Rodrigo Constantino
"Fatos não deixam de existir porque são ignorados." (Aldous Huxley)
Políticos sempre preferem a tática de "atirar no mensageiro" em vez de enfrentar os duros fatos da realidade. Com o rebaixamento da S&P não seria diferente. Até o ministro das finanças alemão, muito mais sério que o restante, não se segurou. Schäuble disse que houve interesse político na medida, assim como empresarial (agências concorrendo por atenção). E ainda afirmou que estão analisando formas de reduzir a influência destas agências americanas.
Não vem ao caso lembrar que os mercados já precificavam um cenário pior de crédito para estes países rebaixados há dois meses pelo menos, e que a S&P apenas sancionou aquilo que todos já sabiam. Tampouco é o caso de refrescar a memória dos políticos europeus com o fato de que a S&P rebaixou o próprio governo americano muito antes. O legal é mesmo "atirar no mensageiro" na esperança de que a realidade não tenha que vir à tona.
Essa gente acredita mesmo na máxima dos marqueteiros, de que percepção é realidade. Mas a realidade inexoravelmente prevalece para derrubar os ilusionistas. E a queda é diretamente proporcional ao tempo de "negação" das lideranças.
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