Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, março 19, 2010
Chega de exploração!
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
O governador Sérgio Cabral é todo chamego com o presidente Lula e seu “poste”, a candidata Dilma. Deu no que deu: traição à vista. O presidente já tira seu corpo fora, alegando que a bola está com o Congresso, e não confirma a promessa de vetar a emenda Ibsen, que prejudica muito o estado do Rio. Alguém ainda consegue acreditar na palavra do presidente Lula? Alguém ainda acredita em duendes?
O discurso de que ele, Lula, não entende a pressa sobre o assunto dos royalties, se mostra totalmente mascarado, como lembra Miriam Leitão em sua coluna hoje. Foi o próprio governo Lula que pediu urgência e apresentou proposta para mexer no modelo de royalties em pleno ano eleitoral. O presidente estimulou a criação deste grande balcão de tetas. Agora ele se faz de bobo e diz que todos tentam fazer “gracinhas” em ano de eleição. De fato, lembrando apenas quem é o maior palhaço de todos.
O olho grande dos parasitas está colocando em risco o modelo federalista, que já vinha sendo destruído no país faz tempo, com a concentração cada vez maior de poder e recursos em Brasília. O princípio de subsidiariedade diz que o poder deve ser descentralizado e ficar o mais perto possível do indivíduo. Isso é o oposto do modelo nacional, que apenas trocou Portugal por Brasília, mas manteve o povo como súdito do governo central.
Tiradentes se rebelou contra esta exploração da Coroa. Até quando os cariocas aceitarão a exploração de Brasília? Com esta postura, que prega a escancarada pilhagem dos recursos do estado, até mesmo a secessão não fica parecendo uma idéia absurda...
PS: Meus amigos liberais gaúchos que me perdoem, mas quando o Rio Grande do Sul vai parar de ferrar o Rio? Depois de Brizola, eu pensei que nada pior fosse possível.
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40 comentários:
E o que é que o RS tem a ver com isso?
Emenda Ibsen, ora bolas!
Eu já até palestrei na PUC-RS junto com o Ibsen.
Ainda acho uma generalização.E o Brizola tb, nem é culpa do povo ele ter nascido lá nem todo mundo pensa como ele
ntsr, foi uma brincadeira, uma ironia!!! Vc acha que logo eu, individualista como sou, colocaria todos no mesmo saco como "gaúchos" simplesmente? Ora, entre os gaúchos há meus amigos do IEE e do Instituto Liberdade, e há os safados do PT, o pior quadro do PT no país, por sinal. Sem coletivismos!!!
ok
Esse negócio de pré sal, as vezes eu me pergunto se não vai ser uma novela do tamanho do mundo pra nada.Pq a longo prazo o mundo sabe que tem que procurar alternativas pro petróleo que n vai durar pra sempre.A renault já ta fazendo carros elétricos,outras aí tb estão, então se a tecnologia avançar o suficiente e ficar mais barata toda essa briga vai ser um grande desperdício
Para um liberal, seu discurso "patriótico" de um Rio espoliado soa estranho. A única coisa do mar que pertence MESMO ao RJ exclusivamente são os dejetos do emissário cloacal. O petróleo é do Brasil inteiro. O Rio nada perdeu, pois ninguém ainda ganhou. Essa patriotada carioca é um embuste de espertos com fins eleitoreiros. Poupe suas lágrimas e letras. Não entre nessa!
Royattie não é Fundo de Participação dos Municípios. O PR foi o pioneiro na cobrança de royaltties - pela exploração de Itaipu. Alguém achou injusto que os paranaenses não os dividam com o resto do país? Não, porque royalttie é uma indenização paga por danos ambientais e/ou exploração de recursos não renováveis. Se tem que dividir, divida-se o imposto arrecadado pela União, esse sim de todos os brasileiros.
Pior que o de SP?
"PS: Meus amigos liberais gaúchos que me perdoem, mas quando o Rio Grande do Sul vai parar de ferrar o Rio? Depois de Brizola, eu pensei que nada pior fosse possível."
Rodrigo, quem começou a ferrar o Rio mesmo foi um certo paulista, tutor de D. Pedro II, que fez inscrever na primeira constituição a previsão da transferência da capital do Brasil para o seu centro geodésico.
Descendentes desse político paulista, por sinal, migraram para Minas Gerais, onde fizeram carreira política e quem sabe levaram JK, também mineiro a resolver de vez o assunto.
Assim, um paulista deu uma no prego, e o mineiro na ferradura, e deixaram o Rio entregue às moscas, e depois da ditadura, ao comando vermelho e toda a seqüência vergonhosa de dominação do tráfico, comandado das luxuosas coberturas das praias da Cidade Maravilhosa e executadas por seus comandados a partir das favelas.
Parece mais vingança da velha política do café com leite (bote velha nisso), inclusive contra os gaúchos que levaram os cavalos e amarraram naquele obelisco, no centro do Rio, e com eles Getúlio Vargas, de quem Brizolla foi herdeiro direto.
Agora fica uma pergunta? O Ibsen quer se vingar contra quem?
E as favelas? Ah! As favelas... Quem mandou o Império meter a mão no que não era deles e expropriar, sem indenização a propriedade semovente alheia? Antes pelo menos as alimárias eram alimentadas pelos seus proprietários. Depois só restou o mangue mesmo. Ah, mas àquela época, Hayek ainda não tinha vindo à luz o liquidacionismo não-intervencionista ...
Rodrigo, vingança maligna é mandar o ministro Lupi aqui para o sul exigir que Fogaça apoie Dilma.
Até minha bisa já percebeu que este papo de pré-sal é tudo de mentirinha, Nstr. Lembra do biodísio? Heuheueh. "Biodísio! Biodísio! O pogrécio é o biodísio!"
O pré sal é uma enganação política.
A exploração das reservas do pré sal exige tecnologia que ainda não temos, e mais, o custo é acima de US$ 85,00 o barril.
Existem poucas sondas capazes de perfurar nessa profundidade e custam mais de US$ 500,000,00 por dia.
Se for realidade (o que não acredito) só é comercialmente viável se a cotação estiver acima de US$ 160,00 o barril.
Conclusão só é algo viável quando o mundo inteiro estiver estarvando ( essa eu inventei agora) por petróleo.
Fora isso existem estudos que mostram que o petróleo é renovável.
Poços abandonados depois de anos tornaram-se comercialmente produtivos outra vez.
Portanto podem parar com a choradeira.
Eleições chegando e os ânimos se exaltando.
'Fora isso existem estudos que mostram que o petróleo é renovável.
Poços abandonados depois de anos tornaram-se comercialmente produtivos outra vez.'
Será que não é o caso deles não terem se esgotado ainda? Diferente de ser renovável
Haja fóssil não?
Não apenas o pré sal é enganação política. Quando em outros foruns respondo perguntas sobre biodíesel com o bordão acima sou geralmente excluído, nunca escolhido e sempre repelido. Mas é a minha maneira de protestar contre retrocesso, esta volta ao ciclo da cana-de-açúcar, este "óleo de baleia" renovado. A verdade é que há uma tendência mundial de manter a indústria automobilística como o "carro chefe" da economia. Ninguém considera o fato de que a concepção do automóvel, com o motor a explosão, é uma solução arcaica já com mais de cem anos de existência.
Quando um país como o Brasil arranja para presidente um subproduto do desenvolvimentismo juscelinista, um político cuja cultura se resume à linha de montagem e vê isto como única alternativa para escapar à fome, então vemos um modelo massivo, medíocre, de "progresso".
No auge da "onda do biodíesel", ano passado, criancinhas chegaram a fazer manifestações em escolas clamando pelo "biodíesel já!" E é impossível não imaginar a satisfação com que o setor montador de carros viu esta confusão midiótica.
Não sei o que aconteceu com o que postei sobre Petróleo renovavel, "sustainable Oil" mas quem quiser se informar mais sobre isso o link é:
http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=38645
Pra se ter uma ideia a atual emenda Ibsen está compreendida num projeto de lei federal enviado ao Congresso setembro do ano passado cujo objetivo é mexer no próprio modelo de exploração do petróleo no país. A ideia, de um nacionalismo obtuso que relembra os tempos da campanha "O petróleo é nosso" da década de 50 é fazer vigorar o sistema de partilha segundo o qual no lugar de certos impostos recolhidos das empresas a União passa a receber o pagamento em barris. Periga tornar-se um monopólio da exploração.
Apoio o Estado do Rio (e sou Pernambucano, para que fique claro que o verdadeiro liberal não apóia só as causas que lhes convém).
O petróleo foi encontrado no Estado do Rio, então a parcela do Estado e dos municípios localizados naquele estado devem sim ser maiores do que os da união.
Ridícula essa mentalidade de 'o Brasil é de todos!' quando tantos estados não produzem nem o suficiente para serem chamados por esse nome e vivem de mesada federal paga pelos outros estados.
Federalismo já! Estado que não tem condições de ter esse nome não deveria receber essa mesada toda. Quando os problemas começarem a ser resolvidos localmente ao invés de pelo "Deus Estado" sediado em Brasília as coisas finalmente vão começar a aparecerem.
Lembrem-se de que é mais fácil apertar os governos locais do que um monte de mama-tetas em Brasília.
Federalismo já!
O Sistema de ParTilha concentra poder demais nas mãos do estado. Foi criado pelas empresas de Petróleo para atuar em países de instabilidade jurídica e regulatória.
Estados Unidos, Canadá, Nigéria, Noruega e Austrália adotam até o momento o sistema de concessão.
No Brasil a criação de mais uma agência para "cuidar dos interesses do estado" servirá para criar mais cabides de emprego dos camaradas.
Se esse dinheiro dos royalties vai direto pro caixa do estado, porque um liberal ficaria indignado com a partilha desses recursos?
Você esta apostando que o governo do Rio será eficiente nos gastos deste dinheiro?
Alias, você como liberal esta apostando que o estado do Rio, por ter mais recursos em caixa, fará bom uso desse dinheiro?
Porra, se for isto Rodrigo, pela primeira vez você me decepcionou.
Guarde a decepção para outra ocasião então, Hanover. Eu não acho que governo algum fará bom uso do recurso; mas entre concentrar todo poder e recurso em Brasília, centralizando ainda mais o poder, ou deixar os estados e municípios com mais poder relativo, mantendo o federalismo com poder mais descentralizado, eu fico com a segunda opção. Apenas isso.
Entendi. Também sou a favor do federalismo, mas não é o que parece quando você fala que os gaúchos tão ferrando o Rio. Parece mais um discurso bairrista
Pela primeira vez devo discordar de você, seu PS: está errado!
Me responda rápido, qual é o estado "produtor" de petróleo?
Que eu saiba apenas Petrobras extrai petróleo, tratando-se do pre-sal, através de uma plataforma, e equipamentos que "aluga" para poder atingir mais de 9Km de profundidade com os sabidos "riscos", e no mar que está em área epicontinental, que pertence a todos os BRASILEIROS, e não apenas ao estado através do qual chega-se a essa plataforma!
Portanto se a União fica com 40%, nada mais justo que o restante seja dividido entre todos os outros estados brasileiros!
E quanto aos lucros ganhos pela Petrobras no exterior? Bolivia, Venezuela, Centro-América, Japão, Paises Baixos....
E nós brasileiros (otarios) pagando a gasolina (ops..) o "combustível" mais caro do mundo, ainda mais pagando um carro à álcool; que pagamos mais caro pois o governo/montadoras nos enganam dizendo que vem com nova tecnologia "flex-power", insisto compramos um carro com motor e compressão para álcool que pode usar outro combustível na base do álcool...
Precisa nos visitar mais vezes querido amigo, nós gaúchos estamos cansados de mentiras!!
Resposta ao anonimo acima:
Rapaz, que pre-sal? Nenhum petroleo foi extraído do pré-sal até hoje, e ninguém sabe se poderá se-lo. Não se permita ser tão ignorante.
"Blogger Hanover said...
Se esse dinheiro dos royalties vai direto pro caixa do estado, porque um liberal ficaria indignado com a partilha desses recursos?"
Pelo que li, a emenda Ibsen assegura, a partir da sanção da lei, os novos critérios de partilha da distribuição dos Royalties, inclusive sobre o petróleo já descoberto e esplorado, hoje a maior extraída no litoral do Rio de Janeiro.
Isso significaria uma brutal redução imediata nos recursos hoje alocados naquele Estado, de mais de 4 bilhões de reais.
Isso é uma nova maldade contra o Rio, logo agora que há sinais de melhora, com a copa e as olimpíadas.
É como se alguém estivesse querendo entregar nossa Cidade Maravilhosa (não sou carioca, mas o Rio nos pertence a todos)definitivamente ao tráfico e aos bandidos.
A federação pressupõe a sobrevivência com dignidade de todas as suas unidades.
Por fim, não acredito que o Rodrigo seja bairrista. A referência aos gaúchos foi para dar uma alfinetada no pessoal de esquerda, lembrando a administração Brizolla, para alguns ou para muitos, dependendo do ponto de vista, considerada um desastre.
Acho que os gaúchos entraram na estória apenas por que Rodrigo gosta de trazer alguns "exemplos ilustrativos", sempre com uma pitada de humor negro ou tragicidade, para reforçar seus argumentos, que objetivam primordialmente levar a descrédito o Governo atual,com foco na eleição de seu sucessor.
Culpe o Lula, o Brizolla e, mais ainda, os gaúchos estão nesta de araque.
Por fim, para aprendiz,uma recomendação: um pouco mais de senso de humor não faz mal a ninguém, mesmo para quem acredita em Papai Hay(e)kel... :-)
Caro Rodrigo,
Falando em federalismo, qual a sua opnião sobre o Partido Federalista?
O principal erro dessa emenda é considerar o que já existe.
Deveria ser só para o pré sal, afinal se for verdade, triplicará as reservas e não seria justo ficar só nas mãos de 2 ou 3. Além disso o que tem sido arrecadado tem sido muito mal gasto, basta ir à Macaé e tentar achar para onde foram os bilhões recebidos até o momento. Sem contar com o que faturam de impostos devido à instalação de muitas multinacionais lá e o aumento de receita de ISS e outros impostos.Existem cidades sem esses incentivos que são bem melhores.
"Blogger OJ said...
O principal erro dessa emenda é considerar o que já existe.
Deveria ser só para o pré sal, afinal se for verdade, triplicará as reservas e não seria justo ficar só nas mãos de 2 ou 3."
Acho,que qualquer um com um mínimo de bom senso concordará com sua opinião. Afinal, um dos pilares do Estado de Direito é a existência do direito adquirido, que parece ser o caso dos estados e municipios produtores de petróleo.
Se aprovada essa emenda e sancionada, com certeza vai dar uma boa briga nos tribunais, com direito a liminar e tudo, ficando tudo como era "d'antes no quartel de Rosinha".
" Além disso o que tem sido arrecadado tem sido muito mal gasto, basta ir à Macaé e tentar achar para onde foram os bilhões recebidos até o momento."
O que se deve lamentar, apesar de ser geral o quadro de corrupção no país nas 3 (três) esferas.
Por isso tem de haver controle pela sociedade civil, para evitar as (des)apropriações de recursos públicos por particulares.
Os males que o Estado apresenta decorre de seu descontrole, inclusive quando, indevidamente, interfere na liberdade dos negócios, sem entretanto justificar que essa liberdade seja absoluta, pois esse "absolutismo" é incompatível com a própria liberdade, alguns terminam sendo mais "livres" (leia-se, "vivos") do que os outros).
Deixar as forças do mercado atuarem livremente, mesmo em época de crise, é simplesmente agravar a situação da grande maioria que não participou dos frutos do "boom" e é no final quem tem de pagar a conta, dentre eles principalmente assalariados (com salários cada vez menores), desempregados, com a fome à porta, e empresários honestos que não participaram do "oba-oba" do mercado bancário e financeiro, ante os quais nenhum governante pode ficar omisso.
A teoria sócio-econômica do Hayek foi aplicada, com o "sucesso destruidor" da economia e a depressão que seguiu por seus discipulos na Áustria, pós Crash, e nos próprios Estados Unidos, à luz das lições de seu colega "Schlumpeter", que ditava lições (de Harvard?), seguidas ao pé da letra pelo Governo Americano e pelo FED, fortaleza muito mais dos conglomerados bancários e financeiros, do que do próprio Governo, a que não se submetia, como a própria NYSE, que desde sua fundação em 1792, nunca se submeteu a qualquer regulamentação.
Isso, inobstante, as fraudes e falcatruas contábeis à época verificada em grandes conglomerados, como recentemente também ocorrido (Lembram-se da Enron?), apesar dos controles e regulamentos estabelecidos desde a época de Hoover, que estabeleceu os passos fundamentais da New Deal, posteriormente desfraudados em bandeira por Roosevelt em sua campanha.
Claro, essa intervenção seguiu-se à legislação protecionista implantada nos EUA para proteger os fazendeiros e produtores americanos isolacionistas, como resposta ao descalabro provocado ganância desenfreada estimulada pelos bancos e pelo próprio Coolidge e seu Ministro do Tesouro, que, após o rombo, defendeu a teoria liquidacionista, como forma de solucionar o estrago.
Se apenas fossem liquidados os maus investidores e os maus empresários, a teoria seria ótima, mas, os mais sabidos, nunca sofrem nada, a não um ou outro bode espiatório, que amarga a prisão, como se tem visto.
Os verdadeiros propulsores do oba-oba sabem bem o momento de baterem em retirada e preservarem as posições adquiridas, sempre concentradores de renda.
Seria bom começar-se a ler alguma coisa a mais fora do Hayek e começarem a ver que a teoria de que ninguém tem a capacidade de conhecer tudo o envolvido no mercado financeiro, para administrá-lo, preventivamente, os seus arroubos e proteger a sociedade civil, hoje não em um país só, mas em todo o mundo, pois o fenômeno vai continuar a se repetir.
É, tratar de um doente, pelos sintomas, ainda é a forma que a medicina encontra de manter o doente vivo, enquanto não descobre a causa, mormente depois que se desenvolveu a vacina e o antibiótico.
É verdade que, a cada vez, precisa-se descobrir antibioticos mais poderosos, e novas vacinas pela capacidade infinita que os crápulas têm de encontrar fórmulas para driblar os controles criados para evitar sua atuação deletéria.
Os sintomas das crises são muito bem conhecidos.
E não existe força conhecida para fazer a intervenção cirúrgica necessária além dos Estados, que precisam descobrir novas fórmulas urgentemente para evitar as repetidas recidivas, provocadas pelo mesmo vírus, que tem capacidade mutacional ímpar e encontra sempre uma forma de devorar parte do corpo, anestesiando-o com a ilusão dos booms econômicos, que terminam sempre num grande BUUUUUMMMMM.
Foi-me muito instrutiva a leitura de "O Crash de 1929 - As lições que ficaram da depressão, de Selwin Parker, Editora Record, que acabei de ler.
Anter de ler Hayek, preciso ler o Pai de Todos, o Adam Smith, em quem se inspirou.
Foi-me muito instrutiva a leitura de "O Crash de 1929 - As lições que ficaram da depressão, de Selwin Parker, Editora Record, que acabei de ler.
Desculpem-me, Editora Globo, não Record.
Mais interessantes, ainda, é o posfácio, em que o autor comenta as semelhanças entre o que aconteceu em 1929, e o que está acontecendo, desde 2008, havendo mais semelhanças, inclusive, nas reações, do que diferenças, na forma como ambas as crises foram deflagradas, prenunciando longo e lento período de recuperação.
Não seria melhor o Rio perder esses royalties e em consequência ser forçado a diminuir o tamanho do Estado, visto que perderá uma grande receita?
Essa verba toda em poder da união seria poder demasiado na mão de poucos. Além disso o FPE do jeito que está ia mandar mais dinheiro para o Piaui do que qualquer outro estado.
'É, tratar de um doente, pelos sintomas, ainda é a forma que a medicina encontra de manter o doente vivo, enquanto não descobre a causa''
Mas a causa é bem conhecida, tanto que nada disso acontecia nos EUA dos fundadores.
"Mas a causa é bem conhecida, tanto que nada disso acontecia nos EUA dos fundadores.
By Blogger ntsr, At 10:15 AM"
A causa que vc. diz ser bem conhecida é a intervenção nos mercados, não é?
Mas em 1929, o crash foi causado ou não pôde ser evitado exatamente por não haver regulamentação dos mercados financeiros e bancários. até tomar-se empréstimo para especular na bolsa era uma prática diuturna... E os bancos emprestavam...
Vc. pode dizer que a recessão causada pela crise foi agravada pela intervenção do Estado, inicialmente com a exacerbação do protecionismo americano, que de uma tacada só, sobretaxou a importação de mais de 20.000 produtos do exterior, levando a crise americana para todo o mundo, e causando a quebradeira da maior parte dos países que comerciavam com os EUA, que também retaliaram, agravando ainda mais a recessão, impedindo os países devedores de saldarem os elevados compromissos financeiros assumidos direta ou indiretamente da City inglesa e dos grande bancos americanos, agravando ainda mais a crise nos EUA e enroldando toda a Europa, dando causa à subida dos nazistas ao Poder na Europa, causa imediata da II Grande Guerra.
A América dos Fundadores, como descrita na Declaração da Independência seria a América do Welfare, não a América da expoliação. Segundo ela, todos seriam iguais perante a lei.
Na constituição aprovada, dessa igualdade foram privados os peles-vermelhas e os negros, em cima de cujos escalpos e lombos processou-se o crescimento americano do primeiro século, com a pilhagem das terras dos índios e das riquezas naturais de seus territórios, assim como da pilhagem da força de trabalho do negro no Sul e dos pobres imigrantes europeus no norte.
A expansão econômica do capitalismo e suas periódicas crises são a causa de tudo isto, e segundo Schumpeter, secundando Hayek, nada se deve nem se pode fazer quanto a isto. À especulação desvairada que o sistema sempre dá causa deve ser vista como uma coisa boa, mesmo que a conta seja paga principalmente por aqueles que nada lucram com isso.
Eu até acho razoável entender-se que a liberdade de comércio deve ser a mais ampla possível e que a teoria do Hayek nesse aspecto pode bem representar a dinâmica do sistema capitalista mercantilista e industrial, mas isso com um mínimo de regulamentação para minimar os riscos de os abusos extrapolarem, dando causa a uma nova crise.
Mas querer estender isso também para a dinâmica do capitalismo bancário e financeiro, principalmente hoje com os meios modernos de transferência de capital à velocidade da Internet, é claramente um desastre de conseqüências impresivíseis.
É a liberação de forças, que depois de liberadas, ganham facilmente o descontrole e dão causa aos descalabros vistos em 1929, quando não existia praticamente nenhuma regulamentação, e à crise exponencial hoje presenciada, apesar das regulamentações ainda hoje existentes, vendo-se mesmo que o que está acontecendo decorre da retirada dos freios a partir de Reagan, Bush I, seguido pela administração Clinton que rezava na mesma carteira, sem falar no Bush II, que encalacrou os EUA definitivamente no Oriente Médio.
E agora chegou a vez da Europa pagar a fatura de ter embarcado na mesma filosofia. Os PIGS de hoje estão para a Austrália, Nova Zelândia, Áustria e Alemanha de 1929, como a Alemanha de hoje, como garantidora do Euro, está para a Inglaterra de 1929, que tentou a todo custo garantir sua libra esterlina. E tudo em cima de empréstimos bancários conduzidos para alimentar o "boom".
"A América dos Fundadores, como descrita na Declaração da Independência seria a América do Welfare, não a América da expoliação. Segundo ela, todos seriam iguais perante a lei."
Mas pelo visto, era só para "inglês ver".
'A América dos Fundadores, como descrita na Declaração da Independência seria a América do Welfare'
De onde vc tirou isso?
"
'A América dos Fundadores, como descrita na Declaração da Independência seria a América do Welfare'
De onde vc tirou isso?
By Blogger ntsr, At 2:35 PM "
"Consideramos estas verdades autoevidentes: que todos os homens são criados iguais, dotados pelo seu Criador de certos Direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade. - Que para assegurar esses direitos, Governos são instituídos entre os Homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados."
Está lá no preâmbulo da Declaração de 4 de julho de 1776, com a qual nasceu a grande nação americana.
Se vc. ler "busca da felicidade", como sendo busca a qualquer custo, inclusive à custa dos outros, e se vc. lê "felicidade" como sinônimo de riqueza e lucro, é claro que welfare pressupõe o acesso de todos aos bens construído coletivamente por uma nação, pois não se pode separar o indivíduo da nação onde ele vive, quer para o bem quer para o mal.
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