quarta-feira, dezembro 26, 2012

Presente de Natal


Rodrigo Constantino, O GLOBO

Prezado Papai Noel, começo pedindo desculpas, pois essa carta não chegará a tempo. É que os Correios aqui no Brasil ainda são administrados pelo governo, e sabemos como as estatais costumam ser ineficientes.
Gostaria de dizer que me comportei bem este ano. Não pratiquei nenhum “malfeito”, não usei “amizades íntimas” para conseguir privilégios, enfim, fiz tudo diferente da cúpula petista. Sei que isso é pouco para seus rigorosos critérios de julgamento, mas creio que já mereço algum presente por isso, não?
É que meus vizinhos estão cada vez mais flexíveis na ética, pois o exemplo que vem de cima não é dos melhores. Caso o senhor não tenha visto, a última pesquisa mostra elevada aprovação ao governo Dilma. Parece que a turma por aqui não liga para a quantidade infindável de escândalos de corrupção envolvendo gente importante do governo. Você acredita que ainda tem quem veja a presidente como uma “faxineira” da ética?
Se há emprego e renda, ninguém quer saber detalhes da Operação Porto Seguro. Alguns acreditam até se tratar de um esquema de compra de abadás para o carnaval. O ex-presidente Lula virou um mito intocável. Isso aqui é uma festa, Papai Noel. Deve ser o clima tropical. Será que você poderia fazer nevar por aqui?
O pior é que até mesmo quando o assunto é economia os dados jogam contra o governo, mas ninguém acusou o golpe ainda. Lembra o ministro Mantega, que prometeu crescimento de 4,5% este ano? Pois é, se chegar a 1% é muito. E isso com a inflação perto de 6%. Combinação terrível essa de baixo crescimento com inflação alta. Quem pode ficar surpreso com a revista “The Economist” pedindo a cabeça dele?
Mas o governo coloca a culpa no resto do mundo, como sempre, ignorando que os demais países latino-americanos crescem muito mais que a gente, sem falar dos asiáticos. E não é que o povo acredita? Será que você mandaria alguns milhões de óculos para cá? Deve ser algum problema de visão dos meus compatriotas.
Aproveito para reclamar contigo do excesso de chatice politicamente correta por aqui. Está ficando insuportável isso. Uma turma fascista pensa lutar pelo nosso bem, e não enxerga limites para invadir nossas liberdades de escolha. Querem controlar tudo em nome da saúde perfeita.
Você acredita que a Anvisa proíbe até bronzeamento artificial? Não ria, bom velhinho, pois é sério. É questão de tempo até o Dráuzio Varella, esbanjando saúde, te usar como mau exemplo em alguma campanha. Essa sua pança não é nada politicamente correta, e as crianças podem ter uma influência negativa. Olha o nível da situação!
Papai Noel, agora eu preciso ser sincero e te fazer uma crítica. Desde muito desconfio que você seja marxista. Não é apenas pela cor vermelha de sua roupa ou essa barba comprida. É algo muito pior. Você distribui todos os presentes, fica com a fama de legal, mas quem paga a conta mesmo são os pais das crianças!
Essa é exatamente a postura dos esquerdistas em geral. Eles querem fazer caridade com o esforço alheio. Eles gostam de posar de altruístas jogando a fatura para os outros. Que vergonha você agir conforme essa turma. Eu confesso que esperava mais do senhor...
Bom, estou chegando ao fim da carta, e gostaria de fazer meus últimos pedidos. Espero que em 2013 a ficha possa cair no Palácio do Planalto, pois ela já caiu para todos os economistas sérios: os rumos da economia precisam mudar. Não é mais possível estimular consumo com base em crédito público. Isso vai acabar produzindo uma bolha por aqui.
O governo também precisa parar com essa mania de intervir o tempo todo na economia de forma arbitrária. O que permite crescimento sustentável é um arcabouço institucional simples e claro, que garanta a propriedade privada e ampla liberdade econômica. Empresários gostam de segurança nas regras do jogo.
Os gastos públicos precisam ser drasticamente cortados também, para permitir a redução dos impostos. Mas com esses “desenvolvimentistas” no poder fica difícil sonhar com isso.
A “oposição” precisa acordar. Ela está hibernando há tempo demais. Sei como deve ser difícil para os tucanos, de esquerda, criticarem de forma mais dura o modelo econômico do PT. Por isso precisamos urgentemente de uma opção liberal, sem medo de defender uma alternativa a essa social-democracia engessada.
Por fim, um último pedido. Que o livro “Privatize Já” seja distribuído entre a população. Quem sabe assim o pessoal acorda e deixa de cair nessa ladainha de slogans eleitoreiros, tal como “o petróleo é nosso” e outras besteiras do tipo.
Atenciosamente, R.C.

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Sejamos pragmáticos


João Luiz Mauad, O GLOBO

Tão logo surgiram as primeiras notícias do mais recente massacre de crianças nos
Estados Unidos, começaram as pressões para a revisão da lei de controle de armas.
O presidente Obama, por exemplo, em discurso emocionado, disse que algo precisava
ser feito com urgência para evitar futuros episódios semelhantes e conclamou o
Congresso a discutir a questão “sem ideologias”. Portanto, sejamos pragmáticos.

Quem quer que pretenda analisar os fatos e as possíveis soluções de forma racional
e objetiva precisa, antes de mais nada, colocá-los em perspectiva. Muito embora
massacres como aquele sejam cruéis e chocantes, é necessário relativizá-los
para saber até que ponto uma ação política restritiva das liberdades individuais,
francamente conflitante com alguns princípios constitucionais fundamentais da nação
americana, seria realmente necessária, urgente e efetiva.

Vejamos então alguns dados empíricos relevantes. No livro "Risco: a Ciência e a
Política do Medo", o jornalista canadense Dan Gardner calculou que a probabilidade
de um estudante americano ser assassinado na escola era praticamente irrisória
- menos de 1 em 1,5 milhão. Muitos sequer imaginam, mas nos últimos 30 anos
morreram, em média, três vezes mais pessoas atingidas por raios nos EUA do que
vítimas de atiradores possessos – 51 a 18 por ano.

Diante desses números, a pergunta lógica é: vale à pena fazer alguma coisa para
tentar reduzir ainda mais as chances desses massacres, tendo em vista os eventuais
efeitos colaterais indesejáveis dessas medidas? Em outras palavras, será que o
tratamento não seria pior que a doença?

Calcula-se que existam na América 310 milhões de armas não militares nas mãos dos
cidadãos (mais de uma arma por cabeça), enquanto o índice de homicídios praticados
por tais armas é de cerca de 4 para cada 100.000 pessoas, com tendência fortemente
declinante nas últimas décadas. Não se sabe quantos crimes são evitados, todos os
dias, por conta do farto arsenal mantido pela população ordeira, mas a lógica nos
induz a pensar que tirar do cidadão a prerrogativa de legítima defesa só dará mais
vantagem e confiança aos bandidos. Senão, vejamos:

No Brasil, o acesso a uma arma, pelo menos legalmente, é muito difícil, quase
impossível. Apesar disso, o índice de homicídios por armas de fogo está na casa
dos 20 para cada 100.000 habitantes ou 5 vezes o padrão americano. Chacinas por
aqui também não faltam, vide São Paulo nos últimos meses. A experiência brasileira
demonstra, portanto, que dificultar a aquisição legal de armas não é sinônimo de
segurança, muito pelo contrário.

Sejamos pragmáticos: alterar a constituição de um país, em vigor de forma eficaz
há mais de 2 séculos, por conta de alguns casos isolados, ainda que chocantes,
não é uma decisão sensata. Políticas públicas não devem ser ditadas no calor
das emoções, simplesmente para apaziguar os ânimos mais exaltados, até porque
boa parte das pessoas não conhece as estatísticas ou vislumbra os possíveis
efeitos colaterais de certas políticas. O clamor público, quase sempre irracional ou
manipulado ideologicamente, nunca foi bom conselheiro.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

A saída para o Brasil


Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

O mundo não acabou. Nada como começar esse comentário em uma sexta-feira com essa boa notícia. Para ficar ainda melhor, lembro que o Natal está chegando e que, com sorte, você pode ganhar um exemplar de “Privatize Já” de presente.

Há ainda boas notícias na área econômica. O governo, finalmente, resolveu privatizar o Galeão em 2013. Ninguém agüenta mais tanta incompetência estatal. O Santos Dumont, por exemplo, virou uma estufa, só que de seres humanos em vez de plantas. Ao calor de 40º do Rio, o aeroporto segue sem ar condicionado há quase uma semana. Ninguém que dependesse do lucro para sobreviver poderia ter tanto desprezo pelo consumidor!

Claro que existem obstáculos ainda, a começar pelo ideológico, pois esse governo acredita tanto no livre mercado quanto eu na Mula sem cabeça. Mas não deixa de ser alvissareira a decisão de retirar da estatal a administração do nosso aeroporto internacional.

Como tudo que é bom dura pouco, eis que o governo, ao anunciar a privatização com uma mão, resolve criar uma nova estatal com a outra. Trata-se da Infraero Serviços. Miriam Leitão escreveu em sua coluna de hoje sobre o assunto. São as “Criaturas do Estado”, que se proliferam como Gremlins e custam caro aos nossos bolsos.

No meu livro, falo dessas estatais bizarras e de como o PT ainda é prisioneiro de seu ranço ideológico. Sim, pressionado pelas leis do mercado, especialmente com Copa do Mundo e Olimpíadas chegando, até o partido que faz terrorismo eleitoral contra as privatizações se viu obrigado a privatizar. Mas pau que nasce torto nunca se endireita. E sabemos que o PT tem inclinação natural forte para o lado esquerdo.

Roberto Campos dizia que as únicas saídas para o Brasil são o Galeão, Cumbica e o liberalismo. O problema é que, sem este, aqueles ficam cada vez mais infernais. Não tem outro jeito: Privatize Já! 

terça-feira, dezembro 18, 2012

As lamentações do dinossauro


João Pereira Coutinho, Folha de SP

Terminei a leitura do último livro de Mario Vargas Llosa ("A Civilização do Espetáculo", editora Quetzal, 219 págs.) exatamente como gosto de terminar um livro: com notas extensas de concórdias e discórdias, escritas pelo meu punho, ao longo de todo o livro.
Mas, primeiro, as apresentações: Vargas Llosa apresenta-se como "um dinossauro em tempos difíceis". O que significa este jurássico autorretrato?
Significa uma confissão: Vargas Llosa olha em volta e vê frivolidade, aparência --numa palavra, "espetáculo". E vê o desaparecimento da cultura como experiência ética e estética que nos permite compreender os problemas do mundo.
Hoje, esta "civilização do espetáculo", que se desdobra em livros "light", filmes "light", arte "light", religiões "light" e até relacionamentos pessoais "light", serve apenas para fugirmos dos problemas do mundo. Numa palavra, serve para nos "alienarmos".
O termo não é inocente, e Vargas Llosa sabe disso: como diria Marx e os seus discípulos, sobretudo o "situacionista" Guy Debord, existe na civilização de hoje, como existia na civilização dos séculos 19 e 20, uma vontade desesperada de remeter o pensamento e a cultura para as margens da sociedade capitalista. E aqui reside a minha pergunta primeira: não terá sido sempre assim?
Platão, na sua "República", não era particularmente entusiasta dos poetas da sua época. Shakespeare, tido agora como parte fundamental do "cânone ocidental", era considerado um dramaturgo "popular" pela "intelligentsia" da Inglaterra isabelina.
Não estaremos nós também a ver superficialidade em toda a parte e a cometer o mesmo erro dos nossos antepassados, que sempre se consideraram testemunhas de um mundo em decadência?
Woody Allen, de quem Vargas Llosa manifestamente não gosta, glosou sobre o assunto em "Meia-Noite em Paris": há nos contemporâneos de todas as eras um descontentamento com o presente que os leva a romantizar eras passadas.
Assim acontecia com o personagem do filme, o roteirista Gil (um notável Owen Wilson), que suspirava no século 21 pela Paris da década de 20. Até viajar a esse passado de "festa móvel", como lhe chamou Hemingway, e descobrir que os contemporâneos da década de 20 suspiravam pela Belle Époque; e os contemporâneos da Belle Época, pelo Renascimento italiano; e etc. etc., sempre em regressão nostálgica.
Não quero com isso dizer --Deus me livre e guarde!-- que um dia olharemos para as brincadeiras conceituais de um Damien Hirst da mesma forma que olhamos para um Cézanne ou para um Matisse. Nessa matéria, o vaso sanitário de Marcel Duchamp já encerrou há muito o capítulo dos "happenings" circenses.
Mas será preciso reproduzir aqui o que os críticos coevos de Cézanne e Matisse escreveram à época sobre os quadros desses dois reputados mestres?
Ponto de ordem. Concordo com Vargas Llosa sobre a "civilização do espetáculo" que se espalhou em volta. Concordo que a sensibilidade cultural do nosso tempo torna mais difícil o aparecimento de um James Joyce porque escasseia o público exigente e paciente para o ler. Concordo que o "eclipse" do intelectual se deve ao papel abjeto que ele teve, sobretudo no século 20, ao emprestar o seu nome e prestígio a regimes totalitários.
E concordo, de alma e coração, que o relativismo larvar que contaminou a "crítica" e as "humanidades" faz com que hoje uma ópera de Verdi ou um concerto dos Rolling Stones sejam colocados no mesmo patamar valorativo.
Mas introduzo aqui uma ligeira variação ao argumento central de Vargas Llosa: vivemos hoje uma "civilização do espetáculo" porque o nosso tempo globalizado criou os mecanismos de difusão que nos permitem assistir a esse excesso de espetáculo.
Assistimos a tudo: ao lixo cultural, mas também a raras preciosidades. Assistimos aos tubarões em formol de Damien Hirst, mas também aos retratos de Lucien Freud. Assistimos à mediocridade pirotécnica de Hollywood, mas também ao cinema de Michael Haneke. Lemos Dan Brown, mas também os romances do próprio Vargas Llosa.
Perante esta selva estética e ética, o caminho não está em jogar a toalha e decretar o fim de uma "civilização". Está, pelo contrário, em ser "um dinossauro com calças e gravata", disposto a resgatar do caos o que merece ser celebrado como nunca.

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Branca de Neve azeda


Luiz Felipe Pondé, Folha de SP

Fazer a cabeça das crianças sempre foi um dos pratos prediletos do fascismo. Agora, nem a Branca de Neve escapa, coitada, do ódio dos fascistas. O conjunto de "estudos" que se dedica a fazer a cabeça das crianças é parte do que podemos chamar de "oppression studies". Você não sabe o que é?
"Oppression studies" é uma expressão usada pelo jornalista americano Billy O'Reilly, da Fox News, para se referir às "ciências humanas engajadas no controle das mentes". Explico.
Reprovou um aluno? Opressão. É preguiçoso? Não, a sociedade te oprimiu e fez você ficar assim. Um ladrão te assaltou? Ele é o oprimido, você o opressor. Aliás, sobre isso, vale dizer que, com a violência em São Paulo, devemos reescrever a famosa frase do Che: "Hay que enfiar la faca em la cavera, pero sin perder la ternura jamás".
A frase dele, assinatura de camisetas revolucionárias, é: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Essa camiseta é a verdadeira arma contra gente como ele. Os americanos deveriam afogar o Irã em Coca-Colas, Big Macs e pílulas anticoncepcionais para as iranianas transarem adoidado com seus amantes.
Convidou uma colega de trabalho para jantar? Opressão! Você é um opressor por excelência, deveria ter vergonha disso. Não é um amante espiritual do Obama? Opressor! Come picanha? Opressor! Não acha que a África é pobre por culpa sua? Opressor! Suspeita de que o sistema de cotas vai destruir a universidade pública criando um novo espaço de corrupção via reserva tribal de mercado e compra de diplomas de escolas públicas? Se você suspeita disso, é um opressor! Acha que uma pessoa deve ser julgada pelos seus méritos e não pelo que o tataravô do vizinho fez? Opressor! Anda de carro? Opressor! Ganhou dinheiro porque trabalha mais do que os outros? Opressor!
Os "oppression studies" sonham em fazer leis. Por exemplo, recentemente, um comitê de gênero (isto é, o povo que diz que sexo não existe e que tudo é uma "construção social", claro, opressora) desses países em que o "mundo é perfeito" teve uma nova ideia. Esses caras (ou seriam car@s?) querem proibir qualquer propaganda ou programação infantil que reproduza imagens de mulher sendo mulher e homem sendo homem. Não entendeu? É meio confuso mesmo. Vamos lá.
Imagine uma propaganda na qual existe uma família. Segundo os especialistas em "oppression studies", para a marca não ser opressora, a família não pode ser heterossexual, porque se assim o for, o "espelho social" (a imagem que a mídia reproduz de algo) fará os não heterossexuais se sentirem oprimidos.
O problema aqui não é que as pessoas devem ser isso ou aquilo (melhor esclarecer, se não eu viro objeto de estudo dos "oppression studies"), mas sim por qual razão esses cem car@s (não são muito mais do que isso), que não têm o que fazer na vida a não ser se meter na vida, na família e na escola dos outros, têm o direito de dizer o que meus filhos ou os seus devem ver na TV? Até quando vamos aturar essa invasão da vida alheia em nome dos "oppression studies"?
Contos de fadas como Branca de Neve, Cinderela e Gata Borralheira são grandes objetos de atenção dos "oppression studies". Claro, as três são oprimidas, por isso gostam dos príncipes. Se fossem livres, a Branca de Neve pegaria a Cinderela. Humm... não seria uma má ideia....
Veja o lixo que ficou a releitura da Branca de Neve no filme que tem a atriz da série "Crepúsculo", a bela Kristen Stewart, como a Branca de Neve. Coitada...
A coitada tem que terminar sozinha para sustentar sua posição de rainha "empoderada", apesar de amar o caçador (passo essencial para libertar nossa heroína da opressão de amar alguém da nobreza, o que seria ainda mais opressor).
Os "oppression studies", na sua face feminista, revelam aqui o ridículo de sua intenção: fazer de toda mulher uma mulher sem homem porque ela mesma é o homem. Todo mundo sabe que isto é a prova mais banal da chamada inveja do falo da qual falam os freudianos. Fizeram da pobre Branca de Neve uma futura rainha velha e sem homem. Ficará azeda como todas que envelhecem assim.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Lançamento em BH - fotos

Seguem algumas fotos do lançamento de Privatize Já em Belo Horizonte.

O autor com o logo do IFL ao fundo

Com Paulo Bressane, grande articulista liberal de BH

Com a diretoria do IFL

Com Luciana Braga e Juliano Torres

Com Diogo Costa