sexta-feira, maio 17, 2013

Ser Conservador


Michael Oakeshott

Ser conservador é preferir o familiar ao desconhecido, preferir o tentado ao não tentado, o fato ao mistério, o real ao possível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao superabundante, o conveniente ao perfeito, a felicidade presente à utópica.

Assim sendo, as mudanças pequenas e lentas serão, para ele, mais toleráveis que as grandes e repentinas, e valorizará consideravelmente toda a aparência de continuidade.

A única forma que temos de defender a nossa identidade (ou seja, de nos defendermos a nós mesmos) contra as forças adversas da mudança encontra-se no conhecimento da nossa experiência; apoiando-nos naquilo que mostre maior firmeza, aderindo àqueles costumes que não estejam imediatamente ameaçados e assimilando assim o novo sem nos tornarmos irreconhecíveis para nós mesmos

É por algum subterfúgio do conservadorismo que todas as pessoas ou povos forçados a sofrer uma mudança notável evitam a desonra da extinção.

Para além disso, ele está consciente de que nem toda a inovação constitui verdadeiramente um avanço.

Ainda mais, mesmo quando a inovação representar um progresso convincente, ele analisará duas vezes os argumentos que a justificarem antes de a aceitar.

Existe a possibilidade de que os benefícios que se obtiverem sejam maiores que os previstos, mas existe também o risco de estes serem contrabalançados por mudanças para pior.

A inovação implica uma perda certa e um ganho possível. Por conseguinte, cabe ao hipotético reformador provar ou demonstrar que pode esperar-se que a mudança seja, em última instância, benéfica.

Consequentemente, ele prefere as inovações pequenas e limitadas às grandes e indefinidas. Em quarto lugar, ele prefere o passo lento ao rápido, e pára para observar as consequências atuais e fazer os ajustamentos necessários.

O indivíduo de temperamento conservador pensa que não deve abandonar um bem conhecido por outro desconhecido. Não gosta do perigoso e difícil; não é aventureiro; não o atrai navegar por mares desconhecidos; para ele não há qualquer prazer em encontrar-se perdido, aturdido ou naufragado.

O que os outros vêem como timidez, ele qualifica como prudência racional; o que os outros interpretam como sendo inatividade, para ele constitui uma inclinação para desfrutar em vez de explorar. É uma pessoa cautelosa e tende a indicar a sua aprovação ou desaprovação não de forma categórica, mas prudente.

Sempre que uma identidade firme é alcançada, ou sempre que a situação dessa identidade é precária, é a disposição conservadora que triunfa. Por outro lado, a atitude adolescente é, amiúde, predominantemente temerária e experimental; quando somos jovens, não há nada que nos pareça mais atrativo que correr riscos.

A relação entre amigos é sentimental, não utilitária; o vínculo é de familiaridade, não de utilidade; a atitude implícita é conservadora, não “progressista”. E o que é fundamentalmente verdade na amizade não é menos verdade em outras experiências – o patriotismo, por exemplo, ou a simples conversa -, cada uma das quais exige uma atitude conservadora como uma precondição para o seu gozo.

Consequentemente, todas as atividades em que o que se procura é o agrado resultado não do sucesso do intento, mas da familiaridade desta, constituem símbolos da postura conservadora.

Quem vê na pessoa de disposição conservadora (inclusivamente naquilo a que se chama vulgarmente de “sociedade progressista”) um indivíduo solitário que nada contra a esmagadora corrente das circunstâncias só pode ter ajustado os seus binóculos de modo a ignorar um largo campo da ação humana.

De fato, não me parece que o conservadorismo esteja necessariamente relacionado com alguma crença particular acerca do universo, do mundo ou da conduta humana em geral. Prende-se, isso sim, com crenças sobre a atividade de governar e os instrumentos do governo, e é em crenças nestes tópicos, e não em outros, que pode ser compreendido.

Naturalmente, nem todos esses sonhos são exatamente iguais; mas têm em comum o fato de que cada um deles representa uma visão das circunstâncias humanas em que as ocasiões de conflito foram eliminadas, uma visão em que a atividade humana aparece, assim, coordenada e caminhando numa só direção em que todos os recursos são utilizados na sua totalidade. Entendem estas pessoas que a função do governo é impor, aos seus súbditos, as circunstâncias humanas dos seus sonhos. Governar é transformar um sonho privado numa forma de vida pública e obrigatória. Deste modo, a política passa a ser um encontro de sonhos e, na atividade política, o governo agarra-se a esta interpretação da sua função, recebendo, por isso, os instrumentos que para ela são apropriados.

A imagem do governante deve ser a de um árbitro cuja função consiste em aplicar as regras do jogo, ou a de um moderador que dirige um debate sem participar nele.

Em resumo, a função que se atribui ao governo é a da resolução de alguns dos conflitos que são gerados por essa variedade de crenças e atividades; preservar a paz sem impor uma proibição à escolha ou à diversidade implícita do seu exercício; e sem impor uma uniformidade substantiva, a não ser mediante a aplicação de regras gerais de procedimento a todos os súditos de igual modo.

Em síntese, os segredos do bom governo provêm do protocolo, não da religião ou da filosofia; no gozo de um comportamento ordeiro e pacífico, não na busca da verdade ou da perfeição.

O guardião deste ritual será o governo, e as regras que o impõem serão “a Lei”.

Governar não tem a ver com o bem ou com o mal moral, e o seu objetivo não é fazer homens bons ou melhores; não vai buscar justificação à “perversão natural da humanidade”, é algo necessário apenas devido à tendência que há para se ser extravagante; a sua função [do governo] consiste em manter os seus  súbditos em paz uns com os outros nas atividades em que escolheram procurar a felicidade.

Por conseguinte, o conservador nada terá a ver com as inovações que se destinem, meramente, a satisfazer situações hipotéticas; optará por empregar a regra que tem a inventar uma nova; achará conveniente atrasar a modificação de regras até que seja claro que a alteração de circunstâncias que a justifica veio para ficar. Suspeitará de propostas de mudança que vão além do que a situação exige; dos governantes que peçam poderes extraordinários para a consecução de grandes modificações e cujas palavras estejam relacionadas com banalidades como “o bem público” ou a “justiça social”; e dos Salvadores da Sociedade que abracem a armadura e procurem dragões para matar.

O conservador entende que a função do governo não consiste em alimentar paixões e dar-lhe novos objetivos com que possam alimentar-se, mas sim em introduzir um ingrediente de moderação nas atividades de pessoas demasiado apaixonadas; limitar, desencorajar, pacificar e reconciliar; não atiçar o fogo do desejo, mas sufocá-lo. E tudo isto não porque a paixão seja um vício e a moderação uma virtude, mas porque a moderação é indispensável se se quiser evitar que homens apaixonados sejam aprisionados por conflitos que os frustrem mutuamente.

Um árbitro que é ao mesmo tempo um dos jogadores não é um árbitro; as regras acerca das quais não somos conservadores não são regras, mas incitamentos à desordem; a união entre sonhos e governo gera tirania.

A política é uma atividade inadequada para os jovens, não devido aos seus vícios mas sim devido ao que eu considero serem as suas virtudes.

Os tempos de juventude de toda a gente são um sonho, uma loucura deliciosa, um doce solipsismo. Nesse tempo, nada tem uma forma fixa, um preço fixo; tudo é possível e vive-se numa felicidade a crédito. Não há obrigações a respeitar, não há contas a fazer. Nada há que se especifique de antemão; cada coisa é o que se pode fazer dela. O mundo é um espelho em que procuramos o reflexo dos nossos próprios desejos. A tentação das emoções violentas é irresistível. Quando somos jovens, não estamos dispostos a fazer concessões ao mundo; nunca sentimos o contrapeso de algo nas nossas mãos - a menos que seja um bastão de críquete.

* Os trechos acima pertencem ao ensaio "Ser Conservador", de Michael Oakeshott, que pode ser lido na íntegra aqui. Meu trabalho foi apenas pinçar o que considerei as melhores passagens para quem tem menos tempo disponível. Aos demais, recomendo a leitura completa.

24 comentários:

Anônimo disse...

Os conservadores se opuseram aos liberais classicos. Fato.

Os conservadores têm a pretensão de impor como os outros devem viver.

Os conservadores são naturalmente intolerantes, posto que por conta da sua religião querem se crer os salvadores. Claro que um salvador se atribui o direito de impor suas verdades salvadoras.

O cristianismo, tão caro aos conservadores, foi o criador do "pobrismo" como também deu inicio a idéia de que empresários são maus. Claro que isso decorre do fato de os imperadores ambicionarem tributar sobretudo os empreendedores populares que se refvoltavam com os impostos e também os consumidores.
Dai o lendário JC, que mandava dar a outra face, atacar comerciantes no templo e xinga-los de ladrões.

Isso é característico, pois os imperadores falsificando ouro acabavam por criar elevação de preços ("inflação") e saiam a bradar contra a ganância dos comerciantes, chegando ao apedrejamento dos "remarcadores de preços" (isso aconteceu sob o império romano).

Também Paulo não esqueceu de afirmar que os governantes assim o eram pela vontade de deus e que os impostos eram devidos ao governo. Isso ensejou que os reis eram bem chegados - escolhidos - por deus e seu reino assim determinado.

O pretenso elitismo ou a aristocracia como "classe iluminada" que deveria governar e cobrar impostos dos malvados empreendedores.

Fica mais que claro que a invenção do cristianismo foi uma ideologia salvadora em futuro incerto feita sob medida para os interesses do governo. Nãom por outro motivo este adotou como ideologia de estado e a impôs através de ferro e fogo, torturas e fogueiqas.

O bom-mocismo do pieguismo politicamente correto nada é senão a repetição do cristianismo como moral. A ética estóica foi combatida pelo cristianismo com sua moral piegas e anuente com o banditismo (sim, até na cruz houve um bandido bom para servir de exemplo).
....Assim, amar o inimigo, perdoar, dar a outra face, aceitar bovinamente o jugo, amar o seu senhor e mesmo os maus foi preconizado como valor moral, até alegando-se que "não há mérito em amar os bons" e sobretudo o NÃO JULGAR PARA NÃO SER JULGADO (é dando que se recebe). Nada mais politicamente correto.

Enfim, toda essa bondade e pieguismo cristão para tentar salvar um império decadente sob a idéia de transformar o povo num rebanho a ser explorado pelo Poder estabelecido, levou a que o que de pior se impusesse.

O FEUDALISMO inicialmente não considerava a propriedade das terras e o senhor feuidal era apenas o "protetor" dos servos que explorava. Claro que logo os feudos tornaram-se propriedade e hereditários através de titulos de "nobreza".

Todo esse bondoso cristianismo, tão conveniente ao Poder governate, preconizando a submissão, a pobreza, a falta de orgulho próprio (realização apenas na coletividade cristã, no simbolo ou "time"), a resignação e etc.

....TAMBÉM levou, dialéticamente, a estamentos privilegiados e servidão das populações produtivas. Os burgos, ou favelas, deram origem aos burgueses que sem terras dedicaram-se ao comécio e atividades outras para ganharem a vida.

...A bondade socialista tb produziu perseguição aos divergentes ou infiéis da ideologia, também criou inquisição através de um "proletário oficio" ...a história se repete

Novamente vemos o politicamente correto entrar em voga numa verdadeira ressurreição ...ainda haverá perseguição e uma pós moderna inquisição conservadora?

Anônimo disse...

Logo quando eu começo a admirar um liberal por começar a tomar atitudes boas, como olhar para a tradição, para a experiência humana, enfim, para o homem real e concreto, vem um típico liberal como este aí em cima para me lembrar o quão revolucionário, destrutivo, mimado e ignorante é o liberal. E rápido se percebe em suas críticas não ser muito possível descobrir se aprendeu em alguma cartilha comunista ou liberal. É como Rothbard, que chorava e lamentava a morte do assassino Che Guevara; a beleza tanto para liberais quanto para comunistas está em uma utopia que destrua toda a tradição, tendo como única discordância pontualmente apenas a economia.

Anônimo disse...

'Os conservadores se opuseram aos liberais classicos. Fato.'

Eu apóio os conservadores hoje não pela idéia de conservar por conservar mas sim porque os valores que eles defendem são os que estão sendo constantemente destruídos pelos governos progressistas.

As feministas por exemplo, como a dona marilena, inventaram um mundo onde todas as diferenças de 'gênero' são fruto da cultura, a ação de milhares de anos de evolução pra elas é igual a nada.E aí usam o governo pra empurrar essa igualdade forçada via leis, educação e cotas pra cima de todo mundo.

obs: engraçado como na hora de propagandear o ateísmo ou de esculhambar o cristianismo elas correm pro deus Darwin.Mas na hora que a psicologia evolutiva diz que o que elas defendem é mentira, elas falam que a ciência está errada.

ntsr.


Anônimo disse...

Esse primeiro anônimo é um analfabeto funcional.
Cristianismo criou o 'pobrismo'? Vai estudar, jumento. O protestantismo foi uma das bases do capitalismo, e é uma vertente do cristianismo.
Outra pérola:Conservador politicamente correto? Ele deve estar vivendo em marte, conservadorismo não é politicamente correto nem aqui nem na china.O politicamente correto é defender aborto, cotas, obamacare, bolsa esmola etc

Todo esse ódio contra o cristianismo também é típico de covardes. Duvido que esse cara tenha coragem de falar publicamente um décimo disso sobre o islã.

Anônimo disse...

O primeiro anônimo tem razão, em parte. De fato, o "pobrismo" tem raizes no cristianismo, especialmente no católico. Não é por outro motivo o anticapitalismo católico e sua "opção preferencial pelos pobres", que o tornou vulnerável à contaminação marxista pela "teologia da libertação". A expressão "justiça social" também foi criada por padres católicos no século XIX. Na Espanha do século passado, a ICAR se opunha aos liberais, os quais se aliaram aos marxistas e anarquistas de esquerda. Nietzsche, que odiava tanto o cristianismo quanto a democracia moderna e o socialismo, via-os como derivação um do outro, na mesma ordem.

O marxismo, com efeito, é uma religião secular que reproduz em outros termos o drama messiânico judaico-cristão: comunismo primitivo perdido (éden); luta de classes (queda em pecado); comunismo evoluído (redenção dos bons no juízo final e reconquista do paraíso).

Logo, há sim uma ascendência cristã do "politicamente correto"; secularizada, anticristã neste ponto, mas cristã em outros pontos.

Anônimo disse...

Ora ora, oq os inúmeros tipos de conservadores querem???
Uma característica fundamental para o sujeito se dizer conservador é a religião, o cristianismo, a tradição.

Então veja,os, a Igreja Católica criuou a LEI DA USURA!
Bom, Marx concordou plenamente com a Igreja neste quesito e até inventou também um apocalipse no final para redimir o proletariado e leva-lo a salvação.

Ideologias usam sempre a mesma tecnica!

Os conservadores, sobretudo católicos, também defendem a LEI DA USURA???

Os protestantes se opuserama a igreja católica e inventaram um cristianismo adequado ás suas preferencias particulares e dai multiplicaram-se evangélicos em inumeras designações com variadas divergencias. Por exemplo aqueles que proibem as fiés de se depilarem, assim ficam com pernas e suvacos cabeludos.

...Pô, deus se mete em cada miudeza de ridiculo absurdo!!!

Assium também os tais conservadores se multiplicam em inumeras doutrinas segundo a preferencia particular de cada um, agregando-se sob um mesmo rótulo para confortarem-se num rebanho numeroso.

MAS QUE COINCIDÊNCIA!!!! Os socialistas também se multiplicam em inúmeras formas segundo o interesse particular de cada um. Assim temos o nacional socialismo, o fascismo, o bolchevismo, o trotskismo, o leninismo, o stalinismo, o maoismo, a social democracia, O SOCIALISMO CRISTÃO (sim dos cristãos que afirmam q cristianismo é socialismo moderado ou conservadorismo) e tantas variedades de socialismo quantas forem as oportujnidades de escaparem pela porta dos fundos quando confrontados nas idéias.

Conservadores são intervencionistas, advogam que o governo deve tirar um pouco dos ricos para fazer caridade para os pobres, que o gov deve impor leis em conformidade com o arbitrio moral cristão, por exemplo.

Outra coincidencia, os socialistas se combateram em suas modalidades! ...Trotski foi perseguido, o nazismo e fascismo (como socialismos com algum direito a propriedade privada) brigou com o socialismo bolchevique. Aliás, por nazismo e fascismo serem socialismos, não marxistas, com propriedade privada dos meios de produção, autorizada pelo governo, foram ditos capitalistas pelos marxistas.

...Mas poderiam se dizerem conservadores, já que mantinham a autopridade absoluta do governo sobre a população, tal qual advogam os conservadores. Embora os conservadores apenas advoguem menor controle do mercado. Algo como um Estado forte e intervenciohnista, mas com um mercado razoavelmente livre.

Não conheço as razões, mas não duvido que o termo liberal nos EUA para os socialistas tenha sido criado pelas fofocas dos conservadores. Afinal, beatas de sacristia são muito fofoqueiras.

Ora, nos EUA os conservadores chegaram a flertar com "comunistas" e são eles que, por exemplo, apoiaram Bush! ..ou ele não era um conservador característico???

O que não dá é para associar um liberal que se opõe ao Estado totalitário com o socialista que defende a hegemonia absoluta do Estado sobre os pagadores de impostos.

A CNBB é socialista, a Igreja católica apoia medidas socialistas e anda a fazer arruaça no campo, com o MST. Os entendidos bisbos, padres e etc. afirmam que o socialismo é cristão em essencia.

Ouça os discursos do Papa, ele é um conservador. Preste atenção ao que ele prega.

O conservador é apenas um socialista moderado, defende a hegemonia do Estado para impor a arbitrária e pobrista moral cristã.

Ora, foi o lendário JC que maldisse os ricos "mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus" ...

Coincidencia, os tais socialistas "comunistas" também se fazem uma casta usufrutuaria do Poder estatal, vivendo como nababos. Igualzinho os bondoso cristãos que se impuseram como nobreza, se enriquecendo ao custo da servidão dos servos ...sim, os cristãos impuseram o FEUDALISMO e vc deve saber o que era o feudalismo ...MUIIITO semelhante ao SOCIALISMO...

Anônimo disse...

Mais uma coincidência:

Os sociaistas marxistas não conhecem aquilo que defendem, pouco ou nada de Marx leram, apenas berram como cordeiros as subjetividades marxistas de seus pastores e recusam-se a aceitar a realidade sobre o que escreveu o profeta Marx (este tb profetizou um apocalise com os proletários vencendo a burguesia).

Enfim, Marx tb deu origem a variados marxismos e muito contribuiu para "fundamentar" com suas asneiras o "socialismo utópico".

Se temos vários cristianismos, posto que setguidores desconhecem o livro sagrado e se arrebanham sob as palavras do pastor ou Igreja mais conveniente, TAMBÉM TEMOS VÁRIOS MARXISMOS igualmente arrebanhando fiés sob "Interpretações" variadas do profeta: Lenin, Mao, Trotski...

Ideologias "salvadoras" são sempre iguais, seguem sempre a mesma técnica de empulhação. Sempre afagam com elogios os fiéis q almejam aliciar.

Ideologias seguem sempre a mesma técnica, é a técnica religiosa, e seus líderes e fiéis almejam IMPOR SUAS SUBJETIVIDADES IDEOLÓGICAS A TODOS ATRAVÉS DA FORÇA, DO ESTADO. Afinal, ideologias "salvadoras" são inventadas para aliciar rebanhos humanos aptos a trucidarem os divergentes em nome do bem.

Um liberal não tem a pretensão de impor o jeito de viver a ninguém, apenas defende que ninguém tem o direito de impor-lhe nada pela força. O liberal apõe-se à coerção e a opressão como iniciativas, seja lá sob que argumento ideológico for.

Os conservadores e seu arbitrio moral são os batedores do socialismo, eles abrem caminho para as idéias socialistas ao preconizarem ALGUM ARBÍTRIO SALVADOR, enquanto os socialistas preconizam TOTAL ARBITRIO SALVADOR.

A diferença entre conservadores e socialistas É APENAS DE INTENSIDADE.

Anônimo disse...

Complementando:

O cristianismo católico se aproxima do marxismo na questão econômica e deste se afasta, assim como se afasta do liberalismo, na questão moral e de costumes.

Anônimo disse...

Mais uma coisinha:

Os essênios eram comunistas.

Segundo a lenda, JB era um essênio e JC não diferente.

O problema é que fiéis de idologias não conhecem nada da ideologia que adotam segundo as próprias conveniencias. Exatamente por isso, pela conveniencia ideológica que pretende justificar as imposições que cada fiel ambiciona impor "em nome do bem", é que as ideologias se multiplicam em inúmeras interpretações sob a mesma designação. Assim, podem defender uma coisa por meio de outra arrebanhando-se sob o mito agregante (o nome do time) para formar a tropa do "asinus asinum fricat" em grande escala.

Não admira que ideologias sem nenhum principio e apenas originadas das arbitrariedades de profetas "salvadores" se multipliquem indefinidamente segundo a subjetividade de cada um ostentada como essência da ideologia, que sem principio algum sempre estará sujeita a "interpretações" particulares como se a "verdadeira interpretação" a "verdadeira hermeneutica" que altera o sentido das palavras até para seu antonimo ...Me lembra o livro 1984 ...realçando que sim é não e não é sim, guerra é paz e paz é guerra. Sim, ideologias produzem estas absurdidades que fazem bananeiras darem cachos de lagartixas.

É dureza!!!

Anônimo disse...

Um dia, um cristão caridoso viu um mendigo e lhe ofereceu ajuda.

Noutro dia, o fez novamente.

E noutro, noutro, noutro.

Acostumado à ajuda, o mendigo tornou-se socialista no dia em que outro cristão negou-lhe ajuda. E o assaltou.

Anônimo disse...

'Conservadores são intervencionistas, advogam que o governo deve tirar um pouco dos ricos para fazer caridade para os pobres'

Pois é, quem não tem argumentos apela pra mentiras

Anônimo disse...

A desgraça do homem é ser livre e dependente da comunidade ao mesmo tempo. Em outras palavras, ser mais inteligente que instintivo e depender do convívio social.

Fosse mais instintivo que inteligente, a individualidade não lhe faria falta e assim se ajustaria sem traumas ao coletivismo como um autômato. Ou então, em sendo inteligente e dotado de opção de escolha, se fosse auto-suficiente.

Conciliar sociedade e indivíduo é fogo!!

Individualismo exacerbado gera egoísmo e revolta nos mal-sucedidos; coletivismo, por sua vez, restringe a liberdade e a criatividade individual, gerando atraso, acomodação e frustração nos mais inventivos e bem-dispostos.

Creio que esse conflito seja insolúvel e pendular.

Anônimo disse...

Olavo de Carvalho, explica essa relação de cristianismo e capitalismo. Segue link abaixo:


http://www.olavodecarvalho.org/textos/capitalismoecristianismo.htm

Anônimo disse...

Olavo de Carvalho, explica essa relação de cristianismo e capitalismo. Segue link abaixo:


http://www.olavodecarvalho.org/textos/capitalismoecristianismo.htm

Felipe disse...

Rodrigo, estou vendo que seu blog está sendo monitorado pela Patrulha PETISTA que posta receitas de bolo aqui nos comentários.

Peço que feche a área para anônimos e deixe para contas do google pois isso desmotiva os leitores a escrever. Abraço.

IvanFR disse...

Rodrigo, salvo engano você é divorciado não ??

Saiba que se não fosse um certo "movimento progressista" da década de 60 e 70, até hoje vc estaria casado legalmente (mas contra sua vontade). O divórcio só veio a ser permitido no Brasil a partir de uma lei de 1977.

PS: se vc não for dicorciado, por favor desconsidere a mensagem, pois falei besteira...mas, se for, pense sobre como o conservadorismo "extremo" pode emperrar a evolução social, em todos os aspectos...

Anônimo disse...

Ao Felipe, das 11:28:

Comentários de petistas??? Onde? Qual? Por enquanto, não vi nenhum comentário de esquerda aqui.

De minha parte, posto como anônimo porque sou servidor público subordinado a petistas.

Você é que está sendo intolerante ao querer restringir o debate.

Sou o autor dos comentários de 11:18, 11:46, 1:20 e 2:52, de ontem.

Anônimo disse...

O pulo

A passagem do catolicismo ao socialismo se dá quando os deveres morais cristãos da caridade e solidariedade são tornados deveres jurídicos e políticos.

Anônimo disse...

IvanFR: progressista falar de divórcio é dar um tiro no pé.Até um macaco sabe que no caso de divórcio a mulher sempre é mais valorizada, ela arranca praticamente tudo do otário. Esse é o tipo de coisa que os conservadores sempre foram contra, é uma vitória dos progressistas.

Aliais também é mérito deles culpar o homem hétero de tudo de ruim no mundo. A baixeza é tanta que nem as crianças escapam, hoje em dia é comum em filmes e desenhos a figura masculina sempre ser o idiota, o burro, o paspalho. E quando leva um chute no saco então, as feminazi morrem de rir.

Felipe disse...

Defender-se com o argumento da liberdade de expressão para postar como anônimo paredões de texto (contra ou a favor tanto faz) e receitas de bolo é uma tática velha para quebrar blogs e foros de discussão.

Isso afasta os leitores, só minha opinião.

Anônimo disse...

Verdade, concordo com o anonimo que afirma que a solidariedade e caridade é uma atividade que deve ser realizada pelo individuo e não pelo Estado.

IvanFR disse...

Anonymous

"IvanFR: progressista falar de divórcio é dar um tiro no pé.Até um macaco sabe que no caso de divórcio a mulher sempre é mais valorizada, ela arranca praticamente tudo do otário. Esse é o tipo de coisa que os conservadores sempre foram contra, é uma vitória dos progressistas."

Eu não entendi o seu comentário? Quer dizer que vc é contra o divórcio?

Não entrei no mérito de quem se dá melhor com o divórcio (isso depende mais do regime de bens do casal e da qualidade do advogado que irá defender cada uma das partes, rss)...apenas quis ressaltar que é bom que exista a possibilidade legal das pessoas se divorciarem quando percebem que o casamento não mais está dando certo, possibilidade essa que não existiria se dependesse unicamente do pensamento "ultraconservador radical" (sim, porque radicalismo existem em todos os lados, na "esquerda" e na "direita"). Foi isso que eu quis ressaltar (que o conservadorismo radical também pode emperrar certo avanços sociais).

Procure se informar sobre os debates acalorados quando da legalização do divórcio no Brasil. Hoje soa até ridículo defender a não existência do divórcio em nosso sistema legal, mas na época isso era visto como coisa de "moderninhos" desocupados que queriam tumultuar a sociedade...

Anônimo disse...

Nunca gostei muito do Rodrigo, e continuo discordando em muitos pontos! Mas percebo cada dia mais que seus leitores não o merecem!
Adaptando a frase do Hayek, que os libertários consideram com "social-democrata" (sic):

"Entre o esquerdista dedicado e o libertário fanático, muitas vezes há apenas um passo."

Abraço.

Diego Bravo disse...

Alguém pode me indicar, por favor, univerdades (pelo mundo) em que os os cursos de economia tem uma visão mais liberal?

Fiz dois anos na PUC-SP, a maioria dos professores eram keynesianos, tinha marxistas também, não conheci nenhem liberal.

Agradeço se alguem puder me ajudar,