Rodrigo Constantino
"Quanto mais os frutos do conhecimento se tornam acessíveis aos homens, mais acelerado é o declínio da crença religiosa." (Sigmund Freud)
Um bom livro para quem deseja refletir aberta e sinceramente sobre o tema religioso é God is not Great, de Christopher Hitchens. Além do título, o subtítulo já deixa claro sua opinião sobre o efeito líquido da religião para o mundo: "como a religião envenena tudo". Sua escrita é muitas vezes ácida, irônica outras, mas é inegável sua capacidade de argumentação e seu conhecimento sobre o assunto. O autor levanta muitas questões incômodas para os crentes de diferentes religiões, não poupando nenhuma delas. Para ele, as religiões escravizam, ofuscam a busca do conhecimento e criam falsos tabus, como o quase unânime ataque ao sexo como algo tóxico. Segundo Hitchens, permanecem quatro objeções irredutíveis para a fé religiosa: ela interpreta de forma totalmente errada a origem do homem e do cosmos; ela, por conta desse erro, combina um máximo de servidão com um máximo de solipsismo; ela é tanto o resultado como a causa de uma perigosa repressão sexual; e ela está basicamente sustentada por um desejo de crer, um wish-thinking.
Todas as religiões foram feitas por homens. Deus não criou os homens à sua imagem. Foi justamente o contrário, o que pode ser observado pela profusão de deuses e religiões. Muitos podem alegar que ao menos essas religiões oferecem conforto ou um código de ética. Mas quem oferece um falso conforto é um falso amigo, como os consumidores de drogas bem sabem, e é totalmente possível levar uma vida ética sem religião, como a experiência atesta. Além disso, as religiões podem falar de maravilhas no próximo mundo, mas é o poder neste mundo que elas buscam. Isso é esperado, já que são criadas e geridas por homens. E como não gostam de competição, talvez por falta de confiança em suas próprias pregações, as religiões não costumam aceitar uma coexistência pacífica entre diferentes credos. A história dos últimos séculos pode ser descrita como uma história de guerra entre religiões. Quando uma seita é nova e, portanto, está em minoria, pleiteia tolerância. Mas tão logo ela cresça o suficiente, a meta passa a ser o monopólio da fé, com o auxílio da força, ou seja, do Estado.
O Cristianismo está longe de ter evitado esta tentação, e apesar da famosa frase atribuída a Jesus, mandando dar a César o que é de César e separando Estado da fé, basta ver o poder que a Igreja Católica Romana desfrutou por séculos, e como o utilizou. John Stuart Mill escreveu: "Que os cristãos, cujos reformadores pereceram na masmorra ou na fogueira como apóstatas ou blasfemos – os cristãos, cuja religião exala em cada linha a caridade, liberdade e compaixão... que eles, depois de conquistar o poder de que eram vítimas, exerçam-no exatamente da mesma maneira, é demasiado monstruoso". David Hume, condenando a superstição, perguntou: "Quão suavemente a Igreja Romana avançou em sua conquista do poder? Mas, por outro lado, em que lúgubres convulsões ela atirou toda a Europa, a fim de conservar esse poder?" Nada disso deveria surpreender aqueles que entendem que as religiões são criadas por humanos, demasiado humanos.
As religiões acabam assumindo uma postura anti-científica também, pois quase sempre a fé dogmática entre em conflito com o avanço do conhecimento, como Galileu e tantos outros descobriram the hard way. Em pleno século XXI, por exemplo, ainda existem várias religiões condenando o uso de preservativos, mesmo que os riscos da AIDS fiquem infinitamente maiores. A atitude da religião com a medicina e a ciência é muitas vezes hostil, pois ela teme a perda de seu monopólio. O que acontece com o xamã e demais místicos religiosos quando os remédios estão ao alcance de todos? Basicamente o mesmo que acontece com o rainmaker quando o climatologista surge. A exploração da ignorância sempre foi uma arma nas mãos das religiões. As pragas eram vistas como punição dos deuses, e isso encorajava o ato de queimar alguns hereges e infiéis para satisfazer esses deuses. Incrivelmente, não foram poucos que usaram essa explicação para desgraças naturais recentes como o Katrina e o tsunami na Ásia. Um castigo para os infiéis – e milhares de fiéis ou criancinhas inocentes também. Um Deus com conceitos bem estranhos de justiça. Por falar em crianças, os astecas as sacrificavam para que o sol pudesse surgir todos os dias. Os pais que acreditam serem Testemunhas de Jeová impedem que seus filhos recebam sangue em transfusões, condenando-os à morte. A lista seria interminável.
A alegação de que sem uma religião não há comportamento ético é absurda, além de expor um desvio de caráter preocupante em quem afirma isso. Afinal, devemos entender que este crente só não sai por aí estuprando meninas inocentes porque teme ser punido por Deus, ou porque um livro "sagrado" o proíbe de cometer tal atrocidade. Um espanto! Na verdade, existem inúmeras passagens monstruosas nos principais livros sagrados, como a Bíblia e o Corão, e cabe em última instância aos próprios homens filtrar o que é válido ali. A ética já é totalmente humana, mesmo para quem acredita se tratar de uma "revelação". Ninguém segue esses livros literalmente, para a nossa sorte. Os três principais monoteísmos admiram o caso de Abraão, que estava disposto a sacrificar o próprio filho como prova de sua fé. Onde está o comportamento ético nisso? Claro que no final Deus poupou o garoto, o que não deixa de levantar suspeitas quanto à onisciência divina, tendo que ver para crer. Abraão, prestes a cometer um dos atos mais bárbaros que pode existir, é louvado pelas maiores religiões, como um exemplo de virtude e devoção. Matar o próprio filho em nome de Deus. Que grande exemplo!
Outra grande prova de que as religiões foram todas criadas por homens é o constante machismo presente nelas. Algumas passagens do Talmud desprezam as mulheres com vontade. No Antigo Testamento, fica claro que as mulheres foram feitas para o uso e conforto dos homens. São Paulo, o famoso apóstolo cristão, demandava silêncio das mulheres nas igrejas. No Corão, consta que os homens são superiores às mulheres, e que um marido que sofrer desobediência pode castigar suas mulheres. A impureza das mulheres é tema freqüente nesses livros "sagrados". Lutero teria dito que "o pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia". Entendo que alguns podem defender as religiões afirmando que é preciso colocar tudo no contexto da época, onde o machismo era comum. Mas isso não é confessar o caráter antropomórfico da religião? Quer dizer que Deus, Ele próprio, era vítima dos preconceitos do momento? Eu poderia jurar que a sabedoria divina seria atemporal...
As religiões normalmente demonstram uma bizarra atração pelo fim do mundo. Muitos crentes claramente desejam ver o dia do Juízo Final, onde todo o seu sofrimento, encarado como virtude, será justificado e recompensado, e os infiéis que pareciam felizes em vida serão castigados, ardendo eternamente no inferno. O Apocalipse conquista adeptos pelas emoções mais condenáveis e mesquinhas. Nietzsche disse: "O cristianismo dirigiu o rancor dos doentes contra os saudáveis, contra a saúde; tudo o que é bem-formado, orgulhoso, soberbo, a beleza, antes de tudo, incomoda-lhe os ouvidos e os olhos". O marxismo conquista pela inveja uma legião de seguidores, que sonha com o dia em que o maldito capitalismo irá acabar, sendo substituído por um "paraíso" de igualdade material. O sucesso alheio será destruído finalmente!
O culto da morte e sacrifício está presente em várias religiões também. Essa insistência no tema pode significar um desejo reprimido de realmente morrer, colocando um fim na angústia e ansiedade presentes em demasia na maioria dos crentes. Quase toda religião conta com seus mártires, incluindo aqui o comunismo. Citando Nietzsche novamente: "A morte dos mártires, seja dito de passagem, foi uma grande desgraça na história; seduziu... Os mártires prejudicaram a verdade... Ainda hoje não se necessita senão de certa crueza na perseguição para proporcionar a quaisquer sectários uma honrosa reputação. Como? Pode uma causa ganhar em valor se qualquer um lhe sacrifica a sua vida? É, pois, a cruz um argumento? Escreveram sinais de sangue no caminho que percorreram, e a sua loucura ensinava que com o sangue se atesta a verdade. Mas o sangue é a pior testemunha da verdade; o sangue envenena a mais pura doutrina e transforma-a em loucura e em ódio nos corações. Quando alguém se atira ao fogo pela sua doutrina, que prova isso? Mas verdade é que do próprio incêndio surge a própria doutrina".
As religiões miram o poder mundano. Praticamente todas elas contêm a figura de um profeta humilde que se identifica com os mais pobres, um caso claro de populismo. Não deveria ser nenhuma surpresa que essas religiões se voltam inicialmente para a maioria que é formada por pobres e ignorantes. Aqueles que questionavam tinham que ser calados. A venda de conforto e o controle através do medo e da culpa tinham que estar livres dos espíritos mais céticos, que não aceitavam este coletivismo tolo. Por falar em venda de conforto, não precisamos nem mesmo nos ater às promessas absurdas para a vida após a morte. Em vida mesmo esses profetas ofereciam consolo, como as indulgências para os pecados, algumas vezes pagas. O próprio Jesus, ao "perdoar" todos pelos seus pecados, sem consultar antes os prejudicados por tais pecados, estava abrindo os portões da irresponsabilidade e cometendo uma injustiça com aqueles corretos. Quantos cristãos não apelam constantemente para a máxima de que "somos todos pecadores" para justificar uma vida de hipocrisia e contradição com suas crenças?
Uma das maiores revoltas de Hitchens com as religiões é a doutrinação das crianças desde muito cedo, quando elas estão totalmente indefesas, sem capacidade de questionar direito ou usar a própria razão. A lavagem cerebral é intensa, e as crianças não têm muita chance. Todo regime autoritário se mostrou obcecado pelas crianças. Esparta é um bom exemplo no passado, como a China comunista no presente. Algo que deveria despertar certo incômodo nos crentes é o fato inegável de que a maioria dos crentes simplesmente segue as crenças de seus pais. Qual a chance de um filho de muçulmanos ortodoxos ser um cristão devoto? Qual a chance do contrário? Ora, se as crenças religiosas são passadas para as pessoas da mesma forma que a língua, não há nada de meritório nisso, pois não há escolha. Não há muita reflexão, e sim repetição.
Muitas religiões desembocam no totalitarismo. O princípio essencial do totalitarismo é criar leis que são impossíveis de serem obedecidas. A tirania resultante é reforçada por uma casta privilegiada ou um partido capaz de detectar os erros. No Novo Testamento, o homem que olha para uma mulher de forma errada já está cometendo adultério. Quem consegue seguir algo assim? Uma meta absurda dessas só pode objetivar a escravidão dos crentes. Muitas religiões proibiram o empréstimo a juros, talvez pelos mesmos motivos. Os crentes se sentem pecadores sujos, culpados, e são presas fáceis para os oportunistas. Além disso, passam a denunciar violentamente os demais "impuros", criando-se um clima de desconfiança mútua e estado policial. Amar o vizinho como a si mesmo, outro mandamento irrealista deste tipo. Enquanto isso, a famosa "regra de ouro", existente desde antes de Cristo, diz apenas para esperar ser tratado pelos outros como os tem tratado. Algo bem mais lógico e racional, além de uma boa regra de conduta, dispensando apelos religiosos.
Muitos religiosos chegaram a reconhecer um passado negro de suas religiões, com mentiras, abusos, escravidão, tirania etc. No entanto, é curioso que vários crentes estejam "defendendo" suas religiões com base no argumento utilitarista. Aceitam boa parte das críticas, mas garantem que o mundo é melhor com elas do que sem elas, que o saldo é positivo para as religiões, depois de pesado os seus custos. E ainda usam como "evidência" as atrocidades perpetradas pelos ateus comunistas. Deixando de lado o fato de que muito no comunismo é típico de uma seita religiosa, resta o espanto de ver que esses religiosos se contentam em parecer apenas um pouco melhor que comunistas genocidas! Além disso, o argumento de utilidade, ainda que fosse correto, nada diz sobre a veracidade da crença. Pode algo útil, mas falso, ser glorificado? Os fins justificam os meios? Estranho um crente aderir a esta máxima.
Por fim, é uma tarefa impossível calcular o saldo das religiões. Nem mesmo é preciso falar das guerras, terrorismo, perseguições, pedofilia, escravidão, Inquisição, Cruzadas ou sacrifícios humanos. Basta lembrar que é impossível calcular o estrago psicológico feito em milhões de crianças que crescem já com o sentimento de culpa incutido em suas cabeças. Como avaliar isso? Como avaliar o custo de oportunidade para as conquistas das religiões? Como seria sem elas? Quanto o obscurantismo religioso atrasou no progresso do conhecimento humano? Quantos Galileus deixaram de existir por medo das religiões? Quantos pensadores permaneceram calados por medo das religiões? O que o mundo perdeu com isso? Nunca saberemos. E não obstante tudo de positivo que os defensores das religiões mostrarem, sempre irá restar este lamentável fato: o mundo sofreu muito com o veneno religioso. E ainda sofre...
79 comentários:
Realmente é impressionante como a religião domina o homem.Tudo devido a covardia e egoísmo pois isso é nato no ser humano.Vemos periodicamente líderes religiosos sendo desmascarados como os Hernandes,ou Edir macedo que aliás tem até um vídeo no you tube onde o mesmo ensina os pastores a roubarem.Mas ainda assim a massa não enxerga porque o medo de perder a alma não tem tamanho.E a riqueza da igreja católica?O que vemos nas pequenas cidades quando chegamos?O cemitério e a igreja católica enorme e poderosa.Ali o padre manda e desmanda,mesmo que ele se envolva em escândalos homossexuais onde tem que pagar propina para não ser denunciado mas como ele tem mais poder que o prefeito e o delegado,ele dará queixa de extorsão e acaba sobrando só para uma parte.E que que dizer da ostentação e luxúria do vaticano então?Acho melhor parar por aqui.Parabéns pelo texto.
Eu não resisto...
Você escreveu "Claro que no final Deus poupou o garoto, o que não deixa de levantar suspeitas quanto à onisciência divina, tendo que ver para crer."
O teste não era pra Deus saber se Abraão era fiel. Era pra que Abrão pudesse descobrir, ora bolas! Por isso ele foi posto à prova.
Mais uma: "Quem consegue seguir algo assim?" Realmente, os padrões morais do cristianismo são extremamente elevados. Mas os ateus não vivem dizedno que foi tudo criação. Pô, bem que poderiam ter criado valores morais mais fáceis de serem alcançados. Podiam, por exemplo, tirar o mandamento contra o adultério. Ou o que diz que devo amar meu inimigo.
Falar do que não entende deve ser muito bom. Você não consegue parar!
Tic Tac,
Acho que vc não leu:
O princípio essencial do totalitarismo é criar leis que são impossíveis de serem obedecidas. A tirania resultante é reforçada por uma casta privilegiada ou um partido capaz de detectar os erros.
As metas DEVEM ser impossíveis mesmo. Eis o objetivo! Assim se mantém os crentes com sentimento de culpa, escravos eternos.
Quanto ao teste de Abraão, que deus é esse que faz esse tipo de coisa? E pior! Que tipo de gente acha LOUVÁVEL a disposição de um pai em sacrificar como um animal seu próprio filho em nome da fé? Ah, o seu tipo de gente...
Rodrigo
@Rodrigo
Já informei anteriormente: ficar repetindo o erro não o corrige. Pelo contrário, ele se torna mais evidente. Enquanto acredito, assim como você que a religião pode ser (e ora, por que não dizer, foi e é) usada muitas vezes para manobrar a massa por uma casta detentora de todos os privilégios eu o convido a observar a tensão existente entre Jesus e os senhores do Templo, o Sinédrio. O Cristo não pede que imitemos o padre, o bispo ou o papa. Esse padrão é muito baixo. Ele pede que O imitemos.
Continuando. Você pergunta "...que deus é esse que faz esse tipo de coisa?" Deus. Não o Deus dos ateus, o deus natural, esse criado à imagem e semelhança do homem, com todos seus defeitos e sua "moral interior".
"E pior! Que tipo de gente acha LOUVÁVEL a disposição de um pai em sacrificar como um animal seu próprio filho em nome da fé? Ah, o seu tipo de gente..." Interessante. Considerando que somos tipos diferentes de gente posso argumentar que o SEU tipo de gente é que é fascinado por matar os filhos. Não em nome de Deus (que aliás impediu que o pai matasse o filho como um animal), diga-se de passagem, mas como correção de seus próprios enganos, ou de desventuras ou simplesmente porque, afinal, a mãe tem o direito de decidir (Deus não tem nenhum, claro) sobre a outra vida que vai dentro dela. É o ateísmo pélvico. Sempre pensante. Pensa com o que vai no meio das pernas. Então se você quiser falar do pai que não matou o filho, do crime que não aconteceu, por mim, tudo bem. Suspeito que dá mais audiência falar das mães que de fato matam seus filhos. Crimes reais e não imaginários.
Minha nossa! O coitado compara o ato de abortar uma gravidez no começo, enquanto o feto não tem nada formado, com o sacrifício (ou disposição ao sacrifício) de um filho vivo, feito um animal qualquer!!! É muito desespero mesmo...
"Já foi estimado que 50% de todas as concepções humanas terminam em aborto espontâneo, em geral sem que a mulher sequer perceba que estava grávida. Na verdade, 20% de todos os casos de gravidez reconhecidos terminam em aborto espontâneo. Existe aqui uma verdade óbvia e gritante: se Deus existe, ele é o mais prolífico de todos os praticantes de abortos." (Sam Harris, Carta a uma nação Cristã)
Mas Deus pode matar. Só Deus. E sabe-se lá os motivos para assassinar tantos fetos indefesos. Devem ser uns infiéis!
Rodrigo
a igreja católia e a camisinha
ela esta certa em defender o não uso da camisinha mesmo com a AIDS
e isso é bem simples, pq ela defende outros princípios, como o sexo depois do casamento e a fidelidade do casal , além é claro do sexo procriativo.
seguindo isso realemnte não há razão para se usar um camisinha , fazendo sexo dessa forma a AIDS não se transmite , e para que usar um metodo ante concepsionaç quendo se quer filhos.
agora se vai desrespeitar as regas anteriores , oq impede de usar a camisinha , não usa-la por motivos religiosos seria a mais pura hipocrisia.
a igreja esta certa em defender o não uso. mas isso só vale para os seus.
eu como não tenho nada a ver com isso uso, e como o estado é laico ou pelomenso deveria se-lo não deveria deixa a religião pautar poilitica publicas
e esse é outro ponto interessante , se o estado é laico pq temos feriados religiosos , e pq temos menção a deus em nosso dinheiro?
se vamos contemplas os feriados religiosos pq apenas os católicos romanos ???
@Rodrigo
É ridículo! Sua argumentação, via Harris* é absurda! Pela mesma linha de, err, raciocínio, eu posso afirmar que Deus (assumindo que ele existe para efeito do exemplo, pelo menos) é o maior assassino do mundo, já que TODOS morrem.
Por favor, não cite Harris. As idéias do sujeito não são boas. É um demérito.
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Engraçado, em um comentário em outro post, se eu me refiro a Platão e Kant sou acusado de usar argumentum ad verecundiam. Espero que você não receba a mesma crítica já que NÃO FIZEMO isso.
@bjordan
Pontos excelentes.
1. "a igreja esta certa em defender o não uso. mas isso só vale para os seus"
Exatamente. E por que os outros deveriam se importar? Pessoalmente importa-me muito pouco uma decisão de uma autoridade islâmica, por exemplo. Ora, se nem mesmo todos os Cristãos a seguem duvido que a Igreja tenha alguma expectativa que outrem prestem alguma atenção a isso.
"estado é laico ou pelomenso deveria se-lo não deveria deixa a religião pautar poilitica publicas"
Concordo absolutamente com você. E vice-versa. Se o Estado é laico, não pode dar pitaco na religião.
"e esse é outro ponto interessante , se o estado é laico pq temos feriados religiosos , e pq temos menção a deus em nosso dinheiro?"
Por uma questão histórica, como você deve suspeitar. Estado laico somente siginifica que ele nem apoia nem proíbe práticas religiosas, não que ele tem que banir os vestígios de religião da cultura do Estado. Isso foi o que a Revolução Francesa pretendeu fazer.
"se vamos contemplas os feriados religiosos pq apenas os católicos romanos ???"
Novamente. Concordo. Mais feriados!
Ola Rodrigo.
Que pena que não queira provar deste veneno. Pois ira te fazer bem, lendo os teus argumentos sobre religião me faz lembrar de um garoto na 6º série, birrento, que só reclamava, nada pra ele estava bom só ele estava correto. Meu caro amigo deixe de usar este cabresto. Já percebi você mora com a razão? Bíblia sagrada diz: Que todo joelho se dobrará e toda língua confessara que verdadeiramente Jesus Cristo é o Senhor, o filho de Deus. E sabe o que mais me conforta é saber que seus joelhos sera um destes.
Salomão foi um homem sábio, e com todo conhecimento dele com toda experiência no final de sua carreira do seu reinado ele disse: As palavras dos sábios são como aguilhões, a coleção dos seus ditos como pregos bem fixados. Não há limites para produção de livros, e estudar de mais deixa exausto o corpo, agora que já ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos teus mandamentos, porque isso é essencial ao homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido seja bom, seja mau.
Então não se turbe o vosso coração se acalma, crede também em e isso trará Paz em seu coração.
Abraços.
A diferença da vacina para o veneno é a dose. Existem boas e más religiões, como existem bons e maus cientistas. Julgar que todas as religiões são veneno, seria o mesmo que dizer que a ciência é um veneno por produzir bombas atômicas, armamentos biológicos, armas, etc. Normalmente opiniões reducionistas e radicais são frutos de mentes bitoladas. Neste caso, temos muitos ateus que são mais crédulos do que os crentes. Como dizia Pascal, "Acreditam nos milagres de Vespasiano para não acreditarem nos milagres de Cristo."
Os cientolatras brasileiros são pérolas brilhantes. Acreditam tanto na ciência que não vêem que a mesma é incapaz de resolver os problemas do Congresso Nacional. Renan Calheiros, é um santo, uma vez que nada foi provado contra a sua pessoa.
O Sr. Rodrigo Constantino, como liberal, poderá negar que o liberalismo é uma interpretação do protestantismo, aplicada na política?
Negará que o marxismo é uma interpretação da relação judaísmo-cristianismo protestante. Onde na visão de Marx o Sumo Sacerdote representa o Estado mediador da liberdade e no cristianismo protestante essa mediação já não existe e o que se tem é exatamente o comunismo?
Acredito que pessoas que se dizem livres pensadores, apenas repassam a ciência a faculdade de pensar, como um contador repassa a calculadora a faculdade de contar.
E é interessante notar que o Sr. Rodrigo Constantino como bom ateu e como alguém que diz abertamente:
"O dogma é o principal inimigo da liberdade"
Não se dá conta que somente pelo "dogma", podemos chamá-lo de Rodrigo Constantino. Ninguém pode provar ou garantir que ele estará evoluindo hoje para um Sr. Silva, amanhã para um Sr. Oliveira...
E como argumenta o Pe Henri de Lubac, se a existência de DEUS fosse provada racionalmente, acreditaríamos na prova e não em DEUS.
Abraço
Sobre o conceito de religião:
ALÉM DAS ESTRELAS QUE LADRAM
Hélio Drago
Parece que os compêndios de lógica inculcam a ingênuos principiantes a sólida e errônea convicção da quase impossibilidade de serem cometidos certos sofismas.
A didática, querendo marcar com nitidez a falácia, torna-a por seus exemplos tão inaceitável, que conduz o incipiente estudante a supor com superior desdém: “Esse erro jamais cometerei”.
O primeiro tipo de sofisma apresentado pelos manuais é o de termo equívoco, geralmente assim exemplificado:
“Todo cão ladra;
Algum cão é constelação;
Logo, alguma constelação ladra.”
Substituídos, porém, a Constelação e o Cão por termos como Democracia, Povo, Justiça, Verdade, Amor e outros, e apresentado o argumento com algum disfarce, transforma-se com freqüência o sofisma em suporte para o sucesso dos ideólogos da política e da teologia.
Entre os outros possíveis termos quero destacar um: Religião.
Por quê?
Porque desconfio estarem o ecumenismo e a dita teologia da libertação comprometidos com o uso equívoco do termo Religião, com um sofisma de termo.
De sua etimologia diz-se haver três possibilidades: religare (estabelecer elo), religere (respeitar, reparar de modo especial), reeligere (reeleger).
Para Santa Catarina de Sena, é Cristo o Pontíficie que estabeleceu com seu sacrifício na Cruz a ponte entre Deus e o homem, refazendo o elo, a religação, a religião entre Deus e o homem decaído e redimido. A santa, mística e doutora, sem cuidar de etimologias, adota o conceito ligado à primeira possibilidade apresentada.
Corresponde, porém, o termo Religião a um só conceito? Parece-me que não. Distingo quatro, abandonando outros, menos disponíveis e equívocos, e proponho para eles a caracterização gráfica: “religião”, “Religião”, religião e Religião. Convém a seguir defini-los, ou melhor, fazê-los acompanhar de alguma explicação.
A “religião” há de ser definida como o relacionamento do homem com o fundamento de sua essência e existência. Esta relação compreende um conhecimento e reconhecimento, um abandono total existencial, e qualifica este abandono santo, numinoso, misterioso. Uma definição tão ampla abrange a descrição do fato religioso de todas as “Religiões” (ver artigo de H. R. Schlette, “Conceptos Fundamentales da la Teología”, in Teología —Século XX, Ediciones Cristandad, pág. 72; doravante Schelette).
A “religião” é “um sistema individual de crenças e de ações habituais que tem por objeto Deus” (André Lalande, Volabulaire Technique e Critique de La Philosophie, Presses Universitaires de France, 1962, pág. 72; doravante Lalande).
À “Religião” correspondem “as estruturas sociais e históricas do fenômeno religioso” (Schelette, pág. 85) ou “as instituições sociais caracterizadas pela existência de indivíduos unidos [...] pelos ritos, [...] pela crença, [...] pela relação com uma potência superior ao homem [...] (Lalande, pág. 916). Para o Pe. Terra S.J., é a cosmovisão “a imagem do universo, um princípio integrador nascido da idéia com que o homem concebe o absoluto. Quando o é como um Deus Pessoal, ou ao menos como deuses mais ou menos pessoais, a cosmovisão toma caráter religioso” (J. E. M. Terra, Origem das Religiões, Edições Loyola, 1985, pág. 3; doravante Terra). Nisso me recorda a proposição: “O que declara o homem de Deus, na realidade o afirma de si mesmo” (Feuerbach, The Science of Christianity, Hoper and Row, 1957, pág. 29).
As explicações, ou tentativas de definições, geralmente fazem diferença entre “religião”, conjunto de atitudes e atos individuais, e “Religião”, estrutura social e histórica abrangente e sistematizadora desses atos e atitudes.
Podem porém a “religião” e a “Religião”, segundo essas definições, reduzir-se a fenômenos da humana natureza, nela originários, correspondendo a atividades biológicas, psicológicas e sociais do homem, e até a suas secretas e profundas marcas, aberturas e aspirações, e ser estudadas pela ciência empírica ou apreendidas pela fenomenologia das religiões. “O fato religioso radica-se na própria natureza humana” (Terra, pág. 76).
As diferentes “Religiões” e seus correlatos “atos religiosos” fariam assim parte, respectivamente, dos gêneros comuns “Religião” e “religião”. Provoca isto se proponham as perguntas: Pertencerá ao gênero comum “Religião” a Religião verdadeira, que se origina em Deus e não “no absoluto conhecido como Deus Pessoal” (Terra, pág. 3) — no homem? Fará parte do gênero comum “religião” a virtude infusa da religião?
Antes de pretender responder, parece conveniente se exemplifiquem em resumidas linhas gerais algumas cosmovisões que não aceitam Deus, a as que se incluem nas “Religiões”.
A maior recusa a Deus, a mais nítida, vem obviamente do ateísmo. Freud considera a religião uma neurose obsessiva. Marx nela vê uma alienação resultante da distribuição da propriedade e das relações do trabalho. Feuerbach a postulava como a alienação básica e original. Podem incluir-se no ateísmo, entre outros, Hume, Comte, Nietzsche, Russel.
É curioso que certos ateísmos admitem “atos religiosos”.
O positivismo de Comte tem calendário litúrgico, templos, imagens propostas ao culto.
O marxismo, ateu em teoria e em suas realizações concretas, pratica alguns “atos religiosos”. Venera lugares “sagrados”: o túmulo de Lenine. Guarda dias “santificados”: 1° de Maio, 10 de Outubro. Possui uma organização eclesial, o Partido Comunista, mestre da ortopráxis, infalível intérprete do agir conscientizado em cada momento histórico. Seu absoluto é a matéria em evolução determinística, que no homem assume consciência. Sua “atividade religiosa” máxima — a revolução, para acelerar a evolução.
Também o budismo, ainda que agnóstico, envolve “atos religiosos”.
Sem pretender negar Deus em sua existência, não o vê pessoa transcendente o imanentismo, que o faz idéia, substância, força, energia, confundido ou dissolvido no cosmos. Vai desde a simples identificação de ambos, Deus e o universo, no panteísmo declarado, até a coincidência parcial ou continuidade natural entre eles. Podem até vir a ser múltiplos os deuses. Fértil é a humana imaginação (alguma razão parece ter Feurbach...). Representam eles no politeísmo grego os mitos do ser e da gênesis do universo.
Nas concepções imanentistas, seria dispensável a “religião”. Se não há um absoluto transcendente, se o mundo e Deus coincidem, ou um no outro se prolonga, não pode dar-se uma relação interpessoal. O diálogo torna-se em dispensável monólogo. Tão coerentemente dispensável como o engajamento revolucionário marxista (cuja busca de coerência se revolve na infindável controvérsia: materialismo dialético versus determinismo histórico).
“Religiões” há, porém, que propõem um Deus “pessoal transcendente”, fruto, entretanto, da humana imaginação, tal o Islã. Outras — as heresias — escolhem da Revelação o que lhes apraz e desfiguram a face do verdadeiro Deus.
Infinita ruptura há entre a Religião e as “Religiões”. “Et fides et non ficta” (S. Paulo, II Timóteo, I — 5): “fé e não fingimento”. A Religião não se fundamentará em humanas fantasias (ficta), mas em dom gratuito de Deus (fides).
Dom que, condicionado, não será gratuito. Dependente da crença no homem parece fazê-lo, entretanto, o Pe. Terra S. J.: “O paradoxo cristão é que não se pode crer em Deus sem crer no homem” (Terra, pág. 25). Outra passagem confirma não tratar-se de uma verificação, mas de um condicionamento: “Não se conhece a Deus fora da Polis, fora da história fraternal concreta” (Terra, pág. 21). Ainda que tenha o verbo crer, nas duas ocorrências, diferentes significados, persiste o “crer em Deus” depender de algo relativo ao homem. Se idênticos forem os significados, como crer em Deus é ter Fé, tal acarretará uma fé no homem (no homem que se fez Deus?...).
Em qualquer caso, para refutar, não é necessário contrapor Padres ou Doutores; basta a simplicidade de sua doutrina, resumida no antigo Segundo Catecismo: “Que é a Fé? — A Fé é uma virtude sobrenatural infusa, pela qual cremos firmemente em todas as verdades reveladas por Deus e propostas pela Igreja.”
Sem a Fé não se pode amar a Deus, ensina Sto. Tomás (Epístola a S. Timóteo I, Cap. III, II-16, Mariete, 1953, pág. 16). O amor de Caridade ao próximo se origina no amor a Deus, e não este naquele. Entretanto, o amor ao próximo permite, sim, verificar a real existência da Caridade, sem que por isto lhe seja causa. “Se alguém disse, pois, eu amo a Deus, e aborrecer a seu irmão, é um mentiroso. Porque aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, como pode amar a Deus, a quem não vê?” (I S. João, 4, 20).
Crido e amado, deve ser Deus também servido. “Sirvamos a Deus em santidade e justiça” (S. Lucas 1, 74-75). E comenta Sto. Tomás: “Mas servir a Deus é religião. A religião e a santidade são a mesma coisa” (S.T., q 81, a 8). Ensina também ser a religião uma virtude moral infusa anexa à virtude da justiça.
Comporta a religião atos: adorações, preces, devoções, votos, oblações, esmolas e dízimos. Não se incluem nesses os atos de “religião”, que se inserem no âmbito da magia e da superstição. Fazem os atos de religião parte de todo um relacionamento de piedade filial com Deus de seu filho adotivo — o homem.
Vê-se, pois, serem os conceitos religião e “religião” radicalmente diversos, não podendo corresponder a espécies de um gênero comum. Para assim considerá-los, é preciso afastar a Fé; para, com base apenas na ciência empírica e laica, grupar suas eventuais semelhanças em fatos religiosos genéricos. Há ambigüidade também nos termos ciência e científico, que podem significar tanto conhecimento certo quanto método de ciência moderna, cujo protótipo é a física-matemática. O conhecimento da Fé é científico no sentido de certo (não pelo método com que é adquirido); o das ciências é científico quanto à sua metodologia (não tanto quanto ao grau e ao tipo de certeza oferecida, relativa ao comportamento e não ao que são as coisas). Os que preterem a Fé, e tratam da religião e de sua origem, preferencialmente, ou só, pela ciência empírica, nem sequer fazem boa escolha científica.
Como não pode revelar-se Deus de modos contraditórios, única é a Fé, e não forma a Religião gênero comum com as “Religiões”.
A Religião é a mestra e a guardiã da Fé; a guia da Salvação, na Esperança; a comunhão dos fiéis, na Caridade; excetuada alguma nuança ou virtual distinção, coincide com a Igreja.
Não se venha, porém, inferir não se salvarem os não visivelmente pertencentes à Igreja, pois ensinado é sê-lo possível, aos não adequadamente atingidos pela pregação do Evangelho, se crêem (e, portanto, se tiverem recebido o dom da Fé) em Deus criador, providência e remunerador, e se obedecem à lei natural. Tampouco se diga praticarem uma religião natural; pois a religião é sempre sobrenatural, como participação na vida divina. São, de modo não visível, verdadeiros membros da Igreja, usufruindo a habitação do Espírito Santo e participando na Comunhão dos Santos.
“Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua posteridade e a dela” (Gênesis, 3, 15). Deste singelo modo expressa o Gênesis a primeira Aliança — a Aliança com Adão. Já às portas do Paraíso perdido, com a urgência do amor divino, lança Deus a ponte ao homem, que há de concluir-se com a Redenção. Logo a seguir à queda, a religação — a Religião. Atos religiosos — sacrifícios — são oferecidos por Abel e por Caim, com os conhecidos agrado e desagrado de Deus, daí começando a se diversificarem religião e “religião”.
A Aliança renova-se com Noé, Moisés, Davi, e com a SSma. Virgem, e aqui já se trata da Redenção. A Igreja será a perfeição das antigas Alianças, a plenitude e a transfiguração de Israel.
Enquanto a Religião progride para atingir sua forma pura e acabada no Cristianismo, as “Religiões” divergem e multiplicam-se como um universo em expansão. Não há como considerá-las convergentes para o Cristianismo, pois seu conteúdo de “fé” lhe é objetivamente contraditório. Mas alguns teólogos preferem sustentar que, “enquanto caminhos relativamente válidos, estão orientados a ter sua plenitude no Cristianismo, frente a este se situando sempre como algo anterior (não no tempo, senão na história da salvação)” (Schelette, pág. 94).
Reconhecido o fato de as “Religiões” pertencerem ao plano natural, poderia elaborar-se a hipótese de serem expressões incompletas dos anseios da natureza humana, que, perfeitos, os explicaria o Cristianismo. O que também não é válido, pois o Cristianismo não corresponde aos desejos do homem-velho, do homem da natureza, mas aos anelos do homem-novo, do homem da graça. São as bem-aventuranças evangélicas — sem a graça — aspirações da natureza?
Outra tentativa de inserir o Cristianismo na comunidade genérica das “Religiões” resulta em eleger o Mundo-melhor como fim-último do homem, consumando-se a assimilação genérica na práxis promotora da plena felicidade humana neste esférico e azulado planeta.
Também o termo mundo é equívoco. Múltiplos são seus usuais significados. Na Sagrada Escritura corresponde a três conceitos. Há o mundo físico: o dos animais, das pedras e das plantas. É o mundo ontologicamente bom. O do Gênesis: “E viu Deus que isto era bom” (Gênesis, 1, 13). O mundo que serve de matéria, que o homem vai enformar e transformar em seu Mundo — o Mundo da Cultura. E o Mundo do homem divide-se no Mundo que rejeita o Evangelho, Mundo da cultura anticristã, Mundo que tem seu Príncipe e que já foi julgado, e no “Mundo” que adere a Cristo, confundido, salvo virtuais distinções, com o Reino de Deus, e com a Igreja. “Mundo” que “Deus tanto amou, que lhe enviou seu Filho único, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João, 3-16).
Já o Pe. Terra S.J. diz: “Esta cosmovisão libertadora da religião consiste em ver que Deus confiou ao homem o mundo que ele criou e o encarregou de continuar a criação e transformar o mundo fazendo nele penetrar a caridade que comunica através de seu Filho e de sua Igreja” (Terra, pág. 21)
O autor aí está afirmando que o homem foi encarregado — e que é Deus que lho atribui — de transformar o mundo e de fazer nele penetrar a caridade.
O Gênesis diz exatamente assim: “Tomou pois o Senhor Deus ao homem e pô-lo no paraíso das delícias, para ele o hortar e guardar. E deu-lhe esta ordem e lhe disse: Come de todos os frutos das árvores do paraíso: Mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem a do mal (Gênesis, 7, 15-17).
Não deve ser o mundo das plantas, das pedras e dos bichos que pretende o Pe. Terra S. J. penetrar pela caridade. O “Mundo”, confundível com a Igreja, já é pela Caridade constituído. Restaria o mundo avesso ao Evangelho, e que tem seu Príncipe, e que já foi julgado. Este Mundo exclui-se da Caridade — e a proposição fica sem sentido. Poderia alguém ainda replicar: a penetração da caridade consistiria em converter as pessoas, comprometidas com o Mundo (o que é missão da Igreja Católica e Apostólica). Sim, mas seriam as pessoas que se converteriam e, penetradas pela Caridade, rejeitariam o Mundo, para optar por Cristo e sua Igreja. O Mundo continuaria Mundo.
Reitera o autor sua concepção de relacionamento Igreja/Mundo: “[...] o Reino de Deus já se antecipa historicamente e começa a concretizar-se agora no coração da sociedade” (Terra, pág. 31).
A imagem que parece restar disso tudo é que o Reino de Deus, ou a Caridade, é uma espécie de recheio da sociedade ou do Mundo. Algo como camarão empanado.
Nessa imagem, porém, propõe-se o primado do serviço ao Mundo.
Também em Marx o conhecimento que não estiver comprometido com a transformação do Mundo será alienado. E, no fim, quando a revolução eliminar as classes sociais a as alienações, alcançar-se-á a conciliação homem-natureza. Eis o que seria para os marxistas, se figurasse no léxico deles, o Mundo-melhor.
A primazia das reformas sociais como “atividade religiosa” é uma inculcação da “espiritualidade” marxista, que se efetiva nos “meios católicos”, principalmente os latino-americanos. A teologia da libertação assume as coerentes conseqüências desse sincretismo, adotando a práxis marxista da luta de classes.
A partir do engajamento da “Religião” no serviço do Mundo, explícita ou veladamente proposto pelo ecumenismo, seguido do admitir o Mundo-melhor como fim-último e até a práxis marxista da teologia da libertação, tudo afinado no mesmo “estilo de espiritualidade”, posta a Fé entre parêntesis, ou negada gradativamente, fundem-se Religião e “Religiões” numa comunidade genérica.
Ambos, ecumenismo e teologia da libertação, não distinguindo Religião e “Religião”, fixam-se em um vergonhoso sofisma de termo.
Mas e se for a Fé rejeitada ou simplesmente esquecida?
Não seria o prêmio ultrapassar o humilhante sofisma a reaver a coerência lógica?...
Sim! Mas além das estrelas que ladram poderá haver choro e ranger de dentes.
* * *
Nota: Não é analógico o conceito Religião. Não se realiza de modo absoluto em um analogante, nem de modo relativo nos analogados, os quais participariam proporcionalmente nas perfeições dele.
Há para Religião, como para Deus, apenas analogia de termo, pela qual o termo que designa certa realidade é usado em coisas que falsa ou supostamente o realizam. Exemplos: Deus, deuses; Religião, religiões.
http://www.permanencia.org.br/revista/filosofia/estrelas.htm
"As religiões acabam assumindo uma postura anti-científica também, pois quase sempre a fé dogmática entre em conflito com o avanço do conhecimento, como Galileu..."
Galileu, apenas comprovou o sistema de Nicolau Copérnico. Galileu foi condenado e Nicolau Copernico não, será que até isso ignora o Sr. Rodrigo Constantino?
"Para ele, as religiões escravizam, ofuscam a busca do conhecimento e criam falsos tabus, como o quase unânime ataque ao sexo como algo tóxico."
As religiões racionalizam o sexo. Nelson Rodrigues diz que "A educação sexual deveria ser dada por um veterinário". Já Gustavo Corção em seu artigo "Acidade do prazer" argumenta:
“Quando a onda do sexo passar, e os impotentes de amor descobrirem a enjoada monotonia do sexo sem amor, sem grande amor, passarão a matar. A matar em grupos. Comunitariamente. Haverá cursilhos para ensinar a matar sem ódio, como hoje se ensina o sexo sem amor”.
Parece que neste caso, o racionalismo de Contantino, é um veneno para a razão. É a capacidade de AMAR que nos define como homens e seres racionais. Sexo sem amor quem faz são cães e cadelas...
"Em pleno século XXI, por exemplo, ainda existem várias religiões condenando o uso de preservativos, mesmo que os riscos da AIDS fiquem infinitamente maiores. A atitude da religião com a medicina e a ciência é muitas vezes hostil, pois ela teme a perda de seu monopólio."
Somente alguém alienado da realidade, afirmaria uma coisa dessas. Em pleno Século XXI, as religiões que condenam o uso dos preservativos, apenas fazem uso da liberdade de expressão e ensinam a seus fiéis a viverem a castidade. É a castidade a virtude que racionaliza o homem. Além disso, falar em monopólio da religião é algo que não se prova empíricamente, em pleno Século XXI. Odiando a religião, o Sr. Rodrigo Constantino, não pensa antes de escrever, ele sente, e sente ódio. Nada além disso...
No mais me eximo de tecer mais comentários. O artigo é péssimo e o Sr. Rodrigo Contantino deveria escrever sobre aquilo que sabe, pois em matéria de religião é um profundo ignorante.
De fato o blog é aquilo que se propõe, são idéias de um pensador que não depende do pensamento e de um libertário do conhecimento...
Volta pro Ensino Médio...
"Minha nossa! O coitado compara o ato de abortar uma gravidez no começo, enquanto o feto não tem nada formado, com o sacrifício (ou disposição ao sacrifício) de um filho vivo, feito um animal qualquer!!! É muito desespero mesmo..."
Considerando que 99% dos brasileiros acreditam em Deus, 99% dos abortos são praticados por teístas, e não por exigência de ateus.
Acho que antes de haver sistema nervoso no feto não há assassinato. Embora ele tenha o potencial para desenvolvê-lo, não o tem e portanto não é um ser humano completo, capaz de sentir, de prazer e de dor.
De modo parecido, um casal que não transa está impedindo que um filho potencial venha a existir. Quantas Marias e Joãos já não foram deitados fora porque o casal resolveu não transar?
tic tac
só para se informar a origem histórica de deus na nossa moeda remonta os sarnei no plano cruzado, antes não havia.
sobre os feriados religiosos, eles não advem apenas de feriados históricos, se não a criação de novos seria proibida.
eles exisatem pq o estado não é laico, na essência, apenas em letra , uma repartição publica não deveria ostentar simbulo religioso algum para não ofender ninguem e como as religiões não são multipermissivas não seria o caso de ostentar todos , se não o nosso amigo espagueti não poderia ser deixado de fora.
um estado realmente laico, tem feriados pátrios, no caso de feriados , eu ainda por cima sou contra eles uma das pedras no sapato do nosso desenvolvimento.
perdemos muito tempo e $$$ sem produzir nada com feriados,
sua defesa deles só demosntra sua irresponsabilidade e lassidão.
não existem férias remuneradas, e cada dia parado é um dia de perda para as industrias e para so trabalhadores e consequentemente para o pais
O grande problema da generalização!
Assim como a ciência pode ser usada tanto para o bem como para o mal, assim também a religião pode servir a ambos os lados. A falha não está no ciência, nem na religião, mas na mente e no coração de quem faz delas uso.
Assim como há bons profissionais em todas as áreas do conhecimento humano, há também os incompetentes, despreparados e superficiais. Ou será que dá para acreditar em qualquer médico, dentista, engenheiro ou mecânico sem antes pedir referência? Acho que o grande problema dos ateus é a falta de humildade para buscar boas referências...
Generalizações à parte, é bom lembrar que há três inimigos mortais para a responsabilidade moral do ser humano: o evolucionismo materialista (cria do ateísmo), o paganismo-ocultista, e a ética coletivista.
O Sr. Rodrigo Constantino se sai muito bem em relação ao último, porém, é vencido facilmente pelo primeiro. Ao mesmo tempo que defende a responsabilidade moral de um lado, do outro a joga por terra.
Ao ignorante anônimo das 6:43:Copernico não foi condenado porque estava na Holanda,tal qual Erasmo,por exemplo,enquanto Galileu estava na Itália.
A Holanda era o refugio dos perseguidos pela Inquisição principalmente. da Espanha ,Portugal e Itália.
paulo roberto
" Sexo sem amor quem faz são cães e cadelas..."
Que coisa mais carola esse anônimo!
Eis um belo exemplo da repressão sexual pela religião.
Anônimo, sexo sem amor quem faz são TODOS os mamíferos! O fato de sexo COM amor ser muito melhor não anula o fato de sexo sem amor ser bom e normal.
Rodrigo
@BJordan
Sua resposta denota pouco caso no uso de sua inteligência e extrema falta de humor. Vejamos.
"só para se informar a origem histórica de deus na nossa moeda remonta os sarnei no plano cruzado, antes não havia."
Você confunde os motivos históricos para a adoção de temas cristãos no papel moeda com o próprio fato histórico da adoção. Lamentável.
"um estado realmente laico, tem feriados pátrios, no caso de feriados , eu ainda por cima sou contra eles uma das pedras no sapato do nosso desenvolvimento." "perdemos muito tempo e $$$ sem produzir nada com feriados" "não existem férias remuneradas, e cada dia parado é um dia de perda para as industrias e para so trabalhadores e consequentemente para o pais"
Já que você parece ser tão preocupado com o futuro do seu país, com o Estado laico e com dias de produtividade, o que acha de ir trabalhar aos domingos também? Domingo, como sendo um dia de descanso tem origem religiosa. Primeiro, Constantino adotou o Dia do Sol como dia de descanso (não para todos, já que os agricultores deveriam continuar o trabalho neste dia) e depois da total Cristianização do Império, se tornou feriado semanal a ser observado por todos. É o dia que é entendido como o dia que Cristo ressucitou.
Se você é realmente tão desfavorável a feriados de origem religiosa e não é um preguiçoso como disse que eu sou, tenho certeza que vai pegar no batente cedinho, todo domingo. O país vai ter quase dois meses a mais de produtividade, já que tirou ess pedra no sapato do desenvolvimento, e você terá a consciência tranquila por estar vivendo em um Estado leigo.
Posso estar enganado, mas algo me diz que você não vai.
+@Rodrigo
Você demonstra total ignorância das doutrinas cristãs quando critica as metas inatingíveis. As metas são inatingíves realmente, como já disse, por que o padrão de comparação (perfeição) é muito alto. A doutrina cristã explica que é exatamente por esse motivo que houve a Incarnação. Se fosse possível ao homem se elevar a esse nível de moral Jesus não precisaria ter existido.
Você demonstra a verdade da doutrina da salvação para em seguida acusá-la de ser usada para o aprisionamento. Não entende é nada.
Durante a campanha presidencial de 1992 nos Estados Unidos, James Carville, estrategista de campanha de Clinton, cunhou a a frase: "It's the economy, stupid". Sugiro que ela sirva de incentivo a você. Volte a escrever sobre o que entende. Existe um grande mérito nisso.
Parabéns Rodrigo!
Adorei o texto! Dessa vez você focou a crítica nas religiões e não em deus.
Eu sempre venho aqui encher o saco quando você diz que deus não existe. Dessa vez tenho que lhe dar os parabéns.
Pensei que você não soubesse ler apenas o Mises.
Mas pelo visto você não sabe ler nada
Darwinismo, ateísmo, incompatibilidade entre ciência e religião... Oras bolas, vamos ao que interessa:
http://pos-darwinista.blogspot.com/2008/01/por-esta-dawkins-no-esperava-o-delrio.html
http://pos-darwinista.blogspot.com/2008/01/universidade-presbiteriana-mackenzie.html
http://michelsonborges.blogspot.com/2005/12/o-bero-da-cincia.html
Aviso aos crentes anônimos:
Ficar apenas me xingando de ignorante não vai mudar nada, não é argumento, e apenas demonstra o desespero de vcs, tendo que focar nas pessoas (em vez dos argumentos) para tentar manter a fé blindada.
Podem me xingar, ou a Dawkins, Harris, Hitchens e tantos outros. Entendo o desespero de vcs.
Mas sugiro que enfrentem os argumentos! É mais honesto e melhor para a vida...
Rodrigo
@Rodrigo
Você criticou o onisciência divina por meio da estória do sacrifício de Isaac. Deus, sendo onisciente não precisa de provas pra saber se alguém é fiel ou não. EU contra argumenti dizendo que você não tinha entendido a absolutamente nada. Expliquei que a função do evento era pra que Abraão pudesse medir a sua fidelidade a Deus. Você não contra argumentou. Em vez disso tentou discutir o peso moral do teste, o que é ABSOLUTAMENTE irrelevante pra sustentar seu argumento inicial. Podemos discutir a relevância moral dessa estória à vontade, se você quiser, mas nada disso sustentará sua idéia, errada, de que ela aponta contra a onisciência de Deus.
Seja honesto e siga o seu próprio conselho. Ou você enfrenta o argumento sem apelar para argumentação periférica que não defende sua hipótese ou simplesmente assume que está errado e não se pronuncia sobre o asssunto. O que vai ser?
Sobre Sam Harris. Ele escreve (e você parece concordar pois copia o texto)
"Já foi estimado que 50% de todas as concepções humanas terminam em aborto espontâneo, em geral sem que a mulher sequer perceba que estava grávida. Na verdade, 20% de todos os casos de gravidez reconhecidos terminam em aborto espontâneo. Existe aqui uma verdade óbvia e gritante: se Deus existe, ele é o mais prolífico de todos os praticantes de abortos." (Sam Harris, Carta a uma nação Cristã)
A linha de raciocínio é absurda pois você pode argumentar que se Deus existe ele é o maior assassino de todos os tempos pois 100% das pessoas morrem. Esse Deus que os ateus inventam, esse boneco de palha embebido em gasolina, pronto pra se tornar chamas é muito conveniente, mas pouco razoável.
"Expliquei que a função do evento era pra que Abraão pudesse medir a sua fidelidade a Deus."
Tic Tac (por que todo crente aqui tem vergonha de mostrar até o nome???), isso é uma INTERPRETAÇÃO SUA. Não é FATO que só podemos olhar por esse prisma. Mas vamos supor que sim. Eu digo: esse deus é um babaca! Só para mostrar ao Abraão que ele tem fé, faz o coitado se preparar para sacrificar como um animal seu próprio filho, apenas para dizer no momento final, através de um ANJO: "brincadeirinha!"
Que cara insensível, esse tal de deus...
Rodrigo
"A linha de raciocínio é absurda pois você pode argumentar que se Deus existe ele é o maior assassino de todos os tempos pois 100% das pessoas morrem."
Exato! A linha de raciocínio não é absurda nada! Absurdo é o crente só olhar para as coisas BOAS do mundo e concluir que Deus é benevolente!!! Ora, e essas desgraças? E as criancinhas que morrem do nada? Aí o crente é tentado a usar uma pirueta: "não podemos julgar as ações de Deus pela moral humana". Mas cáspita! É JUSTAMENTE essa moral que usaram antes para alegar a BENEVOLÊNCIA do tal Deus!!!
Incoerência: eis o nome dos crentes.
Rodrigo
@Rodrigo
"Só para mostrar ao Abraão que ele tem fé, faz o coitado se preparar para sacrificar como um animal seu próprio filho, apenas para dizer no momento final, através de um ANJO: "brincadeirinha!"
Você continua apelando ao valor moral da experiência tangenciando sua própria argumentação. Dança em torno do assunto, mas nunca se orienta de fato a procurar retratar-se ou criar um modelo melhor de sustentação. Está sendo desonesto, desculpe informar, já que talvez nem se dê conta disso.
Ora que engraçado. Você diz: "isso é uma INTERPRETAÇÃO SUA".
Você, claro, tem o direito de interpretar do jeito que você quiser. Inclusive equivocadamente.
É simples. Olha. Você estabelece uma tese. Eu mostro que ela não se sustenta por que A PREMISSA de que você parte pode (e aqui é uma grande concessão que faço a você por cavalheirismo, por que na verdade vc está é errado mesmo) estar errada. Apresento outra interpretação. E você continua no erro.
EU não estou nem tentando mostrar a onisciência de Deus. Nem sei se poderia. Estou apenas chamando sua atenção para dois fatos.
1. Sua tese é insustentável pois a base, sua premissa, como é passível de outra total, oposta e igualmente valida interpretação não se sustenta.
2. Que você mostra dois sintomas característicos dos novos ateus. Uma vontade irrefreável de fazer considerações sobre questões sobre as quais acabou de encontrar e nem deu a elas dois segundos de reflexão. E a outra é a total incapacidade de argumentar logicamente dentro de uma estrutura a qual alega algum apreço. Razão.
@Rodrigo
Aparentemente nem você nem o tal Harris leu nenhum livro sobre o Problema do Mal. Deveriam.
"Ao ignorante anônimo das 6:43:Copernico não foi condenado porque estava na Holanda,tal qual Erasmo,por exemplo,enquanto Galileu estava na Itália.
A Holanda era o refugio dos perseguidos pela Inquisição principalmente. da Espanha ,Portugal e Itália."
Ao ignorante anônimo das 2..., se você puder provar que o livro de Copérnico foi incluído no index, você terá razão. Independente de estar ou não na Itália a obra de Copérnico chegou até lá, por isso Galileu pode provar seu sistema. Isso não lhe é óbvio?
Se se a obra chegou as mãos de Galileu, não havia impedimentos para Copérnico na Inquisição Italiana, Espanhola, Alemã e etc...
Pensar um pouco faz bem...
"Que coisa mais carola esse anônimo!
Eis um belo exemplo da repressão sexual pela religião.
Anônimo, sexo sem amor quem faz são TODOS os mamíferos! O fato de sexo COM amor ser muito melhor não anula o fato de sexo sem amor ser bom e normal."
A repressão sexual independe da religião. O que nos distingue como mamíferos superiores é exatamente o uso da razão. É a razão quem reprime o sexo sem amor...
Se o Sr. acha bom e normal proceder como seres irracionais,,, não nos venha falar de uso da razão. Quando o sexo feito sem amor nada o que domina é a vontade sobre a razão. Neste exato instante, nos tornamos como os demais mamíferos que não possuem nem razão e nem consciência. Se isto for constante, qual razão resistirá?
Chamar os outros de carola não é argumento, Sr. Rodrigo Constantino. Da mesma maneira que não é argumento chamá-lo de ignorante, apesar de o Sr. um profundo ignorante em matéria religiosa. Olavo de Carvalho, esta certo em relação ao Sr...
Caramba...
Os ratos tomaram o espaço... E há baratas também! Na caixa de comentários do post sobre o Flying Spaghetti Monster apareceu até um doido fazendo contas, he he, desatando a teclar zeros no teclado como um demente. Disse que os mamíferos existem há 100000000 de anos (existem há mais de 200 milhões) e usa este número para tentar calcular a possibilidade de se formar uma glândula mamária, he he. Primeiro, não é por análise combinatória que as espécies são formadas. Segundo, se mamíferos existem há 200 milhões de anos, há 200 milhões de anos os mamíferos já possuem glândulas mamárias, senão não seriam mamíferos, ha ha ha. O estúpido cálculo poderia até ser feito desde que sobre os bilhões de anos até o surgimento dos mamíferos, obviamente. Putz... Quanta barata! Depois reclamam quando sentem cheiro de Baygon...
Falando em glândula mamária, por que o “intelligent designer” colocou mamilos escondidos sob os pelos de um rato macho? No caso do ser humano até dá para entender, he he; tem função estética e serve para quando um homem deseja virar travesti, para ficar mais natural seu peito recheado de silicone, ho ho ho! Eu não consigo imaginar designer mais burro!
Corrigindo o que eu afirmei no comentário anterior,Copérnico não precisou se refugiar na Holanda para fugir da Inquisição,porque seu livro De revolutionibus orbium coelestium só foi publicado 30 anos após ser escrito,no ano de sua morte,em 1543.E mesmo assim,foi apresentado pelos editores apenas como uma hipótese simplificadora dos cálculos astronômicos,não como uma verdade científica.Esta manobra evitou que o livro fosse colocado imediatamente na lista dos livros proibidos da Igreja Católica.Esta proibição só ocorreu quando o heliocentrismo ganhou notoriedade com Galileu,por volta de 1616.
De revolutionibus orbium coelestium permaneceu no Index até 1835!
paulo roberto
Caro Rodrigo, o anonymous parvos, este aí que finge que pensa, tenta se apresentar como “Tico e Teco” – o nome carinhoso que deu aos seus dois neurônios – mas não sabe escrever muito bem, daí o “tic tac”.
Abraão provou que faria qualquer coisa estúpida em nome do chefe. O velho gagá tinha mais de cem anos; via coisas... Não interessa qual a suposta motivação de um deus inexistente; interessa a mensagem que fica para os estultos religiosos: em nome de deus, mata teu filho, se for preciso. Matar alguém que não seja o próprio filho? Mais fácil ainda! Aí é brincadeira de criança! Vide a tomada da tal terra “prometida” por Josué, quando “deus” ordenou que os sem-prepúcio matassem bebês, crianças, mães, jovens, velhos, animais... Que passassem tudo e todos ao fio de espada...
O Tico&Teco acha que tal história não “aponta contra a onisciência de Deus”. Claro que sim. Javé nem era onisciente, aliás. Arrepende-se de ter criado o homem! Pouco antes de afogar todos os humanos menos Noé e sua família, inclusive bebês de colo, “o Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor” (Gênesis 6,6). Então por que criou se viria a se arrepender depois? E por que tentou purificar a Terra com um dilúvio salvando a família virtuosa se pouco depois a maldade humana voltou a imperar? Porque além de não existir Javé não era onisciente, ha ha ha ha!! O Gênesis está cheio disso. Deus passeia pelo jardim, apreciando a brisa da tarde, he he, quando vê os sem-umbigo envergonhados da própria nudez. Ao invés de lhes fazer tantas perguntas ele simplesmente daria a sentença expulsando-os do Éden, se soubesse de tudo. Estava porventura fazendo algum teste? Nope!
Gênesis 3:
8. E eis que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde. O homem e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus, no meio das árvores do jardim.
9. Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?”
10. E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.”
11. O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”
Quanto ao trecho sobre Abraão, que antes se chamava Abrão e ganhou de Javé um “a” como prêmio, he he, realmente o parvo do Tico&Teco não lê a Bíblia. Os grifos são meus.
Gênesis, 22
1. Depois disso, Deus provou Abraão, e disse-lhe: “Abraão!” “Eis-me aqui”, respondeu ele.
2. Deus disse: “Toma teu filho, teu único filho a quem tanto amas, Isaac; e vai à terra de Moriá, onde tu o oferecerás em holocausto sobre um dos montes que eu te indicar.”
(...)
7. Isaac disse ao seu pai: “Meu pai!” “Que há, meu filho?” Isaac continuou: “Temos aqui o fogo e a lenha, mas onde está a ovelha para o holocausto?”
8. “Deus, respondeu-lhe Abraão, providenciará ele mesmo uma ovelha para o holocausto, meu filho.” E ambos, juntos, continuaram o seu caminho.
9. Quando chegaram ao lugar indicado por Deus, Abraão edificou um altar; colocou nele a lenha, e amarrou Isaac, seu filho, e o pôs sobre o altar em cima da lenha.
10. Depois, estendendo a mão, tomou a faca para imolar o seu filho.
11. O anjo do Senhor, porém, gritou-lhe do céu: “Abraão! Abraão!” “Eis-me aqui!”
12. “Não estendas a tua mão contra o menino, e não lhe faças nada. Agora eu sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu próprio filho, teu filho único.”
O anjo do Senhor, que é seu mensageiro e por cuja boca Javé fala na primeira pessoa – “Eis-me aqui” -, diz claramente: “Agora eu sei...”. Ou seja, antes não sabia!
Mas os exegetas independentes, ainda mais os parvos TJ que adoram interpretar a Bíblia à sua peculiaríssima maneira e até já acertaram 10 vezes a data exata do fim do mundo, he he, gostam de moldar os significados, pois só eles entendem o que deus quer, só eles sabem como deus é...
Bom, o Tico&Teco disse: “Expliquei que a função do evento era pra que Abraão pudesse medir a sua fidelidade a Deus.”
A “função” do evento? Então se o fim, se a função, for nobre danam-se os meios, não é? Abusar do próprio filho, levantar um punhal sobre sua jugular? Calma aí... Depende da função, he he. Ideologias...
E ainda mais uma função ridícula dessas... Para Abraão medir a própria fidelidade? Por que o anjo não disse então: “parabéns, agora você sabe que é fiel”, he he. Tico&Teco... Por que Javé não pediu para ele dar o C* para alguém? Para na hora H enviar um anjo para impedir o ato? He he. E Abraão pensaria: “maldito anjo”!
Mas antes disso o monstro já havia abandonado Ismael, sangue de seu sangue, e a mãe deste, Agar, no meio do deserto sem nem ter o que comer e beber, apenas porque Sara, a monstrinha, incomodou-se com algumas traquinagens de Ismael. Abraão, no princípio, relutou em aquiescer ao pedido da ciumenta esposa, mas seu amiguinho imaginário, Javé, lhe disse para não se preocupar com o menino e com a escrava e que fizesse tudo o que Sara lhe pedisse, pois de Isaac que viria sua posteridade. SEGUNDO A “BÍBRIA”, deus mandou comida para os dois exilados no deserto. He he. Os dois devem ter virado comida de hiena, isso sim. Mensagem: exila teu próprio filho se “deus” assim o ordenar.
O homem, como alguns outros animais, tem sentimentos de afeto pela prole. Matá-la é destruir a própria herança, inclusive a genética, é ir contra a natureza. A disposição de Abraão em obedecer ao seu monstrinho interior indica o ponto da história em que a natureza humana passou a ser combatida por instituições que exigiam obediência bovina, acrítica à autoridade. CUISP!!!
Sara era estéril. Isaac era fruto de uma bizarra aliança entre Javé e Abrão (sem "a") em que o primeiro daria ao segundo uma numerosa descendência e umas terrinhas arenosas desde que este se comprometesse a cortar os prepúcios de seus descendentes varões.
Cara...
E há aqueles para os quais a Bíblia é Verdade Absoluta, incontestável... O livro é um oráculo que responde o que você quer ouvir. Os escravocratas encontravam respaldo na Bíblia para a escravidão, os abolicionistas encontravam respaldo na Bíblia para a libertação dos escravos... Quem ganha com isso? Os manipuladores, obviamente!
Nota aos leitores desse post
Catellius anda nervoso em busca da prova definitiva que Deus não existe. Disse tê-la em um post anterior. Se enrolou todo e ainda não provou. Daí suas tiradas cômicas. Ele pode ter perdido a vergonha, mas pelo menos ainda tem algum humor.
O relógio continua funcionando, moço. Tic, tac, tic, tac...
Hohoho
Achei que depois da humilhação sofrida pelo "Tic Tac" o sujeito, mesmo que já no anonimato por vergonha de mostrar a cara, não voltaria. Mas eis que faltou bom senso. O cara deve ser masoquista. Apareceu mostrando claramente seu desespero diante da metralhadora de argumentos da qual foi alvo, sem ter como rebater. Preferiu se pegar nessa bóia de salvação patética. Bom, se ele tivesse bom senso, não seria esse crente dogmático em primeiro lugar...
Rodrigo
Catelius, novamente seus argumentos são insuficientes. A obra de Nicolau Copérnico, baseia-se na obra de Nicole d’Oresme, Bispo de Lisieux. O argumento do referido Bispo é muito mais explícito e mais claros do que os própios argumentos de Copérnico. Além disso, ele descobriu a curvatura da luz através da refração atmosférica. O que é atribuído a Robert Hooke...
Atribuí-se a Galileu a descoberta do princípio de inércia. No entanto o Cônego Jean Buridan, através da teoria do "impetus", no Século XIV, já dava notícia de sua existência. E Beda, o venerável, formulou uma teoria das marés bem mais justa, que a apresentada por Galileu 900 anos depois.
Acho isso o suficiente para refutar
seu argumento de que o sistema de Copérnico foi considerado uma hipótese para se fugir da inquisição. Se não for, talvez o Sr. queira nos explicar, o discurso de 1532, feito pelo secretário particular do Papa, nos jardins do Vaticano, onde dava uma lição sobre o sistema de Copérnico e foi acolhido com entusiasmo...
Por essas e outras razões, argumentar que a Igreja era contra a ciência é um absurdo. A maioria das descobertas científicas foram feitas por cientistas cristãos. Comparada a ciência ocidental, a ciência oriental contribuiu muito pouco para a ciência. As maiores descobertas foram feitas na Europa Cristã. No ocidente a medicina chinesa desenvolveu-se sem que pudesse abrir o corpo humano, porque consideravam no sagrado...
Se querem ler maiores informações sobre o caso Galileu, podem encontrá-la no artigo:
O processo de Galileu
http://www.permanencia.org.br/revista/atualidades/galileu.htm#_ftn16
Terminando, cinco séculos antes de Einstein, o Bispo Nicolau de Cusa, afirmará ser o universo simultaneamente finito e ilimitado...
Abraço
Correção:
O post com respostas sobre Copérnico, são direcionadas ao outro "Anônimo".
"Por essas e outras razões, argumentar que a Igreja era contra a ciência é um absurdo. A maioria das descobertas científicas foram feitas por cientistas cristãos. Comparada a ciência ocidental, a ciência oriental contribuiu muito pouco para a ciência. As maiores descobertas foram feitas na Europa Cristã."
Isso foi uma piada?
Absurdo é tentar sustentar que a Igreja NÃO foi um entrave para a ciência!!! Claro que na Europa o avanço foi muito maior que no oriente: a DESPEITO da ICAR! O Iluminismo é que merece crédito. Os corajosos pensadores que enfrentaram a Igreja. No oriente o problema TAMBÉM era a religião dogmática. Faltava é o Iluminismo!
O que vc diz sobre o Index? Sobre as perseguições?
Olha, já é demais negar o atraso causado pela Igreja. Mas tentar inverter tudo, e colocar o mérito do avanço científico nela, aí é caso perdido mesmo...
Olavo fez escola... infelizmente!
Rodrigo
PS: Claro que muitos cientistas eram "cristãos". Quase todos TINHAM que ser. Na URSS, o pouco do avanço científico foi feito por comunistas também. E por acaso havia liberdade para liberais capitalistas???? Acordem!
Sr. Rodrigo Constantino, o caso clássico que tenta demonstrar que a Igreja foi um entrave para a ciência, que é o caso de Galileu, não passa de um mito. O interessante é que o própio Galileu Galilei, nunca deixou de ser católico. Se realmente a Igreja travava a ciência, ninguém melhor do que o própio Galileu, o saberia. Sendo assim, ele teria fugido para países mais liberais como a Holanda, por exemplo, onde teria mais liberdade para desenvolver seus estudos. No entanto, nunca deixou de ser católico.. será que ele era um tolo? A história diz que não...
O iluminismo é composto em sua maioria de mentirosos como Voltaire e Dênis Diderot. Voltaire ataca a Igreja de todas as formas, sem nenhuma pesquisa científica ou filosófica. Baseia-se apenas em si mesmo, é um mestre em caluniar e difamar. As fontes de Voltaire, são o própio Voltaire.
Os "corajosos" pensadores que enfrentaram a Igreja, provocaram um revolução que fez a inquisição parecer coisa de criança. Na visão do Sr. a Inquisição é condenável e a Revolução provávelmente não e ela é prova incontestável de que o iluminismo tencionava apenas a tomada de poder. A mola propulsora da revolução, foi o livro "A religiosa", de Dênis Diderot, onde relata o cativeiro de uma freira, a partir dele estava disseminado na França o ódio contra a Igreja.
Dizer que o problema no oriente, era a religião dogmática é um tremendo absurdo. Muito antes do iluminismo, os médicos ocidentais já abriam corpos para estudá-lo, muito antes do iluminismo, de Copérnico e de Galileu, o Bispo Oresme, no Século XIX já defendia de maneira mais clara e objetiva o heliocentrismo...
O index era completamente natural para aquele tempo. Uma espécie de controle de qualidade intelectual que esta sujeito a falhas, como os própios atuais controles de qualidade do INMETRO. Houveram perseguições, por motivos religiosos, não por motivação científica.
A Igreja não atrasou em nada o progresso científico, mas o preparou, pois o dogmatismo não é um impecilho nem para a ciência e nem para a liberdade. As religiões indígenas não possuem dogmas, o budismo e a maioria das religiões orientais não possuem dogmas. O que elas possuem são crenças que atrasam todo e qualquer processo cientifíco. Levando a questão por este prisma, os portugueses quando desembarcaram no Brasil, deveriam encontrar uma sociedade livre e muito mais avançada que a Européia, uma vez que os Índios brasileiros não possuíam dogmas. O dogma religioso, restringe-se a esfera religiosa, isso é claro na Europa...
A razão pela qual não houve iluminismo no oriente, é porque lá predomina o islamismo, onde não se tem nenhuma liberdade. O iluminismo é a prova inconteste da liberdade no seio de uma sociedade cristã. É uma conclusão óbvia de que se não houvesse liberdade, não haveria iluminismo.
Colocar todo progresso científico como fruto do iluminismo é negar toda história pré-iluminismo. No Século XIII Dante, apesar de preso, já gozava da liberdade de colocar um Papa no inferno. Se houvesse perseguições por parte da Igreja, "A Divina Comédia" nunca teria chegado até nós, ela teria sido queimada, como foram queimados vários livros por Lutero.
No caso dos cientistas cristãos, se a Igreja realmente tivesse sido um entrave para a ciência, não teríamos a enorme quantidade de cientistas cristãos que vemos. Neste sentido foi que citei que a ciência nasceu e se desenvolveu na Europa Cristã, independentemente dos filósofos iluministas. Já o Sr. diz que é o iluminismo quem merece crédito, se assim fosse, todos os cientistas cristãos, seriam cientistas iluministas, o que sabemos que não existe.
Segue abaixo uma lista de cientistas cristãos, onde se observa cientistas no período pré e pós iluminismo:
Bayer, Johann (1572-1625) Devout
Borelli, Giovanni (1608-1679) Conventional
Boyle, Robert (1627-1691) Devout
Brahe, Tycho (1546-1601 Conventional
Briggs, Henry (1561-1630) Devout
Cassini, Giovanni (1625-1712) Conventional
Copernicus, Nicolaus (1473-1543) Conventional
Descartes, René (1596-1650) Devout
Fabricus, David (1564-1617) Devout
Fallopius, Gabriel (1523-1562) Devout
Fermat, Pierre (1601-1665) Conventional
Flamsteed, John (1646-1719) Devout
Galilei, Galileo (1564-1642) Conventional
Gassendi, Pierre (1592-1655) Devout
Gellibrand, Henry (1597-1663) Devout
Gilbert, William (1540-1603) Conventional
Graaf, Regnier de (1641-1673) Conventional
Grew, Nehemiah (1641-1712) Devout
Grimaldi, Francesco (1618-1663) Devout
Guericke, Otto (1602-1686) Conventional
Halley, Edmund (1656-1742)& Skeptic
Harvey, William (1578-1657) Conventional
Helmont, Jan Baptista van (1577-1644) Devout
Hevelius, Johannes (1611-1687) Conventional
Hooke, Robert (1635-1703) Devout
Horrocks, Jeremiah (1619-1641) Devout
Huygens, Christiaan (1629-1695) Devout
Kepler, Johannes (1571-1630) Devout
Kircher, Athanasius (1601-1680) Devout
Leeuwenhoek, Anton (1632-1723) Conventional
Leibniz, Gottfried (1646-1716) Devout
Malpighi, Marcello (1628-1694) Conventional
Mariotte, Edme (1620-1684) Devout
Mersenne, Marin (1588-1648) Devout
Napier, John (1550-1617) Devout
Newton, Isaac (1642-1727) Devout
Oughtred, William (1575-1660) Devout
Papin, Denis (1647-1712) Devout
Paracelsus (1493-1541) Skeptic
Pascal, Blaise (1623-1662) Devout
Picard, Jean (1620-1682) Devout
Ray, John (1628-1705) Devout
Riccioli, Giovanni (1598-1671) Devout
Roemer, Olaus (1644-1710) Conventional
Scheiner, Christoph (1575-1650) Devout
Snell, Willebrord (1591-1626) Conventional
Steno, Nicolaus (1638-1686) Devout
Stevinus, Simon (1548-1620) Conventional
Torricelli, Evangelista (1606-1647) Conventional
Vesalius, Andreas (1514-1564) Devout
Vieta, Franciscus (1540-1603) Conventional
Wallis, John (1616-1703) Devout
Michael Faraday (1791-1867) Magnetic Theory
Charles Babbage (1792-1871) Computer Science
Louis Agassiz (1807-1873) Glacial geology, ichthyology
James Young Simpson (1811-1870) Gynecology
Gregor Mendel (1822-1884) Genetics
Louis Pasteur (1822-1895) Bacteriology
William Thomson (Lord Kelvin) (1824-1907) Energetics, Thermodynamics
Joseph Lister (1827-1912) Antiseptic surgery
James Clerk Maxwell (1831-1879) Electrodynamics, statistical,thermodynamics
William Ramsey (1852-1916) Isotopic Chemistry
Essa lista é mais extensa...
É interessante que a partir do iluminismo, o homem torna-se um escravo da ciência. E os relacionamentos humanos começam a entrar em uma fase de trevas, jamais visto em toda a história da humanidade...
Anônimo, em primeiro lugar, quero dizer que entendo porque vc se mantém no anonimato. Eu teria também MUITA vergonha de assumir minha identidade defendendo as besteiras que vc está defendendo.
Em segundo lugar, vc ignorou o que eu disse: obedecia quem tinha juízo, pois a Igreja tinha o PODER! CLARO que vários cientistas eram "cristãos". Não desejavam morrer na fogueira.
Em terceiro lugar, como uma entidade que cria um Index de livros PROIBIDOS pode ser aberta à críticas e estimular a ciência? Que piada de mau gosto.
Em quarto lugar, não defendo a Revolução Francesa, mas a americana, fruto do Iluminismo da linha de Locke.
Em quinto lugar, vc diz muito sobre o que defende quando ameniza a Igreja pois ela não foi tão ruim quanto Robespierre. Fantástico!
Por enquanto é só.
Rodrigo
Ah, só mais uma coisa:
"A razão pela qual não houve iluminismo no oriente, é porque lá predomina o islamismo, onde não se tem nenhuma liberdade. O iluminismo é a prova inconteste da liberdade no seio de uma sociedade cristã. É uma conclusão óbvia de que se não houvesse liberdade, não haveria iluminismo."
Outra piada! Vc ignora a LUTA que foi chegarem ao Ilumunismo.
Com vc por aqui, a turma do Casseta & Planeta não tem chance...
Rodrigo
Complementanto:
Piada é dar todos os créditos ao iluminismo. Não haveria ciência sem o empirismo filosófico e este foi desenvolvido na Idade Média. Introduzido pela filosofia escolástica que procurava explicar racionalmente todas as coisas. Bem antes do iluminismo... estudem e acordem !!!
Duas coisas que não podem passar em branco:
1) Caro Rodrigo, ....ABSOLUTAMENTE SENSACIONAL o seu post. Magnífico, fabuloso, BRILHANTE NO ÚRTIMO!
2) Caro Catellius, ...eu ri de chorar. Magnifico comentário, SENSACIONAL e BRILHANTE NO ÚRTIMO!
...Mas eu fico cá pensando:
o "Tico sem Teco" se saiu dizendo que o teste era para o Abraão tomar conhecimento de sua fé ...hohoho! de onde raios ele tirou isso eu não sei, mas vou aceitar se ele, capaz de explicar tão bem, explicar o motivo de Javé para querer que Abraão conhecesse a medida da própria fé.
a) Para que raio Javé se interessou por tal bobagem?
b) Para que raio serviria a Abraão connhecer o a medida de sua fé?
c) Como bem disse o Catellius, por que Abraão não foi parabenizado por sua "conquista" induzida por quem, segundo o "Tico sem Teco", já tinha conhecimento?
...Mas...Porra! e Porra! de novo, por que Javé, já ciente que Abraõa lhe tinha inteira confiança e submissão, não disse ele mesmo para Abraão:
"Meu servo Abraão, conheço tua fé e por tal te digo que és capaz até de matar teu filho para me obedecer" ...hehehe! Pronto! Abraão já saberia! hohoho!
...é ou não é "Tico sem Teco"?
E, claro, Javé, se prestasse eticamente, daria logo um esporro no Abraão: "Velho maluco, subserviente e rastejante, como ousas obedecer-me e matar teu filho sem sequer questionar e apresentar forte defesa pela vida de um inocente? ..És um velho maluco e sem fibra humana, és um merda!
...E fica a questão brilhantemente posta pelo Rodrigo:
Como pode ser admirável um sujeito que obedece ainda mais que um cão adestrado?
...como pode ser louvável alguém que aceita matar covardemente o próprio filho???
Se javé existisse, deveria dar um esporro e uns castigos em vez de satisfazer-se com tal canalha covarde e submisso. Mas não podemos esquecer que Javé manda matar homens, mulheres e crianças até de peito. Está lá no "livro sagrado". Também manda violar mulheres e tomar as mulheres dos aniquilados, as virgens, para uso próprio, o resto mata! Manda escravizar e etc.. Essa é a moral de javé.
Mas eu quero e saber as explicações para o que perguntei.
Abraços
C. Mouro
...hahaha!
"Porque além de não existir Javé não era onisciente, ha ha ha ha!!"
...hehehe! Muito boa, muito mesmo! ...hohoho!
Em primeiro lugar me mantenho no anomimato exatamente para não me expor minha pessoa a sua ignorâcia. Não é uma questão de falta de coragem, mas de preservação de minha pessoa, uma vez que o Sr. é incapaz de responder meus argumentos e no própio anônimato já utiliza de falácia "Ad homine".
Em segundo lugar, não ignorei os seus dizeres, mas demonstrei que quem tinha juízo, poderia fugir para nações mais liberais, como a Holanda. Neste caso, o Sr. comete mais um equívoco, baseia sua tese em uma pseudo proibição de pesquisas científicas, pois se quem obedece tem juízo, essa proibição deveria existir.
O Index, não tencionava motivar ou desmotivar as pesquisas científicas, mas produzir uma ciência séria. O livro de Nicolau Copérnico, figurou por algum tempo no Index, após as atitudes de Galileu. Posteriormente a isso, foi corrigido e retirado do Index, que não condenava os livros... isso se chama controle de qualidade.
Em relação ao que defendo, não coloque palavras que eu não tenha dito. Nunca disse que a Igreja não foi tão ruim quanto Robespierre, mas o iluminismo que o Sr. dá crédito, fez o mesmo que o Sr. condena em relação a Igreja e o fez de maneira ilegítima. O que é bem diferente...
"O Index, não tencionava motivar ou desmotivar as pesquisas científicas, mas produzir uma ciência séria."
Não é razoável perder tempo com um tipo insano desses.
Em tempo: Enquanto Kant ou Erasmo foram incluídos na lista, Mein Kempf, de Hitler, jamais entrou do Index, que durou até quase 1950, para "produzir uma ciência séria"... hehehe
Ah sim, a Royal Society não deve ser ciência séria, claro, pois não veta livro algum, sob pena de tortura ou morte. hehehe
Esses olavetes divertem muito a gente!
Ops! É pérola atrás de pérola:
"mas o iluminismo que o Sr. dá crédito, fez o mesmo que o Sr. condena em relação a Igreja e o fez de maneira ilegítima. O que é bem diferente..."
O Iluminismo que eu dou crédito é o de Locke e outros, que levou à Revolução Americana, dos "founding fathers" e da tolerância religiosa, a era de mais liberdade da nossa história, graças à REDUÇÃO do poder da Igreja.
Agora, fico me perguntando... o que seria fazer o que os jacobinos fizeram de maneira "legítima"? As torturas e assassinatos da Inquisição eram... legítimos??? Sou loucura chega a este ponto, anônimo? Pois seu guru Olavo já quase defendeu a Inquisição...
Rodrigo
"Em tempo: Enquanto Kant ou Erasmo foram incluídos na lista, Mein Kempf, de Hitler, jamais entrou do Index, que durou até quase 1950, para "produzir uma ciência séria"... hehehe"
O index já não era utilizado bem antes de 1950. Pouquissímas obras foram incluídas no mesmo no Século passado e foi abolido apenas em 1966 e não em 1950, como o sr. costuma dizer.
Não vejo surpresa nisto, a ideologia nazista foi condenada pela "Mitter Brennender Sorge" de Pio XI. Normalmente quando uma doutrina é condenada por uma Carta Encíclica, torna-se desnecessária a inclusão do respectivo livro no Index. Uma carta Encíclica tem muito mais força e autoridade do que o Index. Contra Erasmo e Kant, não foram escritas Cartas Encíclicas...
A origem das espécies de Darwin, nunca foi inclusa no index e uma série de outros livros, nunca estiveram na lista. É como afirmei anteriormente:
"O index era completamente natural para aquele tempo. Uma espécie de controle de qualidade intelectual que esta sujeito a falhas, como os própios atuais controles de qualidade do INMETRO. Houveram perseguições, por motivos religiosos, não por motivação científica."
Nunca afirmei que o index não estivesse sujeito a falhas e mesmo assim, o Sr. Rodrigo Constantino, me toma por insano. Será que não leu o que acima afirmei?
Em relação ao outro post, ele diz:
Ah, só mais uma coisa:
"A razão pela qual não houve iluminismo no oriente, é porque lá predomina o islamismo, onde não se tem nenhuma liberdade. O iluminismo é a prova inconteste da liberdade no seio de uma sociedade cristã. É uma conclusão óbvia de que se não houvesse liberdade, não haveria iluminismo."
Outra piada! Vc ignora a LUTA que foi chegarem ao Ilumunismo.
Com vc por aqui, a turma do Casseta & Planeta não tem chance...
Rodrigo
Outra piada?
O Sr. é cômico Sr. Rodrigo Constantino, ignora que o contexto histórico em que surge o iluminismo, é o contexto das monárquias absolutistas européias que já eram independentes em relação ao Papa. Havia liberdade por parte da religião, o mesmo não se observando em relação ao Estado. Já no oriente, não havia liberdade por parte da religião e nem por parte do Estado.
A maior luta dos iluministas, foram contra o Reis, absolutistas europeus, não contra o Papa...
Sobre a pérola das pérolas:
Ao querer apontar cisco nos meus olhos, o Sr. nada mais faz do que demonstrar a trave que encobre os seus. Nunca houve poder da Igreja nos EUA, mas sim o poder da monárquia inglesa, e é exatamente esta que a Revolução Americana, visa derrubar, como a própia Revolução Francesa que tem no fim da monárquia francesa sua principal motivação. É interessante perguntar:
Como pode ter tido redução de poder da Igreja nos EUA, se nos EUA a Igreja nunca teve muito poder?
Nessa o Sr. escorregou feio...
Além disso, Locke é um membro do iluminismo, ele não é o iluminismo sozinho...
A inquisição era considerada um avanço em seu tempo. Isso no entanto não impedia o seu mau uso e loucura por loucura, a inquisição é mais licíta do que a liberdade moderna. Traficantes de drogas destroem famílias inteiras no exercício da "liberdade". Na Idade Média, a vida estava muito além do corpo, ela residia na alma. Se Hitler e Stalin tivessem sido mortos na Inquisição, para o Sr. eles seriam santos.
Uma última parte do artigo do artigo "O Veneno Religioso", merece ser comentado, o trecho que diz:
"As religiões normalmente demonstram uma bizarra atração pelo fim do mundo. Muitos crentes claramente desejam ver o dia do Juízo Final, onde todo o seu sofrimento, encarado como virtude, será justificado e recompensado, e os infiéis que pareciam felizes em vida serão castigados, ardendo eternamente no inferno. O Apocalipse conquista adeptos pelas emoções mais condenáveis e mesquinhas. Nietzsche disse: "O cristianismo dirigiu o rancor dos doentes contra os saudáveis, contra a saúde; tudo o que é bem-formado, orgulhoso, soberbo, a beleza, antes de tudo, incomoda-lhe os ouvidos e os olhos". O marxismo conquista pela inveja uma legião de seguidores, que sonha com o dia em que o maldito capitalismo irá acabar, sendo substituído por um "paraíso" de igualdade material. O sucesso alheio será destruído finalmente!"
A atração que o fim do mundo exerce nas religiões, não é de maneira alguma algo bizarro. Pode-se dizer da religião Católica, que ela nunca ameaçou a existência do planeta, mas a humanidade iluminista científica é uma ameaça tão nitída ao planeta que temos nas alterações climáticas uma prova empírica deste fato. A destruição do planeta é apenas a autoprojeção do homem moderno, nela se contempla todos os seus vicíos, o seu vázio e a sua intemperança. Porém para o Sr. Rodrigo Constantino, a religião é veneno, mas a ciência é boa. Como explicar a contradição do progresso humano, se este progresso esta destruindo o planeta?
Chesterton, dizia que "O Progresso deveria significar que estamos sempre querendo mudar o mundo para adaptar a uma visão definida. Realmente, hoje, significa que estamos mudando constantemente de visão. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a justiça e a piedade entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a justiça e a piedade são desejáveis; uma página louca de um sofista prussiano qualquer faz os homens duvidarem."
A destruição do planeta, prova apenas que a ciência falhou em dar uma uma visão definida para onde se progredir. A noção de progresso que a ciência oferta ao homem, é exatamente a empírica, a que nasce no iluminismo, parafraseando Chesterton, seria:
O progresso deveria significar que estamos querendo acabar com o mundo para adapta-lo ao indivíduo. Realmente, hoje, significa que somos sempre o mesmo indíviduo, com a mesma sensação proposta por uma visão definida. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a liberdade e a razão entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a liberdade e a razão são desejáveis; uma página do Evangelho, faz os homens acreditarem em DEUS".
O que progrediu no período pós-iluminista, foram a ciência e a tecnologia, enquanto o homem propiamente dito, encontra-se nas mais densas trevas. A destruição do planeta nada mais é do que o reflexo do vázio e dos vicíos a que foi sujeitado pelo iluminismo. Portanto é óbvio que alguém tem que se sentir atraído pelo fim do mundo. Se a ciência cogitasse isto, ela preservaria o planeta, não teria sido juntamente com a economia, a mola propulsora da destruição do planeta. E isso só aconteceu, porque a visão nunca teve uma visão definida de progresso humano, o que é óbvio, pois não acredita em verdades absolutas.
E o que se tem neste processo auto-destrutivo do planeta é a prova incontestável de outro pensamento de Chesterton; "É inútil estar discutindo a eterna alternativa da razão e da fé. A razão é, por si mesma, artigo de fé." A maior prova que todas descobertas científicas são apenas artigos de fé, é a destruição do planeta e o retrocesso moral do homem. Se as descobertas científicas fossem realmente boas, elas não poderiam produzir a destruição do planeta como produzem. Desta maneira, a própia ciência na visão de Chesterton, torna-se uma religião, a religião do progresso!
Encerro minhas participações neste blog, porque julgo que serei massacrado por estas opiniões e não estou dispostos a guiar cegos que querem se guiar sozinhos. Deixo porém a citação completa do texto de Chesterton:
"O Progresso deveria significar que estamos sempre querendo mudar o mundo para adaptar a uma visão definida. Realmente, hoje, significa que estamos mudando constantemente de visão. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a justiça e a piedade entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a justiça e a piedade são desejáveis; uma página louca de um sofista prussiano qualquer faz os homens duvidarem.
O Progresso significaria talvez que estamos sempre em marcha para a nova Jerusalém. Significa que é a nova Jerusalém que está em marcha longe de nós. Não modificamos o real para o adaptar ao Ideal, modificamos o Ideal: é mais fácil.
Exemplos vulgares são sempre mais simples. Suponhamos que um homem queira um certo mundo, digamos um mundo azul. Não teria nenhuma razão de se queixar da lentidão ou rapidez da tarefa; poderia se fatigar nessa transformação, poderia se esgotar até que tudo ficasse azul; passaria por aventuras heróicas, nos últimos retoques de azul sobre um tigre. Haveria sonhos feericos de um lugar azul... Mas se ele trabalhasse com afinco, esse reformador cheio de altas idéias deixaria, segundo seu ponto de vista, um mundo melhor e mais azul do que tinha encontrado.
Se cada dia ele pintasse uma folha de erva, avançaria lentamente. Mas se cada dia modificasse sua cor favorita, então não adiantaria absolutamente. Se, depois de ter lido um novo filósofo, ele se pusesse a pintar tudo de amarelo, então o seu trabalho estaria perdido: nada teria a mostrar senão aqui e ali algum tigre azul, lembrança desagradável de sua primitiva maneira [...]
[...] senti mais uma vez que uma coisa estava presente na discussão: como um homem ouve um sino de Igreja dominar o tumulto da rua. Alguma coisa me dizia: — Meu ideal está fixado, ele foi fixado antes da fundação do mundo. Vocês todos podem mudar o lugar para onde querem ir, mas não aquele de onde vieram. Para o ortodoxo deve existir sempre um motivo para revolução, porque no coração dos homens Deus está sempre sob os pés de Satã. No mundo do alto o Inferno se revoltou contra o céu, mas neste mundo o céu se revolta contra o inferno. Para o ortodoxo pode sempre haver uma revolução que é uma restauração. A cada instante podemos fazer para a perfeição um progresso tal que nenhum homem viu, desde Adão."
Uma última parte do artigo do artigo "O Veneno Religioso", merece ser comentado, o trecho que diz:
"As religiões normalmente demonstram uma bizarra atração pelo fim do mundo. Muitos crentes claramente desejam ver o dia do Juízo Final, onde todo o seu sofrimento, encarado como virtude, será justificado e recompensado, e os infiéis que pareciam felizes em vida serão castigados, ardendo eternamente no inferno. O Apocalipse conquista adeptos pelas emoções mais condenáveis e mesquinhas. Nietzsche disse: "O cristianismo dirigiu o rancor dos doentes contra os saudáveis, contra a saúde; tudo o que é bem-formado, orgulhoso, soberbo, a beleza, antes de tudo, incomoda-lhe os ouvidos e os olhos". O marxismo conquista pela inveja uma legião de seguidores, que sonha com o dia em que o maldito capitalismo irá acabar, sendo substituído por um "paraíso" de igualdade material. O sucesso alheio será destruído finalmente!"
A atração que o fim do mundo exerce nas religiões, não é de maneira alguma algo bizarro. Pode-se dizer da religião Católica, que ela nunca ameaçou a existência do planeta, mas a humanidade iluminista científica é uma ameaça tão nitída ao planeta que temos nas alterações climáticas uma prova empírica deste fato. A destruição do planeta é apenas a autoprojeção do homem moderno, nela se contempla todos os seus vicíos, o seu vázio e a sua intemperança. Porém para o Sr. Rodrigo Constantino, a religião é veneno, mas a ciência é boa. Como explicar a contradição do progresso humano, se este progresso esta destruindo o planeta?
Chesterton, dizia que "O Progresso deveria significar que estamos sempre querendo mudar o mundo para adaptar a uma visão definida. Realmente, hoje, significa que estamos mudando constantemente de visão. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a justiça e a piedade entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a justiça e a piedade são desejáveis; uma página louca de um sofista prussiano qualquer faz os homens duvidarem."
A destruição do planeta, prova apenas que a ciência falhou em dar uma uma visão definida para onde se progredir. A noção de progresso que a ciência oferta ao homem, é exatamente a empírica, a que nasce no iluminismo, parafraseando Chesterton, o pensamento do iluminista em seu tempo, seria:
O progresso deveria significar que estamos querendo acabar com o mundo para adapta-lo ao indivíduo. Realmente, hoje, significa que somos sempre o mesmo indíviduo, com a mesma sensação proposta por uma visão definida. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a liberdade e a razão entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a liberdade e a razão são desejáveis; uma página do Evangelho, faz os homens acreditarem em DEUS".
O que progrediu no período pós-iluminista, foram a ciência e a tecnologia, enquanto o homem propiamente dito, encontra-se nas mais densas trevas. A destruição do planeta nada mais é do que o reflexo do vázio e dos vicíos a que foi sujeitado pelo iluminismo. Portanto é óbvio que alguém tem que se sentir atraído pelo fim do mundo. Se a ciência cogitasse isto, ela preservaria o planeta, não seria juntamente com a economia, a mola propulsora que terá por efeito, a destruição do planeta. E isso só aconteceu, porque a ciência nunca teve uma visão definida de progresso humano, o que é óbvio, pois não acredita em verdades absolutas.
E o que se tem neste processo auto-destrutivo do planeta é a prova incontestável de outro pensamento de Chesterton; "É inútil estar discutindo a eterna alternativa da razão e da fé. A razão é, por si mesma, artigo de fé." A maior prova que todas descobertas científicas são apenas artigos de fé, é a destruição do planeta e o retrocesso moral do homem. Se as descobertas científicas fossem realmente boas, elas não poderiam produzir a destruição do planeta como produzem. Desta maneira, a própia ciência na visão de Chesterton, torna-se uma religião, a religião do progresso!
Encerro minhas participações neste blog, porque julgo que serei massacrado por estas opiniões e não estou dispostos a guiar cegos que querem se guiar sozinhos. Deixo porém a citação completa do texto de Chesterton:
"O Progresso deveria significar que estamos sempre querendo mudar o mundo para adaptar a uma visão definida. Realmente, hoje, significa que estamos mudando constantemente de visão. Deveria significar que conseguimos devagar, mas de modo seguro, a justiça e a piedade entre os homens: significa na verdade que estamos prontos a duvidar se a justiça e a piedade são desejáveis; uma página louca de um sofista prussiano qualquer faz os homens duvidarem.
O Progresso significaria talvez que estamos sempre em marcha para a nova Jerusalém. Significa que é a nova Jerusalém que está em marcha longe de nós. Não modificamos o real para o adaptar ao Ideal, modificamos o Ideal: é mais fácil.
Exemplos vulgares são sempre mais simples. Suponhamos que um homem queira um certo mundo, digamos um mundo azul. Não teria nenhuma razão de se queixar da lentidão ou rapidez da tarefa; poderia se fatigar nessa transformação, poderia se esgotar até que tudo ficasse azul; passaria por aventuras heróicas, nos últimos retoques de azul sobre um tigre. Haveria sonhos feericos de um lugar azul... Mas se ele trabalhasse com afinco, esse reformador cheio de altas idéias deixaria, segundo seu ponto de vista, um mundo melhor e mais azul do que tinha encontrado.
Se cada dia ele pintasse uma folha de erva, avançaria lentamente. Mas se cada dia modificasse sua cor favorita, então não adiantaria absolutamente. Se, depois de ter lido um novo filósofo, ele se pusesse a pintar tudo de amarelo, então o seu trabalho estaria perdido: nada teria a mostrar senão aqui e ali algum tigre azul, lembrança desagradável de sua primitiva maneira [...]
[...] senti mais uma vez que uma coisa estava presente na discussão: como um homem ouve um sino de Igreja dominar o tumulto da rua. Alguma coisa me dizia: — Meu ideal está fixado, ele foi fixado antes da fundação do mundo. Vocês todos podem mudar o lugar para onde querem ir, mas não aquele de onde vieram. Para o ortodoxo deve existir sempre um motivo para revolução, porque no coração dos homens Deus está sempre sob os pés de Satã. No mundo do alto o Inferno se revoltou contra o céu, mas neste mundo o céu se revolta contra o inferno. Para o ortodoxo pode sempre haver uma revolução que é uma restauração. A cada instante podemos fazer para a perfeição um progresso tal que nenhum homem viu, desde Adão."
Em 1º lugar, o cristianismo foi um grande entrave para o conhecimento, obviamente.
O grande culpado pelo incêndio do que restou da Biblioteca de Alexandria foi o imperador cristão Teodósio, o mesmo que extinguiu a liberdade de culto no Império Romano, fechou escolas filosóficas, matou e exilou filósofos, queimou milhares de rolos sobre astronomia, filosofia, medicina, etc. Justiniano, outro imperador cristão, anos mais tarde fechou a Antiga Academia de Atenas, fundada por ninguém menos do que Platão, queimou livros e expulsou os filósofos neoplatônicos para a Pérsia.
E ainda há quem diga que os cristãos são os responsáveis por preservar a literatura clássica... Esqueceram de mencionar os árabes de Córdoba (omíadas, do Egito e outros), que também tinham cópias de Arquimedes, Apolônio, Euclides, Ptolomeu, Pitágoras, etc. Os cristãos fizeram interpolações criminosas nos textos, muitas das quais só foram suprimidas após os escritos serem confrontados com traduções fiéis feitas por árabes como Averróis.
Um fato interessante é que o vergonhoso Index Librorum Prohibitorum durou até 1966 e incluía livros de Sartre, Voltaire, Balzac, Giordano Bruno, Descartes, Copérnico, Schopenhauer, Nikos Kazantzakis (autor de Zorba, o Grego), Kant, e muitos outros. Como o Rodrigo bem apontou, Mein Kampf, de Hitler, nunca foi incluído no Index. Até a década de 60, nos locais de maioria católica, de Quebec à Polônia, os livros desses autores eram difíceis de ser encontrados em livrarias e bibliotecas, pois raramente eram publicados e o clero criava entraves para traduções e importações, o que nos mostra mais uma vez que obscurantismo e cristianismo (principalmente catolicismo) sempre andaram de mãos dadas...
Muito do que se conhecia no Egito, Grécia e Roma ficou esquecido por mil anos, quando no Renascimento o modelo voltou a ser o Classicismo. O Humanismo foi uma retomada do espírito greco-romano, corrompido pelo cristianismo decadente. Depois da Renascença tivemos uma pequena idade das trevas com a Contra-Reforma e a Inquisição, e após ela veio o iluminismo, também associado ao espírito clássico.
pa anonimo
sobre o islã
só temos as obras dos grandes pensadores gregos pq elas foram mantidas pelos islamicos na verdade durante toda a idade média o oriente se desenvolveu cientificamente muito mais que a europa , na verdade existe uma bizarra relação entre as cruzadas e os ataques terroristas atuais.
o islamismo prega a comunhão direta sem intermédios com deus e que os mussumanos leiam o corão para isso o índice de alfabetização nos países mussumanos sempre foi mais alta enquanto a igreja romana rezou missas em latim até a década de 60
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para os que crêem e vida eterna e em uma vida melhor depois da morte
há evento mais torpe egoista e canalha que chorar em um velório? que lamentar os mortos ? como ficar triste com a alma de um ente querido indo finalmente poder encontrar deus no paraiso ?
ficar triste por uma morte é o ato mais pusilânime que um crente pode executar .
prolongar artificialemnte a morte tmb que bem há em fazer alguem sofrer? só para manter ess apessoa longe das benesses da vida do outro lado ?
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sobre avanças cientificos
a depender da igreja e da inviolabilidade dos corpoas não haveria medicina pq não é permitido o estudo anatômico , assemelhado as pesquisas com células tronco a anatomia só surgiria com os raios X e depois com a ressonância magnética e o pet scan .
os 1°s anatomistas eram violadores de tumulos e corriam sérios riscos de serem condenados a morte por isso ,a mas sem eles ainda sangrariamos os doentes para elimina-lhes os mals espiritos e miasmas, na verdade um verdadeiro cristão só deveria se tratar dessa forma , já que não faze-lo é endoçar a pratica que suscitou na medicina, não digo medicina moderna pq antes não passavam de curandeiros.
portanto o papa deveria ter sido tratado com a eliminação de sei lá 15 litros de sangue ruim para ver se a possessão que ele sofria , principal sinal da possessão nesse caso é o demônio dominado os movimentos dele , tanto que ele tremia.
é claro que esses casos de possessão são muito renitentes e o demônio em geral leva com sigo a alma do possuído enquanto ele é eliminado pelo sangue assassinado a vitima quando cerca de apenas 4l de sangue foram retirados
sobre sexo sem amor
é uma das melhores praticas que tem ou por acaso o anonimo que se diz contra nunca cometeu o pecado de Onam?
que é um pecado dos mia divertidos , mas sexo sem amor é ainda mais.
nãhá marca religiosa maisor que tolir o praser , não entendo pq as religiões em geral são tão contra tudo que é divertido ? que é agradavel ?
me espanta a pratica de critorectomia não ter se tornado comum entre os católicos, quer forma mais eficiente de se evitar o prazer terreno ?
Alguém aí escreveu o seguinte (ou copiou e colou, pouco me importa):
"A destruição do planeta, prova apenas que a ciência falhou em dar uma uma visão definida para onde se progredir."
A ciência não se pretende uma alternativa moral a nada. Ciência é conhecimento obtido mediante experimentação, observação, dedução, indução, formulação de hipóteses, análises, etc.
Quem quer matar usa a tecnologia disponível. Na Roma Antiga usava-se catapultas, na era cristã passou-se a usar a pólvora. Hoje as teocracias sonham com a Bomba Atômica para promoverem sua guerra santa. Inquisidores usariam escutas eletrônicas, se pudessem, Pio IX usaria mísseis teleguiados contra Vittorio Emmanuel II, se pudesse. Culpa da ciência? A energia nuclear bem aproveitada é uma coisa maravilhosa. Pela ciência chegou-se ao avião. Os interesses políticos, econômicos e religiosos logo usam o "pássaro de ferro" para jogar bombas sobre os rivais. Novamente eu pergunto: culpa da ciência? Devemos então retornar à Idade da Pedra porque não sabemos lidar com o conhecimento que temos?
Os avanços científicos, claro, sempre foram maiores durante guerras. Em compensação, por causa da demanda militar, usamos cinto de segurança, air bag, temos internet, satélites facilitando a comunicação, celular, etc.
Você está preocupado com o efeito estufa? Há a superpopulação, claro, porque as pessoas, embora tenham menos filhos, vivem mais. Certamente vivem mais por causa da ciência, do conhecimento. Ignorância é morte! Ignorantes se reuniam nas igrejas para rezar em época de peste e aumentavam sobremaneira o contágio. Ignorantes africanos contaminados pela AIDS transam com virgens achando que se livrarão da doença...
Segundo estudos, apenas a penicilina e o antibiótico já impediram mais de 5 bilhões de mortes desde que foram criados... Sem falarmos na descobertas dos micróbios e a conseqüente busca por assepsia, os avanços cirúrgicos, da química, do diagnóstico de doenças por tomografia, raio-x, etc.
Enfim... Quem sabe você não preferiria a época em que de doze filhos morria a metade, em que o homem não passava dos quarenta anos, em média? Os bons tempos antes da Internet, quando uma determinada pesquisa não poderia ser feita a não ser deslocando-se para uma biblioteca na Europa (a ignorância era boa para os religiosos)? Bons tempos em que era fácil manipular uma massa mais burra do que hoje, mais supersticiosa, com mais medo de morrer...
A ciência colocou deus, o cafetão da miséria humana, meio de escanteio. Hoje deus fica rondando aqui e acolá, como um abutre, visitando os anencéfalos, vítimas de doenças misteriosas.
Mas os religiosos são os que vêem com melhores olhos o fim do mundo. Acham que será a hora em que verão, extasiados, os membros da seita rival, do outro lado da rua, sendo enviados para o inferno, he he. Poderia haver algo melhor do que a volta de Jezuis? Eles não esperam sinais? É só alguém falar em aumento do efeito estufa, em poluição, em desmatamento, que os apocalípticos vêm falar do fim dos tempos, da falta de deus do mundo moderno...
E crentes são muito parecidos. Se algo vai mal a culpa é da falta de deus. Isto era dito mesmo durante a peste negra, que dizimou as populações européias. Cada um que ouve tal diagnóstico se sente culpado por alguma coisa. Um acha que a peste é por causa de seu adultério, outro por causa da sua masturbação, etc. Em 1755 um terremoto de 9 graus na escala Richter arrasou Lisboa, a cidade mais beata da Europa, vitimando milhares de portugueses, que no momento lotavam as Igrejas porque era 1º de novembro, dia de todos os santos. OBVIAMENTE aquilo foi um baque muito grande para a Igreja Católica. Seus sacerdotes logo colocaram a culpa no povo, comparando Lisboa com Sodoma.
Recentemente um tal de Denish D'Souza, um pateta (basta vê-lo falar) de marca maior, colocou a culpa pelos atentados de 11 de setembro nos liberais americanos, ha ha ha. Culpa Jimmy Carter pelos atentados por transparecer fraqueza para Bin Laden. Pueril assim mesmo... Recomendo este vídeo curtíssimo do D’Souza indo promover no programa de Stephen Colbert o livro onde expõe tal teoria ridícula. Não deixem de assistir por nada, he he he. Ele, ao invés de culpar os fanáticos muçulmanos comandados por Bin Laden, culpa, segundo suas palavras, a “agressiva campanha à escala global para acabar com os tradicionais valores da família patriarcal”. Isso mesmo, ele chega a elogiar o rigor da lei muçulmana, a qual compara com o rigor do judaísmo e do cristianismo tradicional! Ele tem a petulância de sugerir que se os americanos passarem a mostrar aos fanáticos muçulmanos que também são tradicionais e religiosos, e não um bando de ateístas, Bin Laden - que o parvo trata como uma força da natureza e não como um maníaco assassino - não atacaria mais os EUA! Colbert então pergunta: “então você concorda com muitas coisas das quais os membros da Al Qaeda acusam os americanos?” Ele gaguejou, e... CONCORDOU!!!! Uau!!!! Bom, não preciso dizer que ele faz a completa Brutta Figura por lá, e isto gera boas gargalhadas! Patético! Um sujeitinho desses seria perigoso se vivesse há cem anos, mas ainda bem que hoje é um mero truão.
Escrevi recentemente, em meu blog:
Segundo a jornalista e escritora italiana Oriana Fallaci, uma das principais críticas do Islã na atualidade (falecida recentemente), a Igreja Católica, apesar de parecer alarmada diante do avanço muçulmano na Europa, dá inestimável apoio econômico e político a fanáticos islâmicos. Padres católicos batalharam arduamente pela implantação de um importante instituto islâmico de Paris, um centro de difusão de ódio ao ocidente, cujo diretor foi preso por estar ligado à Al Qaeda; padres dão abrigo a muçulmanos clandestinos e até financiam a construção de mesquitas.
O principal alvo do ódio islâmico não é o cristianismo. É a liberdade das mulheres, a liberdade sexual, o laicismo, a democracia, o sufrágio universal, os direitos humanos - tudo o que foi conquistado a duras penas nos últimos dois séculos, a despeito da fortíssima oposição dos líderes católicos, que na época gozavam de bastante poder terreno (o único que há). Revelador é o fato de que há grandes comunidades de cristãos na Síria, e em outros países árabes, que vivem em relativa harmonia com muçulmanos (comprovei-o pessoalmente). São atrasados, misóginos e supersticiosos, ao contrário dos europeus.
A estratégia de alguns líderes católicos, portanto, é deixar que o islamismo faça o serviço sujo contra o laicismo e liberdade europeus, para depois se apresentarem como defensores dos valores ocidentais e ganharem poder em uma Europa cada vez mais acuada e dividida.
http://cinecombo.blogspot.com/2007/12/documentrrio-o-deus-que-no-estava-l-god.html
quem não viu esse filme veja vale muito a pena
link com sinopse e torrent para baixar
The God Who Wasn’t There (literalmente, O Deus Que Não Estava Lá) é um documentário produzido e dirigido pelo diretor independente Brian Flemming. Quando lançado em 2005 nos Estados Unidos, causou alguma repercussão e gerou controvérsias na sociedade estadunidense. O documentário procura responder a seguinte pergunta: Jesus Cristo realmente existiu como personagem histórico? Flemming analisa as origens históricas do Cristianismo e chega a conclusões polêmicas. Classificá-lo como polêmico é inevitável porque não há como não sê-lo quando o assunto é uma das maiores religiões do mundo, uma religião que começa a nos impregnar com seus valores e dogmas desde o momento em que nascemos.
As informações usadas no documentário não são novas. Há muitos estudos sérios e reconhecidos sobre o assunto mas, a meu ver, um dos maiores méritos desse trabalho é ser um documentário de um homem que resolve reavaliar a educação religiosa que recebeu de forma crítica e séria, embora também seja provocadora. No fim do documentário, Flemming volta à escola onde estudou quando criança. Em conversa com o diretor, questiona a educação dogmática que a escola impõe a seus alunos e, ao sentir que não poderia dar respostas convincentes, o diretor pede-lhe que desligue a câmera. Apesar de basear-se no equívoco geral de interpretar a mitologia cristã como fato histórico, Flemming faz pensar, analisa, faz comparações e críticas. A conclusão a que chega é a de que Jesus é um personagem mitológico assim como Hércules , Mitra , Osíris e tantos outros, o que não é novidade para os leitores de mitologia comparada.
Salve, grande Mouro! Agora que vi seu comentário.
Estava mergulhando por este charco infestado de anonymous, procurando uma ou outra pérola que eu já havia lido e rido um bocado, e só então vi seu ótimo comentário!
Realmente, Javé deveria ter dado um puta esporro em Abraão, he he. “Seu meeeeerda! O que estás fazendo, imbecil???? Se uma de minhas ordens te parecer imoral não a siga.” Cara, em um deus como este daria vontade até de acreditar! Mas não... Apresentam-nos um esclerosado monomaníaco pelo ciúme de outros deuses e ainda querem que não sejamos ateus...
Algumas poucas pérolas que pesquei, após uma pequena apnéia:
- a inquisição é mais licíta do que a liberdade moderna.
Obs.: A Inquisição era algo plenamente legal, ho ho ho.
- A inquisição era considerada um avanço em seu tempo.
Obs.: ERA considerada, he he. A eugenia também era considerada um avanço, he he he. E avanço em relação aos julgamentos medievais promovidos pelos religiosos, ao estilo Monty Python? Jogavam uma velha amarrada a uma pedra. Se morresse afogada era uma pobre alma que iria para o céu, se conseguisse dar uma de Houdini e se safasse era considerada bruxa e ia para fogueira. Sem falar nos julgamentos em que jogavam um suspeito no lago; se fosse inocente, deus o salvaria...
“Certamente” era um avanço em relação ao Direito Romano, he he, a um tribunal com um advogado de acusação, outro de defesa, testemunhas...
Na Inquisição usava-se e abusava-se da tortura como meio de se obter confissões. Quanto menores as evidências de um crime pior era a tortura. O que tinha de coelho confessando ser porco...
- Pode-se dizer da religião Católica, que ela nunca ameaçou a existência do planeta
Obs.: Ha ha ha!!! Pode-se dizer em benefício de Hitler que a Via Lactea não sofreu nada por causa dele. Ele não era tão mau assim... E por acaso a Igreja Católica tinha como ameaçar a existência do planeta, parvo? Como? Rezando?
- mas a humanidade iluminista científica é uma ameaça tão nitída ao planeta que temos nas alterações climáticas uma prova empírica deste fato
Obs.: Humanidade iluminista científica? Onde está? Aqui no grotão? Nos templos da IURD, nas escadarias cheias de mendigos da ICAR, na África, na América Latrina, no mundo islâmico, na China “Iluminista”, na Índia, na decadente Rússia? Apresente-me, parvo, esta humanidade iluminista. Crentes não usam carros, por acaso, não consomem energia quando ela vem de termoelétricas, não usam petróleo, plástico?
- A destruição do planeta é apenas a autoprojeção do homem moderno
Obs.: Ufa! Pensei que fosse algo real! Ainda bem que é só autoprojeção do homem moderno...
Caramba! Tenho que ir dormir!
"Se uma de minhas ordens te parecer imoral não a siga"
não a segue
"A estratégia de alguns líderes católicos, portanto, é deixar que o islamismo faça o serviço sujo contra o laicismo e liberdade europeus, para depois se apresentarem como defensores dos valores ocidentais e ganharem poder em uma Europa cada vez mais acuada e dividida."
Show! ...essa é a "estratégia do bode na sala".
...isso é política, a arte do ardil.
E é até possível que a Igreja com sua religião corruptora tenha também se valido do marxismo para se alavancar. Pois, já um tanto decadente, percebe que a imbecilidade das teorias marxistas e sua inerente bestialidade poderiam ser "um bode na sala". Com isso, a Igreja aparentemente inimiga do marxismo poderia ser fortalecer como liderança organizada contra o marxismo (Poder total para a hierarquia estatal - classe política e autoridades estabelecidas/burocratas de altos cargos).
Assim, a própria Igreja acendia uma vela para Marx, pois seu maior inimigo era a filosofia liberal - que defendia a liberdade como direito natural, e com ela o direito de propriedade e a meritocracia - e outra para deus.
Nada mais conveniente para uma religião do que uma outra ainda mais bestial, mais estúpida - salve Catellius.
Ocorre que o socialismo e mesmo o "comunismo" se apresentavam contra as idéias liberais que combatiam exatamente o Poder hierarquizado do aparato estatal, que se fazia proprietário de tudo, inclusive da população: as idéias liberais combatiam o mercantilismo e intervencionismo - combatiam o que existia de fato - e Marx elevando as idéias intervencionistas ao infinito passou a chamar o que vigorava - intervencionismo - de "capitalismo" dizendo-se oposto ao este, para através de tal estratagema misturar aquilo que as idéias liberais condenavam com aquilo que elas defendiam: gerar confusão, obscurecer as questões e nublar o debate.
Ocorre que as idéias de Marx só podiam fazer algum sucesso porque se escoravam exatamente no populismo cristão: o mérito dos pobres por serem pobres, o repúdio à riqueza/acumulo de capital, a lei da usura, a preferencia pelos humildes e necessitados provada pelo ódio aos ricos e potentes e etc.. Somente o besteirol cristão marteladpo nas mentes poderia tornar aceitável o catecismo imbecilizante maxista.
A Utopia comunista não foi criação de Marx, mas escancaradamente uma criação de um fervoroso cristão católico: T. More. Sem contar as idéias totalitárias de Platão que tanto inspiraram o cristianismo e T. Morus. Apenas Marx percebeu que explicar o funcionamento de seu "comunismo" o exporia demais, preferindo deixar tudo por conta do imaginário de cada um - imaginação imbecil, claro, sem o rigor lógico de uma teoria decente. Tentasse explicar e se desmoralizaria com asneiras pitorescas e trágicas como o, considero, honesto More - afinal explicou sua idiotice e até tentou esboçar pretensa justiça em seu besteirol dito humanitário, elogiado por cristão (virou santo) e por marxistas.
...mas alguns cristãos são tão safados que, na maior cara de pau, alegam que o "comunismo" é derivado do ateísmo - como se ateísmo/agnosticismo fosse algo além da descrença, como se tivesse uma doutrina, quando apenas descrer da existência de deuses ou saber. ...Não se pode negar que tais cristãos são uns safados, que mentem desavergonhadamente para se valer da "estratégia do bode na sala"
...afirmam que o marxismo - tão parecido e tão defendido por religiosos anuentes com os valores cristãos, ao ponto de as missas terem sido bons palanques para a pregação das idéias marxistas, bem como bispos e cardeais se enrabichavam com os militantes (será que rolavam bacanais?), sobretudo a partir dos anos 60.
Enfim, se o marxismo era bestial e imbecil, se podia assustar fiéis, nada melhor do que associa-lo ao ateísmo/agnosticismo como inimigo da Igreja e da religião. Assim, alimentando-o se poderia ameaçar a população e se capitalizar como "única oposição organizada", a tábua de salvação. Ou seja, defenderia-se a religião não pelo que ela contém, mas por ser a oposição ao "comunismo" para, desta forma, tudo ficar a mesma coisa ....hehehe! ...mas o fato é que o marxsmo/socialismo se tornou um "bode" bem visto pelo Podr político que percebeu que o tal de povo, a massa que toma a forma que lhe dão, não tem senso crítico, é estupida e segue apenas como rebanho, não pensa nem julga, apenas segue aquilo que mais lhe impressiona os sentidos (os 5, daí os simbolos, a histeria verborrágica desconexa, os agrupamentos, bandeiras, "santinhos", imagens e etc., a massa capitula ante tais impressões). Logo, os mais espertos perceberam que o "bode", mesmo com sua catinga, poderia ser bem aceito desde que a massa se habituasse com sua catinga. ...hehehe! e não deu outra. A propaganda acostumou a massa e esta não mais fez cara feia para o besteirol marxista que a catequizou através das igrejas e da mídia amparando políticos "progressistas" para já se aproveitarem do bestial marxismo em vez de apenas usa-lo como "bode fedorento" em beneficio de um outro bode já mais lavado, para tentar ser melhor aceito.
O objetivo é o Poder, o resto é besteira. O objetivo é manter PODER ABSOLUTOP SOBRE AS POPULAÇÕES, PARA EXPLORA-LAS ...foi pela religião que podia salvar todos do fogo do inferno e prometia um apocalipse glorioso; ...depois pelo socialismo científico que também podia salvar os proletários e a humanidade, ainda prometendo um "apocalipse socialista" onde as massas se rebelaria e tomariam o Poder da burguessia para implantar o milênio socialista; ...e, pqp, agora é o ecologismo que também pode salvar o planeta ...hehehe! ...tá faltando profetizarem uma catastrofe ecologica que destruirá os "infiéis ecológicos" e proporcionará mil anos de harmonia total e maravilhosa no planeta para aquelkes fiéis ecológicos ...hohoho! cambada de safados associados a imbecis ...mas tal associação é quase imbatível ...hehehe!
Abraços
C. Mouro
...afirmam que o marxismo, cujos valores tanto se parecem com os valores cristãos, é decorrente do ateísmo, ou vice-versa.
....hehehe! uns safados, desavergonhados no úrtimo! ...Se fundam no fato de Marx ter feito críticas a religião para afirmar que "comunismo" é cria do ateísmo
...esses safados esquecem que antes de Marx Thomas More escreveu sua Utopia comunista - esta explicada em seu funcionamento, embora seus admiradores pareçam desconhecer tal conteúdo, e cham T. More de "humanista" ...hehehe! "alma bondosa" ...hohoho! ...imbecis! ...hahaha! não sabem o que dizem. Logo, prá quê Marx explicaria? ...só para dar munição ao inimigo? ...Se More não tivessse explicado, certamente Marx não teria existido e nem seria necessário. ...hohoho!
Genial, Mouro!
Para contrastar com as suas sábias palavras, colo aqui trechos de um texto do guru da esmagadora maioria dos crentes freqüentadores de blogs – o Olavo de Carvalho. Ele tenta explicar as evidentes semelhanças e a comunhão entre marxismo e cristianismo dizendo que o marxismo na Igreja é obra de Gramsci e que houve uma infiltração planejada desde o século XIV, fruto de um movimento revolucionário messiânico hoje comandado por bilionários iluministas, gays, ateus, narcotraficantes, satanistas e pelo Sasquatch, sem falar nos Illuminati, no Foro de São Paulo, nas FARC, na USP, na Nova Era, na ONU e na Ciência... A organização é tão grande que dizem que poucas pessoas no mundo hoje não fazem parte dela, he he. Grifos meus (eu queria grifar tudo, porque o texto inteiro está ótimo, he he):
O inimigo é um só
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 8 de janeiro de 2007
(...)
A idéia central da revolução messiânica pode-se resumir em quatro pontos: (I) a humanidade pecadora não será salva por Nosso Senhor Jesus Cristo, mas por ela mesma; (II) o método para alcançar a redenção consiste em matar ou pelo menos subjugar todos os maus, isto é, os ricos; (III) os pobres são inocentes e puros, mas não entendem seu lugar no projeto da salvação e por isso têm de colocar-se sob as ordens de uma elite dirigente, os “santos”; (IV) o morticínio redentor gerará não somente a melhor distribuição das riquezas, mas a eliminação do mal e do pecado, o advento de uma nova humanidade.
Uma heresia não é “outra religião”: é, por definição, uma oposição interna, nascida de dentro do próprio cristianismo, em geral mediante algum enxerto exótico que distorce completamente a mensagem originária e lhe dá os sentidos mais estapafúrdios que se pode imaginar. Não é de estranhar, pois, que a evolução subseqüente do movimento revolucionário fosse marcada por uma permanente tensão entre a fé herética e a negação de toda fé, entre o pseudocristianismo e o anticristianismo, entre a ambição de destruir o cristianismo e o desejo de conservar algo dele para poder parasitar a sua autoridade. Esse jogo dialético confunde o observador leigo, que iludido pelas diferenças aparentes perde de vista a unidade profunda do movimento revolucionário e acaba não raro servindo a uma das suas subcorrentes acreditando piamente servir a um propósito contra-revolucionário, conservador ou até mesmo cristão ou judaico no sentido estrito dos termos.
(...)
Cada vez mais a imitação caricatural do ethos cristão adquire autonomia, desligando-se do sentido patente da mensagem de Cristo e parasitando sentimentos morais profundamente arraigados na população cristã para torná-los instrumentos de legitimação do terrorismo estatal, sob a inspiração – como escreveu Thomas Carlyle – “do quinto e novo evangelista, Jean Jacques, conclamando todos e cada um a que emendassem a existência pervertida do mundo”.
(...)
Mas, muito antes disso, o pêndulo da revolução oscilará uma vez mais para o outro lado. Findo o ciclo jacobino, com o advento do império napoleônico, da Restauração e da democracia burguesa, as novas fórmulas da ideologia revolucionária, com Marx e Bakunin, fazem um upgrade do anticristianismo, transfigurando-o em ateísmo militante.
(...)
Com a ascensão do ateísmo, multiplicam-se as matanças de padres e crentes em medida jamais sonhada pelo próprio Robespíerre. Entre a guerra civil mexicana (1857) e o início da II Guerra Mundial (1939), não menos de vinte milhões de cristãos morreram em perseguições religiosas destinadas, segundo Lênin, a “varrer o cristianismo da face da terra”. E o massacre dos judeus nem havia começado ainda.
Mas talvez o ateísmo não seja o traço mais autêntico dessa etapa do movimento revolucionário. Tanto Marx quanto Bakunin tomaram parte, reconhecidamente, em rituais satânicos.
(...)
Qualquer que seja o caso, o impacto das matanças acabou por incomodar os próprios revolucionários, que, nos anos 30, já estavam pensando em algum meio de contorná-la. Antonio Gramsci, nos “Cadernos do Cárcere”, ensina que a Igreja não deve ser combatida, mas esvaziada de seu conteúdo espiritual e usada como caixa de ressonância da propaganda comunista. O sucesso obtido posteriormente nesse empreendimento pode-se medir por dois fatos:
1) A influência avassaladora que os comunistas conseguiram exercer desde dentro e desde fora sobre o Concílio Vaticano II, dividindo a Igreja Católica e ocasionando a maior evasão de fiéis em dois milênios de catolicismo.
2) O Conselho Mundial das Igrejas, a maior organização protestante do mundo, que congrega centenas de igrejas em todos os países, nominalmente para objetivos “ecumênicos”, é notoriamente uma entidade pró-comunista, que apóia e subsidia movimentos revolucionários terroristas.
(...)
Paralelamente e em estreita associação informal com os esforços comunistas, veio-se desenvolvendo, desde os fins do século XIX, um movimento mundial destinado a criar a maior confusão religiosa possível através da propaganda ocultista em massa e da revivescência forçada do gnosticismo. Fenômenos como o surto de orientalismo pseudomístico da Nova Era, o culto das drogas como “via de iluminação interior” , a onda de experimentos psíquicos perigosos que partiu de Esalem (CA) e se espalhou pelo mundo, a proliferação de seitas empenhadas em escravizar seus discípulos através de práticas mentais destrutivas, podem ser apresentados ao público como uma convergência espontânea de tendências ou como uma fatalidade histórica impessoal ditada pelo “espírito do tempo” , mas basta pesquisar um pouco as fontes para descobrir que se trata de uma iniciativa unitária, organizada e bilionariamente financiada pelas mesmas forças auto-incumbidas de transformar a ONU em governo mundial até no máximo o fim da próxima década.
A oscilação dialética e pendular do movimento revolucionário entre a anti-religião e a pseudo-religião, somada à multiplicidade alucinante das correntes que o alimentam, desorienta a quase totalidade do público. A ânsia de tomar posição, infindavelmente alimentada pela mídia e pelo sistema escolar, leva muita gente a apoiar movimentos e idéias cuja ligação com a corrente central não parece evidente à primeira vista. Quantos cristãos conservadores, querendo salvar a Igreja, não aderiram a idéias antijudaicas, por imaginar que a revolução era essencialmente obra de judeus? Quantos intelectuais judeus não se filiaram a partidos revolucionários, sem notar que com isso cavavam a sepultura do seu povo? Quantos protestantes, confundindo o catolicismo com a sua contrafação revolucionária, não acham que o melhor que têm a fazer é destruir a Igreja Católica? Quantos católicos, embriagados de pureza doutrinal não vêem o americanismo como um inimigo, movendo portanto guerra contra a única nação que criou uma síntese funcional de cultura cristã, economia próspera e democracia política? Quantos adeptos da democracia capitalista não se inspiram em idéias iluministas por lhes parecerem equilibradas e racionais, sem saber que, pelo seu conceito redutivista da razão, elas contêm em seu bojo a semente do irracionalismo revolucionário romântico, e sobretudo sem notar que o iluminismo, com toda a sua aparência elegante e educadinha, criou a primeira campanha de difamação anticristã organizada, pondo em circulação mentiras escabrosas que até hoje milhões de idiotas repetem como papagaios em todo o mundo? Quantos defensores das posições liberais em economia não acreditam poder conciliá-las com um ateísmo militante que, corroendo os fundamentos espirituais e morais do capitalismo, o convidam a transformar-se precisamente na “idolatria do mercado” que a propaganda comunista o acusa de ser, e assim ajudam a transferir aos revolucionários, bem como aos radicais islâmicos, o monopólio da autoridade moral? Escolhendo o inimigo conforme as feições mais salientes que se oponham às suas preferências subjetivas, todas essas pessoas não fazem senão botar lenha na fogueira da tensão dialética da qual o movimento revolucionário mundial se alimenta e se fortalece. Na verdade o inimigo é um só. Não se pode combatê-lo eficazmente sem apreender sua unidade por trás da variedade alucinante das suas versões, encarnações e aparências. Algumas décadas atrás, essa unidade era difícil de enxergar, pois não havia documentação suficiente para prová-la. Hoje suas provas são tão abundantes, que continuar a ignorá-la começa a se tornar uma espécie de cumplicidade criminosa.
Fim
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Cumplicidade criminosa.... O inimigo é um só....
Assim sendo, segundo a lógica do sedizente filósofo, que deveria usar papel higiênico no lugar de guardanapo, só quem não ignora o complô não é cúmplice, ho ho ho!!!! Ou seja: é um complô de todos que tiveram a sorte de não nascer Olavo de Carvalho, he he he.
...hehehe! de fato, Catellius.
...se apertar o sujeito, o tipo vai acabar afirmando que os autores da bíblia também eram ateus tentando desmoralizar o "judaico-cristianismo" ....hohoho! ...esse tipo é um fanfarrão.
Sr. OdeC, o Sr. é um FANFARRÃO ...um FANFARRÃO! ...PEDE PARA SAIR Sr. OdeC! PEDE PRÁ SAIR! ....hohoho! ...hehehe!
Hahahaha! Muuuuuito boa:
"o tipo vai acabar afirmando que os autores da bíblia também eram ateus tentando desmoralizar o 'judaico-cristianismo'"
Em pouco tempo ele vai explicar o que o motiva a escrever tantas esquisitices: ele é Deus. Não se pode compreendê-lo com a lógica humana, apenas com a sua própria, a divina.
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Em um texto da semana passada publicado no Jornal do Brasil, e que reproduzi abaixo, o OdeC diz que devemos ler História como se fosse ficção, senão nunca a entenderemos, he he. E afirma - acho que foi isso que quis dizer, no fundo - que devemos ler as mirabolâncias da Bíblia como se de fato fossem ficção mas que aí entenderíamos que elas são verdades históricas, e para isso precisamos reconhecer dentro de nós os monstros e os santos descritos em suas páginas - uma gnose, aparentemente.
Ele diz que a aversão que o universo das religiões causa em algumas pessoas é derivada de uma "impressão humilhante de não estar à altura desse apelo (o apelo que o nobre e elevado nos fazem)". Ora, como se descrentes e críticos das religiões e de seus calhamaços de embustes não admirassem homens de engenho quase inatingível como Arquimedes, Shakespeare, Beethoven, Sócrates, etc. Se fosse assim, se não quisessem ter a "impressão humilhante de não estar à altura desse apelo", falariam dos textos de Marco Aurélio, Montaigne, Stuart Mill, de Nietzsche e de outros com o mesmo tom usado quando falam da Bíblia; falariam das Termópilas, onde povos rivais se uniram para barrar a entrada dos persas na região onde suas mães, esposas e filhos habitavam, no mesmo tom que usam contra as chacinas perpetradas pelo invasor Josué, a mando de Jeová, contra povos por séculos estabelecidos em Canaã.
Por fim, o OdeC entra em contradição com o que ele mesmo escreveu e que reproduzi no comentário anterior. Ele diz (coloquei em negrito) que os monstros da história são fáceis de ser identificados. Difícil é reconhecer os santos. Mas ele faz um esforço sobre-humano para denunciar os planos mirabolantes que visam confundir os crentes, que se posicionam contra o mal mas não sabem que o bem também está tomado pelos seguidores dos monstros da História, he he he. Afinal, os monstros são fáceis de ser reconhecidos ou estão ocultos, confundindo as pessoas?
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Como ler a Bíblia
Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil, 17 de janeiro de 2007
Quando você lê um romance ou peça de teatro, não tem como julgar a verossimilhança das situações e dos caracteres se antes não deixar que a trama o impressione e seja revivida interiormente como um sonho. Ficção é isso: um sonho acordado dirigido. Como os personagens não existem fisicamente (mesmo que porventura tenham existido historicamente no passado), você só pode encontrá-los na sua própria alma, como símbolos de possibilidades humanas que estão em você como estão em todo mundo, mas que eles encarnam de maneira mais límpida e exemplar, separada das contingências que podem tornar obscura a experiência de todos os dias. A leitura de ficção é um exercício de autoconhecimento antes de poder ser análise literária, atividade escolar ou mesmo diversão: não é divertido acompanhar uma história opaca, cujos lances não evocam as emoções correspondentes.
A mesma exigência vigora para os livros de História, com o atenuante de que em geral o historiador já processou intelectualmente os dados e nos fornece um princípio de compreensão em vez da trama bruta dos acontecimentos. Se você não apreende os atos dos personagens históricos como símbolos investidos de verossimilhança psicológica, não tem a menor condição de avaliar em seguida se são historicamente verdadeiros ou não. Um livro de História tem de ser lido primeiro como ficção, só depois como realidade.
O problema é que nem sempre as possibilidades que dormem no fundo da nossa alma nos são conhecidas -- e então não podemos reconhecê-las quando aparecem na ficção ou na História. O resultado é que a narrativa se torna opaca. Pior ainda, você pode se deixar enganar por falsas semelhanças, reduzindo os símbolos da narrativa a sinais convencionais das possibilidades já conhecidas, senão a estereótipos banais da atualidade. O reconhecimento interior não é só um exercício de memória, mas um esforço sério para ampliar a imaginação de modo que ela possa abarcar mesmo as possibilidades mais extremas e inusitadas. Você não pode fazer isso se não se dispõe a descobrir na sua alma monstros, heróis e santos que jamais suspeitaria encontrar lá.
Compreensivelmente, os monstros são mais fáceis de descobrir do que os heróis e santos. O medo, o nojo, a raiva e o desprezo são emoções corriqueiras, e eles bastam para tornar verossímil o que quer que nos pareça ser pior do que nós mesmos. Já aquilo que é nobre e elevado só transparece a quem o ama, e esse amor traz imediatamente consigo um sentimento de dever, de obrigação, como no célebre soneto de Rilke em que a perfeição de uma estátua de Apolo transcende a mera contemplação estética e convoca o observador a mudar de vida, a tornar-se melhor. A impressão humilhante de não estar à altura desse apelo produz quase automaticamente uma reação negativa -- o despeito. Negando a existência do melhor, reduzindo-o ao banal ou fazendo dele uma camuflagem enganosa do feio e do desprezível, a alma encontra um alívio momentâneo para o seu orgulho ferido, restaurando uma auto-imagem tranqüilizante à custa de encurtar miseravelmente a medida máxima das possibilidades humanas.
Se esse problema existe em qualquer livro de ficção ou de História, imaginem na Bíblia, onde o personagem central é o próprio Deus. Abrir-se ao chamado da perfeição divina é trabalho para uma vida inteira e mais uns dias, e vem entremeado de inumeráveis derrotas e humilhações -- mas sem isso você não compreenderá uma só palavra da Bíblia. Cem por cento do ateísmo militante consistem em despeito e incapacidade de leitura séria.
fim
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A última frase é impagável, he he.
"Cem por cento por cento do ateísmo militante consistem em despeito e incapacidade de leitura séria."
Cem por cento, ho ho ho!
Então, segundo o OdeC, há ateus que fazem uma leitura séria da Bíblia, com a seriedade exigida por ele. Mas não os militantes, he he. Caso resolvam expor suas idéias para outras pessoas, passarão automaticamente a ser militantes e portanto perderão a capacidade de leitura séria e a própria leitura séria do passado deixará de ter sido séria, he he. Afinal são cem por cento!!! E alguém que passou a vida inteira lendo seriamente a Bíblia e crendo piedosamente, se passar a descrer de tudo (basta de fato ler seriamente a Bíblia para tanto) e passar a divulgar os motivos que o levaram à descrença, deixará de ter lido seriamente a Bíblia, he he he.
Lembra-me o anonymous parvus, o Tico&Teco, que acha possível que eu exista e não exista exatamente às 12:17 do dia 22/01/2008...
Olavo escreve, entre parênteses: "mesmo que porventura tenham existido historicamente no passado"
Por que não "mesmo que porventura tenham existido fantasiosamente no futuro"?
ho ho
Escreveria, apenas, se não fosse homo-ideologicus CEM POR CENTO DO TEMPO: "mesmo que tenham existido" - E ponto final.
escrevi, redundantemente, he he:
"o OdeC entra em contradição com o que ele mesmo escreveu"
certamente...
Caro Rodrigo
Acho muito bom você discutir sobre religião. Sempre considerei a frase “religião não se discute” uma tentativa de impedir as pessoas de raciocinar e questionar sobre o assunto. Não li os seus outros posts em que trata do assunto, mas pelos títulos percebo que você se limita a contradizer apenas a religião católica. Estamos no mundo ocidental, onde há a liberdade de expressão e de crítica e onde o catolicismo é a religião que nos identifica. Por isso você se sente tão à vontade para criticá-la, uma vez que o catolicismo é “de casa”. Porém não posso evitar lhe fazer uma pergunta: você se sentiria tão à vontade criticando o islamismo?
Antes de você pensar que sou católica e que estou defendendo o catolicismo, digo que não sigo religião alguma. Sou da área científica, onde a fé, pelo menos no sentido religioso, não tem vez. Se as pessoas estudassem mais ciência e conhecessem o método científico, certamente, a maioria delas deixaria a religião.
Todas as religiões defendem dogmas que são contrários à razão, e as pessoas não têm o costume de racionar e pensar racionalmente. Esses dogmas foram criados não apenas com uma base mística, mas também com intenções políticas. Basta ver os Dez Mandamentos para se notar as intenções de Moisés.
Parece que a discussão já está muito adiantada para eu participar, mas o livro mais polêmico sobre o Cristianismo é o Anticristo de Nietzsche. Você já o discutiu? “O Cristianismo é a maior desgraça da humanidade?”
Caro Rodrigo
O comentário acima deveria ter sido colocado no post acima, mais recente, sobre religião.
O fanfarrão ideológico tem seus méritos, mas ele gosta mesmo é de defender ideologias estapafúrdias. Era marxista militante, apparatchik, e depois passou a ser militante católico, beato.
Deve ser porque gosta de asserções como argumentos, coisa que só as ideologias permitem.
Porra! a simples afirmação:
"Cem por cento por cento do ateísmo militante consistem em despeito e incapacidade de leitura séria."
É indigna de um sedizente filósofo. Afinal qualquer um pode usa-la do mesmo jeito afirmativo banal.
Um marxista diria:
"Cem por cento por cento do anti marxismo militante consiste em despeito e incapacidade de leitura séria."
Xiii! já pensou se os gays também resolvem dizer com (des)fundamentos afirmativa semelhante:
"Cem por cento por cento do anti gaysismo militante consiste em despeito e incapacidade de arranjar namorado." ...hohoho! Já pensou? ...e olha que eles poderiam até apontar evidências, dado que tais militante querem se meter na vida dos gays. Ora porras, as bichinhas, não fazendo mal a ninguém e dando aquilo que é seu, estão no seu direito, que se casem no civil e lá mais o raio que não envolva terceiros. ...mas os beatos militantes querem por que querem se imiscuir no reduto ...hehehe! ...será também por despeito? ...incapacidade? ...hohoho!
O tipo deve tomar mais cuidado com seu besteirol afirmativo, não é coisa digna de um filósofo, mesmo sedizente.
Abraços
C. Mouro
Hobsbawm atribui ao século passado a morte violenta de 200 milhões de pessoas. O século em que a ciência mais cresceu , foi talvez o mais cruel de todos, tendo criado as câmaras de gás, os campos de concentração, e exterminio de civis por bombas incendiárias , e por duas bombas atômicas, síntese e resultado da somatória de várias avanços na ciência. Seria tão idiota atribuir estas tragédias à Ciência, como atribuir à Religião, on´pumero muito menor de vítimasda Inquisição. Nada encontro na Bíblia, certamente no Novo testamento, que limite minha busca na Ciência. Kondratiev o teórico dos ciclos econômicos, foi preso e fuzilado na União Soviética, por afirmar que os EUA se recuperariam da crise de 29. O comunismo investiu até contra a segudna lei de termodinâmica , contra certos teorias da biologia e contra a mecânica quãntica.Sendo assim foi a instituição da eliminação da idéia de Deus que provocou uma sistemática matança em níveis jamais vistos. Guernica é mais produto da Ciência do que da Religião, assim co os campos de extermínio da Alemanha Nazista. No Brasil foram assassinadas um milhão de pessoas de 1979 até hoje, sem que algum tolo apareça atribuindoestas mortes à Democracia. Como é tratada aqui demonstra do ilustre intelectual um desconhecimento significativo do que é Relicião,e o que é pior, não tem idéia do que é Ciência , já que Fé é parte até da aritmética,e a razão nos leva a indecidíveis. Ou seja a decisão envolve sempre uma questão de ética, e de fé, sem que a razão seja negada.
bitanca,
insisto que o comunismo NÃO é racional e científico, mas justamente uma espécie de seita, de religião dogmática, de fanatismo, com direito a profeta e tudo!
"Ou seja a decisão envolve sempre uma questão de ética, e de fé, sem que a razão seja negada."
bitanca, ética não é sinônimo de fé. Pelo contrário: dificilmente se chega a um código de ética decente com base na fé. É justamente a razão que pode nos fornecer o caminho da ética.
Rodrigo
Chega-se sim.Porque não? Ter fé que Deus existe. Ter fé que devemos seguir os 10 mandamentos, ter fé numa sda spassagens mais poéticas que jamais li, como o Sermão da Montanha. A ética é saber escolher entre o bem e o mal, e a esta escolha a razão não nos leva.
a ética tem aver com a moral
" Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo." Wikipedia ,se nãose importa com a fonte...Nossos costumes são produto ( também?) da Religião. Eu não mato porque procuro o bem e não o mal. Assim como não persigo ou oprimo os mais fracos. Fé , ética, são valores em complementação dialética com a razão. Mas um não nega o outro , e cada um em seu território demarca os limites do outro. E a escolha entre o bem e o mal só faz sentido se houver consequencias e responsabilidade nesta escolha . veja: não há escolha para o resultado da soma 2 + 3
"É interessante que a partir do iluminismo, o homem torna-se um escravo da ciência. E os relacionamentos humanos começam a entrar em uma fase de trevas, jamais visto em toda a história da humanidade..."
E os relacionamentos não tinham as suas "trevas" no passado, heim... Quer dizer q era "bom" marido bater, humilhar, trair a mulher e ela não podia divorciar pq senão era "mal-falada"... Ter a profissão q seus pais queriam.. Casar com quem seus pais queriam(claro q não eram todos os casos, mas isso existia sim), Se hj, existem casos de abusos físicos e sexuais no lar, com todos os aparatos contra isso, imagine no passado, qdo a família era tida como o "esteio" absoluto! A hipocrisia então, reinava e soberana! Melhor hj em dia, pq estamos numa época de maior abertura - e em época de mais liberdade, a hipocrisia, se não acabada, ao menos não tem a "vez" q tinha antes.
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