Marc Frank, Financial Times, de Havana
De um açucareiro cheio a uma xícara vazia: em um sinal dos tempos, Cuba está abrindo a produção de açúcar a investimentos estrangeiros pela primeira vez desde que o setor foi estatizado, em 1959, como parte dos esforços do governo comunista para tentar reverter o implacável declínio na produção.
O país chegou a ser o maior exportador mundial de açúcar. O setor, no entanto, acabou "reduzido a frangalhos por uma má administração estatal, falta de capital, sanções, furacões e outros fatores", conforme um especialista local.
A produção de açúcar deverá alcançar cerca de 1,1 milhão de toneladas neste ano, em comparação às 8 milhões de toneladas registradas em 1990, antes do fim da União Soviética. Será o pior resultado desde 1905, de acordo com uma rara admissão publicada recentemente no "Granma", o jornal do Partido Comunista.
Há negociações em andamento com vários grupos para parcerias em algumas das oito maiores usinas construídas após a revolução, de acordo com fontes de empresas estrangeiras e cubanas. É uma grande mudança de política que ocorre sob o governo do presidente Raúl Castro, cujo irmão, Fidel, insistia que a ilha sabia tanto sobre produzir açúcar quanto qualquer outro país.
[...]
Comentário: Como costumam dizer, só há uma coisa pior do que ser explorado por capitalistas: NÃO ser explorado por capitalistas! E eis que até Cuba, um dos últimos refúgios dos socialistas, está implorando agora pelo CAPITAL ESTRANGEIRO! Seria cômico, não fosse tão trágico para o povo cubano ser cobaia deste nefasto experimento socialista, que gerou apenas escravidão e miséria.
7 comentários:
Mesmo que o tal planejamento central fosse possível pq será que os esquerdinhas acham que seriam justamente as pessoas mais toscas e vagabundas do mundo, gente como fidel ou hugo chavez, os que conseguiriam realizar?
"A produção de açúcar deverá alcançar cerca de 1,1 milhão de toneladas neste ano, em comparação às 8 milhões de toneladas registradas em 1990"
Isso é... RIDÍCULO!
Como uma nação caminha nessa direção? Como podem aceitar uma ditadura dessa?
Sempre que penso nisso fico pasmo. Como uma nação inteira aceitou Hitler? (E não era uma nação qualquer.. era uma Alemanha!). Como aceitaram Mao?
Luiz, Hitler pegou a alemanha destroçada pela primeira guerra, um povo desesperado é mais fácil de ser enrolado, eles praticamente imploram por isso
Churchil sobre Hitler:
"Em quinze anos que seguiu esta resolução, ele (o antigo "cabo e pintor de casas") teve êxito restaurando a Alemanha à posição mais poderosa na Europa e não só restaurou a posição de seu país, mas inclusive teve, a uma muito grande magnitude, invertido os resultados da Grande Guerra... Os vencidos estão em processo de ficar os vencedores e os vencedores os vencidos... O que mais pode se pensar sobre estas façanhas que estão certamente entre as mais notáveis de toda a história do mundo."
Se não fossem os campos de concentração e as invasões aos outros paises os esquerdinhas estariam endeusando ele e o socialismo dele hoje
Fidel Castro foi inteligente quando alugou a fazenda - Cuba é a fazenda dele - para a União Soviética durante a Guerra Fria. Os soviéticos pagavam os tubos pelo direito de usar a ilha com fins estratégicos.
Mas cometeu o erro de não distribuir o dinheiro que recebia, além de não ter sabido investir. Como todo político teórico e incompetente, torrou tudo em bobagem. Quando os soviéticos deram-lhe o previsível "pé na bundha", ele estava sem economia, sem parceiros econômicos, vivendo um sonho de comunismo. Em Cuba, ninguém mais faz nada. Não se planta nem feijão.
Deu no que deu.
Falando em ditadores, olha uma guerrinha pronta pra estourar aí...
Pyongyang ameaça guerra se for punida por naufrágio sul-coreano
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=451454
Sabonete também. Por que é que em Cuba ninguém faz sabonete se não tem sabonete?
Falta feijão, mas ninguém planta feijão. Falta tinta, mas ninguém faz tinta. Falta roupa, mas ninguém faz roupa. Falta bicicleta, mas ninguém faz bicicleta. E ainda colocam a culpa nos americanos.
Escreva o que eu digo: não vai demorar muito tempo, daqui uns uns 5 ou 10 anos, oviremos notícias de cubanos com saudades do ditador Fidel Castro e venerando "Che" com imagens (hoje em dia, há russos exaltam estátua de Stálin). Não é nenhuma "profecia", nenhuma "previsão", não sou nenhum "vidente". Digo isso porque este fenômeno ocorre na Rússia e no Leste Europeu (a chamada "ostalgie" na Alemanha Oriental).
Postar um comentário