segunda-feira, janeiro 16, 2012

Entre socialistas e populistas de direita


Rodrigo Constantino

Em reportagem no Financial Times, Marine Le Pen mostra suas bandeiras populistas na corrida eleitoral francesa. A candidata de direita pretende resolver os problemas do país saindo do euro, imprimindo dinheiro, proibindo a imigração e criando barreiras protecionistas. O downgrade da França pela Standard & Poor's forneceu o timing perfeito para a largada de sua campanha, com a retórica anti-euro.

Na tentativa de atrair as massas, Le Pen disse que pretende aumentar o salário dos mais pobres em 200 euros mensais, que seria pago com imposto de 3% sobre produtos importados. Além disso, ela pretende retornar ao franco, liberar o banco central para imprimir o equivalente a 100 bilhões de euros por ano, e pegar emprestado do banco até 45 bilhões de euros com taxa de juros zero. Le Pen não vê risco inflacionário nestas medidas.

Segundo pesquisas, o candidato socialista François Holland lidera com 27%, Sarkozy está em segundo com 23,5% e Le Pen em terceiro com 21,5% das intenções de voto. A França está dividida entre socialistas e populistas de direita, que são inclusive muito parecidos. Triste destino o que aguarda os franceses.

Neste vídeo eu falo sobre os tempos perigosos em que vivemos, uma vez que a crise cria um ambiente propício aos oportunistas de plantão, que vendem "soluções" mágicas e fáceis. Não faltarão emoções aos europeus nos próximos anos. Espera-se que algum resquício de razão possa prevalecer.

2 comentários:

Anônimo disse...

Deve dizer entre Socialistas de Esquerda e de Direita ou entre Populistas de Esquerda e Direita.

Todos eles aumentam o tamanho do Estado e todos são Populistas.

lucklucky

Anônimo disse...

A imprensa europeia, como a brasileira, é altamente esquerdista. Aqui na Holanda, os jornais falam todos os dias do Geert Wilders e do seu partido de "extrema-direita" e cheio de fascistas. Sò que Geert Wilders é sionista, e o fascismo não é de "extrema-direita", porque nem se quer é de direita. Um ideologia que quer "Tudo no Estado, nada contra do Estado e nada fora do Estado" só pode ser de esquerda. Acredito que Marine Le Pen, tal com Wilders, é apenas mais um vítima do patrulhamento ideológico promovido pela imprensa. Espero que Le Pen ganhe, nem que seja só para mostarr aos euro-cratas, que não podem impor modelos de governação aos diversos países. Já impuseram o Mário Monti à Itália, e espero que não façam o mesmo aos outros países europeus.