Ntsr, pelo que sei a lógica é uma ciência fortemente ligada a filosofia, tanto é que um de seus pensadores foi Aristóteles.
Na realidade a lógica tem fundamentação no raciocínio, no pensamento, algo fortemente subjetivo. Creio que tenha sido neste ponto que o COnstantino tenha tocado, pois a lógica reporta a pensamentos sim com raiz na razão lógica, dedutiva com base em dados, e não em fórmulas matemáticas, apesar da Lógica utilizar fórmulas para verificar possíveis erros implícitos em um argumento.
Excelente a palestra, opiniões lúcidas. Rodrigo, há algum tempo leio seus textos no o globo,valor, no IMIL e aqui no blog, sempre me chamaram atenção por você não usar do pedantismo numérico emaranhado que alguns economistas usam para demonstrar saber notório sobre determinado assunto.
Sou repórter de economia e gostaria de saber sua opinião sobre o aumento da taxa de juros aqui no Brasil, a suposta autonomia do Banco Central e o malfadado fim do fator previdenciário, claro que se possível.
A taxa de juros brasileira está abrindo (aumentando na previsão futura), o que é razoável, uma vez que o governo aumentou gastos de forma irresponsável e o BC ficou um pouco atrás da curva (negligente com a elevação dos preços). O BC autônomo, ou independente, é um avanço em relação a um BC politizado, sem dúvida. Mas ainda assim o risco de captura pelo governo é enorme. O Fed mostrou isso. O fim do fator previdenciário é medida populista e irresponsável. O ideal mesmo seria uma previdência privada, com contas individuais, em vez da pirâmide Ponzi que temos atualmente no país.
Ntsr, eu sei que uma coisa não exclui a outra, mas no caso em discussão pelo que entendi, ao invés de fórmulas matemáticas, foi utilizado mais o bom senso, a dedução (lógica filosófica ou informal), em detrimento da lógica formal (matemática).
Faz pouco tempo tive uma aula de metodologia cuja professora citando Popper referiu-se ao marxismo como algo não científico, findando um “debate” (entre aspas mesmo) em sala, argumentos tão ao largo do essencial com tamanha falta de objetividade que até me retirei - infantis, mas se gostam de ficar no debate pelo debate, deixa eles.
A real é que embora se apresente como ciência e ponto final da filosofia nada mais é do que messianismo, o marxista não passa de um crente que, como todos, manipula os dados da realidade a partir de pressupostos não verificáveis empiricamente. Isso é anti ciência. É fé. Aquela sua passagem num artigo que fugiu o título agora, de que "como valores todas as mercadorias são apenas medidas de tempo de trabalho cristalizado", em Marx, O Capital, mostra como ele ficou restrito a um pequeno período de tempo e a um evento específico. Acho ele restrito demais.
E não vale tentar vir com a paçoca de que essa concepção é ricardiana, e refere-se ao valor de troca, não. Esta afirmação dele demonstra sim que ele não levava em conta autoria intelectual, volume de demanda e tantos outros fatores que influem sobre o valor. Preço é função de valor. Está relativa a subjetividade do outro. Pois valor é uma relação entre necessidade que se tem de possuir um bem ou serviço e as disponibilidades que se tem para adquirir este bem ou serviço.
Ao reduzir tudo para o simples conceito de "preço" ele mostrou o quanto foi restrito.
É isso ai. Falseabilidade (ou refutabilidade) é um conceito importante na filosofia da ciência - epistemologia. Para uma asserção ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa.
bom dia, rodrigo. gostaria de saber como faço pra comprar seu livro (economia do indivíduo - o legado da escola austríaca). no site do mises não tem... obrigado
13 comentários:
Muito bom Rodrigo! Vi lá no vídeo que era a parte 1, vai chegar a postar o restante?
Sim, amanhã devo colocar as outras 3 partes.
'Os outros vão mais pela matemática, Menger vai mais pela lógica'
Sem querer ser advogado do diabo mas já sendo, lógica é uma parte da matemática, acho que vc quiz dizer que eles usam muitas fórmulas
Ntsr, pelo que sei a lógica é uma ciência fortemente ligada a filosofia, tanto é que um de seus pensadores foi Aristóteles.
Na realidade a lógica tem fundamentação no raciocínio, no pensamento, algo fortemente subjetivo. Creio que tenha sido neste ponto que o COnstantino tenha tocado, pois a lógica reporta a pensamentos sim com raiz na razão lógica, dedutiva com base em dados, e não em fórmulas matemáticas, apesar da Lógica utilizar fórmulas para verificar possíveis erros implícitos em um argumento.
Excelente a palestra, opiniões lúcidas. Rodrigo, há algum tempo leio seus textos no o globo,valor, no IMIL e aqui no blog, sempre me chamaram atenção por você não usar do pedantismo numérico emaranhado que alguns economistas usam para demonstrar saber notório sobre determinado assunto.
Sou repórter de economia e gostaria de saber sua opinião sobre o aumento da taxa de juros aqui no Brasil, a suposta autonomia do Banco Central e o malfadado fim do fator previdenciário, claro que se possível.
Sucesso!
A taxa de juros brasileira está abrindo (aumentando na previsão futura), o que é razoável, uma vez que o governo aumentou gastos de forma irresponsável e o BC ficou um pouco atrás da curva (negligente com a elevação dos preços). O BC autônomo, ou independente, é um avanço em relação a um BC politizado, sem dúvida. Mas ainda assim o risco de captura pelo governo é enorme. O Fed mostrou isso. O fim do fator previdenciário é medida populista e irresponsável. O ideal mesmo seria uma previdência privada, com contas individuais, em vez da pirâmide Ponzi que temos atualmente no país.
'Ntsr, pelo que sei a lógica é uma ciência fortemente ligada a filosofia'
Uma coisa não exclui a outra.
Agora, fiquei curioso pra saber que conflito é esse com a escola de Chicago
Ntsr, eu sei que uma coisa não exclui a outra, mas no caso em discussão pelo que entendi, ao invés de fórmulas matemáticas, foi utilizado mais o bom senso, a dedução (lógica filosófica ou informal), em detrimento da lógica formal (matemática).
Faz pouco tempo tive uma aula de metodologia cuja professora citando Popper referiu-se ao marxismo como algo não científico, findando um “debate” (entre aspas mesmo) em sala, argumentos tão ao largo do essencial com tamanha falta de objetividade que até me retirei - infantis, mas se gostam de ficar no debate pelo debate, deixa eles.
A real é que embora se apresente como ciência e ponto final da filosofia nada mais é do que messianismo, o marxista não passa de um crente que, como todos, manipula os dados da realidade a partir de pressupostos não verificáveis empiricamente. Isso é anti ciência. É fé. Aquela sua passagem num artigo que fugiu o título agora, de que "como valores todas as mercadorias são apenas medidas de tempo de trabalho cristalizado", em Marx, O Capital, mostra como ele ficou restrito a um pequeno período de tempo e a um evento específico. Acho ele restrito demais.
E não vale tentar vir com a paçoca de que essa concepção é ricardiana, e refere-se ao valor de troca, não. Esta afirmação dele demonstra sim que ele não levava em conta autoria intelectual, volume de demanda e tantos outros fatores que influem sobre o valor. Preço é função de valor. Está relativa a subjetividade do outro.
Pois valor é uma relação entre necessidade que se tem de possuir um bem ou serviço e as disponibilidades que se tem para adquirir este bem ou serviço.
Ao reduzir tudo para o simples conceito de "preço" ele mostrou o quanto foi restrito.
'manipula os dados da realidade a partir de pressupostos não verificáveis empiricamente. Isso é anti ciência. É fé. '
Exatamente.Só que não só marx, freud tb.
É isso ai. Falseabilidade (ou refutabilidade) é um conceito importante na filosofia da ciência - epistemologia. Para uma asserção ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa.
bom dia, rodrigo. gostaria de saber como faço pra comprar seu livro (economia do indivíduo - o legado da escola austríaca). no site do mises não tem... obrigado
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