sexta-feira, junho 27, 2008

Bomba-Relógio

Jornal O DIA

Rodrigo Constantino

Economista e membro do Instituto Millenium

Rio - O modelo previdenciário brasileiro precisa de reformas urgentes. Para uma população relativamente jovem, o governo gasta demais com aposentadorias. Para se ter uma idéia, somos o espelho dos Estados Unidos: eles têm aproximadamente 12% de idosos na população e consomem 6% do PIB com previdência; nós temos 6% de idosos e gastamos 12% do PIB. A conta não fecha e o rombo é crescente.

O modelo de benefícios definidos não atrelados às contribuições individuais, os privilégios do setor público e a reduzida idade mínima diante do aumento da expectativa de vida estão entre os culpados dessa situação. A indexação das aposentadorias ao salário mínimo também é outro grande vilão.

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) calculou em 2006 o efeito acumulado sobre a despesa do INSS, capitalizado pela taxa de juros Selic, dos sucessivos aumentos reais do piso previdenciário desde 1994. O resultado foi de cerca de R$ 250 bilhões, em torno de 12% do PIB. Se o repasse tivesse acompanhado a inflação desde 1994, a economia nos gastos previdenciários em 2006 seria de 1,7% do PIB. É um valor expressivo.

Como a tendência é de mais aumento real do salário mínimo, esse impacto na Previdência é crescente, aumentando o rombo de forma insustentável. Trata-se de uma bomba-relógio, um acidente esperando para acontecer. Não adianta pregar maravilhas e ignorar seus resultados concretos.

No fim, a conta terá que ser paga, e os aposentados descobrirão que acreditaram numa ilusão. É fácil fazer promessas bonitas, mas é difícil cumpri-las. Além disso, não custa lembrar o ditado: de boas intenções, o inferno está cheio!

16 comentários:

Anônimo disse...

Este país é uma piada, e o cidadão médio brasileiro é o português da história... o que fazer? A previdência pública é um acidente de trem esperando pra acontecer; guardar economias em instituições financeiras em um país como o nosso é no mínimo perigoso, vide casos como o do Econômico em que bancos vão a "falência" e os correntistas ficam a ver navios; empreender é botar um nariz de palhaço e trabalhar para sustentar a corja burocrática... não tem jeito, escolhi a carreira pública pq, mesmo sendo um libertário de convicção, não há como fugir da realidade. No Brasil, ou vc entra para a carreira pública, ou vira escravo dos funcs públicos... este país não tem futuro.

Julek disse...

Exatamente, a população acredita em uma ilusão, e muita gente já sabe disso.

Mas na verdade o buraco é mais embaixo. O sistema de sistemas de pensão por 'solidariedade entre gerações' jamais foi solvente, jamais fez economias. Venderam gato por lebre para a população, que a princípio comprou a idéia porque no começo as pirâmides funcionam que é uma beleza.

Economizar para a velhice ou para os tempos difíceis é uma das motivações mais comuns de quem faz economias. Dinheiro economizado rende juros.

Pois bem, o sistema de pensão estatal é sem acúmulo de economias. Os segurados pagam para sustentar a aposentadoria dos atuais em troca do direito a receber parte do salário dos trabalhadores futuros. Este sistema não acumula juros e não gera poupança.

Para ter uma idéia, em um salário de 1000R$ este sistema criminoso chamado INSS desconta dos dois lados, patrão e trabalhador, 31% de 1000R$, 310R$ por mês. Faça o leitor uma simulação de investimento e veja o quanto isso renderia em 35 anos. 31% de um salário é uma taxa de poupança alta, mais do que suficiente para garantir uma aposentadoria sossegada, desde que esse dinheiro rendesse juros.

Como ao invés de um sistema de capitalização se escolheu um sistema baseado em pirâmide populacional - eufemisticamente chamado de 'solidariedade entre gerações' ou de 'repartição' - necessitamos que o número de pessoas entrando no sistema seja suficiente para cobrir as despesas dos aposentados atuais. É um sistema que roda no vazio, e por isso não acumula juros. Quando cai a entrada do sistema, entra o governo pra cobrir o rombo, ou se mudam os termos do sistema, o que também é injusto.

Fazendo uma comparação com a compra de um carro: no sistema de capitalização você economiza, recebe juros, e compra o seu carro quando chegar no valor necessário. No sistema de consórcio, você paga uma fração do carro de alguém, para depois alguém pagar o seu. No consórcio recebe o carro quem ganha um sorteio. No sistema de pensão, quem passa de certa idade. E o sistema de consórcio é fechado - no final todo mundo leva o seu. Os contemplados contiuam pagando. Já no sistema de pensão atual você levar o seu depende da entrada futura de um novo membro, e os aposentados param de contribuir ao sistema.

Se alguma empresa de consórcios resolvesse fazer um sistema igual ao de pensões por repartição, aberto e com 'solidariedade entre gerações' não duvido que esta empresa seria processada por estelionato.

Estes são dois pontos espinhosos sobre os quais jamais vemos nenhum comentário dos economistas. É difícil aceitar que não apenas a população acreditou em uma mentira, mas que além disso ainda foi uma das maiores mentiras de todos os tempos.

Anônimo disse...

Além da folha de pagamentoo INSS ainda faz outros assaltos.
...o que piora mais ainda é o roubo e não apenas o rombo.

"Povo que se corrompe na política do Poder, permanece sempre fudido*, enganado até morrer."

Abs
C. Mouro

Anônimo disse...

por mais que seja importante a questão do financiamento da previdência , só aqui nos temos figura da aposentado contribuindo previdenciariamente, cmo que eu posso contribuir imediatamente para mim mesmo ?

não faz sentido , oq temos é uma forma de se reduzir salário, não questiono a importância dos valores auferidos com essa cobrança, mas e analisar-mos a lógica isso não faz o menos sentido.

Anônimo disse...

"não tem jeito, escolhi a carreira pública pq, mesmo sendo um libertário de convicção..."

Lol, nada mais hipócrita que um funcionário público neo-liberal.

-Privatiza os outros!

-Mas e você, você é funcionário público?

- Não, mas eu... eu to aqui, eu passei na prova, tenho direitos adquiridos... Eu tabalho muito!

É, tenho certeza que você preferia estar trabalhando por uma merreca para sustentar o estilo de vida luxuoso de um dono de empresa e sua família, e ainda ouvir que se não estiver satisfeito tem milhares que querem sua vaga. Quantas vezes eu já vi filhos de empresário tirarem dinheiro da empresa para comprar carrões e férias luxuosas fora de época, para depois dizerem: "A situação da empresa está difícil, está dando pouco lucro."
A grande verdade é que sem o setor píblico a hipócrita classe média estaria ferrada.

Anônimo disse...

Depois da ficção de quinta categoria inventada pelo sujeito para aliviar sua propria consciencia, vem a perola:

"a grande verdade é que sem o setor píblico a hipócrita classe média estaria ferrada"


Eu adoro essas frases que começam com "a grande verdade é...".

É tipico de quem tem varios conceitos de "verdade" conveniente, para cada tipo de situação em que se encontra.

Então ele se depara com um liberal, aquele sujeito de valores absolutos, o empreendedor privado, que sustenta compulsoriamente o setor publico, alem de ser a força motora da economia e o responsavel direto pelo bem estar da sociedade, e precisa se refugiar na ficção para ficar com a consciencia tranquila.

Da pra comparar a qualidade do atendimento a classe media, feita pelo setor publico, e pelo setor privado? Em uma ouvimos, "obrigado e volte sempre", "o cliente tem razão"..


no outro ouvimos ".. "vai logo embora que ja deu meu horario..."

"estamos em greve"...

, "pegue sua senha e espere se quiser,"...

"se conforme com meu mal humor"

Da para falar em liberdade de escolha do consumidor, no setor publico? No setor privado, cada centavo é um voto. empresarios vivem de descobrir a preferencia dos consumidores.

No setor publico, as coisas surgem por decreto, independente de serem economicamente viaveis ou nao. E permanece existindo.

Em seguida, temos sindicatos e militantes reinvindicando aumento de vagas, de salarios, posando de indispensaveis para a sobrevivencia da sociedade.

Alguem que gasta o dinheiro da empresa com farra, e a quebra, será punido pelos consumidores. Nao tera como investir e sera varrido pela concorrencia.

E uma estatal que tem milhoes deviados? Que banca a vida de pessoas desproporcionalmente ao retorno dado aos consumidores?

E uma estatal que presta um pessimo servico aos consumidores?

E um funcionario publico que atende os clientes com má vontade, com preguiça, com falta de educação etc etc... ? Pode ouvir um: "ou voce melhora ou sera substituido por alguem mais educado?"


E nos da classe media é que somos hipocritas.. rs..

Anônimo disse...

"Da pra comparar a qualidade do atendimento a classe media, feita pelo setor publico, e pelo setor privado?"

Ah é, o atendimento das operadoras de celular é excelente(sarcasmo). Também adoro a simpatia das operadoras de telemarketing que vivem tentando te empurrar coisas inúteis para você ter que pagar.


"No setor privado, cada centavo é um voto. empresarios vivem de descobrir a preferencia dos consumidores."

A concorrência perfeita de Adam Smith é uma utopia. Na prática as empresas privadas formam cartéis com produtos indispensáveis que o consumidor tem que comprar para sobreviver. Isso quando não é um monopólio privado, que é pior que um monopólio estatal. Vide, por exemplo, o caso da Coelba na Bahia que foi privatizada e presta um serviço horroroso e caro para a população.


"No setor publico, as coisas surgem por decreto, independente de serem economicamente viaveis ou nao."

Ta maluco? Qualquer obra pública tem que ter um estudo de viabilidade técnica e econômica.
Talvez sua noção de viabilidade econômica seja "lucros obscenos para o empresário e risco zero".


"Em seguida, temos sindicatos e militantes reinvindicando aumento de vagas, de salarios, posando de indispensaveis para a sobrevivencia da sociedade."

O que isso tem a ver com a história? Sindicatos existem tanto no setor público quanto no privado.
Eles existem para impedir que empresários que, como você, consideram os trabalhadores dispensáveis coloquem as pessoas para trabalhar em condições sub-humanas, como acontecia antes dos sindicatos surgirem.
Indispensável...
Faça uma greve, vê se alguém vai sentir falta.


"Alguem que gasta o dinheiro da empresa com farra, e a quebra, será punido pelos consumidores. Nao tera como investir e sera varrido pela concorrencia."

A não ser que ele forme um cartel com outro empresário que também vai estar na farra.


"E uma estatal...
E um funcionário público... "

É, tenho certeza que os funcionários de empresas privadas iriam adorar se todas as vagas no setor público fosses extintas e todos os funcionários públicos e empregados clt de estatais fossem demitidos.
Pela lei da oferta e demanda, quando você tem menos vagas e mais gente desempregada, o valor do profissional tende a cair.
Se triplicasse o número de pessoas almejando a sua vaga, seu salário cairia e você seria obrigado a trabalhar que nem um cachorro 12 horas por dia para não ser substituído.
Tudo bem que a gente quer trabalhar, mas a gente não quer ser escravo.
Isso sem falar que um grande contingente de desempregados faz a economia estagnar, por que um grande percentual da população não tem renda nem poder de consumo nenhum.

Anônimo disse...

O Anônimo das 6:42 é uma vítima da propaganda esquerdista, acredita no imbróglio marxista. A grande verdade é que o mercado livre é tão prolixo, tão fecundo, que consegue sustentar até mesmo sistemas que o reprimem. Como o insidioso socialismo brasileiro, que já tem 25 anos de idade.
A Situação por aqui esta cada vez pior. Qualquer pessoa que freqüente uma universidade, já ouviu palestras e professores explicando as enormes vantagens de empregos e cargos públicos. O Jovem universitário tem a certeza que procurar uma carreira pública é extremamente vantajoso. E de fato é. A distorção profunda do mercado realizada pelo governo, aos poucos construiu um caminho sem saída. Eventualmente não haverá como sustentar o leviatã. As soluções apresentadas são todas obsequiosas e fracas. O pouco de liberdade econômica que o PSDB implantou quando esteve no poder, e que esse anônimo insipiente chama de Neo-Liberalismo, apenas comprou mais tempo para os coletivistas brasileiros continuarem construindo uma sociedade de estado-dependentes e apaniguados.

Como o Brasil nunca teve sua revolução liberal, como por aqui as idéias da liberdade individual nunca encontraram terreno fértil, não possuímos os anticorpos contra essa sorte de equivoco (Permitir que o estado cresça e destrua o indivíduo livre ). Nesse sentido, nossa constituição é a antítese da americana, enquanto os americanos, esses sortudos, construíram seu país sob a idéia de que o tamanho do estado deveria ser limitado pela constituição. Por aqui, a constituição faz justamente o contrário.

Será muito difícil introduzir uma sociedade livre e, portanto próspera, no Brasil, pelos meios democráticos. A Democracia brasileira esta completamente comprometida pelo que a de pior nesse sistema. A maioria das pessoas se vê disposta a viver suas vidas na pobreza e sustentando toda uma casta crescente de parasitas sociais, somente quando esse sistema tornar-se completamente insustentável i.e. Quando não der mais pra escravizar as pessoas que produzem; em nome do coletivo, é que teremos talvez a oportunidade de realizar uma mudança radical. Claro que não precisaríamos chegar ao ponto de ruptura, mas a realidade é maquiada diligentemente por políticos e intelectuais (os homens de boa vontade) que acreditam estarem defendendo um sistema de justiça social.

No mundo inteiro, as esquerdas comemoram o Welfare State, e usam o Brasil como exemplo de uma sociedade socialista que esta dando certo. Claro que não são capazes de observar que as coisas boas vêm mesmo é do pouco de liberdade econômica que o sistema progressista permite por puro pragmatismo (Afinal alguém tem de produzir para pagar Impostos).

Há 25 anos trilhamos o caminho da servidão. Condenando gerações de indivíduos a uma vida limitada. O Brasil é um fetiche perigoso, o país é visto como um bom motivo para sacrificarmos pessoas e a liberdade individual em seu nome.

Quando será que a mudança virá? E qual terá sido o preço do “experimento socialista” ?

http://www.fee.org/publications/notes/notes/OGrady.asp

"A truly good book teaches me better than to read it. I must lay it down and commence living on its hint. . . . What I began by reading I must finish by acting."
Henry David Thoreau

Anônimo disse...

Infelizmente uma realidade, que está tornando-se universal.

"Será muito difícil introduzir uma sociedade livre e, portanto próspera, no Brasil, pelos meios democráticos. A Democracia brasileira esta completamente comprometida pelo que a de pior nesse sistema. A maioria das pessoas se vê disposta a viver suas vidas na pobreza e sustentando toda uma casta crescente de parasitas sociais, somente quando esse sistema tornar-se completamente insustentável i.e. Quando não der mais pra escravizar as pessoas que produzem; em nome do coletivo, é que teremos talvez a oportunidade de realizar uma mudança radical.

O progresso pela liberdade, ou alguma liberdade, acaba permitindo que se destrua a liberdade.
A grande merda é que não há revide, depois dos crápulas causarem a destruição e tornarem-se vulneráveis, escoram-se na moral dupla para exigirem o respeito e a tolerância que nunca praticaram.

Imaginemos que haja uma revolução em Cuba do mesmo jeito que Fidel realizou.
O mundo inteiro condenaria e exigiria a intervenção "humanitária" contra os revolucionários que "não deviam se igualar a Fidel e aos socialistas". Sob tal bondosa e "civilizada" moral a mídia justificaria com estardalhaço a ocupação da ilha por estrangeiros para impedir que as vitimas de Fidel e sua corja devolvessem as "gentilezas socialistas" por que passaram.

Ou seja, os salafrários da cupula socialista cubana e seus agregados, caso lá se implantasse um governo prestador de serviços (liberal ou libertário, enfim), simplesmente seriam ricaços e abastados no novo governo. A malta de funcionários permaneceria.
Ou seja, os crápulas que torturam, matam, oprimem e escravizam a população cubana sabem que mesmo que sua canalhice desabe eles estarão tranquilos para desfrutarem permanentemente das canalhices que praticaram respaldados pela moral dupla: uma que praticam e outra que cobram dos outros e dela fazem propaganda. ...Essa é uma técnica milenar!

basta que se veja o que resultou da "revolução de veludo" nos paises socialistas. Não houve revanche, revide, nada. Os canalhas, as cupulas estatais simplesmente continuaram em sua maioria no Poder. Nada perderam. Continuaram apenas mais moderados em relação ao totalitarismo anterior.

Não há o menor receio de ser um totalitário socialista com discurso diferente da prática. Afinal, caso as coisas deem errado, NADA sofrerão, podendo usufruir gostosamente das calhordices que praticam. Afinal, a estratégica moral dupla patrocinada pelo discurso "bonitinho" segundo os valores safadamente vigentes lhes garante. Medo tem os que os cobatem, pois se cairem em desgraça serão implacavemente perseguidos e arruinados.

A questão é os valores são porcos, instituidos para a dominação de populações; para a fragilização, o desfibramento, o pieguismo, a submissão, a covardia e etc., a construção da "alma do escravo" a que tantos já se moldaram. ...cuisp!

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Ah! os socialistas e bondosos se postaram contra o revide que a população iraquiana iniciou contra os antigos "saddanzistas". ...iclusive e sobretudo sob os discursos midiaticos que condenavam o revide.

Eram os socialistas em defesa de Saddan e seus patidários do Partido Socialista Iraquiano, Bath.

É fácil ser socialsta totalitário. É garantioa de impunidade.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

por isso eu vou para o Canadá,

não quero saber e convido quem quiser para vir junto

http://www.cic.gc.ca/english/immigrate/skilled/assess/Education.asp

é só fazer o teste, fez 67 pontos esta dentro, é enviar os DOCs para o consulado e esperar,


mais pontos não melhoram a aceitação, vc pode ir para onde quiser no país, e tem todos os direitos de um cidadão só se excluem os políticos, direito reservado aos nativos, depois de 3 anos lá já é possível se naturalizar.

sou absolutamente contra imigração ilegal, acho que a europa esta certa , imigrante ilegal tem que ser chutado fronteira a fora.

oq proponho é legalidade

ter filhos é bom , ter familia tmb,

não quero mais saber daqui.

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O ULTIMO QUE SAIR APAGA A LUZ DO AEROPORTO

Anônimo disse...

"Ah é, o atendimento das operadoras de celular é excelente(sarcasmo). Também adoro a simpatia das operadoras de telemarketing que vivem tentando te empurrar coisas inúteis para você ter que pagar."

É verdade. Considero o atendimento deles uma porcaria. Mas olha só, trata-se de uma excessão a regra do mercado, que voce tenta generalizar.

Antes tinhamos o monopolio estatal da telecomunicação. Telefones absurdamente caros, sem escolha de operadora e um péssimo atendimento aos consumidores feitos pelos funcionarios publicos do setor. Hoje temos liberdade de escolha, embora limitada ainda pelas dificuldades impostas pelo proprio governo a entrada de concorrentes.


Observe quanto tempo passamos escravos de um monopolio estatal. Não avançamos? Temos aparelhos e linhas disponiveis por um preço super barato e instalação rapida. Saimos do funcionalismo publico da telecomunicação para o oligopolio privado e estamos incomparavelmente melhor que antes, APESAR das dificuldades a entrada de novos concorrentes.

Hoje , um grupo (minoria) reclama com razão do atendimento, cobranças indevidas etc. . Antes se quer tinhamos a quem reclamar ou a quem recorrer!

"A concorrência perfeita de Adam Smith é uma utopia. Na prática as empresas privadas formam cartéis com produtos indispensáveis que o consumidor tem que comprar para sobreviver. Isso quando não é um monopólio privado, que é pior que um monopólio estatal. Vide, por exemplo, o caso da Coelba na Bahia que foi privatizada e presta um serviço horroroso e caro para a população."



Quem falou em CP? Isso é piada quando estudamos o processo de mercado.

A "concorrencia perfeita" é algo que so existe quando trabalhamos com modelos de equilibrio, onde toda a informação esta dada, e ignoramos todo o processo de formaçao de tais equilibrios, assimetrias na informação, ignorancia, processo de descoberta.. etc. É extremamente dificil em um ambiente de livre mercado puro , que empresarios formem carteis bem sucedidos. O que temos via de regra, são grupos politicamente fortes obtendo privilegios e proteção atraves do Estado e impondo o custo sobre os consumidores.

Desde que um ou um grupo de empresarios nao detenham todo o estoque dos produtos e fatores que são utilizados para servir os consumidores, todos os demais empresarios podem explorar as oportunidades de lucro obtidas pela diferença entre os preços dos fatores e do produto final, desde que não sejam impedidos pela força.

Energia é um setor extremamente regulado, com preço administrado.
Reclame com o governo!

"Ta maluco? Qualquer obra pública tem que ter um estudo de viabilidade técnica e econômica. Talvez sua noção de viabilidade econômica seja "lucros obscenos para o empresário e risco zero".


Citarei exemplos reais para facilitar seu enendimento.

O porto de Santos, estatal, é o principal do país, apresenta diversos gargalos. A titulo de comparação, o porto de CINGAPURA MOVIMENTA CERCA DE 100 CONTEINERS POR HORA, AO CUSTO DE $70 CADA.

O Porto ESTATAL de Santos a movimentação media nao passa dos 40 conteiners, ao custo de $250 cada. O Porto de |Cingapura movimenta seis vezes mais toneladas do que o de Santos, e o numero de funcionarios é DE UM DECIMO DO SE SANTOS.

Entendeu?


Ainda temos por exemplo as obras eleitoreiras do PAC. O "cimento social" rs.... Voce deve ser baiano, suponho, por ter citado a COELBA. O Metrô da BAHIA como anda? Conhece alguma obra 100%¨privada que levou governos e ainda ta encalhado? Uma empresa privada jamais passaria por isso. Ou quebraria, ou desistira do negocio, ou jamais o faria. Seus recursos são limitados. E os do governo?

O governo leva ate as ultimas consequencias negocios absurdos , pois o custo financeiro é diluido na sociedade, e sempre pode ser obtido mais e mais.


Acho isso tão elementar que não deveria precisar explicar. Veja a situação da nossa infra estrutura, ou o custo/benefico das escolas publicas, e reflita sobre a viabilidade economica do Estado.

Anônimo disse...


O que isso tem a ver com a história? Sindicatos existem tanto no setor público quanto no privado.
Eles existem para impedir que empresários que, como você, consideram os trabalhadores dispensáveis coloquem as pessoas para trabalhar em condições sub-humanas, como acontecia antes dos sindicatos surgirem.
Indispensável...
Faça uma greve, vê se alguém vai sentir falta.


Os sindicatos hoje no Brasil conseguiram atraves do Estado vantagens absurdas que envenenam as relações trabalhistas e alimentam o desemprego e a informalidade , principalmente jogando nesta situação as classes mais sensiveis, como jovens, idosos e miniorias discriminadas.

Um trabalhador hoje dispoe de mais conforto material , graças aos empresarios e não aos sindicatos. Ar condicionado, carro, telefone, computadores, DVDs, remedios, alimentos , vestuario, equipamentos e ferramentas...tudo foi viabilizado para as massas de consumidores e trabalhadores por empresarios avidos por lucro e ganho de produtividade. Sindicatos que no passado destruiam equipamentos que julgavam gerar desemprego , hoje se dedicam a greves e a reinvindicação de "direitos" que alimentam ainda mais o desemprego. E no setor publico, se dedicam a reinvindicar concursos publicos (e dai se precisamos?) salarios e privilegios (redução da jornada de trabalho, aumento da licensa maternidade etc). Seriam uteis se se dedicassem a ajudar os trabalhadores a buscarem melhores oportunidades de salario, se exigissem melhores condições de trabalho atraves de acordos com os patrões. Mas hoje o que vemos é uma piada que encarece o custo do trabalho, que envenena as relaçoes entre empregados e patroes com uma legislação trabalhista que é praticamente uma bomba sobre qualquer empresa. Tudo se torna motivo de processo, prejudicando os proprios trabalhadores, as empresas e as classes mais sensiveis..

confira voce mesmo:

http://portugues.doingbusiness.org/ExploreTopics/EmployingWorkers/

Anônimo disse...


"Alguem que gasta o dinheiro da empresa com farra, e a quebra, será punido pelos consumidores. Nao tera como investir e sera varrido pela concorrencia."

A não ser que ele forme um cartel com outro empresário que também vai estar na farra.


Isso. Dois empresarios que torraram o dinheiro de suas empresas com farra, acordaram de ressaca e resolveram formar um cartel para recuperar o prejuizo. Tão simples é?

Se eu soubesse que seu conhecimento sobre o assunto era tão limitado, eu nem teria me dado o trabalho de responder suas besteiras.

Anônimo disse...

É, tenho certeza que os funcionários de empresas privadas iriam adorar se todas as vagas no setor público fosses extintas e todos os funcionários públicos e empregados clt de estatais fossem demitidos.
Pela lei da oferta e demanda, quando você tem menos vagas e mais gente desempregada, o valor do profissional tende a cair.
Se triplicasse o número de pessoas almejando a sua vaga, seu salário cairia e você seria obrigado a trabalhar que nem um cachorro 12 horas por dia para não ser substituído.
Tudo bem que a gente quer trabalhar, mas a gente não quer ser escravo.
Isso sem falar que um grande contingente de desempregados faz a economia estagnar, por que um grande percentual da população não tem renda nem poder de consumo nenhum.



Os recursos que eram gastos pelo governo com o funcionalismo publico, seriam gastos pela iniciativa privada com a eventual redução do funcionalismo publico. Os empregos perdidos no setor publico seriam compensados por novos empregos no setor privado. Alem disso, seriam empregos mais produtivos, pois seriam criados em setores onde os consumidores voluntariamente gastariam seus recursos, e não onde um politico decidisse ou onde um sindicato conquistasse atraves de greve. Outro fator positivo seria a redução dos impostos, e consequentemente novos negocios se tornariam viaveis a longo prazo e as empresas ganhariam competitividade.

Ninguem aqui é a favor de condições analogas a escravidão , de "excesso de trabalho" etc... Estes apelos altruistas e julgamentos morais, são apenas fruto da falta de entendimento sobre economia.

Nossa legislação trabalhista joga no desemprego justamente as pessoas cuja intenção era ajudar. O que ajuda os trabalhadores, são mais e mais empresas nascendo. Produtos e ferramentos sendo criadas. Nossa legislação trabalhista so atrapalha tudo isso, mas é aceita pois os eleitores não são economistas, e os politicos so estão interessados no que é popular, independente de ser eficaz.

Anônimo disse...

Nosso amigo, Anônimo. Mora no fundo de um poço. Deixe-me tentar jogar-lhe uma corda.


Ah é, o atendimento das operadoras de celular é excelente(sarcasmo). Também adoro a simpatia das operadoras de telemarketing que vivem tentando te empurrar coisas inúteis para você ter que pagar.

R: O Atendimento ruim das empresas de telefonia certamente se modificariam se o ambiente econômico no Brasil fosse mais livre. Fora a obvia falta de concorrência, que acontece porque o gorverno é assediado pelo lobbie dessas empresas de telecomunicações para passar legislação que “defende os interesses nacionais”, mas na pratica cria uma reserva de mercado mantendo os serviços ruins e os preços altos, temos ainda uma prova de como os monopólios privados duram pouco: Observe o que ocorreu no começo do ano nesse mercado. Uma das empresas conseguiu na justiça anular o efeito da regra que determinava que os chips dos celulares deveriam ser habilitados somente em aparelhos vendidos pela operadora. Na busca por mais lucro, essa empresa quebrou seu “pacto” com suas companheiras de cartel para acabar com uma regra que de fato diminuía a liberdade do consumidor em adquirir um aparelho que lhe bem aprouvesse e o serviço de sua preferência.

As evidências de que os monopólios privados, se deixados a própria sorte, irão diminuir são arrebatadores. O problema é quando os monopólios provados, juntamente com o governo, conspiram contra os cidadãos. O Governante vende os serviços de legislar a favor das grandes corporações, em troca de grana para campanha política. É o que ocorre nos EUA. É o que ocorre no Brasil do Lula (Caso Varig, Caso da BrOi e tantos outros)
E aqui sugiro a seguinte leitura “Triumph of Consevatism” de Gabriel Kolko, Kolko é um MARXISTA, então pode ter certeza que não deseja defender a causa capitalista.
http://www.amazon.com/Triumph-Conservatism-Gabriel-Kolko/dp/0029166500/ref=pd_bbs_sr_1?ie=UTF8&s=books&qid=1214793592&sr=8-1

O que esse autor nos mostra, é como de fato, as leis que deveriam proteger o interesse do “coletivo” de fato protegem empresários, que o Rodrigo chama de “Os Amigos do Rei” e grupos de trabalhadores sindicalizados em detrimento de todo o resto da sociedade.

Em suma, os monopólios privados e seus efeitos insidiosos são SEMPRE amplificados pela aliança com o governo. Os libertários de esquerda acham que os vilões são as grandes corporações, os libertários de direita acham que os vilões são os governos. Pouco importa. O que importa é que Governo e “Empresários Amigos do Rei” se unem para criar um ambiente com MENOS CONCORRÊNCIA, e, portanto, garantirem seus produtos ruins a preços altos.
O resto das tolices escritas pelo anônimo são repetições das mesmas falácias propostas acima.