quinta-feira, março 22, 2012

Talentos negros?

Deu no jornal Valor Econômico:

Paes de Barros defende cotas raciais para altos cargos e pós-graduação

Por Luciano Máximo | Valor

SÃO PAULO - O economista especializado em políticas sociais Ricardo Paes de Barros, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, defendeu hoje que o governo brasileiro avance nas ações afirmativas de combate à desigualdade racial.

Em sua avaliação, essas iniciativas foram bem sucedidas nos últimos dez anos, mas estão limitadas a “valores e necessidades” mais básicos da população negra — uma referência à superação da pobreza, acesso à renda e a melhores condições de moradia, por exemplo. O desafio, diz Paes de Barros, é avançar na superação de desigualdades raciais em “aspectos nobres”, dando espaço para os negros em altos cargos de empresas públicas e privadas, na educação superior e no acesso à informação de qualidade.

“51% da população brasileira é negra e cada vez mais a pobreza é bicolor, cada vez mais o acesso à educação básica é bicolor, ou seja, 50% da população branca e 50% da população negra dividem esses direitos. Mas quando vemos que apenas 20% da população negra está na pós-graduação e menos ainda em altos cargos, verificamos que o combate à desigualdade racial é limitado”, avaliou Paes de Barros, durante lançamento do portal Observatório da População Negra (www.observatoriodonegro.org.br).

Segundo o economista, é papel do Estado elaborar ações afirmativas, como cotas, também para minimizar a desigualdade racial no “topo da sociedade brasileira”. “É responsabilidade do Estado. Uma preocupação assim levaria a formação de uma elite negra de forma mais acelerada, porque estamos vendo que o acesso da população negra ao topo da sociedade brasileira ainda é limitado. Isso quer dizer que muitos valores e talentos negros não estão sendo aproveitados.”

Paes de Barros explicou que é complexo criar ações afirmativas para o que classificou de “topo” da sociedade, por limitações de recursos e porque os valores meritocráticos estão mais enraizados em áreas de liderança em empresas e governo e na pós-graduação, por exemplo. “A grande questão é buscar os talentos negros e dar oportunidade de inclusão meritocraticamente”, completou Paes de Barros.

Para a acadêmica Eliane Barbosa, professora da Faculdade Zumbi dos Palmares e da Fundação Getulio Vargas — que será a primeira pesquisadora do Observatório da População Negra, responsável por um estudo sobre a situação de estagiários negros em instituições financeiras de São Paulo — o setor privado também tem responsabilidade na adoção de ações afirmativas, como a criação de cotas para negros em funções de liderança e vagas no ensino superior.

Comento: A turma que enxerga o mundo bicolor não desiste mesmo! Enquanto não criarem um apartheid no Brasil, país extremamente miscigenado, eles não vão sossegar. Querem combater o racismo com segregação racial. Que diabos é um "talento negro"? Eu conheço talento, PONTO. Tem mulher talentosa, tem gay talentoso, tem cristão talentoso, ateu talentoso, negro talentoso, amarelo talentoso, etc. Em suma, talento ou tem ou não tem, e isso não tem NADA a ver com cor de pele, credo religioso, gênero ou renda. Mas o governo petista tem alimentado como poucos a segregação. Dividir para governar, eis a máxima petista. Colocam pobres contra ricos, apelam para a cartada sexual da "presidenta", e abusam da vitimização racial para impor uma agenda perigosa que divide um país pardo entre negros e brancos. Tenho vários artigos publicados sobre o assunto. Abaixo, seguem dois deles:

A ineficiência econômica do racismo

As cotas racistas

2 comentários:

Anônimo disse...

Peraí! Tá faltando o PRESIDENTE NEGRO DO BRASIL! Temos de empossar alguém urgentemente! Cadê a cota dos negros na principal cadeira do Planalto? (provavelmente uma boa idéia, desde que não seja do PT)

Anônimo disse...

Ué, porque não? Deixa eles provarem o próprio veneno.