sexta-feira, novembro 19, 2010

A Joana D’Arc da Subversão



Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

O Superior Tribunal Militar (STM) finalmente liberou a consulta aos dezesseis volumes de documentos que contam a história do processo movido pelo regime militar contra Dilma Rousseff. As páginas já amareladas descrevem Dilma como uma “figura feminina de expressão tristemente notável” nos grupos clandestinos que atuou. Segundo os processos, Dilma chefiou greves e “assessorou assaltos a bancos”. No VAR, “tudo o que foi feito no setor teve a sua atuação direta”. Dilma praticamente “foi a organizadora e distribuidora de funções”. Não custa lembrar que José Dirceu já se referiu a Dilma como sua “companheira de armas”.

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar contra os integrantes do grupo VAR-Palmares, Dilma é chamada de "Joana D'Arc da subversão". Jornalistas tentaram obter acesso aos processos antes das eleições, mas o pedido foi negado. Será que os eleitores brasileiros não tinham direito de conhecer melhor o passado da candidata antes das eleições? Os próprios petistas falam em criar uma “Comissão da Verdade” para estudar esta fase sombria do país, mas o que fica claro é que a verdade imparcial é a última coisa que eles desejam. Podem estar em busca de revanchismo ou de indenizações, mas não da verdade! Esta pode incomodar. Ou melhor, poderia ter incomodado durante o processo eleitoral.

Algumas conclusões importantes podem ser obtidas sobre o passado de Dilma. Em primeiro lugar, ela era uma pessoa disposta aos meios mais nefastos para chegar aos seus fins. Em segundo lugar, esses fins não eram nobres, tampouco democráticos, mas sim uma “ditadura do proletariado” com base no marxismo-leninismo. Ou seja, Dilma lutava para implantar no país um regime nos moldes cubanos. Não custa lembrar que o ditador Fidel Castro é reverenciado por vários petistas até hoje. Em terceiro lugar, ela jamais se arrependeu deste passado. Ao contrário, diz sentir orgulho desta luta, e chegou a afirmar que nunca mudou de lado. Não é um perfil muito animador para uma presidente da República.

Cinqüenta e cinco milhões de brasileiros, embalados pelo bom momento econômico, votaram na “Joana D’Arc da subversão”, que se orgulha deste passado. Resta agora rezar para que as instituições democráticas resistam aos subversivos que estão no poder.

6 comentários:

Marc disse...

Eu duvido que esses documentos estejam completos. Possivelmente qualquer menção a suspeita ou prática de assassinatos foi removida...
Na minha opinião esses documentos não valem nada.
Adulteraram e liberaram apenas para dar a impressão que o Governo ainda é democrático, porque sabem que o povo ainda não está preparando para mudanças mais bruscas e rompantes mais autoritários.
É como aconteceu com o PNDH-3, tentaram implantar, viram que ainda tem uma parcela expressiva do povo que repudia essas coisas e voltaram atrás na maior naturalidade do mundo.
Como diria José Dirceu: "Ainda não é o momento. Vamos com calma."

Anônimo disse...

Rodrigo, eu não confio nestes documentos
Minha opinião é a mesma do eleitor acima
Eles tiveram tempo para ADULTERAR muita coisa....
Mas concordo com vc - O ELEITOR DEVERIA SABER QUE ELA CHEFIOU ASSALTOS - ENFIM É UMA DELINQUENTE

João disse...

faltou o pior: ela é apontado como organizadora de um atentado a bomba. Crime bárbaro, hediondo, seja sob ditadura, seja na na democracia.

Ponta das Canas disse...

O terrorismo é um negócio feio, repulsivo. Não podemos tolerar o terrorismo.

Anônimo disse...

Será que ela se orgulha de alguma coisa ou será que ela só DIZ que se orgulha?

vinicius disse...

Caro Constantino,

Gostei do artigo até a parte de suas conclusões.

O fato é que documentos da Ditadura devem sim ser analisados. O problema do artigo foram suas conclusões: quem disse que o "projeto de Dilma" era instalar uma "Ditadura do proletariado" nos moldes marxista-leninista? Quem disse que ela queria implantar um regime nos moldes cubanos? Não exagere. Acredito que quem visita seu blog são pessoas esclarecidas, que não precisam dessas parcialidas infantis.

Você escreve bons artigos. Só peca quando tenta chutar "o que seria se...". Uma dica boa é que vc fique nos fatos e não tente adjetivar ou chutar o que não sabe e o que não aconteceu.