sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Alucinação ou Revelação?


Rodrigo Constantino

“Assim como as crianças tremem e têm medo de tudo na escuridão cega, também nós, à claridade da luz, às vezes tememos o que não deveria inspirar mais temor do que as coisas que aterrorizam as crianças no escuro...” (Lucrécio)

“Ele acordou de repente, aterrorizado, naquela primeira noite na caverna, todo o seu corpo, todo o seu interior, preso em um aperto semelhante ao de um torno que parecia mantê-lo dentro de um campo de pressão intensa. Mais tarde ele tentaria explicar a sensação: foi como se um anjo o tivesse prendido com um abraço assustador que ameaçava esmagar a vida, expulsando o ar de seus pulmões. Enquanto ele estava deitado ali, exausto, ouviu a ordem: ‘Recita’. Isso ele não sabia fazer: ele não tinha aprendido poesia, não era adivinho nem bardo com uma série de frases bonitas na ponta da língua. De fato, como ele mesmo afirmava, era totalmente analfabeto. O anjo encobriu-o, possuindo-o de novo com tanta força que ele sentiu que ia estourar: ‘Recita!’, ordenou novamente. [...] Assim foi o início do Alcorão, traduzido literalmente como ‘recitação’. É a palavra de Deus pela boca de Maomé. Quem acredita nisso é muçulmano; quem não acredita, não pode ser.”

Eis como o historiador Barnaby Rogerson narra, no livro O Profeta Maomé, a primeira revelação divina supostamente recebida pelo profeta do Islã, em uma caverna nas encostas do Monte Hira, em 610. Em seguida, “ainda tremendo, com muito medo mas decidido, ele saiu da caverna e deixou sua família dormindo. Escalou rápida e resolutamente o pico do Monte Hira. Ele tinha o suicídio em seu coração. No meio do caminho foi parado por uma voz angélica, e a forma ampla e abrangente do Arcanjo Grabriel encheu sua visão, não importando para onde se virasse, dominando todo o horizonte e toda a perspectiva: vasto, contínuo e inescapável. ‘Levantei minha cabeça para olhar o céu e eis que avistei Gabriel na forma de um homem com asas estendidas, ereto no firmamento, com os pés tocando o chão... Então, virei meu rosto para outras partes do céu, mas em qualquer direção que olhasse, lá estava ele’. Maomé voltou cambaleando para a caverna e arrastou-se para o conforto da esposa, a quem implorou: ‘Cubra-me, cubra-me’. Khadija o abraçou, cobriu seu rosto exausto com seu manto, acalmou-o e ouviu sua história. Quando ele acabou de contá-la, ela voltou rápida e furtivamente para a cidade, a fim de conversar com seu guia espiritual, seu respeitado primo Waraqa ibn Nawfal. Tranqüilizada pelo conselho de Waraqa, ela voltou à caverna e foi a primeira a saudar Maomé como um profeta de Deus”.

Era o nascimento do Islã, que iria conquistar vasto território através de muitas guerras e derramamento de sangue. Vários questionamentos surgem imediatamente para todos aqueles que não pertencem desde o nascimento a esta religião. E se houvesse um pouco mais de ceticismo na época, será que acreditariam que Maomé realmente encontrou o anjo, ou adotariam uma visão mais provável de ser tudo obra da própria mente dele? Por que Deus escolheria um intermediário em vez de aparecer logo de uma vez para todos? Por que o intermediário é quase sempre um analfabeto? Por que uma aparição através de um anjo numa caverna isolada? Atualmente, todos acham graça se alguém diz ser um profeta de Deus que recebeu uma mensagem através de uma visão. Não ficam com a menor dúvida de que se trata de um louco ou embusteiro. O engraçado Inri Cristo é prova disso. Mas por que essas mesmas pessoas levam tão a sério o relato de situações exatamente iguais ocorridas, ainda por cima, numa época de mais ignorância? O que é mais provável: que este relato de Maomé, que deu origem ao Islã, uma das maiores religiões da atualidade, seja de fato uma revelação divina, ou o resultado de uma alucinação de um sonolento Maomé, já em busca há algum tempo por um chamado divino?

Como Carl Sagan escreve em O Mundo Assombrado Pelos Demônios, “as alucinações podem ser uma passagem negligenciada para a compreensão científica do sagrado”. Alucinações mundanas são comuns, mais do que muitos gostariam de admitir. Ele explica: “Essas alucinações podem ocorrer com pessoas perfeitamente normais em circunstâncias perfeitamente comuns. Elas também podem ser provocadas: pela fogueira de um acampamento à noite, por estresse emocional, por ataques epilépticos, enxaquecas ou febre alta, por jejum prolongado, insônia ou privação dos sentidos (por exemplo, em reclusão solitária), ou por meio de alucinógenos como LSD, psilocibin, mescalina ou haxixe”. Além disso, não importa quais sejam os antecedentes neurológicos ou moleculares, as alucinações parecem reais.

Se crianças são capazes de fantasiar sobre monstros horripilantes, por que alguns adultos não poderiam, de vez em quando, fantasiar algo parecido? Sagan diz: “Há inúmeros exemplos, em todas as religiões, de patriarcas, profetas ou salvadores que se retiram para o deserto ou para a montanha e, assistidos pela fome e pela privação dos sentidos, encontram deuses ou demônios”. O relato de Maomé tem mais probabilidade de ser apenas um fenômeno deste tipo, ou de fato uma visita de Gabriel? Sobre as revelações, Rogerson escreve que “o processo era tão debilitante que depois dele Maomé freqüentemente precisava ser coberto e protegido por uma colcha enquanto tremia e se sacudia”. Não nos remete justamente aos casos típicos de alucinações?

Depois do relato da primeira visita, Maomé ficou por dois anos sem voz alguma, em silêncio. Após esse período de espera, as revelações continuaram, algumas vezes com um verso repetido, para corrigir um mais antigo. Em 615, a nova ordem era para sair e pregar em público. Islã significa “render-se”, ou “submissão”. O profeta deveria levar a ordem para todos, mesmo que o uso da espada fosse necessário. Maomé começou a ser visto como um perigo pelo poder estabelecido. Foi nesse clima tenso que os “versos satânicos” devem ter ocorrido. Os muçulmanos não gostam de tocar no assunto, que ficou impossível de ser ignorado depois do livro de Salman Rushdie, que recebeu uma sentença de morte de Aiatolá Khomeini por causa dele. Maomé teria contemporizado com o poder local, e dito que Gabriel reconhecia as três deusas adoradas, Al-Lat, Al-Uzzah e Manat, como divinas.

O gesto de conciliação gerou euforia, e os árabes pagãos ficaram encantados com esta referência à intercessão das deusas. Mas depois, talvez por receio de ser traído pelos poderosos, ou qualquer outro motivo, o fato é que Maomé voltou atrás, e concluiu que fora enganado. Recebeu uma nova visita do anjo, e soube que na anterior, era Satã disfarçado, e não Gabriel. Entende-se porque os muçulmanos odeiam esse assunto, e chegam a ameaçar de morte quem o traz à tona. Se Maomé enganou-se uma vez, tendo na verdade a mesma visão do Arcanjo Gabriel em ambas, o que garante que ele não estava errado em outras, em várias outras, em todas as outras? A dúvida é cruel para os crentes, e questionar é pecado, um crime, prova de falta de fé.

Muitos crentes de outras seitas entendem perfeitamente a lógica desses argumentos, e realmente consideram até absurda a escolha da opção “revelação” por alguém, em vez de abraçar a infinitamente mais provável opção de “alucinação”. No entanto, quando chega ao caso da sua própria seita, a razão desaparece, cedendo lugar à necessidade de crença no dogma já enraizado. É o caso dos cristãos, por exemplo, que ignoram as crenças dos muçulmanos, achando bem mais plausível a hipótese de alucinação de Maomé, mas abraçam com fé cega a “hipótese” de que Jesus realmente nasceu de uma virgem e ressuscitou, de fato, após ser crucificado. Ou então nem ousa questionar os “milagres” de curas por simples toque ou multiplicação de pães. Para os adeptos desta seita, tudo isso, profundamente inverossímil e considerado absurdo por qualquer um que faz o uso da lógica, passa a ser visto como “A Verdade”, que não deve ser questionada, mas apenas aceita por um “nobre” ato de fé. Crer porque é absurdo, eis a mensagem!

E assim caminha a humanidade, com cada seita abandonando a razão em prol da alucinação particular, enchendo o mundo de deuses e demônios que assombram, perdoam, matam, punem, observam, controlam, castigam, oferecem recompensas, tudo isso fruto das alucinações humanas, demasiado humanas.

24 comentários:

Anônimo disse...

cuidado com os fanáticos de Alá.

São uns malucos

Anônimo disse...

Uma coisa que chama atenção em quase todas as religiões, ocidentais e orientais, é a prática do jejum. O islamismo, o catolicismo, o judaísmo, o budismo, o hinduísmo, a umbanda e os nossos índios, todos pregam o jejum como uma forma de purificação do corpo e da alma. O rabino Nilton Bonder chega até a dizer que "com as forças enfraquecidas, você tem uma visão mais humilde de si mesmo; o ego forte tem dificuldade de aceitar suas fraquezas".

O problema é que não ocorre nem um nem outro. A maioria que defende a prática, exalta o estado de alerta e a sensação de bem-estar provocados, mas a explicação médica é bem diferente e está na liberação de neurotransmissores, como endorfinas, e hormônios, como noradrenalina e adrenalina, que entram em ação em situações especiais, causando uma falsa sensação até de excesso de energia. Quando esse estoque acaba, vêm as sensações de fraqueza, moleza e apatia e a dificuldade de concentração. Um período de jejum de mais de quatro horas, pode causar lentidão dos movimentos, raciocínio confuso, perda de memória, suores frios, dores musculares e de cabeça, tontura e até mesmo desmaios. Esses sintomas, na maioria das vezes, são resultados da hipoglicemia. Alguém já teve o desprazer de ver uma crise hipoglicêmica? Uma overdose de heroína perde.

A simples observação das alterações psicofísicas causadas aos homens pela fome desde os primórdios é mais que suficiente para que os picaretas, que surgem aos milhares para cada religião criada, determinem que a prática do jejum seja uma simbologia litúrgica a ser respeitada por todos. Querem coisa melhor para ser dominada que um homem com as forças enfraquecidas, tendo uma visão mais humilde de si mesmo, como disse Bonder? Imaginem como ficam os islâmicos depois de um mês (Ramadã) comendo e bebendo moderadamente, apenas durante as noites.

Esses delírios de Sidarta, Maomé, Moisés e tantos outros “mensageiros” dos deuses não podem nem devem ser levados em conta por quem tem pelo menos um pingo de bom senso.

Da C.I.A. disse...

Rodrigo, você está para lançar um novo livro?

Anônimo disse...

Angelo da CIA.. Bem bolada seu post... Sepa ele quer reescrever a Biblia.

Rodrigo Constantino disse...

Angelo,

Mês que vem deve sair meu quarto livro, uma coletânea de resenhas liberais desde Milton e Locke até os pensadores modernos.

Mas sobre misticismo e superstição, estou sim escrevendo um livro. São justamente esses artigos que vc tem visto por aqui.

Rodrigo

Anônimo disse...

http://answering-islam.org.uk/portugues/mohamed/satanicos.htm

sobre o versos satanicos por eles

Unknown disse...

Ai Rodrigo, apreciava muito mais quando escrevia sobre política econômica, entendo que voce esteja escrevendo um livro sobre religiao...mas da uma balanceada ai no Blog, volta a escrever mais sobre economia!!!

Anônimo disse...

Ricchus escreve:

"Um período de jejum de mais de quatro horas, pode causar lentidão dos movimentos, raciocínio confuso, perda de memória, suores frios, dores musculares e de cabeça, tontura e até mesmo desmaios."

É isso mesmo que você está dizendo, ou se enganou com a contagem do tempo?
Quatro horas de jejum causando tudo isso, você sabe realmente o que está dizendo?

Meu amigo, todo mês eu faço um jejum de 24 horas, e NUNCA senti nada disso que você está relatando. Tenho uma saúde perfeita e o jejum até ajuda nessa manutenção da saúde. Procure ler sobre os benefícios do jejum, existem vários livros escritos sobre o assunto.
Quem pratica o jejum com freqüência, tem uma vida totalmente normal durante o jejum, pois a prática não atrapalha em nada a vida de quem já está habituado. Até a caminhada e prática de esportes leves eu realizo enquanto jejuo.
Além do mais, em minha religião, a prática do jejum é concluída com a doação em dinheiro do valor correspondente às refeições não realizadas no período do jejum, para as pessoas necessitadas. Ou seja, os motivos não são dominação, controle, muito pelo contrário a prática leva ao autocontrole.

Abraço,

Jerry

Anônimo disse...

Tenho 47 anos e desde os 15, ou seja há 32 anos, dois terços da minha vida, faço apenas uma refeição por dia(de noite) e um café da manhã bem chimfrim, 1 pão c/ manteiga e 1/2 copo de café puro. As vezes tomo alguns cafés ou sucos durante o dia, mas geralmente faço cerca de 12 horas de jejum e NUNCA senti nada de ruim. Se eu comer a cada 4 horas, minha digestão trava e tenho azia. Não tem fundamento o seu argumento!

Anônimo disse...

Meus caros famintos: eu não afirmei nada definitivamente. Se vocês lerem com atenção e não se apressarem em criticar antes de digerir, eu disse “PODE PROVOCAR” etc.. Se vocês jejuam 24 horas ou são daqueles que se alimentam só de luz e não sentem nada, não vem ao caso. Eu não sou médico, mas obtive essas afirmações com eles e, por favor, não me venham querer dizer que jejum faz bem para alguma coisa porque não é verdade.

Quanto a existirem livros sobre os benefícios de se ficar sem comer, e daí? Também existem livros que defendem o criacionismo, UFOs, deuses e diabos, o que não quer dizer que vou acreditar neles.

Bruno disse...

Caraca, ta ficando chato esse blog já... Rodrigo, um abraço cara, foi muito interessante seu blog enquanto falava de politica e economia, mas num ta dando mais, o assunto já está mais do que pedante... Boa sorte pra vc e suas pregações lógicas científicas de símios e babuínos de bunda vermelha. Espero que sua conclusão sobre tudo isso realmente acrescente algo na sua vida e no seu desenvolvimento humano.

ANTI-MOFO disse...

Uma coisa não podemos negar, a fidelidade destes crentes em defender qualquer espécie de comportamento obtuso é algo realmente admirável. Quem dera eles gastassem tanta sinapse para fazer algo que preste ao invés de defender a lógica de parar de comer ou de parar de pensar.

Anônimo disse...

Os textos do Rodrigo são muito bons e claros, e devido a isso alguns vão ficar ofendidos. Acho que o Rodrigo só vai conseguir provar o óbvio: Que as pessoas são doutrinadas a acreditar em Deus e em religião, mas lá no fundo, se usarem apenas 1/10 dos seus neurônios, entenderão que isso é um delírio.

PROBLEMA: Elas não querem constatar isso. Elas querem poder continuar acreditando inocentemente que existe essas coisas e que elas podem contar com isso. Como eu falei, é como aquele cara que namora uma mulher horrível, mas ele acha linda e não adianta vc falar que a mulher não tem dente, nem toma banho.

"O pior cego é aquele que não quer ver."

O Rodrigo já provou ser uma pessoa totalmente exclarecida. O problema que isso é uma luta ingrata. É como convencer os índios que o Deus Sol não existe, ou os muçulmanos que maomé era um maluco delirante, e que não existem virgens no paraíso.

Como dizia Sagan, o mundo não dá trégua para aquela minoria que resolve utilizar mais do que 10% do cérebro. :-(

Anônimo disse...

Para o Anti-Mofo:

Ei menino! Quem está aqui defendendo a "lógica de parar de comer".

Quando você arrumar um emprego e começar a trabalhar vai verificar que, praticamente, 90% dos brasileiros "que trabalham", tomam o desjejum às 6:00 da manhã (ou antes) e só tomam outra refeição ao meio-dia.

Vamos fazer as contas juntos para você e o Ri-cú não esquecer: 12-6=6>4. Entendeu menino?

Talvez o "raciocínio confuso" possa, de fato, ocorrer com algumas pessoas que fiquem por mais de 4 horas sem comer, como, por exemplo, o Ri-cú e o Anti-Mofo...

Ha-ha-ha! Imagine a população, que passa a noite dormindo e fica, nesse intervalo, praticamente 9 horas sem comer, acordando todos com "tonturas, desmaios e perda de memória". Você são mesmo hilários, vai arrumar uma trouxa de roupa suja para lavar, animal!

Anônimo disse...

Acho que o Décio Pinto está precisando descer o pinto em alguém, haja vista sua reação violenta.

Mas, vamos lá, citando um texto acima:

"Meu amigo, todo mês eu faço um jejum de 24 horas, e NUNCA senti nada disso que você está relatando. Tenho uma saúde perfeita e o jejum até ajuda nessa manutenção da saúde. Procure ler sobre os benefícios do jejum, existem vários livros escritos sobre o assunto."

Acho que não estamos falando de 4 horas aqui né? 24 > 4.

Ou seja, como sempre aparece algum pirado (geralmente religioso) para defender o indefensável. Não vou ficar me justificando para você quantas horas eu trabalho por dia e se sou tão menino assim como você julga porque não tenho a menor obrigação disso e sua verborragia nervosa à lá Olavo de Carvalho já demonstra bem o seu tipo.

E outra: 6 horas da manhã eu não acordo mesmo. Não fiz faculdade para isso. Acordar às 6 e lavar cesto de roupa parecem elementos mais próximos da tua realidade.

Anônimo disse...

Primeiramente, desculpe por tê-la chamado de menino. A sua faculdade de economia doméstica não lhe ajuda muito a entender, não é?

Então vamos lá: Quem afirmou que:

"Um período de jejum de mais de quatro horas, pode causar lentidão dos movimentos, raciocínio confuso, perda de memória, suores frios, dores musculares e de cabeça, tontura e até mesmo desmaios. Esses sintomas, na maioria das vezes, são resultados da hipoglicemia. Alguém já teve o desprazer de ver uma crise hipoglicêmica? Uma overdose de heroína perde."

Foi o R-cú, cuja afirmação você está defendendo por pura ignorância mesmo. De trabalhar vocês não entendem mesmo, devem entender de overdose de heroína...

Anônimo disse...

Hahahahahahahahahahahahahahaahaha

Esse "debate" entre o tal de Ricchus (seria o Mouro?) e o tal de Décio Pinto (seria o Léo?) está muito divertida.

Sei que não pediram, mas minha opinião é que cada caso é um caso. Há pessoas que mesmo com a barriga cheia tem alucinações. Exemplo: os esquisofrênicos. Em outros casos, há pessoas que podem ficar sem comer por dias e continuam lúcidas. Exemplo: lembro-me de uma velhinha, já nonagenária, no terremoto do Irã, que ficou cerca de 10 dias debaixo dos escombros, sem comer, e quando foi libertada, estava lúcida e pediu um chá.

Há diabéticos que não podem ficar sem comer durante 4 horas que têm problema com hipoglicemia e começam a ter alucinações. Há outras pessoas que ficam o dia todo sem comer e continuam normais.

O jejum, não muito prolongado, pode, sim, ser benéfico, contanto que a pessoa não seja diabética. Basta observar os animais. Eu já tive gatos, e quando eles tinham problemas estomacais, eles jejuaam por um dia e acordavam bem no dia seguinte. Além disso, quando o estômago está cheio, o sangue se acumula no aparelho digestivo, diminuindo a irrigação sanguínea do cérebro, o que pode dar sono e falta de concentração. O jejum, não prolongado, melhora a concentração e o raciocínio.

Anônimo disse...

Pela descrição, parece que Maomé teve mesmo alucinações, mas não podemos nos esquecer que ele foi um líder político. Ele pode perfeitamente ter alterado as "suas alucinações" para melhor convencer as pessoas, eliminando o que não lhe convinha, como os versos satânicos e introduzindo aquilo que possibilitava uma maior credibilidade e controle sobre as pessoas.

Acho que da mesma forma fez Moisés, que deve, ele mesmo, ter criado os Dez Mandamentos para controlar o seu povo bárbaro, e depois disse que foi enviado por Deus para o seguirem.

Se nos dias de hoje as pessoas ainda acreditassem, como antigamente, em "revelações", é lógico que os políticos iriam inventar novos Dez Mandamentos, ou um novo Alcorão. As religiões foram, antes de tudo, movimentos políticos.

Anônimo disse...

"Esse "debate" entre o tal de Ricchus (seria o Mouro?) e o tal de Décio Pinto (seria o Léo?) está muito divertida"

Marisa,o que te leva a pensar que eu faria isso?

Leo

Anônimo disse...

Leozinho

Eu apenas estava brincando, para desmanchar o clima de irritação que está por aqui. Veja, parece o Brasileirão: Rodrigo x Olavo, Léo x Catellius, Ricchus x Décio ...

Você e o Mouro já se "estranharam" há uns tempos atrás e essa briga entre o Ricchus (nome em latim, lembra Catellius) e o Décio (lembra Léo), me fez lembrar de vocês dois.

Desculpe-me, tá?

ANTI-MOFO disse...

Energúmenos do Brasil, uni-vos!

O costumeiro modus-operandi do troglodita, tal qual ensina o Sr. Décio Pinto: possivelmente de posse de um Mapa Astral, o ocultista é capaz de adivinhar minha idade, a natureza do meu diploma superior, quantas horas por dia eu trabalho e até mesmo o tipo de drogas que costumo usar.

Além do que, seu machismo histriônico também remete ao tempo dos astrólogos e dos alquimistas: tudo que se refere aos afazeres domésticos é sinônimo de degradação: "lavar cesto de roupas, faculdade de economia doméstica". Aqui temos um típico exemplar do fóssil-vivo, provavelmente um religiosopata que nutre sua violência verbal com um inexplicável complexo de superioridade.

Como eu sei que é muito difícil tirar este espécime do seu estado de estupidez, só me resta pedir que ele faça um Jejum durante uns 10 anos e depois volte aqui para contar sua experiência.

Anônimo disse...

Rodrigo!

Não sou muçulmano, nem católico,etc. enfim, religião para mim é algo mais pessoal e tenho absoluta certeza de que me ajuda no meu dia dia. O que não entendo é por que você trabalha tanto com olhos críticos isso tudo. Sinceramente, assino teu feed, adoraria que você escrevesse mais sobre economia, enfim, deixando de lado um pouco essa obsessão por tentar desmascarar e por crenças de determinadas pessoas abaixo. Me preocupo com o bem estar do mundo, e existem inumeras contribuições de determinadas religiões com essa causa.

Pois bem, admiro muito teu conhecimnento e informação, e respeito também tua opinião, mas como disse antes, essas críticas me parecem um pouco exageradas e de certa forma as vezes ofensivas às crenças das pessoas.

Minha opinião
Abraço!

Leonardo

Rodrigo Constantino disse...

Leonardo,

Se eu for me preocupar em não ofender a crença dos outros, eu não escrevo mais nada! Afinal, vivo ofendendo a crença dos socialistas. E ela é religiosa!!! Ataco o Deus deles o tempo todo, o Estado. Não vejo diferença.

A religião fez coisas boas... e coisas muito ruins! Se eu não puder falar disso, sou um escravo.

Quem fica ofendido, que não leia. Quem quer debater, refletir, pensar, só tem a ganhar com os artigos.

Abraços,

Rodrigo

Anônimo disse...

Um dos temas que os carolinhas mais gostam de discorrer é sobre o "direito de criticar a conduta homossexual", opondo-se a uma tal de "Lei da Mordaça Gay". No entanto, vai você criticar a atitude do crente irracional e proselitista para você ver o que acontece. Automaticamente eles tentam promulgar a "Lei da Mordaça Cristã". Eles podem criticar a conduta e o ideário de todo e qualquer segmento social, seja ele preponderamente cristão, ou não. O contrário não é válido. Criticar o medievalismo da Igreja é falta de respeito, embora eles achem que podem criticar todo mundo.