domingo, abril 29, 2007

Doutrinando Crianças



Rodrigo Constantino

“Quem quer enganar o povo e governar em proveito próprio tem interesse em mantê-lo na ignorância.” (Napoleão Bonaparte)

A doutrinação ideológica começa cedo por aqui, nesse país que ainda não chegou nem mesmo na Idade da Razão. O romantismo do “homem cordial”, a linda imagem do “bom selvagem” corrompido pela sociedade, é ainda a mentalidade predominante no Brasil – o que explica muito do nosso atraso. Em resumo, a idolatria a Rousseau em vez da admiração a Adam Smith contaminou os “intelectuais” brasileiros. Eis que minha filha, com cinco anos de idade apenas, está agora “aprendendo” que os índios eram bonzinhos, foram dominados pelos homens brancos maus, e que o progresso é algo terrível. Homens destroem árvores para construir, onde já se viu! Todos devem viver em ocas, pelo visto. Certos estavam os pobres indiozinhos, que viviam apenas com o que a mãe natureza oferecia gratuitamente. Verdade?

Evidentemente, nada mais falso. Como explicar para as crianças que essa visão idílica dos índios não passa de uma grotesca mentira? A autoridade de um professor é algo sedutor em tão tenra idade, e os homens escolhem rápido o apelo à autoridade em vez da reflexão própria. Também pudera, com cinco aninhos! Ensinar a pensar, a não aceitar “verdades” independente de quem as profere, a questionar sempre e buscar com o tempo o conhecimento, é o antídoto necessário para evitar o crescimento de mais um ser autômato que repetirá os dogmas do “politicamente correto” no futuro. Mas exige esforço e paciência, pois repetir que o professor, uma espécie de “deus” para as crianças, pode estar enganado, não é tarefa fácil. É como mexer com a divindade dos crentes!

Mas voltando aos índios, será que o professor sabe como viviam os astecas, por exemplo? Estamos falando dos mais avançados, claro. Será que ele tem idéia dos sacrifícios de crianças como oferendas aos deuses após uma boa colheita, para que a chuva voltasse como presente divino? Será que ele tem conhecimento de como vivam os seguidores de Ataualpa? Ou os de Montezuma, aquele que arrancava corações com as próprias mãos, segundo dizem? Está certo que Pizarro e Cortés não eram nada santos, e que em nome da fé cristã e da “evangelização” dos selvagens dizimaram os índios. Mas como vivam esses índios antes? De acordo com a imagem de “bom selvagem” de Rousseau, ou em um regime opressor, violento e cruel? Claro que a segunda opção. As tribos indígenas eram violentas, especialmente umas com as outras. Os índios reais passam longe dos índios que românticos idealizam do conforto da civilização.

No fundo, este tipo de mentalidade romântica herdada de Rousseau advém de um claro desprezo pelo progresso e tudo que os homens conseguiram alcançar na vida, particularmente depois da Idade da Razão. A racionalidade incomoda aqueles que colocam o “sentir” acima do “pensar”. Rousseau dizia que “um homem pensante é um animal depravado”. Há inclusive certo ódio ao próprio homem, considerando-se então que os animais são melhores. Quanto mais perto do seu estágio selvagem, melhor seria o homem. A visão encontra paralelo em mitos religiosos, como o próprio Jardim do Éden, onde aquelas criaturas puras e inocentes viviam felizes até comer o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. O conhecimento leva à desgraça dos homens. O ideal é ser como os chimpanzés, “puros” e “inocentes”. Claro, tudo isso fica mais fácil de defender quando se está escrevendo no conforto de um gostoso ar condicionado, obra da razão humana que os índios ignoravam. Uma dose de hipocrisia não mata ninguém!

A vida verdadeira dos índios não tem semelhança com os mitos românticos criados pelos homens modernos. Era uma vida de ignorância profunda em diversos aspectos, fazendo com que uma boa colheita fosse associada ao sacrifício de crianças oferecidas aos deuses. Era uma vida curta também, na média, se comparada aos padrões dos países civilizados de hoje. Afinal, era uma vida sem o acesso facilitado a diversos remédios que são vendidos em qualquer farmácia por aí. Era violenta muitas vezes, sempre com a ameaça de guerras entre diferentes tribos. Tem que sentir muito ódio da civilização e do próprio homem para enaltecer essa vida. Ou, claro, tem que ser bastante hipócrita.

Creio que muitos gostam de falar dos índios como falam dos animais nos zoológicos, e inclusive defendem reservas para mantê-los eternamente no atraso. É curioso observá-los assim, longe da civilização. Isso se a maioria vivesse de fato nessas condições, pois muitos andam em carros importados, possuem parabólicas e viram até deputados, voltando ao cocar somente quando é preciso lutar por mais verbas estatais em nome da “preservação indígena”. Os índios atualmente são verdadeiros latifundiários, controlando gigantescas reservas ricas em recursos naturais, que acabam exploradas ilegalmente com o aval dos chefes indígenas, mancomunados com corruptos da FUNAI. Mas falam em salvar a cultura indígena, como se estes devessem estar fora da possibilidade de progresso. Ora, em nome da “tradição” ocidental, deveriam então resgatar a escravidão, a perseguição religiosa, o crime para o adultério e por aí vai. Alguém quer defender este absurdo?

Por trás do culto da personalidade do herói salvador e messiânico está esse romantismo enraizado na mentalidade brasileira. O romântico revolucionário é um eterno adolescente, que projeta o mal sobre os outros, aceita suas paixões como prova da verdade divina e quer derrubar as estruturas da sociedade. Como coloca o embaixador Meira Penna em O Dinossauro, “característico do romantismo é a opção preferencial pelos pobres, pelos boêmios, os fracassados, os falidos, os vagabundos”. Os males são responsabilidade da “sociedade”, e os criminosos são apenas vítimas. Eis o mito romântico que Rousseau inaugurou, e que explica hoje essa distorção de valores em nosso país, transformando assassinos frios em coitadinhos, vítimas dessa cruel sociedade. O progresso precisa ser combatido também, pois representa “um passo para a decrepitude do homem”, segundo Rousseau.

David Hume considerava Rousseau um “monstro que se considera a pessoa mais importante do mundo”, e Voltaire o classificou como “vagabundo malicioso”, “malandro insolente” e “monstro da vaidade e baixeza”. Sua coletivista idéia de “Vontade Geral” transformava os indivíduos em frações sacrificáveis de um todo. Foi ele o pai do totalitarismo moderno. Arrogava-se ser o homem mais virtuoso do mundo, mas abandonou os seus quatro filhos num orfanato, e ainda teve a pretensão de ensinar sobre educação, sendo ainda respeitado por isso. O “bom selvagem” era bem selvagem, ao que parece, mas nada bom. E esse é o ícone do filósofo que é admirado ou mesmo idolatrado pelos “intelectuais” brasileiros. É sua visão de mundo que faz com que os índios sejam vistos como puros e virtuosos, enquanto o homem branco é podre e malvado. É esse tipo de mentalidade que minha filha de cinco anos é obrigada a “aprender” na escola. Escola privada ainda por cima! Nem quero pensar o que ocorre nas públicas. Eis o segredo para os que desejam manter o poder para sempre: começar já doutrinando as indefesas crianças.

21 comentários:

Danilo disse...

Perguntinha a Rousseau:

se o homem nasce bom, mas é a sociedade que corrompe o homem... quem corrompeu a sociedade??

Anônimo disse...

No Brasil existe uma outra figura romantizada, a do "bom trabalhador", só que esta começa a ser imposta na adolecencia e vai ate o resto da vida, alguem assistiu um dos ultimos Globo Reporter sobre as empregadas domesticas??? E quem mais uma vez com suas besteiras defendeu esta ideia idiota se nao nosso caro Karl Marx.
Fugindo um pouco do tema... o cinema americano é realmente incrivel, num simples desenho infantil eles conceguem passar de maneira simploria um conceito como o de liberdade individual, colocar de maneira positiva o questionamento, e colocar de maneira negativa a tirania.
Rodrigo, tome cuidado com sua filha, no Brasil questionamento e contraposiçao de ideias sao tomados como desrespeito ou ate mesmo um ato de agreção verbal, ainda mais quando para alguem com autoridade como no caso de um professor para com um aluno, sua filha pode vir a tirar notas ruins, ser repreendida, posta de castigo etc. Prepare ela para esta siuacao para que nao haja traumas.

Anônimo disse...

Rodrigo,

Já começaram aparecer os Anti qualquer coisa ou todas as coisas. Começou com Marx. Daqui a pouco aparece o das causas religiosas e o outro do ateísmo. E não demora aparecem os malucos de Sempre.

Anônimo disse...

Essa questão dos indios é interessante. Por exemplo os maias tinham bom conheciemto das estações. E evidentemente que Kulkukan, a serpente emplumada, foi fundamental para estabelecer uma elite dirigente que se fazia portavoz das vontades de Kulkukan.
Assim, quando os "entendidos" das vontades kulkucanicas sabiam que se aproximava a estação das chuvas, eles prometiam que um sacrifício traria as chuvas, e então a massa "altruísta" que queria o "bem coletivo", altruísticamente, escolhia uma vítima para o sacrifício ao deus, a fim de trazer a época das chuvas. ...É claro que a sacrificada pelos altruístas coletivistas não se beneficiaria do beneficio "que traria", embora devesse se sacrificar pelo bem coletivo dos altruístas coletivistas. E claro é que se a vítima não fosse altruísta e não quisesse ser sacrificada, seria chamada de egoísta por não colocar o bem coletivo acima de si.
Ou seja, a idéia de altruísmo é defendida por aqueles egoístas que querem usufruir do sacrificio alheio, e em troca eles oferecem a idiotíssima valorização moral da vítima idiota.

Voltando aos maias, com a realização dos sacrificios, onde a coletividade sacrificava indivíduos inocentes, é fato que fortaleciam suas crenças com a chegada das chuvas. Mas pior que isso é que feitos os sacrifícios, ficava extremamente dificil alimentar dúvidas contra as verdades pregadas pelos líderes ideológicos da tribo. Afinal, alimentar tal dúvida seria torturar-se com a culpa de tal absurdo: sacrificar inocentes. Ou seja, com tal artifício os "sábios líderes" conseguiam fazer com que a massa nem mesmo quisesse ter dúvida sobre seus poderes de portavozes da serpente emplumada.

...depois de praticarem tanta idiotice em nome de uma crença idiota, quem é que tem coragem para questionar a crença que o idiotizou? ...seria algo doloroso, oremorso e a revolta corroeriam...
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A política, a vontade de viver pelo Poder e não pelo trabalho, cria inúmeros artifícios para engabelar e corromper uns para através deles dominar os demais. E doutrinação que se preza como tal tem que começar desde cedo, pois as crianças são mais fáceis de enganar e uma vez enganadas têm certas dificuldades para abandonar aquilo por que tantas asneiras cometeram.
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Obs:
Excelente, o Cervantes:
"no Brasil questionamento e contraposiçao de ideias sao tomados como desrespeito ou ate mesmo um ato de agreção verbal, ainda mais quando para alguem com autoridade"

Clap clap clap!
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Abraços
C. Mouro

Blogildo disse...

Como vc lida com isso, Rodrigo? Fico pensando nisso. Daqui a dois meses - se tudo der certo - nasce minha filha. Certamente estudará num colégio (particular, se estiver a meu alcance, claro) e será doutrinada nessas bobagens coletivistas. Como um pai liberal ameniza o dano?

Rodrigo Constantino disse...

Blogildo, acho que não temos outro jeito senão estimular muito e sempre a reflexão própria, a busca pelo conhecimento, o questionamento das "autoridades" etc. Minha filha quis saber porque ela deveria acreditar em mim. Eu disse que não deveria ainda, mas apenas entender qua sua professora poderia estar enganada, e que eu tinha estudado o assunto e não tinha interesse em mentir para ele, logo ela deveria ao menos manter a dúvida por enquanto. É o jeito. A lavagem cerebral é forte, e começa cedo...

Rodrigo

Rodrigo Constantino disse...

Ficou faltando mencionar que a doutrinação, evidentemente, não ocorre apenas com crianças, mas começa com elas. Minha mulher teve recentemente um professor de universidade (privada) que tirou pontos numa prova porque ela não escreveu o que ele tinha "ensinado", que a globalização é um mecanismo novo para a colonização, a exploração pelos impérios. Pode?! É muita estupidez sendo empurrada para os alunos. Não tem como ir pra frente assim...

Rodrigo

Anônimo disse...

Rodrigo,

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Neste texto vejo um erro: ao mesmo tempo em que você critica o coletivismo, e com toda a razão, por outro lado trata dos índios por uma ótica coletivista ao considerar que todos vivem da mesma forma. E isto não é verdade.

Não defendo, evidentemente, a baboseira de defesa da cultura indígena e blá blá blá. Ora, confluência cultural é isso aí. Aprendemos com os índios desde a colonização (questões de agricultura, música, plantas, etc.), eles aprendem conosco. Ponto final.

Mas se condenamos o discurso coletivista do bom selvagem, não podemos por outro lado tratar todos os índios como 'maus selvagens'. Primeiro, muitas comunidades indígenas já não vivem de modo selvagem, naturalista. Ou seja, nem podem mais usufruir do adjetivo 'selvagem'. Segundo, ainda há muitas comunidades indígenas no Brasil e muitas vivem de maneira bem diferente umas das outras. Há as guerreiras, as que acreditam no sacrifício, as que não praticam o sacrifício, as que vivem apenas em suas aldeias isoladas do convívio com outras culturas, as que já se metem no campo político, as que se misturam às cidades, as que preservam suas línguas, as que já falam somente português, as que nem podem mais ser caracterizadas como comunidades,etc, etc.

Pura doutrinação ideológica pintar o índio como o bom selvagem, mas erro histórico e antropológico pintá-los todos como vendilhões. Então, vejo que seu texto tem mérito, como sempre, mas acredito que esta generalização poderia ser corrigida.

Um grande abraço,
Helena.

Anônimo disse...

Rodrigo,

Prepare-se! Sua filhora tem apenas 5 anos. Isso significa que você terá um longo caminho pela frente, em termos de "desensinar" uma tonelada de bobagens que tentarão enfiar na cabecinha dela, na escola. Enquanto estão nos "indios bonzinhos", ainda dá para engolir. Mais tarde, dá vontade de chorar!
Mas não se aflija. De tanto "desensinar" meu guri mais novo, consegui formar um futuro jornalista da UFSC completamente conservador, anti-PT, que abomina a figura do Che! Milagre? Não, rssssss, teimosia de mãe.
Sem brincadeira, permaneça muito atento. A doutrinação começa cedinho mesmo e, quanto ela não tiver maturidade e conhecimento, caberá a ti "limpar" a área.
Claro, tu não precisa pintar a "fessora" de demônia, nem nada disso. Basta mostrar o ouuuuuuuuuutro lado. Por exemplo: os pobres indiozinhos de então hoje estão podres de ricos. De bobos, eles não têm nada, hehehehe.
Boa sorte!

Anônimo disse...

Ah! Rodrigo, não esqueça: quando começarem a desensinar sobre a escravidão, por favor, por favor, por favor! Ensine que a escravidão existia desde antes de Cristo. Depois das guerras, sempre havia escravizados.
A cultura da escravidão veio da própria Africa, onde as tribos, quando guerreavam entre si, capturavam seus inimigos e os escravizavam. Depois, tiveram a "brilhante idéia" (tecla sap) de negocia-los com os europeus.
Dizer outra coisa é "entortar" a história até o limite da burrice.

Anônimo disse...

Se a cultura da escravidão existia desde antes de Cristo, como veio da própria África.

E existem escrevidões. Muitas formas diferentes.

Isso não exime o "homem branco" (entre aspas!)

E, óbvio, também não é para tratar o negro como o pobrezinho por conta disso.

Mas generalizações são perigosas.

Anônimo disse...

Pergunte às ativistas se elas gostariam de ser mulher de índio.Só para lembrar,na sociedade pura e bondosa tribal,a mulher não vale nada...
Pergunte aos políticos se a selva vai produzir os preciosos grãos para alimentar as bolsas sociais.Só para lembrar,na natureza pura não nasce feijão,arroz,milho,de qualidade e em quantidade para saciar o estômago do mundo....Só para lembrar ainda,nas matas e selvas verdinhas,intocadas,acolhedoras e virtuosas não aparecem vacas,carneiros,cavalos,cães,patos e marrecos...é mais fácil pulularem os mosquitos,carrapatos,Bothrops,Crotalus,e assim vai.
Pergunte aos ascendentes dos brasileiros,os primeiros colonizadores,se os índios eram puros e bonzinhos.Muito padre português se perguntou isto na fogueira...
Enfim,a lista é interminável.
E é muita cara de pau,criticar toda a civilização ocidental,sentado à frente de um computador,com ar condicionado ligado,celular ao lado,forno microondas,lavadeira de roupas e pratos,televisão,cinema,carro,moto,o escambau.
Para...não falar da comida farta e variada,mesmo para os mais desfavorecidos(40% de obesos no Brasil)....

Muito bom artigo!

A Furiosa disse...

Rodrigo,
sou fã de seus artigos.
Vc já conhece o site Escola sem partido?
O endereço é: http://www.escolasempartido.org/index.php?id=
Vale a pena visitar.
Um abraço

Anônimo disse...

Furiosa,

o escolasempartido tem sua função, a de denunciar a lavagem cerebral e visão unilateral em nossa escolas, mas vejo que deixa a desejar quanto denuncia somente casos de escola com pensamento marxista. Gostaria de ver denúncias sobre as ultraconservadoras.

Quanto a ser sem partido, pode ser, mas me provoca risos ao ler por lá que o que se defende é uma escola que não se apegue a esta ou àquela corrente de pensamento. Isto considero utópico. Muito difícil encontrar quem leia e se dedique a compreender Marx e David Ricardo com a mesma disposição e no final consiga falar de ambos sem pender para um dos lados.

A gente sempre opta claramente ou se entrega de uma forma ou de outra sobre de que lado está.

Eles estão desde muito tentando provar o que é melhor socialmente, nós lutamos para desmeti-los, mas não somente isso, também tentamos provar o quão enganosas são suas teorias. E isto é claramente assumir uma posição. É por isso que talvez eu sinta falta de maior profundidade no site.

Um abraço,
Helena.

Anônimo disse...

É dose ter que tolerar esse tipo de professores, "formadores de opinião", e suas doutrinações baratas, porém relativamente eficientes, na medida em que dirigidas a jovens desprovidos de um arquebouço para rebater tais imbecilidades.

Semana passada, presenciei algo assim, quando uma professora de "vasta formação" (ou será deformação?) afirmou para a turma que os detentores dos meios de produção estavam no topo da pirâmide social em função desses tais meios. Disse ainda que sua época, em torno dos anos 60, era um exemplo do ponto de vista da moral, do respeito, dos relacinamentos etc. em relação aos nossos dias; que Karl Marx, Engels e outros foram pessoas que receberam de Deus o dom de interpretar o mundo que os rodeavam, entre outras bobagens.

Depois pedi a palavra para questionar tanta imbecilidade. Quando concluí minha linha de raciocínio convicto do que dizia, ela iniciou uma tola verborragia. Percebendo que eu percebia seu despreparo e apelo à autoridade como professora, e que eu não iria absorver por osmose aquelas baboseiras, vi nos olhos dela isso, resolveu parar a "conversa" por que considerou desagradável o rumo que sua "aula" infelizmente havia tomado, como se eu fosse o responsável. Ela deixou claro que não contava que um aluno fosse questioná-la.

Felizmente pude conversar com a pedagoga acerca do que se sucedera pela primeira vez comigo e então resolvemos o problema. A professora teve mais cuidado na "aula" subseqüente. Que bom, porque tempo para essas coisinhas é o que menos tenho nesses dias antes do vestibular.

Cordialmente,
José Antonio

Anônimo disse...

"Karl Marx, Engels e outros foram pessoas que receberam de Deus o dom de interpretar o mundo que os rodeavam"

que asneira!!!

Anônimo disse...

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Vez ou outra saimos para almoçar com 3 amigos de história. Dois mestres e um doutor em história, todos formados pela UFF. Nenhum esquerdóide.

Óbvio que tiveram contato com os vermelhos em sua formação, mas também tiveram contato com professores de opiniões diversas.

Hoje lendo o site escolasempartido mencionamos o nome de uma delas acusadas no site e os 3: putz! esta é uma esquerdóide! Mas mencionando a de outra, riram. Pois a mulher inclusive leciona uma matéria que nem dá muita margem à doutrinação da forma como os esquerdóides amam fazer. E lá no site, foi triste ler que uma das acusações sobre esta última foi um "tom de voz diferenciado, entendido como deboche". Aí já é apelo demais, não? Assim perdemos mesmo a credibilidade.

Lamento que todos sejam postos no mesmo saco. Tanto os profissionais de educação, como especificamente professores de história. Também psicólogos ou antropólogos, estes últimos confundidos e muito com sociólogos. Conheço muitos que não são esquerdóides, mas exatamente o oposto deles. E é justamente por existirem muitos discordantes que estamos aqui. O restante é luta deles conosco, e nossa contra eles. E que vençamos.

Defender neutralidade não me parece honesto nem produtivo. Eles estão sim de outro lado, mas nós estamos do nosso e neutralidade é o escambau!

Até,
Helena

Blogildo disse...

O neutro já se decidiu pelo mais forte.

Anônimo disse...

Ei!
Os liberais aqui, todos já nasceram sabendo a verdade?? Relax amigos, é normal que nossas crianças aprendam bobagem, com professores doutrinadores, etc. etc. Se você pai, mãe, irmão, tio, tia, sabe contornar o engodo que os professores esquerdistas impunham em sala de aula, não vejo motivos para escandalos.

Idilico, seria um mundo em que nosso processo de aprendizagem fosse rigorosamente perfeito.

Façam Homeschooling para seus filhos se vcs se escandalisam com o ensino oficial e não sabem contornar as bobagens de sala de aula.

Guto

Tiago Albineli Motta disse...

Rodrigo, para evitar esse tipo de doutrinação ideológica, é bom ter um papo sério com o professor mostrando sua preocupação. Gastar um pouco de tempo com isso vale a pena pois você estará beneficiando não só sua filha como também outras crianças.

Gustavo disse...

Homens destroem árvores para construir, onde já se viu! Todos devem viver em ocas, pelo visto.

Mas que coisa horrenda esse texto.

Lembro-me nitidamente do meu tempo de pirralho doutrinado por professorinhas marxistas-esquerdóides, das festinhas em comemoração ao Dia do Índio, das pinturas com tinta fedorenta e de mais um monte de tranqueirada que eu detestava. Só não me lembro de ter ouvido nada parecido. Ever.

Desde quando criticar o expansionismo desenfreado implica em adoração à vida selvagem, ódio ao progresso, repulsa à civilização, (coloque aqui o seu sofisma preferido)? Só se você acreditar que não há limites, vale tudo e mais um pouco - só que, nesse caso, o selvagem é você mesmo.

Coisa feia, hein? Já imaginou o que as crianças de cinco anos vão aprender se presenciarem o Grande Soberano de Refutópolis(tm) olavando desse jeito?


Era violenta muitas vezes, sempre com a ameaça de guerras entre diferentes tribos.

Uau, sorte que a civilização chegou.