Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
quinta-feira, setembro 09, 2010
Vai faltar água?
Vídeo onde comento sobre a paranóia com o fim iminente da água no planeta, o terrorismo que fazem com as crianças, e o verdadeiro culpado do desperdício da água: os subsídios agrícolas dos governos.
Taí uma das muitas contradições entre conservação ambiental. A ampliação da fronteira agrícola é letal à conservação ambiental. Ela beneficia o homem, sem dúvida, mas isto só num prazo de imediato a médio.
Foi esta realidade que celebrizou o brasileiro Chico Mendes. Ele fez a proposta de uso da Amazônia apenas com a extração racional de seus produtos, sem invadí-la com a chamada fronteira agrícola. Mataram-no. A fronteira agrícola contradisse a conservação ambiental - esta é a parábola de Chico Mendes.
Não sou marxista e não suporto conversa de esquerdóide. Mas se analiso a Terra como uma nave na qual uma reserva biológica está singrando o tempo em direção a um objetivo, eu sou obrigado a admitir que um modelo coletivo é necessário. Mas quem será líder de tal modelo? Aí é que está.
Eu não diria que o marxismo é ecológico porque ele foi traçado num tempo em que nem se pensava em ecologia. Mas eu diria que a visão ecológica do planeta exige uma postura coletivista.
É um problema de realocação da água em condições de escassez sem dúvida.
A necessidade do “coletivismo” mencionado acima deve referir-se a formação de uma consciência coletiva a respeito - com providências nessa linha. Algumas regiões são privilegiadas, com grandes rios, e/ou são bastante chuvosas, outras, nem tanto, daí o abuso dos mananciais. Aquelas poderiam suprir estas (a lógica econômica do modelo das vantagens comparativas). O uso intensivo da irrigação em regiões que não teriam como se manter competitivas sem retaguarda estatal, conforme a técnica utilizada, conforme o produto que está sendo irrigado, consome água em níveis injustificáveis sob qq ótica.
Por exemplo, irrigar cana no NE é um absurdo sob todos os pontos de vista. O problema da irrigação não termina com o alto consumo, mas no modo como essa recurso é devolvida à natureza, sempre contaminada por agrotóxicos, o que acaba por contaminar lençóis freáticos. Assim, contribui tmb pro escasseamento quantitativo - consome mais que os outros - e qualitativo - polui o que usa. Seriam burocratas subsidiando a degradação.
De pleno acordo, a solução está no gerenciamento, no “uso múltiplo das águas” de forma balanceada e não no estabelecimento de dogmas ideológicos que não encontram fundamento na natureza. No duro, deveríamos construir nossa política hídrica a partir de uma estratégia gerencial e não de escassez (limitação).
Mas vá esperar esta ' reflexión' de um presidente que não sabe nem onde ficam as águas , chamando o Atlântico de`Pacifico. Depois que Lula ampliou nossas frontreiras, tudo é Possivel, não? Por qual motivo não se estuda Geografia neste País? Deve ser uma questão de bom ou mau exemplo? Se ele pode , a gurizada vai pensar que é desnecessário e vão tocar fogo nos Mapas Geográficos! Como Um Presidente...alguém quer comentar?
Faltará água potável, THAIS? Pois isto será causa do surgimento de uma próspera indústria da água, com empregos e recolhimento de impostos e bons dividendos para os acionistas. Elevação do nível dos mares? Os polders representarão a inquebrantável capacidade do homem, a criatura semelhante de Deus. Espécies extintas? Entre elas, espera-se, a serpente, que Deus fez sem asas para o bem do... homem. Crescei e multiplicai e usai o planeta com a liberdade de um filho do dono.
Esta corrente de pensamento eu chamo de ‘pogreçista’. Ela vê progresso em engarrafamentos, fumaça saindo das chaminés. Ela não recomenda o fruto do conhecimento. Ela recomenda ignorar, ignorar e viver. Para que saber, se o cartão de crédito possibilita comprar? O político mais popular é o que fala de uma realidade ou é o que canta um discurso agradável? Gasolina cara ou gasolina barata? Mandar estudar ou mandar se dar bem?
Esta corrente entende Economia como a análise do processo monetário decorrente da extração e beneficiamento de recursos naturais. Nada de poupar. O Estado precisa gastar, economia é extração. Sem extração não há negócio.
O presidente Lula, por exemplo, é incapaz de conceber uma economia sem devastação. Ele mesmo é um subproduto do desenvolvimentismo juscelinista, um modelo de progresso que se baseia no mais possível de lata, plástico e gasolina (ops! Biodísio! Biodísio! O pogresso é biodísio). É um progressista. O presidente Bush defendia uma economia baseada no uso massivo e constante de material bélico - um dos maiores progressistas da atualidade.
7 comentários:
Taí uma das muitas contradições entre conservação ambiental. A ampliação da fronteira agrícola é letal à conservação ambiental. Ela beneficia o homem, sem dúvida, mas isto só num prazo de imediato a médio.
Foi esta realidade que celebrizou o brasileiro Chico Mendes. Ele fez a proposta de uso da Amazônia apenas com a extração racional de seus produtos, sem invadí-la com a chamada fronteira agrícola. Mataram-no. A fronteira agrícola contradisse a conservação ambiental - esta é a parábola de Chico Mendes.
Não sou marxista e não suporto conversa de esquerdóide. Mas se analiso a Terra como uma nave na qual uma reserva biológica está singrando o tempo em direção a um objetivo, eu sou obrigado a admitir que um modelo coletivo é necessário. Mas quem será líder de tal modelo? Aí é que está.
Eu não diria que o marxismo é ecológico porque ele foi traçado num tempo em que nem se pensava em ecologia. Mas eu diria que a visão ecológica do planeta exige uma postura coletivista.
Esta questão é muito complicada.
É um problema de realocação da água em condições de escassez sem dúvida.
A necessidade do “coletivismo” mencionado acima deve referir-se a formação de uma consciência coletiva a respeito - com providências nessa linha. Algumas regiões são privilegiadas, com grandes rios, e/ou são bastante chuvosas, outras, nem tanto, daí o abuso dos mananciais. Aquelas poderiam suprir estas (a lógica econômica do modelo das vantagens comparativas). O uso intensivo da irrigação em regiões que não teriam como se manter competitivas sem retaguarda estatal, conforme a técnica utilizada, conforme o produto que está sendo irrigado, consome água em níveis injustificáveis sob qq ótica.
Por exemplo, irrigar cana no NE é um absurdo sob todos os pontos de vista. O problema da irrigação não termina com o alto consumo, mas no modo como essa recurso é devolvida à natureza, sempre contaminada por agrotóxicos, o que acaba por contaminar lençóis freáticos. Assim, contribui tmb pro escasseamento quantitativo - consome mais que os outros - e qualitativo - polui o que usa. Seriam burocratas subsidiando a degradação.
De pleno acordo, a solução está no gerenciamento, no “uso múltiplo das águas” de forma balanceada e não no estabelecimento de dogmas ideológicos que não encontram fundamento na natureza. No duro, deveríamos construir nossa política hídrica a partir de uma estratégia gerencial e não de escassez (limitação).
Mas vá esperar esta ' reflexión' de um presidente que não sabe nem onde ficam as águas , chamando o Atlântico de`Pacifico. Depois que Lula ampliou nossas frontreiras, tudo é Possivel, não?
Por qual motivo não se estuda Geografia neste País? Deve ser uma questão de bom ou mau exemplo?
Se ele pode , a gurizada vai pensar que é desnecessário e vão tocar fogo nos Mapas Geográficos! Como Um Presidente...alguém quer comentar?
Faltará água potável, THAIS? Pois isto será causa do surgimento de uma próspera indústria da água, com empregos e recolhimento de impostos e bons dividendos para os acionistas. Elevação do nível dos mares? Os polders representarão a inquebrantável capacidade do homem, a criatura semelhante de Deus. Espécies extintas? Entre elas, espera-se, a serpente, que Deus fez sem asas para o bem do... homem. Crescei e multiplicai e usai o planeta com a liberdade de um filho do dono.
Esta corrente de pensamento eu chamo de ‘pogreçista’. Ela vê progresso em engarrafamentos, fumaça saindo das chaminés. Ela não recomenda o fruto do conhecimento. Ela recomenda ignorar, ignorar e viver. Para que saber, se o cartão de crédito possibilita comprar? O político mais popular é o que fala de uma realidade ou é o que canta um discurso agradável? Gasolina cara ou gasolina barata? Mandar estudar ou mandar se dar bem?
Esta corrente entende Economia como a análise do processo monetário decorrente da extração e beneficiamento de recursos naturais. Nada de poupar. O Estado precisa gastar, economia é extração. Sem extração não há negócio.
O presidente Lula, por exemplo, é incapaz de conceber uma economia sem devastação. Ele mesmo é um subproduto do desenvolvimentismo juscelinista, um modelo de progresso que se baseia no mais possível de lata, plástico e gasolina (ops! Biodísio! Biodísio! O pogresso é biodísio). É um progressista. O presidente Bush defendia uma economia baseada no uso massivo e constante de material bélico - um dos maiores progressistas da atualidade.
Segundo Stephen Hawking o homem só vai sobreviver se colonizar o espaço
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