quinta-feira, junho 14, 2007

As Sete Maravilhas


Rodrigo Constantino

"A individualidade sobrepuja em muito a nacionalidade e, num determinado homem, aquela merece mil vezes mais consideração do que esta". (Arthur Schopenhauer)

Recebi uma enxurrada de emails fazendo campanha pelo Cristo Redentor nessa eleição das “sete maravilhas do mundo”. Não ia comentar nada, ainda que ache isso uma grande besteira. Mas agora que o presidente Lula aderiu à causa, não posso mais ficar calado. Tenho que comentar algo, mesmo que seja apenas para implicar com o Nosso Guia. Há um critério quase certo – eu diria científico – de julgar uma causa: se o Lula é favorável a ela, não deve prestar.

O patriotismo exacerbado, in extremis, é não ter orgulho das conquistas pessoais. Muitos fogem de seus fracassos para se esconder atrás do patriotismo, tendo orgulho de algo maior, projetando seu sucesso nas conquistas alheias. Se você tem orgulho de sua trajetória, se considera ter vivido de acordo com seus valores racionais, por que deveria ofuscar isso com uma admiração – ou vergonha – de um grupo de desconhecidos, acidentalmente nascidos no mesmo local do mapa? Isso é coletivismo puro! Eu não sinto orgulho do fato de o Pelé ser brasileiro, assim como não sinto vergonha pelo fato de o Lula ser brasileiro. É indiferente para mim. Costumo admirar ou enojar indivíduos, por suas características particulares. Quem julga a colônia e ignora os indivíduos são os cupins!

Dito isso, pergunto: por que deveria eu me orgulhar de um monumento feito por outras pessoas? Somente porque está na cidade onde nasci? Não faz muito sentido. Nem mesmo um católico praticante eu sou, para louvar ao menos o símbolo da estátua em si. Acho, inclusive, a estátua da liberdade, em Nova Iorque, mais bonita, e prefiro seu significado também. Apenas por expressar essa preferência individual, inúmeros “cupins” já vão me condenar como “lacaio do império”. Vejam só! Sou obrigado a achar mais bonito um monumento somente porque ele está localizado na minha cidade! Eis o que o coletivismo faz com as pessoas. Os passos seguintes são escutar música local somente porque é local, ver filmes nacionais apenas porque são nacionais e, claro, defender que o controle de empresas seja de brasileiros, somente porque são brasileiros. Totalmente sem sentido. Onde fica a liberdade de escolha individual? Onde fica a imparcialidade do julgamento? Quantos preferem o falido Gurgel em vez de uma BMW? Os soviéticos, ícones dessa mentalidade coletivista, tinham que se contentar com aquele Lada terrível mesmo...

O único argumento que aceito para votar no Cristo é que seria vantajoso para nossa economia, para nosso turismo. Isso sim é uma colocação racional. Ocorre que os ganhos são irrisórios, e muito mais sentido faria usar essa mobilização toda para pressionar os governos a melhorar nossa realidade, investindo em segurança, por exemplo. É preciso lembrar que o Cristo, de braços abertos para nossa cidade, tem como vista infindáveis favelas, muita miséria e criminalidade fora de controle. Eis a realidade que essa votação boba não pode ocultar. E eis o verdadeiro motivo da “cidade maravilhosa” ficar cada vez menos maravilhosa, e deixar de arrecadar bilhões com o turismo. Acabamos atraindo aventureiros que vão a uma espécie de “safari” conhecer nossas favelas e gente em busca de sexo barato. Podemos eleger o Cristo como uma das sete maravilhas, mas isso não vai alterar nada dessa calamitosa situação.

Quando alguém começa a tratar a nação como um ente concreto e passa a falar no plural o tempo todo, como se fosse “nosso” Cristo ou “nosso” Pelé, eu tenho calafrios. O próximo passo natural é falar que é “nossa” culpa o bandido que arrasta um garoto pelas ruas. Ora, minha culpa que não é! A sociedade não passa de um somatório de indivíduos, e seria mais saudável que as pessoas passassem a julgar – para o bem e para o mal – atos individuais. Eu tenho mais respeito e afinidade por um australiano distante que defenda a liberdade individual do que por um vizinho marxista. Por esses motivos acima, não quero saber de voto em Cristo Redentor!

28 comentários:

Anônimo disse...

Rodrigo, que interessante, tu concorda com Deus:

Romanos 14:12 Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

abraço
Daniel

Rodrigo Xavier disse...

Também penso por essas bases. De que vale receber o título se a cidade sofre com insegurança, corrupção e declínio dos prédios antigos do Centro.

A idéia de se pertencer a uma grande "comunidade" nos torna mais superficiais e menos críticos à razão e valores.

Abraços.

Anônimo disse...

He, he, vc ficou bravo mesmo , hein?

Eu tb jah tenho há um bom tempo uma regra prática q com raras exceções sempre está correta

É o seguinte: se vc ver o senso comum de artistas, intelectuais e esquerdistas "democráticos" em geral a favor de uma causa, não precisa nem perder tempo, pode se posicionar contra essa causa, ou no mínimo fique bem vacinado com os argumentos dos politicamente corretos.

Um bom exemplo foi a questão do desarmamento

ps: Lulla fala o q melhor lhe convém na ocasião. Tempos atrás numa feira agropecuária ele disse aos produtores q se pudesse andaria com uma picanha pendurada no pescoço em suas visitas internacionais, a fim de divulgar a carne brasileira.

Eduardo Habkost disse...

Eu fiz a minha parte: fui até o site da tal campanha e votei em vários monumentos e não no Cristo Redentor.

Unknown disse...

Constantino,

não me diga que você não torce pro Brasil na copa do mundo ou pelos atletas brasileiros nas olimpíadas. Ou que nunca torceu pelo Senna, Guga, Popó etc...

Anônimo disse...

Votei em Petra, (lindíssimo), no Taj Mahal, no Coliseu, nas Pirãmides,Stonehedge, nos Moais de Páscoa e em Machu Pichu. Não considero o Cristo redentor, no Rio, digno do titulo. Bem como não acho que a Torre Eiffel ou a estátua da Liberdade sejam assim...uma Brastemp! rsssss
Não conseguiria ser desonesta a ponto de votar nele só "porque é do Brasil". Isso é falta de cultura, misturada com babaquice.

Eduardo Habkost disse...

Citando o Flávio acima:
não me diga que você não torce pro Brasil na copa do mundo ou pelos atletas brasileiros nas olimpíadas. Ou que nunca torceu pelo Senna, Guga, Popó etc..

Não sei por que é tão difícil de acreditar que é possível não "torcer pelo brasil" ou "ser patriota", ou ter sentimentos similares.

Sempre que vejo alguém manifestar um sentimento de "eu não apóio alguém ou algo só porque é brasileiro também", como neste post, aparece gente que simplesmente não acredita e duvida que isso seja possível.

A minha pergunta ao Flávio é: por que é tão difícil acreditar?

Anônimo disse...

Rodrigo Constantino,

Enquanto existirem pessoas de bom senso como você, nem tudo está perdido.

Catellius disse...

Foram os homens que ergueram a montanha do corcovado? Não. E 99% da beleza do Cristo Redentor reside abaixo de seus pés.

Este é um dos motivos pelos quais não votei nele. Não há nada de incrível naquilo. Mais de 2000 anos depois do Colosso de Rodes, de bronze, a espécie humana considerar aquele boneco de cimento uma das sete maravilhas criadas pela espécie que domina o planeta seria algo mais do que deprimente.

Anônimo disse...

Caramba, isso é muita ranhetice de vocês...
Sou um liberal e vou torcer sempre pelos atletas brasileiros, acho isso importante sim. Eles podem não ser os melhores em algumas modalidades, mas não há nada de errado em "dar uma força".

Gosto dos bons atletas, independente do local onde nasceram, mas torço sempre pelos brasileiros. Não estou seguindo o líder da manada, estupidamente...

Outra coisa, votei para que o Cristo seja eleito uma das novas 7 maravilhas. Acho o conjunto - monumento e a montanha - lindo. Tomara que seja eleito!

Abraços
Flavio Santos, do Rio de Janeiro.

$ disse...

Excelente comentário Rodrigo. Maravilhas dignas de serem admiradas são aqueles feitos humanos que demonstram do que o homem é capaz.

É claro que valores estéticos são importantes - quem vai negar a beleza do Taj Mahal? Mas as pirâmides do Egito, ou Stonehenge, construídos milênios atrás antes que fosse descoberto quase TUDO o que sabemos sobre física e engenharia são um testamento muito mais contundente sobre o que é possível para o homem quando ele decide fazer.

Aquela bandeira cravada na lua, por exemplo, vale mais que um milhão de estátuas de concreto. E teria o mesmo valor simbólico mesmo que fosse uma bandeira de outro país.

Da C.I.A. disse...

Há um critério quase certo – eu diria científico – de julgar uma causa: se o Lula é favorável a ela, não deve prestar.

Lula é a favor do aborto. Esta causa presta?

Unknown disse...

ehabkost,

Meu comentário foi direcionado ao Constantino. Não só acredito, como sei, que tem gente que não torce pelo Brasil ou mesmo torce contra. Diogo Mainardi é um exemplo famoso de anti-patriota (embora talvez seja provocação dele).

Quanto a mim, acho irracional me sentir orgulhoso quando a seleção ganha, pois não contribui em nada para isso. Ainda assim, não consigo deixar de torcer pelo Brasil, vibrar, gritar, sentir-me eufórico nas vitórias e decepcionado nas derrotas. Da mesma forma, sinto-me orgulhoso de morar numa cidade tão bela quanto o Rio, sendo o Cristo Redentor um dos seus cartões postais. É irracional, mas inevitável (pra mim).

Unknown disse...

Há controvérsia se o Cristo vai trazer benefícios financeiros para o Brasil. Estudos já dizem que se o Cristo vencer essa eleição, ele vai sim ajudar o turismo, economia e etc do Rio e do país. Agora, o voto é de graça, se vc nao quiser votar pelo menos me empresta seu celular que eu vou no cristo por você. Abraços.

Anônimo disse...

Parabéns Rdorgio, você foi direto ao ponto. `Emuit r´dicula esta campanha pelo Cristo Redentor. Mosta apenas ufanismo e uma visão provinciana.

Anônimo disse...

Caro Rodrigo,
Seu leitor há algum tempo, tenho aruqivado praticamente todos os seus artigos. Tomei a liberdade de reproduzir em meu spaces o As Sete Maravilhas.
Aproveito para enviar um convite - extensivo aos teus milhares de leitores:
Um Convite

C I R C O D E B R A S I L I A
Senhoras e Senhores! Respeitável Público!
O Circo de Brasília apresenta para todo o Brasil a grande atração, diretamente da cidade de Murici no estado de Alagoas, o senador Renan Calheiros revivendo o famoso mágico norte americano exibido tempos atrás pela televisão: MISTER M (lembre a voz marcante de Cid Moreira).
Prezado Público, Senhoras e Senhores:
O nosso mágico MISTER M BRASILEIRO não é nenhum principiante! E a mágica que ora apresenta é o resultado de um trabalho duro e longo – mais longo que duro... Conta com a participação do deputado federal Olavinho Calheiros; na coreografia, o famoso Senador Romero Jucá (vide revista Veja ed. 2011, pág. 142); toda a bancada do governo Lula; quase toda bancada da "OPOSIÇÃO"; apoio irrestrito da Secretaria da Fazenda de Alagoas e Receita Federal; e com o silencio da operação "BOI NÃO FALA" ainda não iniciada pela Policia Federal.
Senhoras e Senhores! Não percam!
Na próxima terça-feira dia 19 (se tudo der certo), com os mestres de cerimônia Epitáfio Cafeteira e Sibá Machado. Nos bastidores a “companheira” Ideli Salvati. Vejam ao vivo e a cores a grande mágica: O MISTER M BRASILEIRO em única apresentação, pela primeira vez em público para todo o Brasil. Assistam a transformação de NOTAS FISCAIS FRIAS, colocadas em um FRIGORÍFICO IGUALMENTE FRIO, que, após alguns minutos transformam-se em BOIADAS, MUITO GADO, FAZENDAS, APARTAMENTOS E MUITO E MUITO DINHEIRO. Tanto dinheiro que daria para pagar a pensão da jornalista MÔNICA VELOSO e de toda a população da cidade de Murici Al.
Se você é maior de 16 anos, leve o seu título de eleitor, um feixe de capim e um quilo de farelo. Dirija-se a entrada do circo e receba o seu ingresso. Lotação quase “esgotada”!!!
Ademir Sales – Maceió.

Anônimo disse...

Constantino,

Uma sociedade não é um somatório de indivíduos, mas uma "estrutura". Soma de "indivíduos" é uma colônia de bactérias, haja vista que uma monera singular, via de regra, não depende das outras nem mesmo para se reproduzir.

Toda sociedade é um complexo de "relações" entre indivíduos: relações sexuais, relações afetivas ou de cuidado (como a das mães com as suas proles), relações de cooperação, relações de troca, relações de aprendizado, relações de dominação ou hierárquicas etc.

Você, um liberal que cultua o Indivíduo, fala que, em nossos julgamentos, deveríamos nos ater - para o bem e para o mal - ao atos individuais. Ora, como julgar Goethe, e em particular a sua obra-prima "Fausto", sem levar em conta o empreendimento etnológico ou a "criação coletiva" em que ele se inspirou: a "lenda" de Fausto"? E como avaliar esse "ato individual" que é a obra "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, sem considerar a matéria-prima dessa magnífica obra, a saber, o folclore mineiro, que, como todo folclore, é construção coletiva? (poderia, ainda, celebrar as estupendas criações "individuais" de Ariano Suassuna, Patativa de Assaré e até Homero, que modeleram suas obras tendo por barro os mitos e lendas - empreendimentos coletivos e anônimos - do seu povo.

Você afirma que prefere o significado da estátua da Liberdade ao do Cristo Redentor. Ora, até para um ateu não bitolado, Cristo é símbolo de muitas coisas boas. Com efeito, quando Jesus afirmou "meu reino não é deste mundo" e "dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", com essas sentenças estabeleceu-se pela primeira vez a alvissareira possibilidade (que não existe nos demais monoteísmos abraâmicos: o judaísmo e o islamismo) da laicização da política, da separação entre Igreja e Estado. Demais, foi através de Cristo que a razão crítica (razão esta que Popper, no século XX, deu o acabamento final) veio ao mundo. "Pai, por que me abandonaste?" (Mateus, XXVI, 46). Vemos, nessa interrogação dolorosa, a razão questionando a própria razão e, ipso facto, o direito ao questionamento erigido a princípio teológico.

Sim, o Cristo Redentor não é apenas bonito.

De resto, ao contrário de você, não costumo reduzir as pessoas às suas crenças. Sou de centro-esquerda. Não obstante isso, tenho mais respeito ao meu vizinho liberal de direita (um homem íntegro e bom) do que por canalhas que pensam igualzinho a mim, não importando onde vivam (Lembro que também há muitos liberais calhordas).

Abraço.

Anônimo disse...

Foi bom lembrar o turismo e essas coisas, é preciso dar uma chance para dar ceerto, além do mais não custa nada um voto.Se não formos pelo Brasil, quem será? Esse individualismo é bem peculiar nosso, por causa de raízes Ibéricas, dizem por aí, então não há nada de diferente em defende-lo.

Anônimo disse...

O coletivismo torna uma socieedade unida e capaz de feitos muito maiores. Desvalorizar algo criado por seus compatriotas é no mínimo um mau-exemplo... seus argumentos não convencem pois você puxou logo pra criticar os ufanistas, aí até eu concordo, mas votar no cristo não é nacionalismo exaecrbado!

Rodrigo Constantino disse...

O coletivismo leva à URSS!

O que há de bom nisso??!?!!!

Anônimo disse...

hmm... eu pensava que a fome , a guerra e a miséria tivesse levado à ascenção do comunismo russo e daí à URSS...

Anônimo disse...

pedante

Palude1986 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Palude1986 disse...

Caro Anônimo,
Mesmo no caso de lendas, como a de Fausto, e de folclores, como os do sertão mineiro, ainda é possível isolar sua criação em alguns poucos indivíduos. Assim preconiza o individualismo metodológico...como se forma um mito? Com um embrião, uma idéia básica, à qual, ao longo do tempo, algumas pessoas adicionam um ou outro elemento, tornando-o mais complexo. Não é, portanto, uma "criação do povo", posto que não é o "povo" o seu autor (tampouco teria capacidade para sê-lo). São pessoas do povo que criam e fazem crescer os mitos e lendas.

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Sem entrar no mérito da estátua do Cristo Redentor, alguém já deu uma olhada em quem são os outros candidatos? A Acrópole de Atenas, o Coliseu, as estátuas da Ilha de Páscoa, a Torre Eifel, a Estátua da Liberdade, Stonehenge, o Taj Mahal e outros (vide http://www.new7wonders.com). Francamente, o Cristo Redentor não tem a menor chance!

[ ]s

Alvaro Augusto
http://alvaroaugusto.blogspot.com

Anônimo disse...

O estado brasileiro nao tem a menor chance de dar certo, ja dizia o finado Roberto Campos..

Quem gosta de colonia e cupim..

(perdao a falta da acentos, mas estou fora do Brasil, gracas a Deus.)

Anônimo disse...

eu não votei em nada porque acho o concurso uma grande palhaçada... Só as pessoas que têm telefone e internet é que podem votar. o resto nem deve saber da existencia d tal concurso.
Álem de ser uma palhaçada, o concurso é apenas uma estratégia da empresa que organizou o concurso para enriquecer. Duvido que o dinheiro ganho vá para algumas dessas "maravilhas". e mesmo que fosse, porque é que a umas eram atribuindo fundos, e a outras não?
Daqui a alguns anos (ou meses) já ninguem se lembrará quais as novas maravilhas.

Sou de portugal, e não é por a cerimónia se ter realizado em Lisboa, que me hei-de sentir orgulhoso. Sinto-me mais orgulhoso por um dos concertos do "live earth" se ter realizado no Rio, do que esta cerimónia ridicula em Lisboa. Ao menos os concertos servem pa algo bom...

Anônimo disse...

Não é o monumento em si. É o entorno. O conjunto é indiscutivelmente belo. Essa combinação de mar, montanha e azul a rodear o Redentor de braços abertos é uma bênção!

Esses argumentos são pífios. A cidade está maltratada? Está sim. Mas isso afetou sua beleza? Ainda não. É como se fosse uma musa triste e oprimida, mas não menos bela, não menos azul.

Sinceramente, não entendo os brasileiros, que parecem não gostar do Brasil. Tirando o povo, este país é abençoado!