terça-feira, maio 01, 2007

Socialistas Envergonhados


Rodrigo Constantino

“Quanto mais o Estado intervém na vida espontânea da sociedade, mais risco há, se não positivamente mais certeza, de a estar prejudicando.” (Fernando Pessoa)

Existem basicamente dois tipos de socialistas: os inocentes úteis e os que buscam poder. Estes manipulam as emoções, o romantismo bem intencionado mas sem conhecimento devido daqueles. Falam em fins supostamente nobres, como “justiça social”, “igualdade” ou “solidariedade”, conquistando os corações dos sonhadores despreparados. Em seguida, concentram poder em si próprios, dominando os ingênuos e entregando o oposto do prometido. Tem sido assim faz tempo, desde a utopia pregada na Terra, o paraíso de eterna paz e amizade, sem competição ou avareza.

Mas o inevitável ocorre cedo ou tarde: a experiência desse modelo irracional. E com ela, vem a desgraça, a miséria, escravidão e morte. Enfim, a União Soviética, a China de Mao Tse Tung, a Coréia do Norte ou Cuba de Fidel. Muitos aprendem da forma mais dura, apanhando, sofrendo na pele. A desilusão é enorme ao acordar para a realidade, enxergar que acreditava em algo errado. Mas não é fácil transformar em sucata anos de “aprendizado”, abandonar totalmente uma ideologia. Muitos migram então para algo misto, receosos de dar o braço a torcer e reconhecer o sucesso do “inimigo”, o “malvado” capitalismo liberal. Passam a pregar o welfare state, no fundo alimentando ainda grande desprezo pela parte livre desse modelo, e enaltecendo justamente a beleza da intervenção estatal. Não aprenderam a admirar a liberdade, a livre competição, as trocas voluntárias entre adultos responsáveis. Desconfiam ainda dos empresários, do lucro, do capital. Querem que o Estado tome conta da “besta”, controlando-a com sua rédea curta e muitos impostos. São socialistas envergonhados.

Os que buscam poder, naturalmente, enxergam nesse modelo a alternativa para o socialismo, o qual eles prefeririam pelo total controle sobre seus súditos. Mas como o ótimo é inimigo do bom, e a política é a arte do possível, eles aceitam dar alguns anéis para manter os dedos e muitas outras jóias. Cedem espaço para o “mercado”, fazem algumas reformas liberais, abrem mais a economia, mas sempre lutando para manter o máximo de poder possível. Concessões pragmáticas para manter a governabilidade, mas sem abrir mão da concentração de poder. Ainda falam em “justiça social”, em “menor desigualdade”, como se não fosse o Estado justamente a maior máquina de desigualdade. Conquistam ainda muitos adeptos, e mesclando o peso ineficiente do Estado com alguma agilidade econômica, ganham mais tempo de vida.

Só que aí vem a chata da globalização, pressionando cada vez mais por competitividade e eficiência. A competição agora é global, e quem não for ágil na adaptação irá perecer. Os países mais flexíveis mudam, a abertura comercial impõe um padrão de eficiência incompatível com a burocracia inchada, o livre fluxo de capitais obriga menores impostos sob a ameaça de mudar de país, as multinacionais competindo no mundo todo não toleram os pesados encargos sociais na folha trabalhista, o protecionismo comercial afasta os insumos necessários para a competitividade do país, a insegurança jurídica afugenta os investidores etc. Em resumo, a competição em escala mundial força uma constante busca pela eficiência, que simplesmente não combina com o dinossauro do welfare state.

Alguns países, ricos herdeiros do liberalismo e com pequena população, vão agüentando até onde é possível. Mas mesmo os escandinavos se vêem obrigados a reformar o sistema, privatizar estatais, abrir mais a economia, flexibilizar as leis trabalhistas, atacar o problema previdenciário. Os políticos respiram um pouco mais com isso, mas não será suficiente para competir no mundo moderno, quando Cingapura luta para virar a Suíça asiática, Hong Kong reduz os custos para os investidores, China oferece mão-de-obra barata, e Índia começa a abraçar finalmente o capitalismo. O welfare state deverá ser reformado por completo. Quando os economistas da escola austríaca anteciparam o inevitável declínio do socialismo, não foram levados muito a sério. Estavam certos. Hoje, alguns estão prevendo a bancarrota do Estado de bem-estar social inchado, assistencialista, ineficiente e pesado. Será uma questão de tempo. O modelo está esgotado, e não é compatível com um mundo veloz, globalizado e competitivo. Por isso o sentimento antiglobalização alimentado nos socialistas envergonhados. A competição é terrível para o ineficiente!

Mas os que buscam sempre o poder político não costumam desistir facilmente. São adaptáveis também, e vão migrando o discurso para onde for possível defender mais governo. O objetivo é sempre o mesmo: ter poder nas mãos. Os mais espertos já descobriram o caminho, o novo refúgio dos idólatras do Estado: a religião verde. O pânico da catástrofe iminente, o jargão técnico perante leigos, as previsões apocalípticas mais certas que o conhecimento do passado, tudo isso vai preparando o terreno para que os inocentes úteis uma vez mais depositem no Estado o poder de seu destino. Se há um inquestionável aquecimento global, se a ação humana é sem dúvida a causa, e se as empresas são as grandes culpadas, não tem porque discutir: mais poder ao Estado é a única solução viável.

Não importa que sejam especulações apenas, e que tantos “especialistas” tenham errado grosseiramente no passado. Não importa que Marte talvez esteja aquecendo também. Não importa que no passado a Terra tenha experimentado fortes ciclos climáticos. Não importa que onde o Estado teve mais poder concentrado tivemos mais poluição em termos relativos, como fica claro nos países socialistas. Não importa nada disso. Importa a “certeza” de que somente o governo tem capacidade para cuidar do problema, e por isso devemos concentrar mais poder nele. A liberdade fica ameaçada uma vez mais. Os socialistas, ainda que envergonhados pela desgraça inegável da experiência socialista, não querem largar o osso do poder. Precisam sempre achar uma forma de pregar mais e mais poder concentrado no governo. E sempre existem os inocentes úteis prontos para serem manipulados. O preço da liberdade é a eterna vigilância.

41 comentários:

Anônimo disse...

“Quanto mais o Estado intervém na vida espontânea da sociedade, mais risco há, se não positivamente mais certeza, de a estar prejudicando.” (Fernando Pessoa)

Voce já usou essa em outro Post.

Anônimo disse...

A ação humana no aquecimento global é uma balela. Muito bom que vc alerte para isso, Rodrigo.

Anônimo disse...

Tá aí, gostei. :)

Juliano VL disse...

Rodrigo, artigo interessante sobre aquecimento global:

http://counterpunch.org/cockburn04282007.html

e isso de um cara esquerdista.

Juliano VL disse...

mario, sabia que há uma diferença entre posturas morais & legais?

Rodrigo Constantino disse...

As cansativas imbecilidades do Mario serão devidamente apagadas, conforme avisei, até que ele ou prove que eu fui marxista, como ele afirmou, ou assuma que estava mentindo.

Rodrigo

Anônimo disse...

Belo artigo. Tem também o discurso da Educação. Por isso o Lulla lançou o PAC-man da Educação.

Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

O adolescente prefere continuar mentindo. Falta de caráter mesmo...

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

Esse Mario é um coitado sem ter o que fazer mesmo, que ainda não entendeu que só vai voltar a postar aqui quando assumir que estava MENTINDO ou provar o que disse.

Não, Mario, não lembro de Decio algum, e vc está apenas mentindo MAIS. Acorda, moleque!

Anônimo disse...

Obrigada por nos poupar a todos das imbecilidades do Mário.

obrigada mesmo!

Anônimo disse...

Constantino, tem uma frase do Roberto Campos (sempre ele, é impressionante)que se encaixaria bem no contxto:

"O mundo não será salvo pelos caridosos, mas sim pelos eficientes."

Acho que é mais ou menos isto, se não for corrija ae, abraços

Anônimo disse...

Seu Augusto!
Não tem que salvar nada não! O Sr. Roberto Campos, apesar de ser venerado aqui como sábio, não ia muito além do que essas frases de efeito. Muito cultuado e pouco estudado. De certo modo quem não estudou: não perdeu grande coisa. Quem estudou perdeu: perdeu tempo com a lenga-lenga Liberal. O de sempre que redunda em Nada. Esse não faz nenhuma falta. Que Deus o tenha! Deus não, o Demo. Deve ter se juntado aos Neo-Liberais
e devem estar privatizando o inferno todo. Vade Retro!

Anônimo disse...

Roberto

Marx e os assassinos esquerdopatas tipo Stáli, Mao e Pol Pot já tomaram conta do Inferno e botaram o capeta pra fora, ele tá na tua cabeça agora. Mané!

Anônimo disse...

Tá Não Seu Augusto:

Esquerdopata é termo usado pelo quimiotarado Reinaldo Azevedo, vulgo Tio rei(deles) para encantar os porpurinados direitofrênicos. Viu como é fácil! Mas não diz nada não, O Zé Ruela! É como esse seu Guru, o Campos, não fala-coisa com coisa. O Inferno é bom lugar para ele. Se bem que nada mais lá deve estar funcionando com a chegada do campos. Mas como esse não deve ser um privilégio infernal. Deixo-te com tuas "libertárias" e eficientes idéias Liberais que não funcionam e nunca vão funcionar também. Mas vão iludir muitos otários ainda.

Anônimo disse...

Pois é o que funcionou no mundo foi o que a esquerda propôs, realmente com a queda do muro de Berlim os alemães ocidentais puderam desfrutar das maravilhas do sistema comunista.

Não sei como não pude perceber isso até hoje, o capitalismo de cunho liberal só produziu pobreza, vc viu o topo do ranking Heritage?

Hong Kong, EUA, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, só países miseráveis...

Velho nem vou perder mais tempo com você, mas vc podia matar uma curiosidade, fale no q vc trabalha ou q vc faz

Chutes: 1ºprofessor de História ou Geografia de ensino médio

2º funcionário público de baixo escalão ("crasse" média baixa mesmo)

eu falo o meu: profissional liberal do setor produtivo

e ae responda com sinceridade, é um desafio

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

Caramba! Esse pirralho do Mario é chato demais, sem caráter e imbecil. Tenho muita pena pelos pais desse moleque...

Anônimo disse...

Oi, Rodrigo

Mudando de assunto, dá uma olhada nisso:

Mundo Livre S/A lança música sobre o atentado em Virgínia

Veja a letra da música... A culpa é dos liberais!! Ahahahha...

Abs e parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Sr. Augusto Profissional Liberal prudutivo:

O mundo para o Sr. é Plano. Pensa que todo mundo que discorda da farsa Liberal e Neoliberal é Comunista. Que todos os que pensam fora desse esquema "vencedor" é derrotado é parasita do estado ou coisa similar. É professor de ...
Mas não vou me jactar de minha atividade aqui não. Não sou dado a humilhar publicamente as pessoas e nem em particular.
Sugiro que voce não perca tempo comigo mesmo. Perca tempo estudando
um pouco mais esse lixo "teórico" Liberal, que já deveria estar morto e esquecido, para você futuramente
abandonar com convicção e não fazer como os coitados que não entenderam Marx e pensam sempre em resgatá-lo.Vada Retro! E leva Campos et Caterva junto por favor!
E para de escrever tanto em Blogs e vai produzir mesmo!

Rodrigo Constantino disse...

O coitado acima não tem nem coragem de assinar o nome! Faz sentido: repete imbecilidades, chama de lixo o liberalismo, e não consegue apresentar um único argumento. Seria o Mario disgarçado? Esses tipinhos resolveram ficar poluindo o blog. Tem que ter paciência...

Rodrigo

Anônimo disse...

Pois é, mais um marxista q parece dizer q Marx é incompreendido e que o comunismo nunca existiu.

E o capitalismo é o flagelo da Humanidade, por isso ele fica lendo blogs na Internet de idéias que ele despreza.

Não conseguiu fazer críticas consistentes (longe disso) à Campos e ao liberalismo em geral.

Tsc, tsc, tsc. Também não quis me humilhar dizendo qual sua profissão...será q é algum funcionário público que perdeu o emprego quando sua estatalzinha foi privatizada e os novos donos não toleraram incompetentes e folgados no quadro de funcionários?
Ou ele perdeu alguma mamata de garantia trabalhista de funcionário público...

Vc tb podia produzir algo decente ao invés de falar asneiras meu caro.

Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

Olha, ando seu saco para aturar no meu blog (propriedade privada) esses adolescentes bobocas, que jamais argumentam, ficam xingando no anonimato e tentando poluir os debates sérios. Vou começar a filtrar isso. Não tem argumentos, não tem conteúdo algum, apenas baboseiras anônimas, será apagado. Chega disso. Que os adolescentes fiquem jogando Nintendo!

Rodrigo

Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

Dureza...

Anônimo disse...

Só porque o anonimo maluco ali leu as coisas neo-desenvolvimentistas ou que países da OCDE utilizam-se de politicas ativas estatais ele acha que o liberalismo pode ser descartado.


Eita burro ignorante.

Anônimo disse...

Rodrigo os economistas muito criticam Marx pelo seu reducinismo em explicar a realidade social, infelizmente vocês liberais, outrossim, reduzem tudo ao liberalismo como se fosse a única solução(simplística) para resolver a complexidade social...
Gostaria de lembrar que você não um socilógo é um economista, não fala tanto assim de sociedade, é perigoso...
Os economistas da escola austríaca cometeram o mesmo erro filosófico dos Socialistas, o exarcebado historicismo...

Anônimo disse...

Rodrigo os economistas muito criticam Marx pelo seu reducionismo em explicar a realidade social, infelizmente vocês liberais, outrossim, reduzem tudo ao liberalismo como se fosse a única solução(simplística) para resolver a complexidade social...
Gostaria de lembrar que você não um sociólogo, é um economista, não fale tanto assim de sociedade, é perigoso...
Os economistas da escola austríaca cometeram o mesmo erro filosófico dos socialistas, o exarcebado historicismo...

Anônimo disse...

Eita Blog Bão!:

Agora publica duas vezes o mesmo comentário!

Ô meu filho tá ganhando por numero de

comentários publicados? Apaga isso!!

Anônimo disse...

Carlos,

Já que você falou na revolução indistrial, pergunto: como era a situação dos sem-nada antes dela?

A revolução industrial representou a enorme oportunidade para que tivessem alguma coisa em troca do único bem que, eventualmente, podessem possuir, que é a capacidade de trabalho (e continua a ser assim). Antes dela, os sem-nada perambulavam pelas terras dos pobres e ofereciam um pouco de trabalho em troca de um prato de comida e abrigo. Então, onde está a escravidão?

Quanto a eventuais baixos salários, no mundo capitalista, NINGUÉM É OBRIGADO A PERMANECER NUM EMPREGO QUE NÃO LHE SATISFAZ!!! E aqui está o LIXO que vocês, socialistas, criaram, que é a CLT. O salário deve ser proporcional à PRODUTIVIDADE, isto é, pelo mérito. Ou você pensa que um Ronaldinho Gaúcho deveria ganhar o mesmo que um Zé Mané qualquer????

Agora, para o Rodrigo: raras vezes escrevi aqui, embora leia com muita freqüência. Tudo o que percebi - e está documentado - o Mário começou por criticá-lo por você ser incoerente, dizendo-se liberal e atacando, violentamente, os católicos. Suas críticas por agirem como "cordeirinhos" ao que o Papa diz são absolutamente patéticas. O que o Papa fez e faz, é propagar a doutrina da igreja quando recomenda a fidelidade entre os casados e castidade aos solteiros. O Mário não concordou com a sua intolerância e suas arrogantes críticas aos religiosos. Agora, como você deletou, sistematicamente, o que ele postou, jamais saberemos se ele provou ou não sua acusação, não é mesmo?

Quanto ao baixo nível, do qual você sempre acusou o Mário, nesta mesma página você está ofendendo o Carlos, assim como sempre fez e continua fazendo com o Mário.

Rodrigo Constantino disse...

Fernando, engana-se, e deve ser católico para ter visto a coisa dessa forma. A fé atrapalha a objetividade.

Sim, o Papa tem o direito de falar o que quiser. Mas e eu, não tenho o direito de condenar o que quiser??? Não há autoritarismo algum em condenar o que o Papa prega, mesmo que para os fiéis apenas, o que é questionável, pois ele incita políticos a votar de acordo com a fé, e isso impacta a minha vida. Mas mesmo se não fosse o caso, sou livre para atacar o que qualquer um disse, inclusive o Papa. Essa blindagem que os católicos fazem é absurda. Chamam de autoritários quem critica a fé e o fanatismo! Ora, não posso mais me expressar??? Quando escrevi defendendo os dinamarqueses pelas charges de Maomé, os católicos gostaram. Mas quando critico as besteiras que o Papa diz, sou tachado de "intolerante". Por que? Por que é intolerância crit9icar uma religião??? Não seria intolerância não aceitar críticas???

O Mario é fraquinho demais, um adolescente que veio aqui apenas poluir, xingar, atrapalhar e buscar atenção, por ser carente. Mas vc esquece de uma coisa: ele não foi banido por isso! Seria um direito meu até, mas nem foi o caso. Ele foi banido porque INVENTOU MENTIRAS a meu respeito. Ao falar que eu já fui marxista, ele MENTIU, e sabe disso. Eu mandei ele provar, e ele não fez (claro, não há como provar uma mentira). POR ISSO ele foi banido.

Rodrigo

Bravo disse...

As polêmicas são boas...

O importante é que exista liberdade de expressão, mas com uma certa hierarquia, por exemplo alguem que possa excluir comentários infames.

Até mais.

Anônimo disse...

Quanto à associação de ambientalismo com esquerda, alguns links interessantes:



Artigo da wikipédia sobre Green Libertarianism - consideram o ambiente como uma propriedade de todos, e poluir, destruir o ambiente, é tanto roubo quanto violação do princípio de não-agressão.

The Right Conservative Position On The Environment - artigo da frontpagemag.com, que parece ter uma posição bem de direita, até talvez um tanto extrema, mas não conheço realmente. O artigo é interessante, de qualquer forma. Acho também interessante notar que há essa necessidade de dar as alfinetadas e se distanciar da esquerda.

Não sei se corresponde exatamente aos fatos, mas me pergunto se essa polarização sobre as questões ambientais não foi algo que ocorreu meio que por acaso; primeiramente o debate sendo só científico, meio alheio à posições de esquerda ou direita, e eventualmente algum dos lados, tomou uma posição, contextualizando como esquerda ou direita. E o outro lado, então simplesmente assumiu a posição contrária, meio que num reflexo psicológico de antagonismo por antagonismo.

Thomas Lovejoy, ambientalista que trabalhou na administração Reagan em algum cargo relacionado ao assunto inclusive mencionou algo nesse sentido, numa entrevista no Roda Viva. Dizendo que na administração Reagan foram criadas importantes leis ambientais. Justo na adminstração do cara que disse que árvores poluem mais do que carros...

Quem sabe se a história tivesse sido diferente em apenas alguns detalhes, meio "teoria do caos", hoje o que se veria seria a esquerda contra o ambientalismo, com argumentos do tipo do Stédile, de que na floresta amazônica não tem muita coisa que se coma; que a preservação ambiental é inútil socialmente porque só interessa aos burgueses colecionadores de borboletas; que não há o aquecimento global por causa humana, que isso é produto da "ciência burguesa" - os ricos querem vitimar os pobres que não podem se dar ao luxo de abdicar de fontes mais baratas e poluentes; que o aquecimento seria bom para agricultura tal como as estufas são boas para horticultura e o que os ricos querem é a pobreza e a fome da qual o capitalismo precisa... e diversos outros chavões.

Anônimo disse...

Acidentalmente apaguei um link do comentário em uma das edições:

http://www.repamerica.org/

Republicans for Environmental Protection