Rodrigo
Constantino
Eduardo
Mararazzo Suplicy é quase sempre um caso de vergonha alheia. Ver seus
discursos, cantorias em Plenário, vestindo a cueca por cima do terno, seu
papelão ao lado de bandidos como se fossem eles as vítimas, ou ler seus artigos
é sempre uma experiência constrangedora. Vejam esse exemplo, no trecho de seu artigo
na Folha hoje:
No sábado, vindo de Ribeirão Preto, fui direto à praça
Júlio Prestes para assistir aos shows de Daniela Mercury e Gal Costa. Fui em
direção ao palco em que Daniela cantava. Foi difícil atravessar a multidão. A
cada passo, eu era parado para tirar fotos, abraçado e beijado. Até recebi um
pedido de casamento de uma bonita moça, mas eu disse que já estava
comprometido.
Que
diabos é isso?! Carência afetiva? Insegurança? Necessidade de autoafirmação?
Independente do fator psicológico que leve o senador com cara de corno manso a
prestar um papelão desses, o fato é que por trás dessa aparência de debilidade
mental jaz uma ideologia nefasta, que precisa ser atacada. Não é porque Suplicy
parece um bobo inofensivo que devemos considerá-lo apenas um bobo inofensivo.
E
eis onde mora o perigo:
O prefeito me disse que, se já tivesse implantado a renda
básica de cidadania, muito provavelmente não teriam levado a carteira e o
celular. Sim, tenho a convicção de que quando todos tiverem o direito a uma
renda suficiente para suprir suas necessidades vitais será muito menor a
incidência de delitos dessa natureza.
Bingo!
Suplicy, como toda a “esquerda caviar” que ele tão bem representa, vende a idéia
de que o crime é resultado da pobreza, e que os marmanjos que realizaram
diversos assaltos durante o espetáculo, inclusive furtando sua própria carteira
e celular, são as verdadeiras vítimas. Se esses bandidos recebessem uma esmola
estatal (e como saber se já não recebem?), então eles não precisariam roubar, e
abraçariam Suplicy para ver Mano Brown e os Racionais.
Ao
retirar a responsabilidade do indivíduo, ao ignorar que a impunidade é o maior
convite ao crime, Suplicy e companhia ajudam a disseminar a criminalidade,
eximindo os criminosos de culpa por seus atos, e jogando-a para os ombros da “sociedade”.
Suplicy
pode dar todos os indícios de ser um bobalhão que não pode ser levado a sério.
Mas sua mensagem precisa, sim!, ser levada muito a sério. Afinal, ela é o
retrato perfeito dessa mentalidade esquerdista que há décadas vem contribuindo
para a escalada da criminalidade e do inchaço do estado paternalista. Não vamos
esquecer que o homem é senador, ou seja, representa parcela da população. É um “banana”,
mas um “banana” perigoso.