quinta-feira, janeiro 04, 2007

O Carioca



Rodrigo Constantino

“É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola...” (Roberto Campos)

A temporada do novo espetáculo de Chico Buarque será estendida no Rio de Janeiro. Afinal de contas, o show carrega o título “Carioca”, e Chico é mesmo um símbolo da esquerda festiva carioca. A apresentação do cantor monocórdio ocorre no Canecão, casa de espetáculos na zona sul do Rio, a mais nobre e rica. Os ingressos oscilam de R$ 120 até R$ 400 para o camarote, um preço nada popular. O cantor, simpático ao comunismo, depende do público burguês para viver da forma nababesca que vive.

O sempre arguto Roberto Campos acertou na veia com a epígrafe acima. Nossos intelectuais e artistas de esquerda adoram enaltecer as maravilhas do socialismo, mas bem de longe! Gostam de elogiar certo ditador de esquerda, contanto que possam usufruir da liberdade que o povo sob tal tirano não tem. Curtem condenar a burguesia e as elites por todos os males, mas os burgueses da elite são justamente os grandes consumidores de seus trabalhos, possibilitando que vivam como reis. Sem falar que são, eles mesmos, parte dessa elite. Regozijam-se ao pregar a tal “justiça social” e maior “igualdade material”, enquanto suas contas bancárias crescem sem parar, criando um abismo intransponível entre elas e a renda dos pobres que eles dizem defender. Todos devem ser iguais, mas uns mais iguais que os outros. Em resumo, amam posar de nobres almas pregando o altruísmo com o esforço alheio, para benefício próprio.

Viva a hipocrisia! Sou carioca, mas preciso admitir que a “cidade maravilhosa” e o rico artista de tradicional família que defende o socialismo se merecem.

27 comentários:

Anônimo disse...

Boicote não é uma palavra brasileira.

Anônimo disse...

é isso aí meu caro Constantino...acetou na veia pra variar com seu comentários...

cord.
Dartagnan Zanela
http://zanela.tk

Anônimo disse...

Chico é o queridinho da classe média que ele vive esculachando. Como vc expressou "se merecem".

Anônimo disse...

Eu adoro quando alguém diz que "Chico é um gênio" e eu tenho a chance de dizer que é sim um gênio da babaquice e que faz um favor quando se esconde e para de falar suas asneiras...

Ele faria um grande favor se fosse viver com Tio Fidel, o defunto, em sua ilha-prisão.

Anônimo disse...

que beleza de foto, Lulalau e Cihc Buarque

Anônimo disse...

Chico é um excelente compositor, independentemente da simpatia ou desprezo que suas predileções políticas causam. Qualquer coisa diferente disso é como achar que a Cláudia Raia deixou de ser gostosa porque votou no Collor.

Anônimo disse...

... complementando, se você achá-lo um péssimo compositor, que o faça independentemente exatamente das mesmas predileções, o que seria, mesmo que por uma pequena margem, mas razoável do que não achar a Cláudia Raia gostosa. Uma analogia para reforçar o raciocínio: Leni Riefenstahl foi uma péssima cineasta? Tem-se o direito de achar que sim, mas tal julgamento vai contra um virtual consenso sobre os êxitos profissionais da alemã, antes e depois da guerra. Pensando bem, são todas questões estéticas, e considero difícil me decidir qual dos dois lados tem maior importância, mas eu realmente prefiro a Cláudia Raia.

Anônimo disse...

Constantino, vc comeu merda quando era criança, ou comeu criança quando era merda? Vc é um embuste seguido por um bando de imbecis que idolatram seu caminhão de idiossincrasias tolas. Passar bem.

Henrique disse...

Ai, ai... lá vem um "iluminado" anônimo:
... que faltou às aulas de interpretação de texto na escola e não conseguiu perceber que a crítica não foi quanto às composições de Chico, e sim quanto às suas posições políticas...
... que não conseguiu rebater os FATOS de que Chico e outros artistas defensores do socialismo não seriam NADA sem os gordos cachês, ausência de censura e uma burguesia tonta, pronta para consumir suas criações...
... e que, por último, não tem sequer a coragem de assinar o próprio username.
Bem, por que me preocupo? Deve ser apenas mais um adolescente que acha sabe tudo, só porque leu uns livros de História e alguns textos de esquerda.

Anônimo disse...

Falou o adolecente medíocre que só leu alguns textos de econômia e é analfabeto funcional o bastante para não entender nada do que leu, mas pretencioso demais para sair por ai escrevendo merda de gente mas talentosa que ela. Se manca, cara.

Anônimo disse...

Constantino, mais uma vez parabéns por transmitir exatamente o que pensa todas as pessoas dotadas de bom senso!

A esquerda "Chic" adora o socialismo, desde que esta esteja bem longe de suas mansões! E o pior, não lhes falta seguidores!

um abraço!

http://panfleto-libertario.blogspot.com/

Anônimo disse...

Freeman e rodrgo (que nome estranho!) entender o texto não necessariamente implica em concordar com ele, mas essa idéia de todo socialista ou esquerdista ter que ser pobre ou miserável é pura falácia, o que a esquerda defende é igualdade de direitos e melhor distribuição de renda, nada tem a ver com ter que ser pobre por defender as idéias esquerdistas, dizer isso é a extrema burrice. Não sou adolescente, e não tenho obrigação de me identificar, mas pior do que o Constantino, são os idiotas que o seguem e acham que ele descobriu a pólvora, vocês são ridículos. rodrgo (que nome estranho!), volte pra escola, filho, pretensioso é com "s", assim -->> pretenSioso. Depois que aprender a escrever a gente conversa.

Rodrigo Constantino disse...

Anônimo,

Se querem maior igualdade material, não acha que deveriam começar dando o exemplo, distribuindo aos pobres parte de suas verdadeiras fortunas? Até os capitalistas Bill Gates ou Warren Buffett fizeram isso!!! Logo um socialista não faria?!?!?!

No mais, a hipocrisia não é "apenas" a questão da renda não. Veja que o cara defende Fidel mas goza de uma liberdade que os cubanos não tem de expressão. Veja que defende o MST mas o quer longe de seu latifúndio para peladas no Recreio. A hipocrisia está em todo lugar!

Entendo vc preferir se manter no anonimato...

Photographo disse...

Apesar de nunca ter sido brizolista, lembro de quando assisti a uma palestra do Brizola numa Universidade aqui do RS, logo após ao seu retorno do exílio. Ele falou alto e de bom tom e com uma sinceridade impressionante: "Lá fora a gente amadurece. Minhas idéias de 64 são bem diferentes das de hoje. Longe daqui fiquei imaginando como seria Copacabana comunista.
Incompatíveis e contraditórias !"

Mas tem gente que não aprendeu nada lá fora. Nem o Carioca. É só ver o comportamento de alguns exilados "socialistas" e "revolucionários" quando chegaram ao poder. 2006 está aí para conferir...

Anônimo disse...

... peraí, eu sou o anônimo que gosta da Cláudia Raia... bem, talvez todos gostem, mas eu sou aquele que não xingou você!!!

veja

eu sou o que sei mexer em tags HTML!!!%20Ei, e eu só fico no anonimato porque trabalho em uma atividade específica da nossa grande sociedade capitalista na qual, por vezes, a minha opinião e a da empresa que me paga podem ser confundidas e, convenhamos, não convém arriscar, não é mesmo, seria, ahn ... inconvenientemente inconveniente, talvez?

Então vou contar uma piada de certa forma correlacionada a esta situação, que acho que é do Luis Fernando Verissimo, até onde a net pode ser confiável quanto a autoria dos textos, com tantos anônimos por aí: o cidadão vai a um bar com um amigo e o lugar é tão barra pesada que, se o cara pede

'por favor, uma cachaça',

ou se pede uma 'cachacinha', no diminutivo, já questionam a masculinidade do indivíduo, e o preconceituoso público do recinto já faz menção de arrebentar a cara do bem-educado, delicado, talvez, incauto.

Pois eis que entra neste mesmo bar um homem de calça agarrada, rouge, batom, rímel, e diz

'bem, me dá um cosmopolitan, por favor',

no que é silenciosamente atendido.

Ele toma o drinque com o dedinho levantado e termina dizendo
'...ai, tava tããão bommmm!'

e sai sem que uma sombrancelha se levante em protesto em todo o bar.

Então o cidadão que, lá no começo da história, havia se impressionado com a animosidade do lugar, pergunta ao amigo:
'o cara diz por favor e vocês querem arrebentar com ele, por que desta vez ninguém fez nada?'

no que este retruca:

'para um cara daquele entrar num bar como esse aqui, ele tem que ser macho pra caramba...'

aonde quero chegar? eu não sou macho como o cara da piada, então deixemos quieto. Mas a Cláudia Raia não sabe o que está perdendo.

Anônimo disse...

...bem, para que vocês continuem curtindo com a minha cara, eu sou o anônimo que até agora mencionou, no contexto, a Cláudia Raia em todos os seus posts... fiquemos assim, então vocês me conhecem melhor.

Se um copycat vier aqui e mencionar a Cláudia Raia para fingir que sou eu, eu delato.

Para melhor ser entendido, vou dar uma explicação que prescinda de meus comentários anteriores, uma coisa meio, assim, meio markoviana.

Chico Buarque é um artista excelente, ou terrível, independentemente de suas predileções políticas. (I)

Pessoas ouvem músicas porque gostam ou por outras razões inconfessáveis, que, por incofessáveis, jamais conheceremos. Um exemplo, para que ninguém se engane: USA For Africa foi um disco de platina em vários países não por causa da Etiópia, mas porque era um trabalho de alta qualidade, resultado de uma parceria de Michael Jackson com Quincy Jones, e de um verdadeiro dream team de intérpretes, dream, no caso, para alguém cuja mente fosse capaz de criar uma história em seu sonho com tantos protagonistas importantes, talvez Tolstoi ou Pynchon. A música-tema "We are the world" venderia bem demais, ainda que falasse do amor sensual e não do amor entre povos, talvez vendesse mais até (II).

Existe um raciocínio que, das proposições I e II, obtém uma justificativa para a minha resposta anterior que tanta incompreensão causou (dançou, Markov, mas eu decidi deixar a demonstração como lição de casa para os leitores de comentário de blog que aqui chegaram ... juro que ponho a resposta aqui antes do dia de Martin Luther King). Pensando bem, Markov já havia dançado quando falei dos anos 80, ou não, dependendo de uma escolha muito criteriosa de variáveis.

Assim, Chico é admirado e incensado pela qualidade de sua música, tanto pela elite da sociedade carioca, da qual, aliás, faz parte, quanto pela da sociedade paulista da qual, talvez não tão curiosamente, ele também faz parte. Talvez estejam erradas as duas elites, e não seria a primeira vez, assim como a comunidade do Morro da Mangueira, da qual também participa Chico Buarque.

Mas há exemplos de motivos espúrios para se admirar Chico Buarque, e o principal é este: o olhicerúleo compositor carrega aquela multidão de admiradoras que, em poucas palavras, vão ao seus shows porque acham o cara um tremendo pão, não importando o quão antiquada é a alcunha, pelo envelhecimento do próprio termo, não o do Chico Buarque.

Eu entendo pois, por motivos semelhantes, quis assistir a "não fuja da Raia" nos anos 90, não porque achasse Chico um pão, mas por causa da Cláudia Raia, ressurgindo com um quê de Fênix da injusta chamuscada collorida.

Quando avalio o quão atraente é Chico Buarque, eu concordo que também haja lunáticos que vão a seus shows porque acham o cara um tremendo comunista, não importando o quão antiquada é a alcunha, pelo envelhecimento do termo, não o do próprio Chico Buarque.

Não sei por que (eu sei sim, isto é só um recurso retórico infantil), mas acredito mais comum é o contrário, quem não vá aos seus shows porque acham o cara um tremendo comunista, não importando ...

Se lhe incomoda que a sociade carioca, a paulista ou a comunista tanto o admire, entenda que muitos, mesmo os comunistas, o fazem também pelas mesmas razões que talvez você poderia ter para fazê-lo, pela música.

E no campo da política, particularmente, o autor deste blog teria também razões para admirá-lo, jogar no mesmo campo que ele, campo este ideológico, não aquele que aqui querem que seja invadido pelo MST.

Ainda que nossa ditadura tenha sido um castigo no canto da sala de aula comparada com Cuba, lá estava ninguém menos que o próprio Chico cantando a liberdade e o sofrimento, usando a arte e a linguagem para opor-se à opressão... não, ele não cantava a ditadura do proletariado!

Se há algo que une Chico Buarque, Adolf Hitler, Frederik von Hayek, Selma Hayek, Cláudia Raia, eu e você é que todos podemos estar errados.

Define um conjunto um pouco menor a pretensão de jamais estar errado, o que torna a intersecção entre os dois um grupo particularmente interessante de indivíduos mas que, na minha opinião, não inclui Chico Buarque (também não inclui Keynes, Einstein, mas inclui Hitler, não deveria incluir Cláudia Raia).

Um outro grupo (a terminologia está inexata), mais interessante ainda, acredita que já errou, mas crê ser markovianamente infalível: neste instante, sei que estou certo, embora saiba que, quando eu era comunista no colegial, estava errado ... e lá se vai Markov de novo... ah, esqueci que poderia ser particularmente criterioso com as variáveis, tudo bem.

Aceitar uma pessoa, com aquilo que, na sua visão, é contraditório, ser capaz de reconhecer, de admirar aquele que lhe não é igual é o germe da civilização. E o artigo me parece transpirar uma certa intolerância, uma incompreensão daquelas que vejo naquelas pessoas que não entendem que as frases "a sociedade deve renegar o mercado" e "a sociedade deve converter-se ao mercado" carregam uma contradição semelhante (troque mercado por hidrogênio, pi, que a contradição se evidenecia).


P.S.: freeman, bróder, eu também li os livros que você leu, mas acho que não os entendi como você, e realmente faltei às aulas de interpretação de texto na escola. Eu já sabia que as promessas do Guia do Estudante da editora Abril eram vãs, que todos os avaliadores de vestibulares eram comunistas, logo não resistem àquela piscadela na redação 'tovarich, uma mãozinha aqui ajudadaria', que os examinadores da ANPEC que me interessavam só iriam ler as respostas dos testes e que, enfim, um ensaio cookie-cutter, aliado às cartas de recomendação corretas, notas razoáveis (tal como no finado Bozzano Simonsen, para muitas instituições o importante é verem um 7.0 no seu boletim: à distância, os créditos do ciclo básico do IFUSP, inclusive os daquele ano em que tentaram dar Relatividade Geral como optativa na graduação, ou o curso avançado de interpretação de texto para quem bolou aula são rigososamente indistingüíveis), um demographic profile adequado e um belo financiamento a taxas rarefeitas como o ar de Basiléia lhe garantem uma vaguinha na liga ebúrnea, e mal posso esperar para testar as três hipóteses um dia, preferivelmente de uma vez só.

Iluminados somos todos nós: o corpo humano irradia calor a uma proporção pela superfície semelhante à do Sol, então pense duas vezes antes de perpetrar semelhante ataque ad hominem, ou ad luminen ou, melhor ainda, ad anonimen ou, definitivamente ad abdominen.

Anônimo disse...

Quanta masturbação jogada fora – e eu ainda colaboro... masturbação é jogada fora mesmo... –, quanto anônimo que corrige certo a pretensão para escrever errado a “sombrancelha” – tá certo que ela de vez em quando faz sombra pro olho, mas... –, enfim, quanto blablablá inútil por causa de Chic Buarque, que é de Holanda, escreveu Budapeste, mora em Paris, é da esquerda escocesa e adora Cuba.

Com tantas referências, Chic Buarque só poderia ser mais de um: um gênio quando compõe, um chato quando canta e um capadócio quando pensa. Aliás, perfeitamente inserido no contexto dessa geração de pessoas que hoje dominam o show business com pretensões eruditas, se julgando habilitados a dirigir o destino mental brasileiro. Essa turma de viuvinhas de Marx conta também com gente de prestígio em outros setores da cultura, como o parisiense Veríssimo, o casadoiro Niemeyer, o mão-de-merda global Betti e outros tantos que adoram posar de intelectuais e dar lições. É pena que decoraram as palavras de ordem da cartilha sem seguí-la. Iria ser enriquecedor ver Chic Buarque com uma foice, capinando os jardins do Alvorada, Niemeyer com um martelo, consertando a tesoura do telhado de uma escola, Paulo Betti com a mão na merda desentupindo uma latrina e Veríssimo... bem, esse eu acho que, como não ia servir pra nada mesmo, ficaria só mandando.

Só não gostei do “merecimento” recíproco, dado por Rodrigo, entre essa turma e o Rio. Pelamordedeus, respeite a cidade!

Reginaldo Macêdo de Almeida disse...

Para o anônimo que tentou ofender o Rodrigo Constantino, recomendo-lhe uma leitura da Rebelião das Massas do Ortega y Gasset. Lá certamente você vai encontrar um auto-retrato.

Com respeito ao Chico Buarque e todos os outros esquerdistas esclarecidos, a expressão maior do cretinismo intelectual, o que ue tenho a dizer é que antes mesmo de discutir as suas idéias, exigo de todos estes coerência.

Se a classe média é abjeta, não comporte-se como ela nem aceite o seu dinheiro abjeto. Monte um circo mambembe e faça o seu seu show de graça nos rincões do Brasil.

O problema desses socialistas de hospício é que os mesmos quere começar dividindo o do outro, nunca o seu.

Eu proponho que a classe média dê uma resposta ao Cretino BuAraque, não indo ao seu show nem NUNCA MAIS comprando os seus CD's e DVD's. Quem sabe assim ele sai das sombras e diz claramente o que pensa: o que vale mais o dinheiro da burguesia (à qual ele pertence) ou o seu ideário cínico e cretino.

Proponho que espalhemos essa campanha na internet, e mesmo na sua querida Paris, onde o mesmo possui um apto na Ille de Saint Louis, ele seja boicotado tb.

Ricardo Froes: para que a afirmação de que o Rio e o Chico se merecem deixar de ser verdade, ou muda o Rio, ou muda o Chico. Você escolhe. Eu proponho que o Rio mude o Chico.

Reginaldo Almeida

Anônimo disse...

Meu caro Reginaldo:

Esse tipo de boicote não funciona, além de nos nivelar aos lorpas, pascácios e bovinos que acham que não beber Coca-Cola é o máximo do antiamericanismo. Não é bem por aí, até porque o Rio não vai mudar Chic Buarque, obaobista de vários carnavais da esquerda festiva. O que importa é tirar dessa gente os títulos de mestres pensadores da calhordice esquerdista, através do convencimento pela competência intelectual que dispomos nós, que não compactuamos com suas idéias, aplicáveis somente aos vizinhos.

Por falar em competência, Mainardi não saiu na Veja dessa semana por preguiça, eu acho. Semana que vem ele volta. Papo de praia.

Anônimo disse...

É anonimo, você tentou, mas a combinação de cegueira e prestensão consegue ser mais forte por aqui.

Anônimo disse...

"Prestenção" é de comer?

Anônimo disse...

A cegueira certamente foi causada pelo ofuscamento produzido pelo brilho das mentes dos nossos pensadores de esquerda e a aludida pretensão foi um erro de leitura de um dos anônimos aporrinhantes que vagueiam por aqui. Não falei que TENHO competência intelectual, mas sim que DISPONHO dela através de gente que fala a mesma língua que eu e que usa a cabeça para algo mais além de separar orelhas.

Anônimo disse...

Opa, eu sou de esquerda: escrevo, jogo futeblo, como etc com a mão esquerda...

Sinto-me muito bem de minha mensagem ter calado fundo entre vocês, e isto intuo de terem vocês se calado, e apenas criticado a minha grafia para sobrolhos, sombrancelha, e não a minha justificativa sobre por que vocês que se dizem amantes da liberdade deveriam, em algum recôndito do peito, amar a Chico Buarque...


A cegueira a que se refere o comentário anterior também pode se dar pelo excesso de masturbação, a se confiar no que dizia a minha bisavó. Estas referências ao prazer solitário, aliás, me fizeram compreender que devo ser meio velhinho se comparado a vocês, que estou dialogando com a geração Karina Bacchi, Sabrina Sato, no máximo Feiticeira, que não tem talvez a idéia do que significou para o mundo Luciana Vendramini (na edição de dez/87) ou, claro, Cláudia Raia.

P.S.: agora vocês vão me dizer que não sabem o que é futeblo... rá, eu reli o texto, desta vez.

Anônimo disse...

Hora do recreio.
Sua bisavó já se masturbava naquela época? Então ela foi verdadeiramente uma pioneira, pelo menos ao confessar a prática ao bisneto. Agora, vamos e venhamos, Claudia Raia?!... Realmente a sua senilidade é visível, não pela alusão à idade da Claudia – 35 aninhos só – mas pelas deficiências físicas inerentes à sua decrepitude, como a pouca visão, a observação deficiente e as lembranças de passados remotos, como a Luciana Vendramini versão 87. Pelo visto você não se masturba mais, só tira o pó das fotos. Tenho uma da Greta Garbo peladinha, vai?

Anônimo disse...

Feliz os que se vangloriam de tocar uma...

... é deles o reino dos céus, pois sua alegria reside nas mais singelas e sinceras das coisas.

Daqui de baixo da ladeira da vida lanço-lhes um olhar de justa admiração, e se instala em mim uma saudade daquelas coleções escondidas no armário, o valioso fruto de idas furtivas à banca às vezes, mas mais freqüentemente da pilhagem de consultórios da família ou do presente de algum parente mais moderninho. Ah, estas habitantes dos meus sonhos de moço, respeitáveis e voluptosas senhoras de hoje, preservadas e disseminadas no alto de sua glória em websites clandestinos, bittorrents e correntes de e-mails daqueles que poderiam ser os filhos das minhas pueris fantasias.

Um dia, vocês irão lamentar não ter bolado as aulas de interpretação de texto para tocar ainda mais, como também lamentarão ter tão jovens ainda lido a lanterna na popa, em vez de concentrar mais ainda seu tempo nas popas que nossos calçadões singram.

Ainda que nos seus setenta anos você tenha um desempenho sexual melhor que o de hoje, e eu não desprezo o potencial da biotecnologia para o futuro, não vai tardar para você perceber que não tem a mesma graça.

É duro admitir mas, mesmo que você se case com a representação do seu sonho sexual em carne-e-osso ou que tenha a cada dia uma mulher melhor do que a outra, uma hora você cai na real e percebe que não tem a mesma graça.

Uma hora você percebe que não tem mais 13 ou 14 anos como você pensava que tinha quando na realidade já havia passado dos 25, mesmo quando se achava maduro e equilibrado além dos seus anos. Quando menos se percebe, um dia o menino dentro da gente faz as malas e vai embora, e nem despedida houve. Você não necessariamente se ressente, a vida foi boa, você se diz... mas ele se foi

Aquele panteão de mulheres gostosas atrás do armário e todas as barbaridades que você fazia com elas, porém, nem precisa ter ido embora, viverão apenas como hoje o Panteão de Roma ou a Grande Pirâmide: ainda que conservem a sua glória em grande parte e tenham importância preponderante, aquilo está lá, de pé, com um outro propósito.

Só escrevi tanto para lhes aconselhar: haverá tempo nas vidas de nós todos para posarmos com um cachimbo no canto da boca e fazer aquela expressão solerte de experiência, usando polissílabos que estremecem os corações mais jovens.

Aproveitemos os nossos anos de moços com mocismos, e deixemos as ranhetices de senhores que usaram seus últimos anos para reciclar suas frustrações para mofar em livros de histórias que já aconteceram ou que outros que não nós gostariam que nos acontecesse.

P.S.: a Cláudia Raia, um de meus sonhos de menino, já tem uns 40 anos de idade.

Unknown disse...

Simplesmente sensacional seu artigo Rodrigo.

Resumiu em poucas palavras o que eu penso desse m***a de Chico Buarque e de toda essa tralha esquerdinha que são nossos "artistas" (como se no Brasil tivéssemos arte de verdade).

Anônimo disse...

A Claúdia Raia é gostosa????? a mulher tem cara de homem, parece um travesti !!!!!! Se liga né rapaz.....