quarta-feira, abril 10, 2013

A entrevista daquele que já deveria estar preso

Rodrigo Constantino

José Dirceu, o "chefe de quadrilha" julgado e condenado e que já deveria estar preso, deu uma entrevista para a Folha, como muitos sabem. Nela, ele acusa (novamente) o ministro Fux de ter garantido que lhe absolveria no processo do mensalão. Como Dirceu é esperto, mas não é burro, ele disse que isso NÃO influenciou na escolha de Fux pela presidente Dilma. Seria escandaloso demais. 

E é! É um absurdo! Coisa de república de banana! Ora, se a suposta promessa de Fux não teve peso na escolha, então por que Dirceu traz isso à tona? Ou ele falava da boca para fora com um "zé ninguém" sem influência na escolha, ou Dirceu está confessando que a presidente Dilma apontou um ministro porque ele ofereceu em troca a sua absolvição. E tudo para avacalhar o julgamento do STF. 

Nós, que tampouco somos burros, sabemos a versão verdadeira. E isso apenas comprova que lugar de petralha mensaleiro é na cadeia, pois eles tentaram (e ainda tentam) destruir as principais instituições republicanas desse Brasil. Se Fux fez mesmo essa promessa, só podemos celebrar sua traição. E que a presidente Dilma não escolha mais um ministro com base em tais critérios, digamos, cubanos.

Quanto a Dirceu não se considerar culpado, mas sim um "perseguido político", isso já valia para a época em que ele sonhava em adotar uma ditadura nos moldes cubanos por aqui, na década de 60, achando (uma vez mais) que seus "nobres" fins justificavam os mais nefastos meios. Não tem jeito: pessoas com tal mentalidade e dispostas a partir para a ação merecem o único lugar adequado como destino: o xilindró. 

Aliás, o que as autoridades estão esperando para encaminhar de uma vez esse réu julgado e condenado ao lugar que ele merece? 

8 comentários:

IvanFR disse...

"Aliás, o que as autoridades estão esperando para encaminhar de uma vez esse réu julgado e condenado ao lugar que ele merece?"

Estão esperando a publicação do acórdão, com pouco mais de 10 mil páginas, o que vai obrigar o diagramador do Diário Oficial a ter um trabalho extra, conforme andei lendo. Depois disso, devem decorrer cinco dias de prazo para que a defesa possa interpor os seguintes recursos: embargos de declaração e embargos infringentes. Somente depois do julgamento desses recursos, que vai consumir mais alguns meses e somente após a publicação também do acórdão de publicação desses recursos é que a sentença vai ser executada.

No entanto, pode ser que o acórdão ainda demore para ser publicado, pois a defesa dos réus pediu o "sobrestamento" da publicação enquanto o plenário do STF (ou seja, todos os ministros reunidos) não julgam o pedido para dilação (ou seja, aumento) do prazo de cinco dias para interpor os recursos, pois os advogados consideram pouco tempo cinco dias para analisar 10 mil páginas.

É Rodrigo, tá pensando que em Direito é tudo simples? hehehe

Anônimo disse...

Sim, Rodrigo, e todos os outros também!
República das bananas nada! Acho que nem nesse item temos competitividade.
Ainda mais agora que atingimos a 100ª posição, no Índice de Liberdade Econômica. Nossa, que meta! Para não dizer outra coisa.
Lembro bem quando o liberal, tal qual você, Gilberto Simões me disse logo que o PT chegou ao poder.
"Estamos ferrados..."
Não há mais adjetivos pejorativos, constantes no Aurélio, que possam classificar as pilantragens desse governo (com g minúsculo mesmo!)
Abraço
Odilon Rocha

Reginaldo Macêdo de Almeida disse...

Acho que este celerado poderia ser preso agora, se não por sua condenação, pelo menos por desacato. Muito me admira que a Folha de São Paulo ceda um púlpito para um condenado na justiça.

Vânia Luz disse...

É insuportável ver como a justiça brasileira brinca com o senso do povo.
Por isso que o Genuíno deu o dedo para o povo, a justiça da brecha para tal...

Anônimo disse...

Uma boa pergunta fica no ar... Porque a Folha colhe essa entrevista e a traz a público?

Anônimo disse...

Depender da democracia é muito deprimente

Luís Cláudio Amarante disse...

Pessoal, ele e os demais NUNCA serão presos.

Ainda cabem embargos infringentes, embargos de declaração, os quais, quando julgados improcedentes, darão azo a agravos, novos embargos de declaração e por aí vai.

Pra vocês terem ideia, isso que está para acontecer agora (publicação do acórdão) já aconteceu ANOS ATRÁS no caso do deputado Nathan Donadon, e ele continua livre, leve e solto.

Então sonha alto quem acha que eles vão ser presos. Os anos vão passar e os crimes vão prescrever. Vocês verão.

Luís Cláudio Amarante disse...

Pessoal, ele e os demais NUNCA serão presos.

Ainda cabem embargos infringentes, embargos de declaração, os quais, quando julgados improcedentes, darão azo a agravos, novos embargos de declaração e por aí vai.

Pra vocês terem ideia, isso que está para acontecer agora (publicação do acórdão) já aconteceu ANOS ATRÁS no caso do deputado Nathan Donadon, e ele continua livre, leve e solto.

Então sonha alto quem acha que eles vão ser presos. Os anos vão passar e os crimes vão prescrever. Vocês verão.