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terça-feira, junho 11, 2013

A marcha dos oprimidos

No meu artigo de hoje no GLOBO, falo com muita ironia da cansativa "marcha dos oprimidos", essa bandeira oportunista da esquerda coletivista, que só enxerga grupos de vítimas, e jamais o indivíduo de carne e osso.

terça-feira, novembro 29, 2011

Você é liberal?


Rodrigo Constantino, O GLOBO

Rótulos servem para simplificar o mundo, mas também podem gerar confusão. É o caso de direita e esquerda no debate político. Como saber exatamente onde se encaixar? Um liberal seria de esquerda ou de direita? O termo “neoliberal”, aliás, passou a ser sinônimo dos piores adjetivos imagináveis, após décadas de propaganda socialista que buscou monopolizar as virtudes. Mas será que os liberais realmente são insensíveis diante da miséria alheia? O que defende um liberal, afinal?
Em primeiro lugar, o liberal coloca seu foco sempre no indivíduo, que é visto como um fim em si mesmo, e não um meio sacrificável para algum bem maior. O liberalismo é contrário ao coletivismo, seja de raça, classe ou nação. O racialismo, o socialismo ou o nacionalismo, portanto, são opostos ao liberalismo, que busca defender as liberdades individuais acima de tudo.
Como conseqüência, o liberal preza muito o direito de propriedade privada. O homem só pode ser livre se for dono do seu próprio corpo e for capaz de preservar aquilo que produz com seu esforço. O liberal respeita o conceito de meritocracia, ou seja, ele reconhece que os resultados serão desiguais em uma sociedade livre, pois os indivíduos são sempre diferentes em suas habilidades, objetivos ou mesmo sorte. O sucesso, se honesto, não é pecado algum. Muito pelo contrário.
Isso não quer dizer que o governo não possa exercer importantes tarefas na melhoria das oportunidades gerais. Uma melhor educação básica e uma infraestrutura decente, por exemplo, podem ajudar a equilibrar o ponto de partida. Mas o liberal rejeita a noção de igualdade de resultados, pois ele entende que homens não são insetos gregários. A única igualdade que o liberal deseja é aquela perante as leis. Para um liberal, ninguém deve ter privilégios ou ser tratado como um “homem incomum”, acima das leis.
Além disso, o liberal sabe que quando o governo concentra muito poder em nome da “justiça social” ele acaba produzindo maiores desigualdades ainda. Brasília, não custa lembrar, possui a maior renda per capita do país, produzindo basicamente leis absurdas e muita corrupção. Os países socialistas sempre foram os mais desiguais de todos: quase toda a população igualmente miserável, e uma pequena casta usufruindo de todas as regalias.
A democracia é extremamente valorizada pelos liberais, não por ser infalível, e sim por ser o modelo mais pacífico para eliminar erros políticos sem derramamento de sangue. Mas o liberal compreende que a democracia jamais deve se tornar uma simples ditadura da maioria, e por isso defende limites constitucionais claros ao poder estatal. O liberal também abomina a tutela paternalista. Cada um deve ser livre e assumir a responsabilidade por seus atos.
Para um liberal, a economia deve funcionar livremente, sem tanta intervenção estatal. O liberal é cético quando se trata das boas intenções dos políticos ou dos empresários, e entende que o melhor mecanismo de incentivos está na livre concorrência da economia de mercado. Em busca do lucro, as empresas precisam atender à demanda dos consumidores da melhor maneira possível, o que acaba favorecendo a maioria. A Apple de Steve Jobs é prova disso.
O que o liberal condena é justamente a socialização dos prejuízos, ou seja, o governo não deve usar recursos públicos para salvar empresas falidas ou para subsidiar grupos ineficientes. Quando o governo se arroga esta tarefa, temos o capitalismo de compadrio, contrário ao modelo liberal. Um Estado produtor é ainda pior. Basta pensar na ineficiência da maioria das estatais, muitas vezes transformadas em cabide de emprego, palco de corrupção ou moeda de troca política. O liberal aplaude as privatizações, e não sente saudade alguma da antiga Telebrás.
De forma bastante resumida, temos acima as principais bandeiras liberais. Diante disso, fica fácil constatar que o Brasil nunca chegou perto do modelo liberal, apesar dos mitos que culpam o “neoliberalismo” por nossos males. Nosso estado é um monstro gigantesco que ainda concentra poder demais, intromete-se em demasia na economia e em nossas vidas. Um Leviatã assistencialista, mercantilista e paternalista.
Por fim, não temos nada parecido com a igualdade perante as leis que os liberais pregam. Somos o país dos privilégios concedidos pelo governo para grupos organizados, a começar pelos próprios políticos. Nada menos liberal que isso!
Gostaria de aproveitar para convidá-los ao lançamento do meu novo livro, “Liberal com orgulho”, hoje às 19h na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.

sexta-feira, novembro 25, 2011

Vamos dar ao liberalismo uma chance!


Rodrigo Constantino

[Esta é a Introdução do meu novo livro, Liberal com orgulho, cujo lançamento será terça-feira que vem, dia 29, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon às 19h]

Poucas pessoas assumem ser liberais no Brasil. Com uma hegemonia da esquerda no ambiente intelectual do país, as virtudes e os fins nobres foram se tornando monopólio dos pensadores socialistas ou social-democratas, e qualquer ponto de vista liberal passou a ser automaticamente descartado como coisa de “elite” insensível ou oportunismo de grupos de interesse. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Os países liberais foram justamente aqueles que tiveram mais progresso material, associado sempre a uma ampla liberdade individual, incompatível com modelos que concentram demasiado poder no estado. Por que, então, ter vergonha de usar o termo liberal? Os fatos históricos e também o embasamento teórico estão do lado dos liberais. Por que fugir do rótulo?
Sim, os rótulos podem ser simplistas e gerar confusão. Mas não acredito que a saída para os liberais seja recusar tal denominação. Fazer isso é fazer o jogo da esquerda, aceitar que o monopólio da virtude está do lado de lá. Não está! E, por isso mesmo, faz-se necessário debater com foco nos argumentos, defendendo sem medo as posturas liberais. A timidez no debate, com os liberais sequer assumindo abertamente aquilo que pregam, representa um tiro no pé do liberalismo como opção de modelo ao país.
E que fique claro o ponto já levantado por Roberto Campos: o liberalismo nunca nos deu o ar de sua graça. Se o Brasil é um país com muita miséria e desigualdade social, isto não é culpa do liberalismo, pois este jamais existiu por aqui. O Brasil é um país patrimonialista e clientelista, que nos últimos 20 anos experimentou uma social-democracia com governo inchado, e que antes, nos tempos da ditadura, tampouco teve algo que se assemelhasse ao liberalismo, mesmo restrito à economia.
Dirigismo estatal não combina com livre mercado. Concentração de poder no estado também não é uma bandeira liberal. Portanto, os males que assolam nosso país não foram plantados por políticas liberais ou “neoliberais”, ao contrário do que reza a lenda esquerdista. O Brasil está na rabeira dos rankings que medem o grau de liberdade econômica dos países. O liberalismo simplesmente nunca foi testado na terra brasilis.
Infelizmente, nenhum partido organizado ostenta a cartilha liberal. A maior evidência disso foi o PFL, que ao menos carregava liberal no nome, alterar sua sigla para DEM, de democratas. Isso explica, em parte, a apatia da oposição durante o governo do PT. Os tucanos e democratas não sabem fazer oposição contra um governo que, em linhas gerais, utiliza o mesmo ideário social-democrata, com forte crença na capacidade do governo como locomotiva do progresso. Falta-lhes a convicção necessária para oferecer, de fato, um modelo alternativo, ou seja, o liberalismo.
Meu livro tenta justamente estimular este debate, mostrando porque os liberais merecem uma oportunidade política para posicionar o país em uma trajetória diferente, com mais liberdade econômica e individual. Os artigos aqui presentes falam de diversos temas distintos, mas invariavelmente retornam a este ponto central: a defesa da liberdade individual. E nada representa ameaça maior a esta liberdade do que um governo inchado, obeso, que concentra poder demais.
Cotas raciais, empréstimos subsidiados, privilégios, política inflacionária, corrupção fora de controle, leis arbitrárias, impunidade, burocracia asfixiante, tudo isso tem ligação, em última instância, com o modelo de sociedade que temos no Brasil, e que passa longe do liberalismo aqui defendido. Os principais pilares deste modelo liberal seriam o estado democrático de direito, o império das leis, igualmente válidas para todos, e uma economia de mercado, com preços livres, propriedade privada protegida e limitada intervenção estatal, mesmo que por meio de regulamentações.
O Brasil está muito longe deste modelo. É meu objetivo contribuir para que isto possa ser mudado. O quanto antes, pois custa muito caro, tanto em termos materiais quanto de liberdade individual e até vidas, insistir no erro do coletivismo estatizante atual. Vamos dar ao liberalismo uma chance!

terça-feira, novembro 08, 2011

O que é o liberalismo?

Palestra que fiz no Fórum da Liberdade e Democracia - BH (ago/2011), organizado pelo Instituto de Formação de Líderes (IFL). Tento resumir o que entendo por liberalismo e, rejeitando os conceitos de esquerda e direita, defendo as liberdades individuais contra os diferentes tipos de coletivismo.