quarta-feira, setembro 22, 2010

Apagão Postal



Deu no Globo:

No fim do mandato e temendo apagão postal, governo intervém nos Correios

Gerson Camarotti, Geralda Doca e Jailton de Carvalho

BRASÍLIA - A apenas três meses do fim do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora decidiu vetar o loteamento político de cargos nos Correios, estatal com faturamento anual de R$ 13 bilhões que foi o epicentro das maiores crises políticas do governo. O primeiro passo foi dado nesta terça-feira. O diretor de Recursos Humanos dos Correios, Nelson Luiz Oliveira de Freitas, foi escalado para fazer uma espécie de intervenção branca na estatal. Homem de confiança do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Freitas recebeu a missão de fazer um diagnóstico da empresa. Na prática, hoje ele é o homem forte do Planalto nos Correios, enquanto o atual presidente, David José de Matos - afilhado político da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra - virou uma espécie de rainha da Inglaterra.

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Comento: Quando é que vão entender que a verdadeira causa destes constantes abusos nas estatais é a própria essência de empresa estatal? Sem dono, sem o escrutínio de sócios privados preocupados com o destino do capital, usando o dinheiro da "viúva", com mecanismo de incentivos totalmente inadequado, essas estatais sempre serão loteadas entre políticos, palco de intensa corrupção. A impunidade joga mais lenha na fogueira ainda. E a volúpia dos petralhas faz com que o patamar de roubo chegue ao absurdo. A solução é uma só: privatizar as estatais! Quanto menos recursos passar pelas mãos dos políticos, melhor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Rodrigo, não acho que seja necessário privatizar os correios. Mais importante seria acabar com o monopólio das entregas postais. Assim que outras empresas entrarem no setor, os correios terão que melhorar seu serviço ou correrão o risco de sumir do mercado.

Esse monopólio é imoral.