sábado, janeiro 05, 2008

A Cura dos Charlatões



Rodrigo Constantino

“Não existe medicina alternativa, existe apenas medicina que funciona e medicina que não funciona.” (John Diamond)

Um dos grandes defensores da ciência atualmente é Richard Dawkins, cujo livro O Capelão do Diabo aborda diferentes tópicos de forma bastante interessante. Um dos temas tratados no livro é a medicina “alternativa”, onde o autor busca desmontar todas as falácias que sustentam a enorme popularidade deste tipo de tratamento, não restando pedra sobre pedra. Dawkins vai sem rodeios, direto ao ponto: “Não há nenhum limite óbvio para a credulidade humana. Somos dóceis vaquinhas ingênuas, vítimas ávidas dos curandeiros e charlatões que mamam e engordam às nossas custas”. A história da humanidade está repleta de casos de embusteiros que se cercam de uma aura de misticismo, explorando a ignorância e o desespero alheio.

Sociedades mais atrasadas demonstram uma inclinação maior a este tipo de crença, enquanto o avanço do conhecimento aumenta a confiança nas soluções científicas, testadas e aprovadas. Dawkins alega que “o mundo é misterioso o suficiente para dispensar a ajuda de feiticeiros, xamãs e vigaristas ‘paranormais’”. Ele abomina o relativismo cultural, descrito por ele como a “vertente de filosofia delirante” que nega a superioridade do método científico como caminho privilegiado para a verdade. Cada um teria a “sua” verdade, segundo os relativistas. Dawkins sugere que os cientistas devem responder à alegação de que a “fé” na lógica e na verdade científica não é nada além de fé da seguinte maneira: “O mínimo que se pode responder é que a ciência produz resultados”.

Em O Rio que Saía do Éden ele já havia dito: “Mostre-me um relativista cultural voando a 10 mil metros de altura e eu lhe mostrarei um hipócrita”. O fato é que o avião não consegue voar por causa de algum misticismo qualquer, que depende do prisma cultural, mas porque “engenheiros ocidentais cientificamente treinados acertaram nas contas”. Para Dawkins, “as pessoas são leais a outros sistemas de crença pela simples razão de que foram criadas daquela maneira e nunca chegaram a conhecer uma alternativa melhor”. Ou seja, “quando elas têm a sorte de poder escolher, os médicos e outros profissionais do gênero prosperam, ao passo que os feiticeiros entram em declínio”.

Um dos capítulos do livro é um prefácio escrito ao livro póstumo de John Diamond, quem Dawkins admira muito por sua coragem intelectual, isto é, a coragem de se manter fiel aos próprios princípios intelectuais mesmo diante da morte. Acometido pelo câncer, Diamond foi tentado por todo tipo de solução “mágica”, mas sempre se manteve fiel aos valores científicos. Na hora do desespero, os “abutres das terapias ‘alternativas’ ou ‘complementares’ começam a voar em volta”. Afinal, “a esperança é um produto vendável: quanto mais desesperadamente se necessitar de esperança, mais rica será a colheita”. A frase de Sebastien Faure resume bem a idéia: “As religiões são como pirilampos: só brilham na escuridão”. Quando há desespero, fica muito mais fácil vender soluções “milagrosas”, que dependem da fé, e nunca do conhecimento verdadeiro. Uma pílula “mágica” de papel, junto com muita fé, irá resolver o problema. E vemos vários desesperados jogando suas muletas e seus óculos fora, na tola esperança de que poderão andar ou enxergar normalmente, apenas com base na fé. Se a medida falha, como normalmente ocorre, então a culpa é do próprio doente, que não teve fé suficiente. Os embusteiros estão protegidos.

Há um abismo instransponível entre as curas “alternativas” e a medicina verdadeira. Na visão de John Diamond e também de Dawkins, “a medicina científica se define como um conjunto de práticas que se submetem ao suplício dos testes. A medicina alternativa é definida como um conjunto de práticas que não podem ser testadas, se recusam a ser testadas ou são invariavelmente reprovadas nos testes. Se for demonstrado em testes de duplo-cego adequadamente controlados que uma técnica terapêutica tem propriedades curativas, ela deixará de ser alternativa”. Em outras palavras, ou é verdade que um remédio funciona ou não é verdade. Para descartar o efeito placebo, extremamente comum, é fundamental aplicar tais testes. Muitos candidatos a medicamentos “ortodoxos” falham nos testes e são sumariamente abandonados. O rigor científico não é brincadeira, diferente da pretensão dos “curandeiros alternativos”, uma brincadeira que pode custar caro por alimentar falsas esperanças.

O motivo pelo qual tantos acabam impressionados pelas “curas alternativas” e “milagres” é explicado por Dawkins: “Boa parte da história da ciência, especialmente da ciência médica, consistiu numa progressiva libertação do fascínio superficial exercido pelas histórias individuais, que parecem – mas apenas parecem – revelar um padrão. A mente humana é uma contadora de casos obstinada e, mais que isso, busca avidamente encontrar padrões”. Ele oferece o antídoto: “A mente humana precisa aprender a suspeitar de sua propensão inata para enxergar padrões onde existe apenas acaso. É para isso que serve a estatística, e é por isso que nenhuma droga ou terapêutica deveria ser adotada até que seu efeito tivesse sido comprovado por um experimento submetido à análise estatística, no qual a inclinação da mente humana a encontrar padrões, tão sujeita a enganos, tenha sido sistematicamente afastada. Histórias pessoais nunca resultam em demonstrações satisfatórias de alguma tendência geral”.

Um dos alvos escolhidos por Dawkins como exemplo é a homeopatia, extremamente popular. Os homeopatas vivem insistindo que os testes científicos não são adequados para sua “medicina”. Um princípio fundamental da teoria homeopática é que o ingrediente ativo – a arnica, o veneno de abelha, ou seja o que for – deve ser sucessivamente diluído um grande número de vezes, até que não reste nem uma só molécula do ingrediente. Em outras palavras, a bolinha é um placebo! Para sair desse dilema embaraçoso, os homeopatas alegam que o modo de ação de seus remédios não é químico, mas físico. Dawkins diz: “Eles acreditam que, por algum mecanismo físico que os próprios físicos desconhecem, uma espécie de ‘traço’ ou de ‘memória’ das moléculas ativas se imprime nas moléculas de água empregada para diluí-las”. Acontece que isso é uma hipótese científica, que pode, portanto, ser testada. Todo homeopata que realmente acredita nisso teria todo interesse do mundo em testar tal hipótese. Não só sua medicina ganharia muito mais aceitação e confiança, como aquele que provasse a hipótese seria forte candidato ao prêmio Nobel. Curiosamente – ou nem tanto – não vemos os próprios homeopatas correndo para laboratórios a fim de testar suas teorias. Preferem buscar refúgio na alegação de que certas coisas simplesmente não se prestam à verificação científica. Assim até eu.

Em resumo, à medida que o conhecimento científico vai avançando, as sociedades vão deixando para trás os embustes das feitiçarias, macumbas e milagres. A crença nessas tolices poderia ser apenas um passatempo inofensivo, não fossem os efeitos perversos gerados pela falsa esperança. Os charlatões da cura prejudicam muitos inocentes ignorantes. A cura para os charlatões está no conhecimento científico, o seu grande inimigo.

33 comentários:

Anônimo disse...

Esse livro que vc leu pode ser bom, mas não se compara a:

Por trás do véu de Isis (Marcel Souto)

O mundo assombrado pelos demonios (Carl Sagan)

Antigamente não havia internet nem livros, nem nada. Mas hoje não há mais desculpa para ser ignorante. Se bem que apenas 22% dos lares brasileiros possuem internet...

Como eu sempre fácil, é muito difícil ser esclarecido nesse páis. É como viver num país de daltonicos. Não adianta falar que o verde é verde. As pessoas são ignorantes não por opção mas pela imposição do meio. É triste...

Anônimo disse...

Caro Rodrigo,

Você precisa tomar cuidado com certas afirmações. Se existe um cara polêmico no meio científico, este é Richard Dawkins. Dê uma olhada no livro "O Delírio de Dawkins", escrito por um cientista que pensa bem diferente dele, e que destroi, uma por uma, suas principais argumentações. Outra coisa são as generalizações. Criticar a medicina alternativa, a homeopatia e as religiões é fazer o jogo dos cientistas radicais como Dawkins. Não esqueça que a medicina científica está nas mãos dos grandes laboratórios, estes sim, seus grandes defen$ore$. Gostei do teu artigo sobre o Niemeyer, mas achei este fraquíssimo. Sugiro não escrever todo dia, apesar de você escrever muito bem. Espere a inspiração chegar, e dê-se tempo para refletir a respeito do conteudo e dos contrapontos.
Abraços, Alvan Figueiredo, engenheiro, 61 anos, RJ (25 anos de IBM, 6 anos de terapias alternativas que funcionaram esplendidamente, e 12 anos de mercado financeiro).

Anônimo disse...

Olá Alvan,
O conflito entre o interesse econômico das multinacionais de medicamentos e a "medicina alternativa" eu não o percebo.
Pois havendo algum "chá" que realmente funcione ele logo será estudado e transformado em produto - se algum laboratório não o fizer o concorrente o fará.

Anônimo disse...

Alvan
Bravo!!!!!

Anônimo disse...

PÔ Rodrigo, Citar Richard Dawkins?

Aí já é sacanagem...

Anônimo disse...

Richard Dawkins?
Quem é o Richard Dawkins?

Anônimo disse...

Raul, ooooo Raul

conhece o google, faça uma busca rápida

"richard Dawkins"

Anônimo disse...

Olá Anônimo (por que não te identificas ?)

O conflito entre o interesse econômico das multinacionais de medicamentos e a "medicina alternativa" chama-se E$CALA. Se o chá funcionar mas o "Business Case" não apontar para $$$, ele não será produzido. Estas multinacionais não estão nem aí para a ÉTICA ou CIÊNCIA saudável, e para atingir seus objetivos, compram qualquer um.
Já os ALTERNATIVOS demonstram maior apreço pelo SER HUMANO. Esta é a grande diferença que Mr. Dawkins insiste em ignorar. Talvez porque tenha algum intere$$e oculto, "who knows ?".

Rodrigo Constantino disse...

Alvin,

Isso é uma falsa dicotomia: saúde ou lucro? É o contrário: saúde E lucro! Sugiro a leitura do meu artigo "A Cura Capitalista". A entrevista nas Páginas Amarelas da VEJA desse fim de semana também vale a pena. Esse preconceito com laboratórios é irracional, infundado. E o enaltecimento da homeopatia e demais "curas alternativas" é desprovido de lógica, restando apenas a fé mesmo.

Especular que Dawkins recebe grana de laboratórios é teoria conspiratória digna da esquerda tupiniquim, se me permite a sinceridade. O cara é um cientista! Seus argumentos fazem sentido. A homeopatia é desqualificada por muitos, não apenas por ele. Os próprios homeopatas reconhecem que é uma "mágica", já que o princípio não é reconhecido pela física, e não pode ser pela química, já que a diluição é tanta que não deixa vestígios da substância original.

Rodrigo

Anônimo disse...

O maior problema da medicina convencional é que ela age na causa da doença não na cura!
Caso vc tenha uma crise de asma e tome uma remedio alopáitco(convencional), ele apenas vai dilatar seus bronquios para que vc volte a respirar normalmente. Mas caso vc volte a ter outra crise(sempre volta!)novamente terá que tomar o remedio.Ou seja, ficará dependente(não no sentido do vício químico) daquele remedio.
A grande sacada da homeopatia é tentar curar a causa da doença, para que ela não se manifeste novemante.
Com certeza a medicina convencional é muito útil no tratamento de emergencias, traumas, acidentes, pacientes terminais, etc. Mas no caso de doenças crônicas como a alergia, por exemplo a asma, eu acredito que a homeopatia é mais eficiente. E digo isso por experiencia própria.Pode até ter sido placebo mas foi o unico tratamento que me curou das crises.E é isto que importa, nao??
Abraços

Rodrigo Constantino disse...

Bom, minha alergia foi curada com vacina, como a de várias pessoas que conheço. Casos isolados de gente que ACHA que foi curado pela homeopatia sempre existirão, e está explicado no artigo.

Rodrigo

Anônimo disse...

Rodrigo, o caso da homeopatia é complicado, e falo isto sendo um cético de carteirinha, cheguei a cursar 2 semestres de Física antes de me decidir definitivamente pelo curso de computação.

Ocorre que quando criança tinha crises sérias e frequentes de inflamação nas amídalas. Os médicos já estavam recomendando a extração delas, quando meu pai ouviu uma dica de um irmão e decidiu me tratar com homeopatia, isso quando eu tinha 1 ano de idade, portanto estando teoricamente imune ao efeito placebo. E o fato é que o negócio funcionou, e até hoje, sempre que tenho crises, é tiro e queda.

Isso começou a me intrigar quando comecei a tomar consciência do mundo e percebi que a teoria por trás da homeopatia é a maior furada, não tem fundamento mesmo. Foi quando li uma matéria na Superinteressante (não tenho a menor idéia sobre qual a edição, mas faz mais de 10 anos com certeza, em uma época em que a Super ainda era uma revista legível), cujo tema era a homeopatia, e só então compreendi a "mágica" do porque, no meu caso, ela realmente funcionava.

O princípio da homeopatia é, como vc disse, pegar um princípio ativo e diluí-lo. O número de vezes em que o princípio foi diluído aparece (geralmente) na embalagem, em forma de CH's (centesimais Hannemanianas, se eu nao me engano). 1 CH, equivale a "uma parte de princípio ativo para cada 100 partes de água". Meu remédio tem algo em torno de 5 CH, ou seja, é pouca coisa, mas é muito princípio ativo restante quando comparado a outras soluções homeopáticas que chegam a 100, 200 CH, o que equivale a dizer que o paciente está ingerindo água ou açucar, dependendo da forma como a solução seja administrada.

Além disso, nesta mesma reportagem, era citado o caso de sucesso da composição de Beladonna, que é exatamente aquela da qual faço uso, para tratamento de inflamações das amígdalas, devido a n fatores, como potência da substância e baixo grau de diluição.

É por isso que, mesmo entendendo a necessidade de se desmarcarar estas fraudes "alternativas" que abusam das fraquezas humanas, compreendo talvez melhor do que você a complexidade do assunto no caso específico da Homeopatia... algumas coisas funcionam mesmo, e puxam a carroça de charlatanismo teórico com elas. É a vida.

Anônimo disse...

Caro Rodrigo,

O pior cego é aquele que não quer enxergar...

Rodrigo Constantino disse...

"O pior cego é aquele que não quer enxergar..."

Concordo!!!

Rodrigo Constantino disse...

Vou dar um exemplo para explicar melhor o meu foco com o artigo:

Se um laboratório deseja lançar um novo remédio ortodoxo, além de gastar uns $ 800 milhões em pesquisas, ele será testado. Digamos que um teste duplo-cego controlado use 10.000 voluntários, divididos em dois grupos. Um irá tomar o remédio, o outro o placebo. Ninguém sabe qual é qual, nem os voluntários, nem os médicos e nem os que vão julgar os resultados. É tudo randômico, por computador, com um número de série que os médicos desconhecem. Depois do teste, conclui-se que 85% dos que tomaram o remédio apresentaram um quadro de melhora ou cura. Dos que tomaram o placebo, uns 10% foram curados (mas como?!?!?!?! ora bolas, não importa! o acaso EXISTE!). Esse remédio, então, foi aprovado. Ele tem de fato poder curativo.

Agora vamos supor que somente 12% dos que tomaram o remédio são curados, e os mesmos 10% do placebo. Cáspita! Isso não é um remédio, mas um placebo!!!! Tomar esse remédio ou farinha dá no mesmo!!!!!!! Simples, não?

E o que costuma acontecer com os leigos? Eles olham os 10% de casos ISOLADOS de "cura alternativa" e transformam num PADRÃO! Eles todos conhecem casos ISOLADOS de gente que jura ter se curado com homeopatia, por exemplo, ou com a fórmula mágica do feiticeiro. Eles todos têm alguns casos para contar sobre o crente que jogou fora a muleta e saiu andando com o toque do pastor. Eles todos conhecem alguém que tomou a pílula do Frei Galvão e, milagre!, foi curado. Isso é IGNORÂNCIA! Isso é MISTICISMO! Isso é SUPERSTIÇÃO!

Espero ter ficado mais clara a mensagem...

Rodrigo

Anônimo disse...

O mágico James Randi, aquele que paga 1 milhao de dólares para alguém que mostrasse algum efeito paranormal que a ciência nao pudesse explicar, já desafiou a homeopatia também.
Vários homeopatas que diziam que podem provar os efeitos, nunca apareceram para ganhar o milhao. Os que tentaram, falharam. Será que ainda resta alguma dúvida?
Detalhes:
http://www.bbc.co.uk/science/horizon/2002/homeopathy.shtml

Catellius disse...

Os críticos da "alopatia" dizem que a medicina ocidental é muito cara e não consegue se livrar dos efeitos colaterais, he he. Todo homeopata e acupunturista gosta é mesmo de uma morfina na hora que o boticão começa a apertar...

O interessante é que pelo "modelo chinês" a eficiência e o custo de remédios como o tamiflu são superados não com acupuntura ou com outros placebos mas com a famosa "medicina ocidental". Os erros e efeitos colaterais da medicina científica podem ser explicados. Os acertos da medicina supersticiosa como a homeopatia, baseados em testemunhos, preferem enfocar apenas os "sucessos" e não encontram explicações lógicas para os casos que não deram certo. Para cada sucesso há um fracasso, e poucos recorrem a essas práticas quando o problema é realmente sério. O fato é que sem penicilina, antibióticos e o conhecimento dos micróbios (Pasteur) e a conseqüente busca pela assepsia da medicina ocidental, a população do mundo seria "cavalarmente" menor - quem sabe aí não está o "grande mal" da medicina ocidental (para os nazistas e eugenistas)? - perpetuar genes fracos de pessoas que estariam condenadas à morte aqui, na China, Índia e alugares? Finalizando, dos quarenta e seis jornais da Associação Médica Chinesa, nenhum é dedicado a práticas tradicionais chinesas. Na arquitetura, o feng shui, por exemplo, um tipo de acupuntura arquitetônica, recheado de superstições, é mais valorizado por aqui do que entre profissionais sérios do oriente, apesar de em prédios como Hong kong Shangai Bank terem usado o feng shui para agradar gregos e troianos - mais por um esforço de Norman Foster, o inglês que projetou o edifício....

Catellius disse...

Eu, minha sogra, o irmão de meu sócio, minha esposa e várias pessoas conhecidas tentaram a acupuntura e não obtiveram resultado. Minha sogra mesmo estava com uma violenta dor nas costas; depois de sessões inócuas com um renomado acupunturista, consultou um médico, melhorou e pronto.

Por isso que se usa muito o "comigo deu certo" na acupuntura, ou "vi uma cirurgia no Discovery em que fulano era sedado com agulhas". Já viu alguém falando que foi ao médico e "deu certo"? Não. Dirá "estava com tal problema e tive que ir ao médico", apenas.

E como podemos dar o nome de "medicina alternativa" a uma prática que apenas alivia a dor - e não alivia na maioria dos casos?. Aliás, placebo, sugestão e outros funcionam, segundo estatísticas, em 20% dos casos. É o caso da cápsula de farinha e de qualquer falsa droga.

Catellius disse...

correção:

China, Índia e algures?

ao invés de "alugares", he he.

Anônimo disse...

(Reaposta Tardia)
Olá Alvan,
Meu irmão tem uma doença raríssima o índice da população afetada tem uma grandeza de 1 em 10 milhões. Existem Laborátórios Multinacionais que pesquisam este mal e criam remédios para este MERCADO(?). O remédio no Brasil sai pelo dobro do custo que já é muitíssimo elevado devido à impostos.

Rodrigo Constantino disse...

HOMEOPATIA: O MAIOR DE TODOS OS EMBUSTES
Por Stephen Barrett, M.D.

"As bases para a inclusão na Homeopathic Pharmacopeia não são os modernos testes científicos, mas as "provas" homeopáticas conduzidas durante o século XIX e início do século XX. A edição atual (nona) descreve como as mais de mil substâncias são preparadas para o uso homeopático. Não identifica os sintomas ou doenças para os quais os produtos homeopáticos deveriam ser utilizados, o que é decidido pelo terapeuta (ou fabricante). O fato de que as substâncias listadas na Homeopathic Pharmacopeia são legalmente reconhecidas como "drogas" não significa que a lei ou o FDA as reconhecem como eficazes."

"Na verdade, as leis da química declaram que existe um limite para que uma diluição possa ser feita sem que ocorra a perda completa da substância original. Este limite, chamado número de Avogadro, corresponde às potências homeopáticas de 12C ou 24X (1 parte em 1024). O próprio Hahnemann percebeu que potencialmente não havia nenhuma chance de que mesmo uma molécula da substância original pudesse restar após diluições extremas. Mas ele acreditava que a agitação ou pulverização vigorosas em cada passo da diluição deixava para trás uma essência "como um espírito" -- "deixando de ser perceptível aos sentidos" -- que cura por reviver a "força vital" do corpo. Os proponentes modernos asseguram que mesmo quando a última molécula se foi, uma "memória" da substância é retida. Essa noção é sem fundamento. Além do mais, se isso fosse verdade, toda substância que entrasse em contato com uma molécula de água poderia imprimir uma "essência" que exerceria poderosos (e imprevisíveis) efeitos medicinais quando ingerida."

http://www.geocities.com/saudeinfo/homeopatia.htm

Anônimo disse...

já leu o livro

"O mundo assombrado pelos demonios" de calr segan

não há livro que enalteça mais o pensamento científico que esse. a ponto de eu achar que esse livro deveria ser livro texto de metodoligia do trabalho cientifico em qq faculdade

André Barros Leal disse...

Eu sou um grande adepto da máxima: O que arde cura e o que aperta segura. Fui criado numa época que o maior medo em se ferir era a possibilidade que minha mãe decidisse usar merthiolate, ao invés de mercúrio cromo. Desde então, eu parto do principio que eu tenho que sentir a coisa fazendo efeito.

Com base nisso, posso declarar que homeopatia é pura balela, e que acupuntura em casos relacionados à músculos e ligamentos é o melhor dos remédios, porém se for usada para emagrecer, esqueça, pois vais continuar com o peso inalterado.

Sou adepto do método científico. se não pode ser cientificamente comprovado, então é pura teoria ou lenda.

ps: método científico vale para qualquer área do conhecimento.

Anônimo disse...

minha pergunta anterior sobre o livro já foi respondida em um outro poast , com o exemplo do dragão invisível na garagem.


sobre a acupuntura , ela tem efeito , oq é diferente do que falam dela , a acupuntura não falando daquela balela de energia vital, consegue estimular ou relaxar nervos e estimulos nervosos , o caso da cirurgia com sedação por acupuntura é um deles

mas ela não cura, se vc tem um bursite no ombro como o lulla e vai a um acumputurista , ele vai sedar o local por isso a acupuntura tem que ser repetida,

por ter esse efeito o seu alcance tmb é muito limitado e não se aproxima do que atribuem a ela,


parar de fumar com acupuntura é na verdade explicado por Pavlov, reflexo condicionado

é simples, vc da uma agulhada e fala se continuar a fumar toma outra, se insistir é só aumentar o nº de agulhadas, muitas pessoas preferem parar de fumar a continuares ser espetadas

viu como foi por causa da acupuntura que a pessoa parou de fumar

Anônimo disse...

sobre os criticos de dowkins

por acaso vcs são criacionistas tmb ?


a terra tem 5760 e poucos anos? o primeiro homem foi adão e a primeira mulher um dia depois foi eva

não há a evolução , não há a seleção natural.

na verdade a seleção natural não passa de uma teoria não comprovado
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não podemos tmb, é certo que ele escreveu merda, aceitar que temos motivos repetidos e lixo no nosso DNA pq há um comportamento virótico e ou parasitério feito por sequencias de DNA ?

ele é um dos maiores divulgadores cientificos e biologo evolucionista , mas nos EUA certamente muitos o contestam

DEUS fez o homen, o universo em 6 dias e nos 7° descansou ...

André Barros Leal disse...

DEUS fez o homen, o universo em 6 dias e nos 7° descansou ...

Essa é a maior besteira jamais dita em meu ranking de besteiras da humanidade.

Anônimo disse...

ateus.um segundo apos vossa morte saberão que a realidade nao é só material,mas tambem espiritual.lá será tarde para arrepender-se!creiam em Jesus Cristo!

Anônimo disse...

leo. é o vosso inferno: fiqueis com ele. deixais os outros em paz. vossa intolerância é sinal de pobreza espiritual.

Anônimo disse...

senhor anonymous,não sou intolerante.apenas evangelizo,foi isso que o Senhor Jesus mandou e Sua Mensagem completa inclui o inferno.não para amedrontar e sim alertar.nao vejo coerençia em voçê,pois se dizes que há pobreza espiritual então voçê crer que existe riqueza espiritual.mostra-me maior riqueza espiritual do que Jesus Cristo.pois bem, FOI ELE quem ensinou sobre a exitencia do inferno.que não foi feito ORIGINALMENTE para o homen e sim para satanaz e seus demonios mas,se o homen usando sua livre vontade,passar sua unica vida do lado dele passara a eternidade com ele.só não dirá que não foi avisado.sei que para a mente"moderna",secularizada,naturalista e materialista isso soa absurdo.mas é verdade JESUS é A Verdade!God Blass you

Anônimo disse...

O plural de CHARLATÃO ainda é CHARLATÃES.

V.P. disse...

Para a escola o meu grupo está a desenvolver esse tema Práticas Médicas alternativas/Tradicionais, é um assunto muito complexo, envolve muita coisa, as crenças das pessoas...

Gostei da sua postagem

Anônimo disse...

Caro Rodrigo Constantino, comentários de cunho religioso são pela própria natureza do assunto, tendenciosos e improváveis. Não custa lembrar que, não faz muito tempo, falácias como "manga com leite faz mal" eram tidas como leis. Ninguém pára para pensar, mas o cidadão aí que fala tanto de um tal de jesus nunca se deu conta de que o mito surgiu sob o imperador Constantino, o qual se utilizou de mitos bem mais antigos para montar uma religião que amalgamou conceitos esdrúxulos como um deus com três caras, totalmente copiado de uma trindade de origem indiana e outra trindade de origem egípcia. Isso para não falar de erros grosseiros como chamar o dito cujo de jesus de nazará, sendo que, como é sabido e provado, a cidade de nazaré NÃO EXISTIA na época da suposta existência do tal jesus.
Ainda não satisfeitos, atribuem ao tal uma divindade indefensável. Se o tal era tão poderoso (afinal, nas cabecinhas amalucadas dos seus piedosos e crédulos seguidores ele era deus, pai e filho ao mesmo tempo), como explicar seu flagrante
desconhecimento de botânica, ao afirmar que a semente da mostarda é a menor que existe, quando qualquer aluno do fundamental sabe que não o é, mas sim a semente de orquídea é a menor que existe?
Na década de 50 eu trabalhei em farmácia e já me batia contra os charlatães de plantão. O hábito de receitar era comum naquele tempo, sem necessariamente configurar auto-medicação. Mas a indicação dos medicamentos obedecia, como de resto entre muitos médicos hoje em dia, apenas ao critério de ler com atenção a bula, e muitas vezes a receita do funcionário da farmácia era mais eficaz do que a de médicos que endeusavam o diploma que penduravam na parede do consultório, como se aquilo fosse um mantra infalível. Muitas vezes se dizia, já naquele tempo, que o diploma da faculdade de medicina era uma espécie de licença para matar.
Quantas vezes, a receita do médico era deixada de lado pelo paciente, por serem medicamentos caríssimos, fora do alcance de seu bolso, e ele seguia a indicação do funcionário da farmácia? Eu mesmo fui testemunha de uma cena edificante de ética médica: o médico (único) da cidade ganhando um montão de amostras grátis e passando a receitar os medicamentos que o representante do laboratório lhe propagandeava.
Quantas vezes um doente chegava à farmácia pedindo ajuda "pelo amor de Deus" porque não aguentava mais a dor da espinhela caída que o curador não soube benzes direito. Aí se lhe aplicava uma injeção o traseiro fedorento, dava-se uma caixa de comprimidos de relaxante muscular, e o desgraçado ainda dizia "graças a Deus!" quando a injeção já começava a fazer efeito.
Vivemos num mundo comandado por charlatães, cada qual pretendendo ser o portador da última palavra em tecnologia de acesso às graças celestes ou soluções milagreiras para velhos problemas humanso de auto-ajustamento.
É isso.

José Rodrigues

Unknown disse...

Boa tarde

Sou da area de farmácia e neste momento trabalho num espaço de saude em que existe algumas terapias alternativas.

Deixem me falar da minha experiencia, quando tirava o curso, deparei me com o um trabalho que teria de fazer acerca da homeopatia. Eu como leigo na materia comecei me a interessar sobre o assunto, com o tempo e com a leitura de artigos cientificos comecei a duvidar da eficacia da homeopatia, no final do trabalho, tive de o apresentar.
Infelizmente as minhas professoras eram adeptas de essa treta e acabaram por me prejudicar a nota. Na apresentação indicava os seguintes raciocinios para atacar a homeopatia:

Segundo os homeopatas a homeopatia funciona porque o organismo vai responder em sentido contrario a uma substancia, por exemplo, se administrar-mos um calmante, quando deixar mos de o fazer, o corpo tendera a reagir no sentido contrario, ou seja por estimulação. Por isso os homeopatas dao substancias que em doses comuns causam esses sintomas pe. para provocar uma resposta estimulante vão dar ao doente uma substancia que em doses normais provocam sedação.
Até aqui bate tudo certo, a medicina convencional justifica isso pelo efeito rebound.

O problema é que a homeopatia diz que quanto menor a dose maior a resposta, o que vai em contradição com o cientificamente aceite, se drogar-mos alguem com um calmante, a resposta da abstinencia (estimulante: nervosismo) vai ser tanto maior com uma dose maior e nao menor como a homeopatia sugere pelas diluições.

Hanemann, deve estar mal escrito, ja nao me recordo bem do nome do senhor, diz ter descoberto a homeopatia ao tratar a malaria com a quina, substancia que em doses normais provoca febre, tremores e outros sintomas proprios da malaria, como tal chegou a conclusao de igual cura igual. Agora eu sugiro que se informem da constituição quimica da quina. Se não me engano a quina tem la umas substancias que matam quimiicamente o parasita da malaria e nao curando a malaria por produzir essses efeitos.

Em relação as outras terapia alternativas acredito que ha boas mas tb ha embustes, é uma questao de separar o trigo do joio.

A minha experiencia em relação a acupuntura. é que esta realmente tem efeito, é optima para tratar algumas situações agudas sem o efeito agressor de alguns farmacos, mas ao contrario dos acupuntures eu digo que a acupuntura nao cura, apenas alivia os sintomas. Não me venham com as tretas das energias.

Cumprimentos

Mário Paulo