tampouco teve algo que se assemelhasse ao liberalismo, mesmo restrito à economia.
Dirigismo estatal não combina com livre mercado. Concentração de poder no estado também não é uma bandeira liberal. Portanto, os males que assolam nosso país não foram plantados por políticas liberais ou “neoliberais”, ao contrário do que reza a lenda esquerdista. O Brasil está na rabeira dos rankings que medem o grau de liberdade econômica dos países. O liberalismo simplesmente nunca foi testado na terra brasilis.
Infelizmente, nenhum partido organizado ostenta a cartilha liberal. A maior evidência disso foi o PFL, que ao menos carregava liberal no nome, alterar sua sigla para DEM, de democratas. Isso explica, em parte, a apatia da oposição durante o governo do PT. Os tucanos e democratas não sabem fazer oposição contra um governo que, em linhas gerais, utiliza o mesmo ideário social-democrata, com forte crença na capacidade do governo como locomotiva do progresso. Falta-lhes a convicção necessária para oferecer, de fato, um modelo alternativo, ou seja, o liberalismo.
Meu livro tenta justamente estimular este debate, mostrando porque os liberais merecem uma oportunidade política para posicionar o país em uma trajetória diferente, com mais liberdade econômica e individual. Os artigos aqui presentes falam de diversos temas distintos, mas invariavelmente retornam a este ponto central: a defesa da liberdade individual. E nada representa ameaça maior a esta liberdade do que um governo inchado, obeso, que concentra poder demais.
Cotas raciais, empréstimos subsidiados, privilégios, política inflacionária, corrupção fora de controle, leis arbitrárias, impunidade, burocracia asfixiante, tudo isso tem ligação, em última instância, com o modelo de sociedade que temos no Brasil, e que passa longe do liberalismo aqui defendido. Os principais pilares deste modelo liberal seriam o estado democrático de direito, o império das leis, igualmente válidas para todos, e uma economia de mercado, com preços livres, propriedade privada protegida e limitada intervenção estatal, mesmo que por meio de regulamentações.
O Brasil está muito longe deste modelo. É meu objetivo contribuir para que isto possa ser mudado. O quanto antes, pois custa muito caro, tanto em termos materiais quanto de liberdade individual e até vidas, insistir no erro do coletivismo estatizante atual. Vamos dar ao liberalismo uma chance!

45 comentários:

wagner disse...

parabéns pelo livro, precisamos movimentar mais essa idéia .

Anônimo disse...

se tivesse no rio iria comparecer pra pegar uma assinatura!

debate extremamente importante ainda mais nesse momento em que mais uma vez a utopia do planejamento central se mostra um erro gigante.
Pra mim, vislumbrar o Brasil adotando ideias mais liberais me parece tao distante que as vezes desanima...

Abs

gustavosauer disse...

Rodrigo, parabéns antes de tudo. Você por acaso comenta a constituição de 88? Estava lendo a CF88 e cheguei a conclusão que nenhum liberalismo vigoroso poderá um dia existir no brasil enquanto estivermos usando essa constituição. Qual sua opinião nisso? È possível ter um estado liberal associado a CF88?

abs

Rodrigo Constantino disse...

Gustavo,

Veja este meu artigo:

http://www.avozdocidadao.com.br/a_constituicao_besteirol.asp

Mas no livro não tem nada sobre isso.

alexandre disse...

Vc diz que os países liberais foram os que mais tiveram progresso material. Bem, acredito que entre esses países estejam os europeus. Mas atualmente vc diz que os europeus tem uma "estado de bem-estar" que atrapalha a economia. Minha pergunta : os países europeus (frança, itália, alemanha) estão entre esses com progresso ? e o que vc acha de Cingapura ?

alexandre disse...

Sobre liberais no Brasil, tivemos alguns economistas ditos liberais no governo, como Eugênio Gudin, Octávio Gouvea de Bulhões, Mario Henrique Simonsen, Roberto Campos e até seu amigo Gustavo Franco. Todos eles trairam a ideologia ao chegar ao poder ?

Rodrigo Constantino disse...

Alexandre, dá uma olhada no índice de Liberdade Econômica do The Heritage.

A Europa ficou rica, e agora está torrando, como um neto de avô rico. O welfare state está esgotando as riquezas de lá.

Cingapura tem ampla liberdade ECONÔMICA, e ficou rica por isso.

Os brasileiros liberais não eram ditadores no governo, eram pessoas tentando levar mais racionalidade para o governo. O que não quer dizer que tenham vencido a batalha. Algumas MEDIDAS liberais existiram. Mas a linha geral sempre foi estatizante. Deu nisso...

alexandre disse...

A pergunta sobre Cingapura foi proposital e já sabia de antemão a resposta. Leia o que fala o economista sul coreano Ha-Joon Chang para o Valor Econômico

"Valor: O senhor é influenciado por autores de todo o espectro ideológico, desde os austríacos até os marxistas, passando pelos keynesianos e os neoclássicos. A versatilidade faz falta às análises econômicas dos eventos recentes?

Chang: O argumento mais poderoso a favor do ecletismo intelectual está no mundo real, que não pode ser entendido com uma única teoria. O melhor exemplo é Cingapura. As pessoas só conhecem Cingapura como um país de livre comércio, receptivo ao investimento direto estrangeiro. Poucos sabem que o governo é dono de toda a terra, que 85% da moradia é fornecida pela empresa imobiliária estatal, que mais de 20% da produção industrial do país é estatal. Se alguém inventasse uma economia plenamente funcional com base em uma única teoria, poderia imaginar algo como Cingapura? É claro que não. O país combina os elementos mais extremos do mercado livre e do socialismo. Deveríamos aceitar que diferentes teorias iluminam diferentes problemas".

aqui o link da entrevista
http://economidiando.blogspot.com/2011/10/polarizacao-estado-mercado-e.html

o governo ser dono de toda a terra do país é ser liberal ? 20% da produção industrial é de origem estatal é ser liberal?

alexandre disse...

Só queria entender uma coisa : A Europa se tornou rica sendo liberal mas aí virou Estado de bem Estar e aí surgiu a crise do euro e ela ficou pobre ? É muito simplista a sua análise. E se a Europa está em decadência, quem está no lugar dela ? A China ? Mas ela é liberal ? A ìndia é liberal ? O desenvolvimento de países do Leste Asiático foi liberal ? Não teve ajuda estatal ? Política industrial ?

alexandre disse...

Fui dar uma olhada no índice de liberdade econômica e fiquei intrigado. A terceira economia mais aberta da América Latina é El Salvador ! Alguns países que estão na frente do Brasil : Albânia, Guatemala, Namíbia, Cazaquistão, Ruanda ! Na boa, prefiro o meu Brasil em 113° lugar do esses países aí ! Se trocaria o Brasil por esses países ? Eles tem mais "liberdade econômica" do que aqui

Rodrigo Constantino disse...

Alexandre, vamos por parte.

Sobre o autor que vc usa como fonte, veja este meu artigo desconstruindo os argumentos dele, escrito para a revista Amanhã:

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2009/02/o-mito-do-protecionismo-esclarecido.html

Acho que ficará claro que ele usa e abusa de falácias.

Sobre Cingapura: é bem liberal sim. O fato do cara ser dono não muda isso. Ele é um déspota esclarecido, coisa muito rara (e insustentável talvez). Mas o fato é que ele soube adotar o liberalismo em sua ilha, que se tornou um hub comercial e financeiro na região. Veja a abertura comercial. Veja o sistema financeiro. Veja como é fácil abrir e fechar empresas. Veja como o ambiente de negócios é amigável. Não há planejamento industrial como vc gostaria, como o Brasil sempre fez, ou a URSS.

Leia o livro "From the Third World to First", do Lee Kuan Yew.

Sobre o Índice de Liberdade Econômica, claro que podem existir casos estranhos, pois não é uma ciência exata. Ele tenta medir várias métricas de liberdade, e dá uma nota final média. Isso é imperfeito. Mas veja as grandes tendências. Países mais abertos, mais livres, com maior respeito ao livre mercado e contratos, são mais prósperos. É assim que funciona. É lógica pura. Empiricismo total também.

A China vive sua revolução industrial tardia, executando a maior arbitragem de mão-de-obra da história. Não é muito sustentável. Não é modelo para ser seguido só por causa do crescimento elevado do PIB.

alexandre disse...

Não achei que vc descontruiu os argumentos dele. Todos os atuais países ricos atingiram o desenvolvimento somente com livre-comércio ? Não houve nenhuma intervenção estatal ? Nenhuma política industrial ? Inclusive vc não contestou que 20% da produção industrial em Cingapura está na mão do Estado. É um número alto para um país "liberal", não acha. "E o fato de ser dono não muda isso" ? Cadê a propriedade privada ? Uma economia "liberal" onde as terras não se baseiam na propriedade privada ? Estranho isso ! Pensei que a base do capitalismo liberal era a propriedade privada. O que o economista coreano falou é que Cingapura misturou elementos do modelo liberal com o socialismo. vc concordou com ele ao mostrar os elementos liberais mas não contestou os elementos socialistas. Vc afirmou que Cingapura é liberal e ele também. A diferença é que ele mostrou os elementos socialistas. O estado ser dono de todas as terras não é um elemento socialista ?
A história ensina que somente a Grã Bretanha se desenvolveu baseado no livre comércio. O resto, foi com protencionismo em graus diferentes. Aliás, List foi mais popular nos EUA (onde inclusive viveu por anos) do que na Alemanha

Rodrigo Constantino disse...

Pelo amor ao bom deus que eu não acredito, Alexandre! List era um nacionalista tacanho, precursor inclusive do nacional-socialismo!

os EUA ficaram ricos graças ao LIBERALISMO, não aos subsídios às indústrias mais ineficientes ou ao protecionismo do algodão e laranja!

alexandre disse...

Pelo visto vc não conhece nada da vida de List. Aí vai uma parte da biografia dele. Aliás ele foi influenciado pelo americano Alexander Hamilton

"Como deputado na câmara de Württemberg, defendeu ávidamente a Reforma Administrativa. Foi expulso da câmara em 1822 e sentenciado a dez meses de prisão com trabalhos forçados na fortaleza de Asperg. Fugiu para a Alsácia, e depois de percorrer a França e a Inglaterra regressou em 1824 para terminar sua sentença, sendo liberado ao prometer emigrar para os Estados Unidos, onde viveu de 1825 a 1832, inicialmente como agricultor, dedicando-se mais tarde ao jornalismo.

"Foi nos Estados Unidos onde obteve inspiração, principalmente a partir do Relatório sobre as Manufaturas de Alexander Hamilton, que o levou a economia e à sua visão de "Sistema Nacional", posteriormente posta em prática no chamado Sistema Americano de Henry Clay. Ficou rico por conta do descobriimento de carvão em terras que havia adquirido, e foi cónsul dos Estados Unidos em Leipzig em 1832. Defendeu com firmeza a extensão do sistema de ferrovias na Alemanha e foi um dos inspiradores da criação da União Aduaneira dos Estados Alemães de 1834 (Zollverein), que abrangeu a maior parte das entidades políticas que formaram a Alemanha unificada".
"Foi muito influenciado por Alexander Hamilton e a escola americana baseada nos princípios econômicos de Hamilton, seja pelo pensamento geral do primeiro Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, seja por sua rejeição àquela doutrina econômico-liberal apoiada em Adam Smith".

"Era contra os princípios cosmopolitas e a economia dominante na Europa, ou seja, a doutrina do livre-comércio. Defendia a predominância da idéia nacional e insistia na determinação de cada nação dadas suas circunstâncias particulares e especialmente em favor do seu desenvolvimento, e questionava publicamente a sinceridade da retórica em favor do livre comércio das nações desenvolvidas, Inglaterra em particular:
Qualquer nação que por meio de impostos protecionistas e restrições à navegação tenha alcançado sua capacidade manufatureira e sua navegação tal nível de desenvolvimento que nehuma outra nação possa sustentar a livre concorrência com ela, não há nada mais sábio do que tirar essa escada do seu alcance, e declarar em alto em bom som que até aqui havia andado por caminhos errados, e agora, pela primeira vez, tinha triunfado em descobrir a verdade".

alexandre disse...

explicando como era o sistema americano idealizado por alexander hamilton e desenvolvido por List. henry Clay foi um nome influente no protencionismo americano no século XIX. E por chega por que vou dormir

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_americano_%28programa_econ%C3%B4mico%29

Rodrigo Constantino disse...

Alexandre, Hamilton e Clay eram da linha mercantilista americana, justamente a que eu condeno, e não foi ISSO que fez dos EUA uma potência. Se fosse o caso, o Brasil seria um EUA!

Estou cansado de derrubar suas falácias por hoje. Boa noite.

alexandre disse...

O coreano mostrou no livro exemplos que alguns países ricos foram protencionistas. No seu artigo vc só falou mal dele e não mostrou nenhum exemplo contrário. E a pergunta que não quer calar : TODOS os países ricos chegaram a esse patamar somente com livre comércio ? Não houve intervenção estatal ? Nenhuma política industrial ? A história mostra que houve ajuda governamental no desenvolvimento de países ricos. Vc está contestando. Cabe a vc mostrar casos concretos e não usar abstrações.

Rodrigo Constantino disse...

PQP! Como vc demora a entender!

Quem vc acha que foi mais protecionista: EUA ou Brasil?

Se o protecionismo é bom, então os países mais protecionistas estariam MELHORES! É justamente o contrário! Aliás, os setores que foram mais protegidos pelo governo nos países mais ricos e livres são justamente os PIORES setores também!

Dá uma olhada nas taxas médias tarifárias dos países desenvolvidos e dos países mais pobres, como Brasil, Venezuela, Argentina...

Política industrial? Cara, vc AINDA acredita nisso, mesmo depois da URSS?????

Desisto. Pelo visto, vc vive para postar no meu blog, mas é tanta besteira que cansa.

Rodrigo Constantino disse...

A desculpa esfarrapada de todo protecionista: a indústria infante! Eis que a nossa indústria automobilística, protegida com base neste argumento décadas atrás, ainda deve ser uma infante...

O infante protegido que jamais cresce, pois não precisa!

Dureza...

Rodrigo Constantino disse...

Alexandre, vou te dar uma última explicação, por caridade: não sei se vc é pago ou não para pentelhar blogueiros liberais, mas não confunda o cansaço de alguém em VIVER para responder suas velhas falácias protecionistas com falta de argumentos! Por vc, eu passaria o MEU dia inteiro te respondendo, mesmo ficando claro que seu interesse verdadeiro não é buscar a verdade. Isso cansa! Há outras prioridades.

List, Clay, Hamilton, todos esses defenderam falácias centralizadoras, protecionismo arrogante, medidas fadadas ao fracasso que sempre se comprovaram errôneas. Não pretendo passar meu dia "debatendo" com vc. Eu debato com muita gente que discorda de mim, e apresento os argumentos liberais, assim como os dados empíricos. Mas não posso aceitar que um sujeito muito chato monopolize meu tempo para ficar rebatendo falácias ultrapassadas.

Eu tenho diversos artigos atacando o protecionismo que vc adora. Faça-nos um favor: procure-os e reflita, se vc realmente quer isso.

Se quer se sentir uma vítima de injustiça porque os donos dos blogs cansam de viver em função de suas falácias ininterruptas, então "be my guest". Mas aceite minha sugestão: procure o motivo em outro lugar! A autoilusão é um direito individual, claro. Vc decide...

Felipe disse...

Esse debate lembra muito os "debates" ateus x deístas, onde os estatistas, claro, são os deístas. Não há nenhum interesse em argumentos, porque acreditam porque querem acreditar, e ficam satisfeitos com qualquer parca evidência favorável que encontrem como justificativa, ignorando todas as contrárias, não importando a disparidade da quantidade e qualidades entre as primeiras e as últimas.

O brasileiro tem mesmo uma espécia de fé inabalável no Estado, uma crença messiânica em que um dia um grande líder vai surgir e liderar o povo ao paraíso. Enfim, um delírio infantil.

Anônimo disse...

'A história ensina que somente a Grã Bretanha se desenvolveu baseado no livre comércio. O resto, foi com protencionismo em graus diferentes.'

Os professores de história ensinam muita mentira, todas puxando o saco do socialismo/comunismo.

Anônimo disse...

Rodrigo
Temos poucos bastiões do liberalismo nestas plagas.
Exorto seu pensamento e sua cruzada a qual aderi por comungar as mesmas idéias.
Aos 61 anos folgo em saber que existem jovens como você com clareza de idéias e princípios.
Já comentei aqui que temos que formar um partido de direita e liberal para combater esses socialistas do século passado que ainda idolatram o porco assassino fedorento Chê Guevara.

Anônimo disse...

Parabéns pelo lançamento de mais um livro! Espero que chegue aqui pelo sul do país o quanto antes.
Aliás, esse blog e seus vídeos são muito bons, eu tinha idéias nessa linha, mas como nunca tinha pesquisado a fundo, não sabia realmente do pensamento liberal existente principalmente pelo motivo de, no Brasil, os partidos ignorarem o liberalismo político. Além de grande parte dos professores que, nas escolas e nas faculdades, disseminam idéias muito tendenciosas regadas a pensamentos socialistas. Precisamos de mais gente como tu para abrir os olhos do povo que realmente, anda muito cego.
Te desejo sucesso.

Anônimo disse...

Temos mesmo porque o liber não é uma opção.O liber é uma brincadeira de moleques e de anarquistas.

Carlos Magno disse...

´´Esse debate lembra muito os "debates" ateus x deístas, onde os estatistas, claro, são os deístas. Não há nenhum interesse em argumentos, porque acreditam porque querem acreditar, e ficam satisfeitos com qualquer parca evidência favorável que encontrem como justificativa, ignorando todas as contrárias, não importando a disparidade da quantidade e qualidades entre as primeiras e as últimas.``
Caramba Felipe!!! Muitas vezes eu ouço pessoas de diversas correntes políticas e de pensamento econômico falando isso dos liberais. Os liberais acusam os outros de dogmáticos, porém, nunca abandonam o próprio dogmatismo. O Deus Mercado é infalível, é só acender vela pro deus que dá tudo certo.


´´Os professores de história ensinam muita mentira, todas puxando o saco do socialismo/comunismo.``
Caro colega, estou no sétimo período de História de uma universidade pública(RJ) e te digo com certeza: POUQUÍSSIMAS PESSOAS ESTUDAM MARX. Muitos defendem, muitos atacam, porém, poucos tentam compreender Marx. O que eu vejo se formando nas universidades públicas brasileiras é um verdadeiro rebanho antimarxista. O que eu acho estranho é que esses antimarxistas não se dão ao trabalho de ler qualquer obra de Marx, apenas reproduzem as críticas dos professores, que também não leram Marx e falam abobrinhas.


´´Já comentei aqui que temos que formar um partido de direita e liberal para combater esses socialistas do século passado que ainda idolatram o porco assassino fedorento Chê Guevara.``
Esse negócio de usar o antisocialismo como arma está fora de moda, a Guerra Fria acabou. Essa tática não vai funcionar, eu não vejo muita gente por aí defendendo o Socialismo. Tenho amigo que votou no PT e simplesmente parou de falar comigo porque estou fazendo monografia sobre Marx. E olha que nem comunista sou, estou mais próximo da Social Democracia. Nem sou filiado a partido político. Essa argumentação de que o Brasil está correndo o perigo da Revolução Vermelha não cola mais. Até o Getúlio Vargas usou esse artifício pra enganar os debilóides. Uma hora esse negócio ia ter que parar de funcionar.

Rodrigo Constantino disse...

"O Deus Mercado é infalível, é só acender vela pro deus que dá tudo certo."

Carlos, desconheço liberais que digam isso. Ninguém acha que o mercado é PERFEITO, até porque não existe perfeição quando se trata de homens. O que os liberais dizem, e mostram com bons argumentos teóricos e empíricos, é que quase sempre as intervenções estatais pioram as coisas.

João disse...

Pena não poder ir, por causa do horário. É bom ver alguém mostrar com bons argumentos teóricos e empíricos as coisas como elas são, algo que está mesmo fora de moda...

Anônimo disse...

Seja como for, o deus mercado funciona bem melhor do que o deus governo que, por sinal, não é deus e sim diabo.

alexandre disse...

" as intervenções estatais pioram as coisas "
Nem sempre. Foi a iniciativa privada que tirou a economia da Grande Depressão de 1929 ?

Rodrigo Constantino disse...

Claro que foi! Vai dizer que vc caiu no conto de que o New Deal SALVOU a economia???

Santo Deus!

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2009/02/licoes-da-grande-depressao.html

Carlos Magno disse...

´´Seja como for, o deus mercado funciona bem melhor do que o deus governo que, por sinal, não é deus e sim diabo.``

Eu não vejo essa dicotomia toda entre uma coisa e outra!!! Os liberais ainda acham que qualquer coisa que o governo faça é Mercantilismo!!!

Eu realmente não sei: Por que vcs não criticam as empresas bélicas dos EUA? O governo americano gasta bilhões sustentando vagabundos do setor armamentista e vcs não falam nada!!!
Empresas como a Lockheed Martin ganham fortunas usurpando o bolso sofrido dos contribuintes norte americanos. As Forças Armadas dos EUA deveriam parar de gastar com armas e aliviar o bolso da população americana.

Rodrigo Constantino disse...

Carlos, nada contra o governo americano reduzir gastos militares, apesar de esta ser uma das funções básicas do Estado (segurança). Há claros exageros por lá nesse setor, sem dúvida.

Mercantilismo é uma política econômica, quando o Estado interfere demais no comércio, quando há a crença de que exportar é bom mas importar é ruim, quando o governo escolhe setores "vencedores" de cima para baixo. Isso nunca deu certo.

Anônimo disse...

Vocês deviam ter visto o canal livre da Band ontem. Havia três economistas sendo entrevistados: Bresser Pereira, Roberto Gianetti da Fonseca (não confundir com Eduardo Gianetti, o autor de O Auto-Engano) e um outro cujo nome não me recordo.

Todos eles foram unânimes na sentença de que o "neoliberalismo" estaria sepultado depois das crises norte-americanas e do euro.

Atribuem a crise americana somente à desregulação dp setor financeiro (verdadeiro em parte) e nada dizem sobre o subprime. Um deles (o que não sei o nome) acha que a crise do euro está pior do que a americana porque a Europa não tem um Federal Reserve para segurar o tranco.

Todos acham que o BCE deve injetar recursos nos países endividados, "para reativar suas economias". Também entendem que o paradigma da "liberdade individual ilimitada" morreu e está sendo paulatinamente sendo sucedido pelo paradigma da "cooperação". O mais radical deles (por uns instantes, Bresser parecia o mais liberal de todos; ao menos foi o único que chamou a atenção para os gastos públicos e defendeu responsabilidade fiscal do Estado), de cujo nome não me lembro, acha que o paradigma da "cooperação" necessariamente está se impondo na economia (defendeu o mercosul), na política, na questão militar e na ecologia. Para ele, as decisões mundiais tendem a ser cada vez mais compartilhadas, multilaterais e coletivistas.

Para vocês terem uma idéia, num certo momento, Bresser, percebendo que a conversa estava por demais anticapitalista, tomou a palavra e disse que a questão seria saber quem apostava e quem não apostava na tese de que o capitalismo teria "conserto" e logo respondeu que para ele, sim.

Os jornalistas da Band, inclusive Joelmir Betting, só diziam amém.

Pode??? rs

Anônimo disse...

Esse é o resultado de anos de propaganda socialista na cabeça das crianças.Nisso o Olavão ta certo, os liberais deviam pensar a longo prazo e fazer o mesmo.

Alexandre73 disse...

Parabéns pelo livro! Vai ser lançado em e-book?

Anônimo disse...

'Nem sempre. Foi a iniciativa privada que tirou a economia da Grande Depressão de 1929 ?'

Taí, essa é justamente mais uma das mentiras que os professores de história adoram contar.

Carlos Magno disse...

´´Esse é o resultado de anos de propaganda socialista na cabeça das crianças.Nisso o Olavão ta certo, os liberais deviam pensar a longo prazo e fazer o mesmo.``

Realmente olavão está certo!!!
Conhecidos articulistas que têm espaço garantido na grande imprensa também investem
furiosamente contra os complôs – de “orientação filo-comunista” – supostamente existentes
nas redações dos jornais e revistas semanais. Assim, aprendemos com eles, que, no Brasil, a
mídia segue padrões capitalistas, mas os chefes de redação e os trabalhadores-jornalistas são
insidiosos esquerdistas pondo em risco a propriedade privada de seus patrões!!!

Carlos Lopes disse...

Olá Rodrigo.
Sou seu leitor. Tenho todos os seus livros,menos o sobre o PT. Estou ansioso para ler esse novo. Tem como eu conseguí-lo autografado? ´Já está nas livrarias?

Viu o programa Canal Livre de domingo? Sobre crise européia. Afinal, segundo os economistas presentes o Estado deve regular de alguma forma a economia. Parece-me keynesianismo. Você é contra qualquer tipo de regulação estatal? Abraços

Anônimo disse...

Qual num de páginas do livro?

Rodrigo Constantino disse...

o livro já está à venda nas principais livrarias, como Saraiva, Travessa e Cultura. Pelo site já dá para comprar. Tem 300 pags aprox.

A regra de ouro disse...

A regra de ouro é: 50% de socialismo, 50% de liberalismo. Tanto um quanto outro em excesso vira veneno.

Anônimo disse...

'mas os chefes de redação e os trabalhadores-jornalistas são
insidiosos esquerdistas pondo em risco a propriedade privada de seus patrões!!!'

falácia da redução ao absurdo.

Anônimo disse...

'A regra de ouro é: 50% de socialismo, 50% de liberalismo. Tanto um quanto outro em excesso vira veneno.'

se muda pra venezuela então

Anônimo disse...

Realmente chega a ser cómico, se não fosse trágico ver aqui indivíduos como o Sr. Alexandre, que vive no mundo da ilusão do proteccionismo. O exemplo mais clássico dessa falácia é a indústria automóvel brasileira. Conseguirá essa indústria competir com a americana, coreana ou europeia mesmo tendo sido sempre protegida quer por taxas alfandegárias, quer por via de incentivos fiscais? Obviamente que não. Deixo aqui uma palavra de apoio e um desejo de sucesso ao Rodrigo nesta nossa cruzada liberal.