sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Salário Mínimo, Confusão Máxima



Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

A questão do salário mínimo continua gerando confusão. A oposição anunciou que pediu para a OAB analisar juridicamente o projeto votado no Congresso e aprovado no Senado, questionando no STF a constitucionalidade da medida. O principal ponto diz respeito ao mecanismo de definição do salário mínimo até 2015, que sairia do Congresso e ficaria sob o controle do Executivo, por meio de decreto. Trata-se de uma mudança delicada do ponto de vista jurídico, e a “judicialização” do salário mínimo agora parece inevitável. O impasse promete gerar desgaste político para o governo Dilma, além de insegurança jurídica para muitos.

Para um liberal, tudo em torno do salário mínimo é estranho demais. Em primeiro lugar, há que se questionar se deveria existir mesmo um salário mínimo definido pelo governo, ainda mais na esfera federal. Antes que os mais sensacionalistas afirmem que sem o salário mínimo muitos trabalhariam quase como escravos, é preciso lembrar que cerca de metade dos trabalhadores no país já está na informalidade. Para quem jura que basta um decreto estatal para aumentar o salário, resta explicar porque não decretar logo um mínimo de, digamos, R$ 5.000. Se for para garantir uma “vida digna” para todos, e se o salário mínimo não tem impactos negativos para os próprios trabalhadores, por que os sindicalistas não abraçam logo esta bandeira? Estariam felizes com R$ 580 de salário?

Quando levamos a coisa ao absurdo, fica evidente que o salário mínimo não está isento de efeitos perversos, justamente para os mais pobres. É que o salário real não pode ser definido por decreto estatal; ele depende da oferta e da demanda, das inexoráveis leis econômicas, que tal como a lei da gravidade, não podem ser alteradas pela “vontade política”. Se o salário mínimo ficar muito acima do salário de mercado, o resultado será desemprego ou informalidade. Se José só pode ou aceita contratar João por R$ 500 mensais, por conta de sua baixa produtividade, então não adianta o governo decretar que ele deve pagar R$ 45 a mais: João vai ficar sem o emprego, ou vai fechar acordo com José “por fora”.

Um salário mínimo acima do salário de equilíbrio do mercado acaba prejudicando aqueles com baixa escolaridade, mais jovens, que aceitariam trabalhar por menos. Claro que é legítimo ficar espantado com um salário tão baixo, que não consegue garantir o mínimo de segurança e conforto. Mas o foco deveria ser atacar as raízes do problema, como a baixa escolaridade e produtividade, a excessiva carga tributária, a asfixiante burocracia etc. Como o governo não faz nada disso, prefere debater com a oposição alguns reais a mais ou a menos no salário mínimo, e se cabe ao Legislativo ou ao Executivo decidir.

Isso sem falar do maior problema de todos: a indexação ao salário mínimo que produz um rombo gigantesco nos gastos públicos, especialmente o previdenciário. O salário é mínimo, mas a confusão é máxima!

36 comentários:

Anônimo disse...

O salário mínimo aumenta e o meu não, conclusão, como eu não gosto de nada ilegal o empregado do meu sítio vai levar um glorioso pé na bunda.
ntsur.

Anthony disse...

"Tarso Genro propõe Salário Mínimo Regional de R$ 610"

Por mais liberal que é o RS a gente se rala mais ainda... Vê se pode!

Morena Flor disse...

"Um salário mínimo acima do salário de equilíbrio do mercado acaba prejudicando aqueles com baixa escolaridade, mais jovens, que aceitariam trabalhar por menos".

1. O q seria esse tal de "salário de equilíbrio", "salário de mercado"?

2. É certo q jovens(ou trabalhadores de qualquer idade) aceitem(ou melhor, tenham de aceitar) trabalhar "por menos", por um salário de miséria?

3. Bem, sobre a baixa produtividade, ficou meio "estranha" a sua colocação. Ficou parecendo q trabalhadores em geral tem baixa produtividade, e q por isso, ganham menos. Por favor, me explica essa colocação sua.

4. Sobre o rombo da previdência: A maior causa mesmo é o ROUBO sistemático dos cofres públicos. Como sabemos bem, a rapinagem do erário público é geral: Nenhum dos 3 poderes escapa - desde a aumentos para si próprio de 66 a 133%(respectivamente, congresso nacional e presidência da república) até os mensalões, as propinas e a corrupção em geral.

5. Concordo com vc, a carga tributária é, deveras, escorchante, praticamente extorsiva, assim como a burocracia.

6. Pergunta: Vc defende a informalidade no mercado de trabalho?

7. Como o mercado definiria o salário mínimo?

Ufa, terminei por enquanto, hehehee

Dedde já, grata pela resposta.

:)

Tudo que Quiser disse...

Morena Flor...
Espero que não se ofenda por eu q não sou economista tentar responder...
"1. O q seria esse tal de "salário de equilíbrio", "salário de mercado"?"
Ninguém sabe o valor o mercado define, por isso não faz sentido o governo
tentar 'acertar um valor', só isso.
"2. É certo q jovens(ou trabalhadores de qualquer idade) aceitem(ou melhor,
tenham de aceitar) trabalhar "por menos", por um salário de miséria?"
Seria se a alternativa for ficar sem receber nada, na 'pior' das hipóteses
o governo poderia complementar a renda de alguém pobre com algum tipo de
bolsa.
3. No Brasil 70% dos estudantes saem do ensino médio sem saber ler, escrever,
interpretar um texto ou fazer as operações matemáticas básicas, curiosamente
a média de produtividade de nossos trabalhadores é baixa, em um ou outro caso
alguém que renda pouco pode receber mais, mas em termos macros não há como
fugir da regra: quem produz pouco recebe pouco pelo trabalho.
4. O que você diz é verdade, mas seja justo ou não o déficit de um jeito ou
de outro seremos nós contribuintes que iremos pagá-lo. Acredito que o Constantino
como eu defenderá um sistema onde NO MÍNIMO cada um saiba quanto paga para
se aposentar e quanto paga para 'ajudar os mais necessitados'.
5. Acho q todos concordamos aqui... O ponto é: Como melhorar as coisas?
6. Eu defendo o mercado, as vezes o governo deturpa tanto o mercado que é
impossível sobreviver sem a informalidade, mas este é um terreno difícil de
delimitar.
7. Eu defendo que não haja mínimo algum, mas como sou a favor da democracia
na prática defenderia um mínimo por hora trabalhada e regional.
Esqueci algo?

Anônimo disse...

'Ficou parecendo q trabalhadores em geral tem baixa produtividade, e q por isso, ganham menos'

E é isso mesmo.
ntsr

Anônimo disse...

6. Pergunta: Vc defende a informalidade no mercado de trabalho?

Não é uma questão de defender ou não, a informalidade é o preço da sobrevivência.Nem todo mundo é um parasita funcionário público.
ntsr.

Anônimo disse...

Como liberal, acho que não deveria haver salário mínimo fixado por lei, uma criação de feição fascista, inclusive. Contudo, já que ele existe na ordem jurídica e o governo quer mantê-lo baixo, cabia sim à oposição defender um valor maior, para desgastar a imagem do governo, até porque já se sabia de antemão que o governo venceria a peleja.

A questão política deve estar acima da questão econômica. A oposição não tem que ser coerente, pelo simples motivo de que o partido do governo não o é. Sem essa de a oposição ter de ser "responsável" e o governo, não. Ou já se esqueceu dos gastos excessivos do governo em função da última eleição?

Vi um monte de "liberais" criticando a proposta de um salário mínimo maior por parte da oposição. Só pode ser burrice; não há outra explicação.

O que importa é desgastar a esquerda, seja de que maneira for. Imaginar de modo diverso, pensando apenas na economia, é ser politicamente - e economicamente -suicida a longo prazo.

O mal do empresariado e dos "liberais" de araque é o imediatismo economicista. Se os negócios estão se concretizando, mesmo com alguma intervenção estatal, acham que está tudo bem.

A esses eu diria: é a política, estúpidos!!!!!

Anônimo disse...

“Justiça social” é uma expressão oca e sem sentido, além de geradora de injustiças reais individuais. Justiça real, autêntica, é dar a cada um o que lhe é devido, segundo o mérito (recompensa) e o demérito (punição) de cada um. “Justiça social” é uma locução inventada pelas esquerdas como sinônimo de “igualdade social” que, por sua vez, é um eufemismo para “socialismo”.

Acreditar em “justiça social” é apoiar, consciente ou inconscientemente, o socialismo, o comunismo.

Estudantes e profissionais sérios do Direito, não se deixem enganar com esse palavrório dos esquerdistas inimigos da liberdade individual!!!

Digam não à “justiça social”!!!!!!

Está lançada a campanha:

PELA LIBERDADE INDIVIDUAL, DIGA NÃO À "JUSTIÇA SOCIAL"!!!!!!

Anônimo disse...

E nem todo funcionário público é um parasita. Tem muitos financistas mais parasitas por aí.

Liberalismo não é total privatismo e muito menos empresarialismo.

Sem preconceitos e generalizações estereotipadas, pois isto também é ignorância.

Anônimo disse...

Vamos desgastar a esquerda...sendo mais esquerda ainda? Coisa meio sem sentido
ntsr

Morena Flor disse...

Concordo plenamente com seu último comentário, anônimo.

Uma ressalva:

"Acreditar em “justiça social” é apoiar, consciente ou inconscientemente, o socialismo, o comunismo".

Nem sempre, anônimo. Justiça social apenas foi apropriada pela causa esquerdista. Não quer dizer q quem sonha com uma sociedade justa é, necessariamente, partidário do esquerdismo. O diagnóstico de q a sociedade é injusta, infelizmente, é correto. O q diferencia é o modo de encarar e de resolver a tal "disparidade" entre pessoas da mesma cidade, local, país, etc: Seja criando oportunidades de emprego para todos(de modo a mitigar a desigualdade através do emprego e renda próprios) - ou seja, cada um ter seu próprio emprego e sua própria renda), ou simplesmente distribuindo dinheiro, fazendo caridade com o chapéu alheio, por ex.

Morena Flor disse...

"'Ficou parecendo q trabalhadores em geral tem baixa produtividade, e q por isso, ganham menos'

E é isso mesmo.
ntsr"

Não, não é isso, ntsr.

Nem sempre trabalhadores têm baixa produtividade. Exemplo disso são professores em muitos locais "destepaís" q, mesmo sendo os melhores possíveis, não ganham por produtividade, continuam com salário de miséria. Isso em colégio público e em colégio particular. Só para citar UM exemplo.

Trabalhadores nem sempre produzem pouco, muito pelo contrário. No "mundo real" as coisas funcionam deste jeito.

Anônimo disse...

A verdade é que para muitos empresários "liberais", seria ótimo se o Brasil se tornasse um clone da China.

Anônimo disse...

Funcionário público, juiz, político,etc nenhum desses pede a PERMISSÃO de ninguém antes de enfiar a mão no teu bolso e arrancar o quanto ele quiser pelo 'trabalho' que ele faz
A única dúvida é se esses parasitas são um mal necessário ou só um mal.
Quem sabe daqui há uns séculos, quando os libertários criarem o país deles, essa dúvida vá ter uma resposta.
ntsr

Anônimo disse...

À Morena Flor (sou aquele que discutiu outro dia com Leonardo Bruno no MSM. Fui bloqueado lá. Já havia sido outras vezes...rs...quer um conselho? Não perca tempo com aqueles louquinhos...rs):

Darei a você a mesma resposta que dei no Coturno Noturno:

É que a "justiça social" é a expressão gramsciana que mais "pega" as consciências dos estudantes e profissionais do Direito. É um verdadeiro dogma que prepara a mentalidade do pessoal da área para bem recepcionar toda sorte de teses jurídicas esquerdistas.

Observe que quase ninguém tem a coragem ou mesmo a idéia de contestar a "justiça social". Chega a parecer maluquice de "reacionário" insano. Foi o gramscismo que conseguiu "naturalizar" essa expressão, que na verdade nada mais é que um sinônimo de socialismo, em última análise.

É por isso que eu tenho postado o texto anti-gramsciano em vários artigos.

É preciso desconstruir o gramscismo.

Abraços.

Anônimo disse...

"Quem sabe daqui há uns séculos, quando os libertários criarem o país deles, essa dúvida vá ter uma resposta."

Isto é tão utópico como o anarquismo. É mais utópico que a "administração da coisas" em lugar do Estado de que falam os marxistas. rs


É acreditar que um dia os homens virarão santos. rs

E quanto a "ser mais de esquerda", infelizmente é a única maneira de confundir o eleitorado e debilitar o PT. Realismo político, meu caro. O que mais importa é tomar o poder deles. O resto fica para depois.

Anônimo disse...

Os professores se acham uma classe de injustiçados.Um pequeno detalhe é que se for pra pensar no problema da educação olhando pro quadro geral, esse sistema de quarenta, cinquenta alunos sentados tendo que pagar pra olhar pra cara de um idiota falando o que tem num livro é uma coisa ultrapassada.
Mas não adianta falar que educação à distância é mais produtiva, menos estressante pro aluno porque aí o cartel dos professores vem com as besteiras de 'mercantilização do ensino' e coisas do tipo
na verdade isso é muito conveniente pra eles, vc falou que eles são os melhores possíveis, melhores por qual critério? Quando um professor é incompentente a culpa sempre vai pro aluno, então é um trabalho muito conveniente.
ntsr.

Anônimo disse...

Tradução livre:
Hoje em dia se vc quer aprender, se vc quer MESMO aprender, esse é um tempo maravilhoso pra todo mundo porque se vc tiver acesso à wikipedia, ou acesso à última informação na internet, por exemplo tem um site que eu tenho usado com os meus filhos chamado khanAcademy, que é um cara sozinho dando umas aulas fantásticas de 50 min, tem grandes aulas de professores universitários, então, se vc tiver motivação vc pode ter as melhores aulas.

http://www.youtube.com/watch?v=6A07Pj71TUA

Anônimo disse...

Eu sinceramente queria saber qual o critério pra falar que esses professores são os 'melhores'.Por acaso algum dia os alunos tiveram aulas com outros ensinando as mesmas matérias pra poder comparar e afirmar quem é o melhor?
ntsr.

Anônimo disse...

E outra coisa, porque é que o conhecimento de quem é autodidata tem que valer menos do que o do cara que pagou pelas aulas, com dinheiro ou com impostos?
Meus amigos que estudaram numa universidade pública falaram que lá é muito comum, um coitadinho professor injustiçado chega no primeiro dia de aula e fala: 'o livro é esse, prova é dia tal, cai capítulo tal até capítulo tal.Meu telefone é esse aqui, qualquer coisa me liguem, e thau.'
Então, um aluno desses é um autodidata, sabe tanto ou até menos que um que aprende sozinho, pq o conhecimento dele tem que valer mais?Pq fez provas? Então porque as pessoas não são livres pra fazer só as provas? Quem quer ter uma certificação em java, já é assim.
Tem muita coisa muito muito podre que só existe porque é conveniente pros interesses dos professores, e não dos alunos.
ntsr.

Anônimo disse...

E só mais uma coisa, aposto que muita gente que vem aqui, lê esse blog e ACHA que é 'burro' pra matemática e física, na verdade só tiveram muitos desses professores 'melhores'

Vamos ver o que alguém inteligente de verdade acha do ensino deles:
http://pir2.forumeiros.com/t10634-ensino-da-fisica-no-brasil-segundo-richard-feynman

ntsr.

Anônimo disse...

À Morena Flor (complementando...e provocando...rs):

Quanto mais desigual for uma sociedade, se essa desigualdade derivar das diferenças de mérito, tanto mais justa será essa sociedade.

Digam não à “justiça social”!!!!!

rs...mérito próprio ou de família, pois a herança também é justa.

Anônimo disse...

"E quanto a "ser mais de esquerda", infelizmente é a única maneira de confundir o eleitorado e debilitar o PT. Realismo político, meu caro. O que mais importa é tomar o poder deles. O resto fica para depois."

Para não ser mal compreendido, explico: não aprovo, muito pelo contrário, que a oposição mais à direita mimetize o discurso esquerdista para tentar agradar os simpatizantes da esquerda. Isto também é dar um tiro no pé. A direita deve, sim, defender teses de direita. Contudo, deve do mesmo modo explorar as contradições do governo esquerdista, sempre que elas ocorram, como no caso do salário mínimo de R$ 545,00. Deve apontar a demagogia pré-eleitoral; a farra com os recursos públicos para eleger Dilma como motivo do arrocho; a farra em benefício dos companheiros com os cargos comissionados, etc. Enfim, deve, sempre que possível, criar saia justa para o governo; Enfim, deve fazer oposição sistemática, como fazia antes o PT - e ainda faz onde é oposição, como aqui em SP.

Anônimo disse...

Morena Flor, seu exemplo dos professores como uma categoria que tem salário baixo a despeito de sua suposta produtividade alta, vale lembrar que os salários gerais de um país depende da produtividade média de todos os trabalhadores. De nada adianta um neurocirurgião se mudar pro congo achando que assim vai receber um salário altíssimo. Como o brasil é um país de baixa produtividade, todos os trabalhadores acabam sofrendo um pouco com isso.

Morena Flor disse...

"À Morena Flor (sou aquele que discutiu outro dia com Leonardo Bruno no MSM. Fui bloqueado lá. Já havia sido outras vezes...rs...quer um conselho? Não perca tempo com aqueles louquinhos...rs)"

heheheheheh!

Conselho seguido, anônimo do MSM(desculpa, é p/ diferenciar vc de outros anônimos, hihihi)

Obrigada!

Pois, foi só eles liberarem os comentários q aquilo ali mostrou o qto um site pode virar um verdadeiro [b]hospício[/b], a depender do tipo de gente q atrai - e do q os seus colunistas escrevem.

Deus-do-céu, é muita loucura, li cada coisa ali q deu "vergonha alheia" - vergonha não, ataque de riso!

É rir pra não chorar... Mas pra não chorar, o negócio é se divertir com aquela cambada(salvo raríssimas e honrosas exceções) soltando impropérios e xingamentos mil qdo os argumentos(os mais absurdos, diga-se) se acabam como fumaça.

Tem razão, melhor não perder tempo e deixar os loucos se afundarem em sua própria loucura sozinhos.

;)

Morena Flor disse...

"Os professores se acham uma classe de injustiçados".

"Não se acham", ntsr. Muitos o SÃO mesmo. Vc já viveu a realidade de uma sala de aula para ver isso? Já viveu com um salário de professor, q em grande parte das vezes é um salário de FOME? Pq falar é fácil...

É isso q é ruim: Generalizar toda uma classe de profissionais, deixando de lado o q acontece na realidade.

Tenho colegas meus q são professores - e BONS professores - para atestar o q disse. Eu mesma já dei aula, sei como é.

Não digo q professor não é "tudo santo", pq sei q não é. Mas daí a falar q professor q reclama dos seus direitos "não presta", já é demais.

Morena Flor disse...

"Um pequeno detalhe é que se for pra pensar no problema da educação olhando pro quadro geral, esse sistema de quarenta, cinquenta alunos sentados tendo que pagar pra olhar pra cara de um idiota falando o que tem num livro é uma coisa ultrapassada".

1. Chamar professor de idiota é... idiotice(desculpa, mas realmente, não dá). Mais uma vez, generalizando toda uma classe profissional.

2. Ultrapassado? E pq? Quais são os critérios p/ q vc diga q está ultrapassado? Quais são as alternativas? Pq existem coisas p/ ensinar nas quais professores são insubstituíveis.

3. Não existe apenas esta maneira de ensinar. A educação e a pedagogia estão caminhando continuamente para uma evolução nas aulas presenciais. Aulas práticas, por ex, já são uma constante.

"Mas não adianta falar que educação à distância é mais produtiva, menos estressante pro aluno"

Quero PROVAS.

"porque aí o cartel dos professores vem com as besteiras de 'mercantilização do ensino' e coisas do tipo"

Como disse, PROVAS. No dia em q provarem q educação à distância é tão boa q pode substituir aula presencial em TODAS as áreas, então posso começar a pensar no assunto.

"na verdade isso é muito conveniente pra eles, vc falou que eles são os melhores possíveis, melhores por qual critério"?

Metodologia de ensino, paciência, dedicação, meios para se dar uma aula, saber passar o assunto e se comunicar com os alunos... Enfim, são muitos os critérios.

"Quando um professor é incompentente a culpa sempre vai pro aluno, então é um trabalho muito conveniente".

"Conveniente" é achar q professor é tudo "ruim"(aliás, acontece muito, qdo a mamãe e o papai reclamam na direção q o professor reprovou o filhinho q não gostava de estudar. Daí, tome pressão da direção pra cima do professor, pra q ele aprove o aluno e ponto. Não é falando q professor é tudo coitadinho, só demonstro aqui uma das possibilidades). Ou aluno agora seeeempre é "vítima" da "incompetência" do professor? Qualquer um q estudou em escola SABE q existe professor bom e professor ruim, assim como existe aluno bom e aluno ruim.

Anônimo disse...

À Morena Flor:

Anônimo "do MSM", por favor, não, conterrânea. rs

Seria você uma vizinha do centro de Salvador? rs.

Mas, para todos os efeitos legais -e ilegais - sou de SP. rs

Morena Flor disse...

HAHAHAHAHA!

Desculpa, anônimo, dei este "codinome" para diferenciá-lo dos outros anônimos.

óiaaaa só, vc mora aqui em Salvador-Bahia tb? hehehehe

Eu moro perto do centro - só estudo e trabalho no centro. E tu?



:)

Anônimo disse...

Perto da Piedade. :)

Não posso dizer mais nada (rs). Já fui uma PiTon histórica, não mais sou (nota-se!!! rs), mas ainda vivo rodeado de PiTons e meu patrão é uma PiTon das grandes (rs).

:)

Anônimo disse...

Ah, mais uma coisa: sou filho da terrinha mesmo. Baianinho da gema (rs).

Anônimo disse...

' "Mas não adianta falar que educação à distância é mais produtiva, menos estressante pro aluno"

Quero PROVAS.'

Exemplos de sucesso disso no mundo real é o que não falta.Se vc tivesse se dado ao trabalho de ler o que eu escrevi por inteiro saberia, então vou repetir, muita, muita gente passa na certificação em Java estudando sozinho, sem professor nenhum.Até nessa área da (bleargh) indústria do concurso tem gente que compra os livros, se vira e passa.
Quando alguém fala nessas coisas o cartel dos professores vem com a besteira do sistema cruel criado pela zelite pra ferrar os pobres...é? pois outro exemplo é o próprio Bill Gates, um dos caras mais ricos do mundo, ele usa isso com os filhos dele.Então, a zelite dominante agora quer ferrar a vida dos próprios filhos?

Fora isso, tem outras soluções também que apavoram o cartel dos professores.Tem o home school, nos EUA, não sei se tem em outros países mas o resultado...bom, os EUA são o líder mundial em ciência e tecnologia, ou seja, quase nada.

Com certeza essa seria a opção mais odiada de todas, porque nesse caso os pais podem filtrar o que os filhos aprendem e tem menos espaço pras doutrinações ideológicas que os vermelhinhos empurram junto com o ensino, principalmente nas humanas
ntsr

Anônimo disse...

' "na verdade isso é muito conveniente pra eles, vc falou que eles são os melhores possíveis, melhores por qual critério"?

Metodologia de ensino, paciência, dedicação, meios para se dar uma aula, saber passar o assunto e se comunicar com os alunos... Enfim, são muitos os critérios.'

Ah tá, pegando só um desses então, como é que se MEDE se ele tem mesmo essa suposta capacidade de passar o assunto? Porque claro, ninguém nunca vai ter coragem de perguntar PROS ALUNOS qual professor é melhor na hora de passar o conhecimento, não existe nenhum tipo de competição ou de teste nesse sentido, os pais tem que aceitar que, por causa de um blablabla enfeitado qualquer o tal do professor é bom naquilo, mesmo sem nenhuma forma de comprovação POR PARTE DOS ALUNOS QUE É O QUE INTERESSA.

Essa é uma situação ridícula, um vendedor vende um carro garantindo que é econômico, e quando o cliente quer comprovar se é mesmo, descobre que não tem como.
Mas a lorota decorada do vendedor, essa é perfeita.
ntsr

Morena Flor disse...

"Exemplos de sucesso disso no mundo real é o que não falta".

Bem... Sei q não falta exemplo de excelentes profissionais que se formam nas universidades(falo aqui das melhores do país). Inclusive, conheço muitos bem de pertinho.

"Se vc tivesse se dado ao trabalho de ler o que eu escrevi por inteiro saberia",

Ora, li tudo o q escreveu. Larga do pé da grosseria.

"então vou repetir, muita, muita gente passa na certificação em Java estudando sozinho, sem professor nenhum".

É? Pois QUERO VER alguém ser um bom arquiteto, urbanista, médico, engenheiro, advogado, etc simplesmente "estudando sozinho" ou sem aula presencial.

"Até nessa área da (bleargh) indústria do concurso tem gente que compra os livros, se vira e passa".

De quais cargos? Pq os superiores são destinados ao pessoal com diploma.

"Quando alguém fala nessas coisas o cartel dos professores vem com a besteira do sistema cruel criado pela zelite pra ferrar os pobres..."?

1. Os professores q acreditam nesse papo "dazelites" são apenas parte de um universo maior de professores. Nem todos pensam assim. Cuidado com o discurso reducionista.

2. Existem conhecimentos que só são possíveis de se entender e de se conseguir no ensino universitário e com aula presencial.

"pois outro exemplo é o próprio Bill Gates, um dos caras mais ricos do mundo, ele usa isso com os filhos dele".Então, a zelite dominante agora quer ferrar a vida dos próprios filhos"?

É a tal da "homescooling", não é?

E desde qdo Bill Gates é parâmetro para se apoiar algo para milhões de pessoas, com os mais variados contextos sociais, familiares, etc?

"Fora isso, tem outras soluções também que apavoram o cartel dos professores". Tem o home school, nos EUA, não sei se tem em outros países mas o resultado...bom, os EUA são o líder mundial em ciência e tecnologia, ou seja, quase nada".

1. Homescooling não é para todos os pais. Ainda mais em um país cheio de analfabetos e analfabetos funcionais. O q fazer com filhos de analfabetos(coisa super comum, "nestepaiz"? Ir pra escola lógico, pais analfas não dão conta do recado.

2. Homeschooling não substitui escola normal. Só deve ser efetivada por pais q tenham conhecimento sobre TODOS os assuntos q se dão na escola(coisa raríssima por aqui). Do contrário...

"Com certeza essa seria a opção mais odiada de todas, porque nesse caso os pais podem filtrar o que os filhos aprendem e tem menos espaço pras doutrinações ideológicas que os vermelhinhos empurram junto com o ensino, principalmente nas humanas"

1. E se os pais forem COMUNISTAS de carteirinha? Olha q não é difícil de acontecer isso não, muito pelo contrário!

2. Se a tal da homeschooling for mesmo legalizada neste país, e pais tirarem os filhos da escola pq "ah, escolas hj estão todas corrompidas" e blábláblá, não serão apenas pais cristãos q serão beneficiados: Pais comunistas de carteirinha, muçulmanos(com todas aquelas doutrinas violentas contra a mulher, os infiéis, etc), fanáticos religiosos, e quejandos serão beneficiados tb.

3. Se uma das justificativas do homeschooling é diminuir o abuso infantil, e dizer q "na escola é pior": Se na escola acontecem abusos, em casa tb, infelizmente(nem todos os lares tem abuso infantil, o q é bom, mas ainda sim, é uma epidemia q afeta muitos lares do país e do mundo). Portanto, educar academicamente as crianças em casa não é garantia de q os abusos infantis sejam menores.

Morena Flor disse...

"Ah tá, pegando só um desses então, como é que se MEDE se ele tem mesmo essa suposta capacidade de passar o assunto"?

Pode-se monitorar as aulas, ué... O q não falta é professor bom, e com certeza, não faltarão quem aceite o tal "desafio".

"Porque claro, ninguém nunca vai ter coragem de perguntar PROS ALUNOS qual professor é melhor na hora de passar o conhecimento",

Será q não? Olha q nas universidades, tem até avaliação dos docentes a respeito(q pode ser anual, semestral, etc)! E sei BEM disso!

"não existe nenhum tipo de competição ou de teste nesse sentido, os pais tem que aceitar que, por causa de um blablabla enfeitado qualquer o tal do professor é bom naquilo, mesmo sem nenhuma forma de comprovação POR PARTE DOS ALUNOS QUE É O QUE INTERESSA".

1. Existe teste e exame sim, e em alguns lugares, tais exames de admissão de professores ganham concornos super rigorosos. Especialmente nas universidades.

2. E invertendo: E como se prova q OS PAIS tem capacidade plena de prover conhecimento aos filhos, SEM AJUDA ou FORMAÇÃO ESPECIALIZADA? Professores tem ao menos, um diploma. Realidade diferente da grande maioria dos pais deste país.

3. Alunos podem avaliar que professores são bons qdo estes estão nas salas de aula dando aula para aqueles. Antes de um professor entrar na escola, é uma junta especializada q tem q dizer se um professor é bom ou ruim.

"Essa é uma situação ridícula, um vendedor vende um carro garantindo que é econômico, e quando o cliente quer comprovar se é mesmo, descobre que não tem como.
Mas a lorota decorada do vendedor, essa é perfeita".

Este tipo de raciocínio NÃO se aplica a uma coisa tão delicada q é a educação. Educar pessoas não é como comprar carros!

Anônimo disse...

'Existe teste e exame sim, e em alguns lugares, tais exames de admissão de professores ganham concornos super rigorosos. Especialmente nas universidades.
'

Então voltamos ao ponto de partida.É um círculo vicioso, eles são competentes segundo um critério de competência criado e avaliado...por eles mesmos.Assim é bom demais.

A história do carro lá foi uma metáfora, o que importa é que hora nenhuma uma avaliação por parte DO CLIENTE, entra na jogada

No youtube mesmo, no canal do khanacademy, tem várias pessoas comentando, falando praticamente a mesma coisa: 'cara, muito obrigado, graças à vc eu entendi cálculo pela primeira vez na vida.'
E isso não são um ou dois.Então se educação à distância não existe,não funciona, por que essas pessoas escreveriam isso? Loucura coletiva?

Aliais, cabe até perguntar pra que as próprias escolas insistem tanto na importância da leitura, etc, se a única forma de absorver algo é estando fisicamente presente no mesmo lugar onde tem um cara falando o que está nos livros?
Pra mim isso é sem sentido.
ntsr