sexta-feira, abril 26, 2013

Torre de Babel


Rodrigo Constantino, para a revista Banco de Ideias do Instituto Liberal

A Organização das Nações Unidas, herdeira da falecida Liga das Nações, foi criada com a melhor das intenções: servir como um instrumento em busca da paz mundial após a Segunda Guerra. Será que ela atendeu aos anseios originais de seus criadores? Será que o legado da ONU tem sido positivo?

A resposta do israelense Dore Gold, que atuou em diversas funções diplomáticas, é um retumbante “não”. Em seu livro Towerof Babble, ele argumenta que a ONU foi completamente desvirtuada, e acabou contribuindo para instigar o caos global. O histórico da ONU, especialmente o mais recente, após o término da Guerra Fria, é uma sucessão de fiascos: Bósnia, Ruanda, Somália. Por quê?

De forma bastante resumida, o fracasso da ONU se deve à perda de sua claridade moral, presente na sua origem. Em um mundo dicotômico, com os aliados de um lado e os fascistas do outro, era mais fácil defender o certo e o errado de forma objetiva. Tal clareza foi substituída, com o tempo, pelo atual relativismo moral exacerbado, onde, em nome da “imparcialidade”, ninguém mais deve tomar partido.

Agressor e agredido viraram conceitos muito elásticos, confusos, e o cinza absorveu qualquer chance de divisão entre preto e branco. A ONU adotou um discurso acovardado, politicamente correto, incapaz de julgar evidentes agressores. Ela não se mostrou à altura do desafio de combater o terrorismo islâmico, por exemplo, pois lhe falta convicção sobre a própria existência do inimigo.

A democracia direta em nível global seria, hoje, transferir poder dos americanos para chineses e indianos. Sem sólidos pilares institucionais e culturais, a simples escolha da maioria pode representar a tirania sobre a minoria numérica. Em parte, foi justamente isso que aconteceu com a ONU. Ela foi capturada por países do Terceiro Mundo, e os Estados Unidos foram perdendo poder dentro da instituição.

É por isso que países sob regimes autoritários ocuparam o Conselho de Direitos Humanos da ONU, esvaziando-o de qualquer sentido. É por isso também que o pequeno Israel tem sido alvo da maioria das resoluções da ONU, recebendo críticas absurdamente desproporcionais. Tiranos massacram seus povos, rasgam qualquer acordo de direitos humanos, mas é Israel que sofre condenações constantes da ONU. Não Cuba, não o Irã, tampouco a China, mas Israel, a grande ameaça à paz mundial, segundo uma desmoralizada ONU.

Palco para muitos discursos inflamados e poucas ações efetivas, a ONU se tornou o paraíso dos burocratas e políticos populistas. Uma espécie de “governo mundial” sem responsabilidade, sem eleições populares. O poder sem rosto. Para piorar, a inoperância não tem sido punida, mas premiada! Vide a própria trajetória de Koffi Annan. Com tal mecanismo de incentivos, a escalada da corrupção dentro do organismo foi inevitável.

São vários escândalos, como aquele do programa “Petróleo por Comida”, que teria desviado US$ 10 bilhões dos petrodólares iraquianos de Saddam Hussein e envolvia gente importante da Rússia e da França (talvez isso explique a reação de ambos à guerra que derrubou o ditador). Há ainda casos de participação dos funcionários da ONU em uma rede mundial de tráfico sexual, como retratado no filme A Informante, com Rachel Weisz.

Com essa postura de “equivalência moral” entre agressores e agredidos, tomada pela maioria numérica de países antiamericanos e antissemitas, e envolta em escândalos de corrupção, como encarar a ONU como uma esperança pela paz? E, sabendo disso tudo, como condenar países como Estados Unidos, Israel e Inglaterra, que precisam, muitas vezes, ignorar a ONU para sobreviver?     

Dore Gold está certo: aquilo virou uma Torre de Babel, uma cacofonia onde acaba sobressaindo o viés antiamericano acima de tudo. A ONU fracassou em sua missão.

16 comentários:

Maurício Goldberg Neto disse...

Prezado Rodrigo,

Muito interessante e oportuno este artigo! Já passa da hora de percebermos que a ONU de fato se tornou uma organização de nações unidas, mas unidas sob a bandeira do movimento revolucionário com o objetivo de desestabilizar e enfraquecer os EUA e Israel. Nela, marxistas, globalistas e grupos interessados na instituição do grande califado islâmico operam frequentemente contra os valores das democracias ocidentais. Unem-se, por enquanto, a fim de enfraquecer aqueles que consideram seus inimigos em comum para, depois, degladiarem-se pelo domínio político, ideológico e cultural do mundo.
Infelizmente, ainda são poucos os que já despertaram para o caráter nefasto desta luta antiamericana e antissemita, e para os interesses subreptícios dos grupos que estão por trás delas, criando confusão através do relativismo moral para, depois, impor sua "moral" revolucionária, liberticida e fundamentalista. Aproveitam-se de longos anos de doutrinação ideológica de grande parte da população ocidental a partir de instituições culturais que foram sendo progressivamente parasitadas, num movimento lento, gradual e organizado de ocupação gramsciana dos espaços.
Eu mesmo me vi vítima desta doutrinação durante muitos anos, tanto em ambientes escolares e universitários quanto em órgãos do aparelho estatal, tendo sido fundamental para o meu despertar, não apenas o mal estar moral que alguns destes ambientes me causavam, mas também a leitura de textos de autores que me auxiliaram, em minhas reflexões, a mellhor compreender aquilo que eu via e o mal estar que eu sentia.
Portanto, gostaria de parabenizar-te pelo texto e agradecer-te pela coragem de posicionar-se em defesa dos valores democráticos e das liberdades individuais. Acredito que você e alguns outros participantes do debate intelectual assim colaboram para despertar consciências, neste mundo que, infelizmente, ainda não se libertou de tentações autoritárias e liberticidas.
Um grande abraço,

Maurício Goldberg Neto.

Anônimo disse...

E os valores individuais dos palestinos ? Vc não defende ? Eles querem um pátria. Eles não tem esse direito ? Vc só defende os valores individuais dos israelenses ?

Rodrigo Constantino disse...

Claro que defendo! Israel já aceitou um Estado Palestino, mas os terroristas palestinos não aceitaram, sob a liderança de Arafat. Os maiores inimigos dos palestinos são... palestinos! São esses que não permitem a liberdade individual lá.

Anônimo disse...

Anônimo das 9:02, caia na real, procure se informar em melhores fontes e dê ouvidos ao RC e ao Maurício Goldberg Neto.
Você sabia, por exemplo, que quase todos os dias, pelo menos umas três vezes por semana o Hamas, braço extremista da causa, lança foguetes contra alvos próximos a Israel, na tentativa de provocar uma reação violenta daquele País? Se não sabia, está por fora!
O JN costuma falar disso? Óbvio que não! Não interessa.
Abraço e leia mais. Coisas sérias!

Anônimo disse...

Como Israel defende uma pátria palestina se inaugura assentamentos judeus na Cisjordânia ? O que vc acha da política de assentamentos judeus na Cisjordânia ? Por que eles insistem com essa prática que é condenada no mundo todo. Os assentamentos judeus inviabizam um estado palestino. Isso que me revolta nos liberais brasileiros. Acham que devem defender a ocupação israelense na Palestina. O que contraria todo o ideal liberal.

Anônimo disse...

E vem foguetes da Cisjordânia contra israel ? Pois a ocupação israelense é na Cisjordânia e não na Faixa de Gaza. A solução seria reocupar a Faixa de Gaza e não sair de lá nunca mais ? E a partir do momento que vc ocupa o território de alguém , vc perde a razão e justifica os foguetes do Hamas. Um intelectual que deu a definição perfeita sobre o conflito Israel-Palestina : "o azar dos palestinos é que eles são as vítimas das maiores vítimas da história". No caso, os judeus, que foram vítimas do holocausto. Não adianta, não aceito que em pleno século XXI tenhamos que conviver com países ocupando de maneira ilegal outros países. E me espanta liberais serem coniventes com essa arbitrariedade.

Diego Aquino disse...

Antes só desconfiavam dos E.U.A, agora há o wikileaks. Então, viram que eles não defendem a liberdade, apenas seus interesses, mesmo que tenha que matar vários inocentes, financiar ditaduras e etc.

Maurício Goldberg Neto disse...

Anônimo do comentário das 11:24 PM:

Existe uma diferença muito grande entre defender o direito de Israel de existir e se proteger daqueles que declaradamente ameaçam sua existência, e "defender a ocupação israelense da Palestina".
Há quem defenda uma ocupação total da Palestina por Israel? Há, mas posso te dizer que essa não é a posição dos verdadeiros liberais, não é a minha, e segundo o próprio comentário do Rodrigo Constantino não é a dele. E posso te dizer ainda mais, por já ter morado em Israel: com a exceção de uma pequena parcela da população, a maioria do povo israelense concorda com a idéia de uma partilha do território (exceto Jerusalém) entre Israel e Palestina, desde que possa efetivamente confiar em que não terá sua existência ameaçada pelo seu vizinho. O grande problema é que o Hamas jamais abdicou de declarar que não admite a existência de Israel e que deseja varrer Israel do mapa. Diante disso, pergunta-se: como é que Israel pode confiar no estado palestino se ele abriga politicamente uma instituição terrorista que declara abertamente que pretende aniquila-lo? Sim, pois o Hamas participa do cenário político Palestino ocupando cadeiras no parlamento e mesmo governando parte do território. Diante disso, o que termina acontecendo é que reforça-se em uma parte da população de Israel a idéia de que a melhor maneira de se proteger é ocupando os territórios que, no futuro, poderiam servir de base para novas e maiores ameaças. Apesar de pessoalmente eu discordar desta postura, ela é compreensível diante das ameaças declaradas, não só de palestinos do Hamas, mas também de xiitas do Hezbolah, do Irã, terroristas da Al-Qaeda, e por aí vai, bem como do histórico de sucessivas tentativas de países árabes vizinhos invadir e destruir Israel.
Assim, é preciso que fique claro que enquanto for influente em parte do mundo árabe e islâmico a idéia de eliminar Israel, os EUA, os cristãos que vivem pacificamente sua religião em países de maioria muçulmana e a civilização ocidental (considerados, então, os inimigos de "Alá"), não haverá garantias de que se possa efetivamente resolver diplomaticamente o conflito no Oriente Médio.

Unknown disse...

não sei o que dizer, vejo essa discussão e lembro bem em que contexto a onu foi criada. americanos e ingleses como herois da terra e a nescessidade de um estado semita, só que tudo mudou quando a Rússia deixou o comunismo e sem nenhum Grande e ameaçador inimigo, a verdade liberal apareceu e cada um usa o que pode e defende o seu.
o mundo não precisa da onu para resolver mazelas e sim de situação adequada no momento temos o mundo global de quem precisa barganhar para ñ estacionar e com isso engolir sapo e admitir que o liberal é o que cada um acha que é ñ importa como

Anônimo disse...

Excelente texto. A ONU hoje e' um antro de comunistas e islamicos,,,,Uma vez alguem comentou em um texto meu; - " Eu nunca deveria ter procurado me informar, ver mate'rias ou ler sobre a dominacao comunista no Brasil. Ta me deixando muito assustado, e ate' prejudicando minha saude. " E isso e' verdade. A maioria de no's, como eu principalmente, so viemos a se dar conta do perigo tarde demais. O cancer esta' espalhado e nao so' no Brasil. A Franca acabou de apoiar o grotesco " casamento " de viados. E o vagabundo socialista presidente, disse; " Se votou em no's, agora tem que aguentar " Essa mesma frase usou o Dr. Joseph Goebbels,,,a Dilma de Hitler. --- O amigo que respondeu meu comenta'rio tem certa razao. Todos os dias voce leva punhalada dos comunistas. E' rari'ssimo uma noti'cia sobre ataque ao comunismo. Muito raro. Se voce tiver estomago pra assistir essa palestra,,,http://www.youtube.com/watch?v=y1plJObIYxw voce ficara' chocado, com palavras vinda de pessoas aparentemente decentes, bem vestidas, aparentemente cultas e com diplomas. Sao frases que parecem vir de traficantes, matadores de aluguel, ou dos poroes de presi'dios. Como um povo se alia e se ajoelha diante de tanta imoralidade no mundo ? Quem ler meus textos acham que quero, ou pareco uma pessoa se'ria, carrancuda, sizuda,,,mas e' exatamente o contra'rio. So' sou se'rio quando o assunto e' se'rio. Fumo, bebo, e nao posso ver um rabo de saia. Na verdade ja' to no 2 casamento por causa disso. Mas mesmo assim ainda me choco com tanta mentira, tanta depravacao, tanta corrupcao, tanta apologia ao crime, vindo de AUTORIDADES. E o pior e' ver tanta receptividade pelo povo. François Hollande tem razao,,,votou agora aguenta.

Anônimo disse...

Maurício
Vamos ser muito sinceros : vc acha que o discurso de não-reconhecimento Hamas ameaça Israel ? Israel é muito mais forte militarmente do que os palestinos. Israel é o único país nuclear naquela região. O Ahmadinejad também não reconhece Israel. E daí ? Vai ocupar militarmente o Irã ? A verdade é que o atual governo israelense não tem interesse em devolver a Cisjordânia. Se tivesse, não estimularia assentamentos judeus naquela região. E para ver como essa desculpa do governo israelense não cola (só devolvo se houver reconhecimento), a Faixa de Gaza foi devolvida. E isso ocorreu antes de qualquer reconhecimento do estado judaico pelo Hamas. E sabe porque devolveu ? A Faixa de Gaza é um tremendo deserto sem nenhum potencial econômico perto da Cisjordânia.
André

samuel disse...

O texto do prof Rodrigo deve ser analisado sob dois aspectos:
1. Organizações burocráticas acabam caindo no sectarismo puro: SE V FIZER O QUE O NOSSO GRUPO QUER V VAI SE DAR BEM! No matter of your conscience!
2. Democracia consegue se manter em países homogêneos onde existe identidade de objetivos, patriotismo, por exemplo. Caso não, é somente a luta pelo poder com objetivos totalitários...

Fernando Lang disse...

Rodrigo, curto muito teus comentarios e artigos...alias, concordo cem tudo nas opinioes. Sugiro um proximo artigo, focado na economia mundial, e seus possiveis reflexos na economia brasileira.
Segundo declarações de Marc Faber, a economia mundial esta a um passo do colapso, seja pelo provavel ou improvavel novo crash na bolsa de valores americana,
seja pela bolha de credito mundial. grato...claro, caso nao haja conflito de interesses.

Maurício Goldberg Neto disse...

André,
hoje, sem sombra de dúvida o discurso do Hamas não ameaça Israel enquanto país, mas também não há dúvida de que ameace a vida de cidadãos israelenses. Veja bem, o que estou querendo dizer é que ainda que no presente momento o Hamas não tenha condições militares de ameaçar Israel, ele tem plenas condições de ameaçar vidas humanas em Israel através de atentados terroristas, bombas e foguetes jogados a esmo contra a população civil. E neste sentido, seu discurso fundamentalista ameaça sim o país, que se vê na obrigação de proteger sua população contra aqueles que declaram por escrito pretender matá-los.
Além disso, se hoje o Hamas não tem força militar suficiente para representar uma ameaça a todo o estado de Israel, não é porque não queira, mas sim porque ainda não consegue, graças às medidas de segurança que Israel toma em relação a eles enquanto permanecem com o discurso e com as atitudes fundamentalistas. Por isso, eu entendo que o Hamas é o maior responsável por não haver avanços no processo de paz entre Israel e Palestina, uma vez que é o único agente nesta história dizendo que jamais aceitará a existência do outro.
Com isto não estou isentando Israel de seus equívocos. Acho equivocada a atitude do atual governo israelense de permitir a construção de assentamentos de colonos judeus nos territórios ocupados, apesar de que é preciso lembrar que as ocupações territoriais por parte de Israel se deram em situações de guerras, onde palestinos e países árabes iniciaram os conflitos atacando primeiro Israel que, vencendo-os militarmente, conquistou os territórios a partir dos quais seus inimigos o atacavam. Mas embora isto justifique a posse atual destes territórios (uma vez que não foram tomados primariamente, mas sim em defesa contra ataques que dali partiam), ainda assim acho que Israel não deveria investir em uma política de mais ocupação civil, mas sim apenas manter a ocupação militar como estratégia de defesa, dispondo-se a abrir mão do controle destes territórios caso o Hamas abra mão de sua pretensão de destruir Israel.
Quanto à questão relativa à devolução de Gaza ter sido motivada pela sua suposta inutilidade econômica, por tratar-se de um território desértico, é importante lembrar que metade de Israel situa-se em território desértico e nem por isso Israel deixou de desenvolver tecnologias que lhe permitissem empreender atividades produtivas nestes locais. Isto é, o argumento da geografia desértica e improdutiva da região de ter sido o motivo pelo qual Israel teria devolvido Gaza não corresponde à realidade, pois a própria realidade mostra que Israel produz no deserto. Além disso, não podemos esquecer que na época em que Israel negociou com os palestinos os acordos de paz de Oslo, a Cisjordânia também foi incluída no processo, novamente evidenciando que a lógica da produtividade não explica as complexas relações naquela região.
(Por falta de espaço, será continuado em outra postagem...)

Maurício Goldberg Neto disse...

(...continuação)


Por fim, em relação ao Irã, se considerarmos apenas seu discurso anti-Israel, obviamente isto não deve motivar uma invasão do Irã por parte de Israel. Contudo, cabe mencionar aqui o fato de que a atuação do Irã na geopolítica local e mundial não se limita apenas ao seu discurso, pois a república teocrática do Irã financia e apóia o grupo terrorista xiita do Hizbollah que, assim como o Hamas, sempre que pode ataca Israel através de bombas, foguetes e atentados terroristas. Além disso, se nos lembrarmos de que, durante a Guerra do Golfo em 1991, entre EUA e Iraque, os mísseis Scud iraquianos alcançavam o solo israelense, o desenvolvimento de tecnologia nuclear por um país com o discurso e as atitudes do Irã representa, sim, uma ameaça a Israel e até mesmo a países europeus e asiáticos, facilmente alcançáveis através de mísseis balísticos de longo alcance que podem carregar ogivas nucleares.
Por isso, devemos ser muito cautelosos ao avaliar a questão do oriente médio, onde a aplicação da teoria marxista da luta de classes é um equívoco que pode custar a muitas pessoas (algumas até bem intencionadas, mas desinformadas) do ocidente as suas próprias vidas ou a vida de muitos outros inocentes. Lá, o "buraco" é mais embaixo e estamos lidando com uma cultura fundamentalista que se desenvolveu e prosperou no seio de uma religião. E entre aqueles que a adotaram, a pretensão não é exatamente eliminar Israel, mas sim o "inimigo", representado por todos aqueles que eles consideram "infiéis". Não é à toa que eles falam em "guerra santa".
Bem, com isso encerro minha argumentação, na expectativa de com ela ter podido ajudar a esclarecer alguns aspectos em relação à complexidade do problema no oriente médio e à gravidade da existência de instâncias de pensamento religioso (altamente influentes na política de muitos países de maioria islâmica) que enxergam no diferente um "infiel", não reconhecendo neste o mesmo direito à existência.
Uma vez esclarecida essa questão, penso que a consciência individual se encontra diante de uma escolha moral, não havendo mais razões para estender o assunto além deste ponto. Por isso, encerro aqui minha participação no debate.

Anônimo disse...

Mauríco
Também encerro nosso amistoso, educado e produtivo debate dizendo que respeito muito o povo israelense (o povo e não o governo), que acredito que boa parte dos judeus querem viver em paz. Concordo que o Hamas e o governo iraniano são uns bandos de malucos. Mas só acho que a paz não chegará naquela região com a ocupação israelense na Cisjordânia e a ampliação dos assentamentos. São políticas que somente favoracem os setores radicais da política palestina.
Abs
Andre